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+++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/thegnuproject.html
@@ -1,33 +1,28 @@
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+<!-- This page is derived from /server/standards/boilerplate.html -->
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<title>Sobre o Projeto GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title>
+<style type="text/css" media="print,screen"><!--
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+-->
+</style>
<meta http-equiv="Keywords" content="GNU, Projeto GNU, FSF, Software Livre, Free Software Foundation, História" />
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+<!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE-->
+<!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" -->
+<div class="article reduced-width">
<h2>O Projeto GNU</h2>
-<p>
-por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p>
-
-<blockquote>
-<p>
-Originalmente publicado no livro <em>Open Sources</em>. Richard Stallman <a
-href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">nunca foi um apoiante
-do “código aberto”</a>, mas contribuiu com este artigo para que as ideias do
-movimento de software livre não estivessem totalmente ausentes naquele
-livro.
-</p>
-<p>
-Por que é mais importante do que nunca <a
-href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">insistir que o
-software que usamos seja livre</a>.
-</p>
-</blockquote>
+<address class="byline">por <a href="https://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></address>
<h3>A primeira comunidade de compartilhamento de software</h3>
<p>
@@ -42,11 +37,11 @@ quanto a culinária. Mas nós a fazíamos mais do que a maioria.</p>
O laboratório de IA usava um sistema operacional de tempo compartilhado
chamado <abbr title="Incompatible Timesharing System">ITS</abbr> (Sistema de
Compartilhamento de Tempo Incompatível) que a equipe de hackers do
-laboratório (1) tinha concebido e escrito em linguagem de montagem para o
-<abbr title="Programmed Data Processor">PDP</abbr>-10 da Digital, um dos
-imensos computadores da época. Como um membro desta comunidade, um hacker de
-sistemas da equipe do laboratório de IA, meu trabalho era melhorar este
-sistema.</p>
+laboratório&#8239;<a href="#ft1">[1]</a> tinha concebido e escrito em
+linguagem de montagem para o <abbr title="Programmed Data
+Processor">PDP</abbr>-10 da Digital, um dos imensos computadores da
+época. Como um membro desta comunidade, um hacker de sistemas da equipe do
+laboratório de IA, meu trabalho era melhorar este sistema.</p>
<p>
Nós não chamávamos o nosso software de “software livre”, porque esse termo
ainda não existia; mas isso é o que era. Sempre que as pessoas de outra
@@ -54,14 +49,16 @@ universidade ou empresa queriam portar e usar um programa, tínhamos o prazer
de deixá-los. Se você visse alguém usando um programa desconhecido e
interessante, poderia sempre pedir para ver o código-fonte, para que pudesse
lê-lo, alterá-lo ou canibalizá-lo para fazer um novo programa.</p>
+
+<div class="announcement comment" role="complementary">
+<hr class="no-display" />
<p>
-(1) O uso do termo “hacker” significando “violador de segurança” é uma
-confusão causada pelos meios de comunicação de massa. Nós hackers nos
-recusamos a reconhecer este significado, e continuamos usando a palavra com
-o significado de alguém que ama programar, alguém que aprecia brincadeiras
-inteligentes, ou a combinação dos dois. Veja meu artigo, <a
-href="http://stallman.org/articles/on-hacking.html">On Hacking</a> (em
-inglês).</p>
+Por que é mais importante do que nunca <a
+href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">insistir que o
+software que usamos seja livre</a>.
+</p>
+<hr class="no-display" />
+</div>
<h3>O colapso da comunidade</h3>
<p>
@@ -74,11 +71,11 @@ praticamente todos os programas que compunham o ITS ficaram obsoletos.</p>
A comunidade hacker do laboratório de IA já havia entrado em colapso, não
muito antes. Em 1981, a empresa derivada Symbolics havia contratado quase
todos os hackers do laboratório de IA, e a comunidade desfalcada foi incapaz
-de manter-se. (O livro Hackers, de Steve Levy, descreve esses eventos, bem
-como dá uma imagem clara desta comunidade no seu apogeu). Quando o
-laboratório de IA comprou um novo PDP-10 em 1982, seus administradores
-decidiram usar o sistema de tempo compartilhado não livre da Digital em vez
-do ITS.</p>
+de manter-se. (O livro <cite>Hackers</cite>, de Steve Levy, descreve esses
+eventos, bem como dá uma imagem clara desta comunidade no seu
+apogeu). Quando o laboratório de IA comprou um novo PDP-10 em 1982, seus
+administradores decidiram usar o sistema de tempo compartilhado não livre da
+Digital em vez do ITS.</p>
<p>
Os computadores modernos da época, como o VAX ou o 68020, tinham seus
próprios sistemas operacionais, mas nenhum deles era software livre: você
@@ -98,10 +95,10 @@ para alguns leitores. Mas o que mais poderíamos dizer sobre um sistema
baseado na divisão e impotência dos usuários? Os leitores que acham a ideia
surpreendente podem ter tomado por certo o sistema social do software
privativo, ou o julgaram nos termos sugeridos pelas empresas de software
-privativo. Os publicantes de software têm trabalhado muito duro para
+privativo. Os publicadores de software têm trabalhado muito duro para
convencer as pessoas de que há apenas uma maneira de olhar para o problema.</p>
<p>
-Quando os publicantes de software falam sobre “exercer” seus “direitos” ou
+Quando os publicadores de software falam sobre “exercer” seus “direitos” ou
“acabar com a <a
href="/philosophy/words-to-avoid.html#Piracy">pirataria</a>”, o que eles
realmente estão <em>dizendo</em> é secundário. A mensagem real destas
@@ -138,10 +135,10 @@ a atender às suas necessidades e devem ser livres para compartilhar o
software, porque ajudar outras pessoas é a base da sociedade.</p>
<p>
Não há espaço aqui para uma extensa declaração do raciocínio que por trás
-dessa conclusão, portanto, remeto o leitor às páginas da web <a
-href="/philosophy/why-free.html">http://www.gnu.org/philosophy/why-free.html</a>
-e <a
-href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">http://www.gnu.org/philosophy/free-software-even-more-important.html</a>.
+dessa conclusão, portanto, remeto o leitor a “<a
+href="/philosophy/why-free.html">Por Que o Software Não Deve Ter Donos</a>”
+e “<a href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">Software
+Livre é Ainda Mais Importante Agora</a>”.
</p>
<h3>Uma escolha moral difícil</h3>
@@ -194,7 +191,7 @@ decidi fazer o sistema compatível com o Unix para que ele fosse portável, e
para que os usuários do Unix pudessem migrar para ele facilmente. O nome GNU
foi escolhido, seguindo uma tradição hacker, como um acrônimo recursivo para
“GNU Não é Unix” (do inglês “GNU’s Not Unix”). É pronunciado como <a
-href="/gnu/pronunciation.html">uma sílaba com g forte</a>.</p>
+href="/gnu/pronunciation.html">uma sílaba com <i>g</i>&nbsp;forte</a>.</p>
<p>
Um sistema operacional não significa apenas um núcleo, que mal é suficiente
para executar outros programas. Na década de setenta, todos os sistemas
@@ -204,7 +201,8 @@ texto, gerentes de correio e muito mais. ITS os tinham, Multics os tinham,
VMS os tinham, e Unix os tinham. O sistema operacional GNU iria incluí-los
também.</p>
<p>
-Mais tarde, ouvi estas palavras, atribuídas a Hillel (1):</p>
+Mais tarde, ouvi estas palavras, atribuídas a Hillel&#8239;<a
+href="#ft2">[2]</a>:</p>
<blockquote><p>
Se eu não for por mim, quem será por mim?<br />
@@ -213,9 +211,6 @@ Mais tarde, ouvi estas palavras, atribuídas a Hillel (1):</p>
</p></blockquote>
<p>
A decisão de iniciar o projeto GNU foi baseada em um espírito semelhante.</p>
-<p>
-(1) Como um ateu eu não sigo líderes religiosos, mas às vezes eu percebo que
-admiro algo que algum deles disse.</p>
<h3>Livre como em liberdade</h3>
<p>
@@ -294,7 +289,7 @@ gentilmente me convidou para continuar usando as instalações do laboratório.<
Pouco antes do início do Projeto GNU, eu ouvi sobre o “Free University
Compiler Kit” (Kit de Compilador da Universidade Livre), também conhecido
como VUCK. (A palavra holandesa para “livre” é escrita com um
-<em>v</em>). Este era um compilador projetado para lidar com múltiplas
+<i>v</i>). Este era um compilador projetado para lidar com múltiplas
linguagens, incluindo C e Pascal, e para suportar múltiplas máquinas de
destino. Eu escrevi ao seu autor perguntando se o GNU poderia usá-lo.</p>
<p>
@@ -388,7 +383,7 @@ a versão livre.</p>
O objetivo do GNU era dar aos usuários liberdade, não apenas ser
popular. Portanto, nós precisávamos usar termos de distribuição que
impediriam o software GNU de ser transformado em software privativo. O
-método que usamos é chamado de “copyleft”.(1)</p>
+método que usamos é chamado de “copyleft”.&#8239;<a href="#ft3">[3]</a>.</p>
<p>
Copyleft usa a lei de direitos autorais, mas a inverte para servir ao oposto
do seu objetivo usual: em vez de um meio para restringir o programa, ela se
@@ -431,39 +426,28 @@ GNU é a Licença Pública Geral GNU (GNU General Public License), ou GNU GPL
para abreviar. Temos outros tipos de copyleft que são utilizados em
circunstâncias específicas. Manuais GNU estão sob copyleft também, mas usam
uma espécie de copyleft muito mais simples, porque a complexidade da GNU GPL
-não é necessária para manuais.(2)</p>
-<p>
-(1) Em 1984 ou 1985, Don Hopkins (um companheiro muito imaginativo)
-enviou-me uma carta. No envelope ele havia escrito vários dizeres
-divertidos, incluindo este: “Copyleft — todos os direitos revertidos”. Eu
-usei a palavra “copyleft” para nomear o conceito de distribuição que eu
-estava desenvolvendo no momento.</p>
-
-<p>
-(2) Agora usamos a <a href="/licenses/fdl.html">Licença de Documentação
-Livre GNU</a> (GNU Free Documentation License) para documentação.</p>
+não é necessária para manuais.&#8239;<a href="#ft4">[4]</a>.</p>
<h3>A Free Software Foundation</h3>
<p>Como o interesse em usar o Emacs foi crescendo, outras pessoas se envolveram
no projeto GNU, e decidimos que era hora de buscar financiamento mais uma
-vez. Assim, em 1985 foi criada a <a href="http://www.fsf.org/">Free Software
-Foundation</a> (FSF), uma instituição de caridade isenta de impostos para o
-desenvolvimento do software livre. A <abbr title="Free Software
-Foundation">FSF</abbr> também assumiu o negócio de distribuição de fitas com
-o Emacs; mais tarde isso foi estendido adicionando-se outros softwares
-livres (tanto GNU quanto não GNU) à fita, e com a venda de manuais livres
-também.</p>
+vez. Assim, em 1985 foi criada a <a href="https://www.fsf.org/">Free
+Software Foundation</a> (FSF), uma instituição de caridade isenta de
+impostos para o desenvolvimento do software livre. A FSF também assumiu o
+negócio de distribuição de fitas com o Emacs; mais tarde isso foi estendido
+adicionando-se outros softwares livres (tanto GNU quanto não GNU) à fita, e
+com a venda de manuais livres também.</p>
<p>A maior parte da renda da FSF costumava vir da venda de cópias de software
livre e de outros serviços relacionados (CD-ROMs com código-fonte, CD-ROMs
com binários, manuais bem impressos, todos com a liberdade de redistribuir e
modificar), e distribuições de luxo (distribuições para as quais
construíamos toda a coleção de software segundo a escolha de plataforma do
-cliente). Hoje, a FSF ainda <a href="http://shop.fsf.org/">vende manuais e
+cliente). Hoje, a FSF ainda <a href="https://shop.fsf.org/">vende manuais e
outros apetrechos</a>, mas a maior parte do seu financiamento vem de doações
de seus membros. Você pode participar da FSF em <a
-href="http://fsf.org/join">fsf.org</a>.</p>
+href="https://my.fsf.org/join">fsf.org</a>.</p>
<p>Empregados da Free Software Foundation têm escrito e mantido vários pacotes
de software GNU. Os dois mais notáveis ​​são a biblioteca C e o
@@ -471,18 +455,14 @@ interpretador de comandos. A biblioteca C GNU é o que todos os programas em
execução num sistema GNU/Linux usam para se comunicar com o Linux. Ela foi
desenvolvida por um membro da equipe da Free Software Foundation, Roland
McGrath. O interpretador de comandos usado na maioria dos sistemas GNU/Linux
-é o <abbr title="Bourne Again Shell">BASH</abbr>, o Bourne Again Shell(1),
-que foi desenvolvido pelo empregado da FSF, Brian Fox.</p>
+é o BASH, o Bourne Again Shell&#8239;<a href="#ft5">[5]</a>, que foi
+desenvolvido pelo empregado da FSF Brian Fox.</p>
<p>Financiamos o desenvolvimento destes programas porque o Projeto GNU não
dizia respeito apenas a ferramentas ou um ambiente de desenvolvimento. Nosso
objetivo era um sistema operacional completo, e esses programas eram
necessários para atingir este objetivo.</p>
-<p>(1) “Bourne Again Shell” (Interpretador de Comandos “Renascido”) é um
-trocadilho com o nome “Bourne Shell” (Interpretador de Comandos Bourne), que
-era o interpretador de comandos costumário do Unix.</p>
-
<h3>Suporte ao software livre</h3>
<p>A filosofia do software livre rejeita uma prática específica e amplamente
@@ -569,11 +549,12 @@ faltavam, listávamos vários outros projetos úteis de softwares e
documentação que nós achávamos necessários a um sistema verdadeiramente
completo.</p>
-<p>Hoje (1), dificilmente um componente do Unix está na lista de tarefas GNU —
-esse trabalho já foi feito, com exceção de uns poucos não essenciais. Mas a
-lista está cheia de projetos que alguns poderiam chamar de
-“aplicações”. Qualquer programa que agrada mais do que uma classe pequena de
-usuários é uma coisa útil para se adicionar a um sistema operacional.</p>
+<p>Hoje&#8239;<a href="#ft6">[6]</a>, dificilmente um componente do Unix está
+na lista de tarefas GNU — esse trabalho já foi feito, com exceção de uns
+poucos não essenciais. Mas a lista está cheia de projetos que alguns
+poderiam chamar de “aplicações”. Qualquer programa que agrada mais do que
+uma classe pequena de usuários é uma coisa útil para se adicionar a um
+sistema operacional.</p>
<p>Mesmo jogos estão incluídos na lista de tarefas — e estiveram desde o
início. Unix incluía jogos, então naturalmente o GNU também deveria. Mas a
@@ -581,18 +562,11 @@ compatibilidade não importa para os jogos, por isso não seguimos a lista de
jogos que o Unix tinha. Em vez disso, listamos um espectro de diferentes
tipos de jogos que os usuários poderiam gostar.</p>
-<p>(1) Isso foi escrito em 1998. Em 2009 já não mantemos uma longa lista de
-tarefas. A comunidade desenvolve software livre tão rápido que nem sequer
-podemos acompanhá-los. Em vez disso, nós temos uma lista de projetos de alta
-prioridade, uma lista muito mais curta de projetos nos quais queremos
-encorajar as pessoas a trabalhar.</p>
-
-<h3>A GNU GPL para Bibliotecas (GNU Library GPL)</h3>
+<h3>A GNU Menor GPL</h3>
<p>A biblioteca C GNU usa um tipo especial de copyleft chamado Licença Pública
-Geral GNU para Bibliotecas(1) (GNU Library General Public License), que dá
-permissão para ligar software privativo à biblioteca. Por que fazer essa
-exceção?</p>
+Geral Menor GNU&#8239;<a href="#ft7">[7]</a>, que dá permissão para ligar
+software privativo à biblioteca. Por que fazer essa exceção?</p>
<p>Não é uma questão de princípio; não há um princípio que diz que os produtos
de software privativo têm o direito de incluir o nosso código. (Por que
@@ -611,8 +585,8 @@ da biblioteca C GNU determinam se é possível compilar um programa privativo
para o sistema GNU. Não há nenhuma razão ética para permitir aplicações
privativas no sistema GNU, mas estrategicamente, parece que não as permitir
acabaria mais por desencorajar o uso do sistema GNU do que encorajar o
-desenvolvimento de aplicações livres. É por isso que usar a GPL para
-Bibliotecas é uma boa estratégia para a biblioteca C.</p>
+desenvolvimento de aplicações livres. É por isso que usar a GPL Menor é uma
+boa estratégia para a biblioteca C.</p>
<p>Para outras bibliotecas, a decisão estratégica precisa ser considerada caso
a caso. Quando uma biblioteca faz um trabalho especial que pode ajudar a
@@ -622,10 +596,10 @@ livre, dando-lhes uma vantagem sobre o software privativo.</p>
<p>Considere a GNU Readline, uma biblioteca que foi desenvolvida para fornecer
a edição de linha de comando para o BASH. Readline é distribuída sob a GNU
-GPL comum, não a GPL para Bibliotecas. Isso provavelmente reduz o quanto a
-Readline é usada, mas isso não nos representa perda. Por outro lado, pelo
-menos uma aplicação útil foi feita software livre especificamente para que
-ela pudesse usar a Readline, e isso é um ganho real para a comunidade.</p>
+GPL comum, não a GPL Menor. Isso provavelmente reduz o quanto a Readline é
+usada, mas isso não nos representa perda. Por outro lado, pelo menos uma
+aplicação útil foi feita software livre especificamente para que ela pudesse
+usar a Readline, e isso é um ganho real para a comunidade.</p>
<p>Desenvolvedores de software privativo têm as vantagens que o dinheiro
fornece; desenvolvedores de software livre precisam criar vantagens uns para
@@ -635,12 +609,6 @@ software privativo, fornecendo módulos úteis para servir como blocos de
construção em novos pacotes de software livre, e agregando a uma grande
vantagem para o desenvolvimento subsequente do software livre.</p>
-<p>(1) Esta licença é agora chamada de Licença Pública Geral GNU Reduzida (GNU
-Lesser General Public License), para evitar passar a ideia de que todas as
-bibliotecas deveriam usá-la. Consulte <a
-href="/philosophy/why-not-lgpl.html">Por que você não deve usar a GPL
-Reduzida para a sua próxima biblioteca</a> para mais informações.</p>
-
<h3>Colocar o dedo na ferida?</h3>
<p>
Eric Raymond diz que “Todo bom trabalho de software começa ao colocar-se o
@@ -768,7 +736,7 @@ elas valorizam a sua liberdade e não deixam ninguém levá-la embora.</p>
<p>
As quatro seções seguintes abordam esses desafios.</p>
-<h3>Hardware secreto</h3>
+<h4>Hardware secreto</h4>
<p>
Os fabricantes de hardware tendem cada vez mais a manter as especificações
de hardware secretas. Isso torna difícil o desenvolvimento de controladores
@@ -788,14 +756,9 @@ sentimento de que o software livre é uma questão de princípios, e os
controladores não livres são intoleráveis. E irá um grande número de pessoas
gastar dinheiro extra, ou até mesmo um pouco de tempo extra, para que possam
usar controladores livres? Sim, se a determinação de ter liberdade for
-generalizada.</p>
-<p>
-(nota de 2008: este problema estende-se também à BIOS. Há uma BIOS livre, <a
-href="http://www.libreboot.org/">LibreBoot</a> (uma distribuição do
-coreboot); o problema está em conseguir especificações para as máquinas de
-modo que LibreBoot possa suportá-las sem “blobs” não livres).</p>
+generalizada&#8239;<a href="#ft8">[8]</a>.</p>
-<h3>Bibliotecas não livres</h3>
+<h4>Bibliotecas não livres</h4>
<p>
Uma biblioteca não livre que funciona em sistemas operacionais livres age
como uma armadilha para os desenvolvedores do software livre. Recursos
@@ -849,27 +812,24 @@ licença que, quando realizada, deverá fazer da Qt software livre. Não há
maneira de ter certeza, mas eu acho que isso foi em parte devido à resposta
firme da comunidade ao problema que a Qt causou quando era não livre. (A
nova licença é inconveniente e injusta, por isso, continua a ser desejável
-evitar o uso da Qt).</p>
-<p>
-[Nota subsequente: em setembro de 2000, Qt foi relançada sob a GNU GPL, o
-que essencialmente resolveu este problema].</p>
+evitar o uso da Qt&#8239;<a href="#ft9">[9]</a>.)</p>
<p>
Como vamos responder à próxima tentadora biblioteca não livre? Irá toda a
comunidade entender a necessidade de ficar longe da armadilha? Ou será que
muitos de nós desistiremos da liberdade por conveniência, e produziremos um
problema maior? Nosso futuro depende de nossa filosofia.</p>
-<h3>As patentes de software</h3>
+<h4>As patentes de software</h4>
<p>
A pior ameaça que enfrentamos vem de patentes de software, que podem colocar
algoritmos e funcionalidades fora do alcance do software livre por até 20
anos. As patentes do algoritmo de compressão LZW foram aplicadas em 1983, e
nós ainda não podemos liberar software livre que produza adequadamente <abbr
-title="Graphics Interchange Format">GIF</abbr>s comprimidos. [Em 2009 elas
-expiraram]. Em 1998, um programa livre para produzir áudio comprimido em
-<abbr title="MPEG-1 Audio Layer 3">MP3</abbr> foi impedido de ser
-distribuído sob a ameaça de um processo de patente. [Desde 2017, essas
-patentes expiraram. Veja quanto tempo tivemos que esperar.]
+title="Graphics Interchange Format">GIF</abbr>s comprimidos&#8239;<a
+href="#ft10">[10]</a>. Em 1998, um programa livre para produzir áudio
+comprimido em <abbr title="MPEG-1 Audio Layer 3">MP3</abbr> foi impedido de
+ser distribuído sob a ameaça de um processo de patente&#8239;<a
+href="#ft11">[11]</a>.
</p>
<p>
Existem maneiras de lidar com as patentes: podemos procurar evidências de
@@ -888,7 +848,7 @@ eficácia prática do modelo de desenvolvimento “bazar”, bem como a
confiabilidade e poder de alguns softwares livres, não devemos parar por
aí. Temos que falar sobre liberdade e princípio.</p>
-<h3>Documentação livre</h3>
+<h4>Documentação livre</h4>
<p>
A maior deficiência nos sistemas operacionais livres não está no software —
é a falta de bons manuais livres que possamos incluir em nossos sistemas. A
@@ -1014,6 +974,71 @@ maiores a cada ano, e agora a Microsoft está explicitamente alvejando nossa
comunidade. Nós não podemos tomar o futuro da liberdade por garantido. Não
tome por garantido! Se você quiser manter sua liberdade, você deve estar
preparado para defendê-la.</p>
+<div class="column-limit"></div>
+
+<h3 class="footnote">Notas de rodapé</h3>
+<ol>
+<li id="ft1">O uso do termo “hacker” significando “violador de segurança” é uma confusão
+causada pelos meios de comunicação de massa. Nós hackers nos recusamos a
+reconhecer este significado, e continuamos usando a palavra com o
+significado de alguém que ama programar, alguém que aprecia brincadeiras
+inteligentes, ou a combinação dos dois. Veja meu artigo, <a
+href="http://stallman.org/articles/on-hacking.html">On Hacking</a> (em
+inglês).</li>
+
+<li id="ft2">Como um ateu eu não sigo líderes religiosos, mas às vezes eu percebo que
+admiro algo que algum deles disse.</li>
+
+<li id="ft3">Em 1984 ou 1985, Don Hopkins (um companheiro muito imaginativo) enviou-me
+uma carta. <a href="/graphics/copyleft-sticker.html">No envelope</a> ele
+havia escrito vários dizeres divertidos, incluindo este: “Copyleft — todos
+os direitos revertidos”. Eu usei a palavra “copyleft” para nomear o conceito
+de distribuição que eu estava desenvolvendo no momento.</li>
+
+<li id="ft4">Agora usamos a <a href="/licenses/fdl.html">Licença de Documentação Livre
+GNU</a> para documentação.</li>
+
+<li id="ft5">“Bourne Again Shell” (Interpretador de Comandos “Renascido”) é um trocadilho
+com o nome “Bourne Shell” (Interpretador de Comandos Bourne), que era o
+interpretador de comandos costumeiro do Unix.</li>
+
+<li id="ft6">Isso foi escrito em 1998. Em 2009 já não mantemos uma longa lista de
+tarefas. A comunidade desenvolve software livre tão rápido que nem sequer
+podemos acompanhá-los. Em vez disso, nós temos uma lista de projetos de alta
+prioridade, uma lista muito mais curta de projetos nos quais queremos
+encorajar as pessoas a trabalhar.</li>
+
+<li id="ft7">Esta licença é agora chamada de Licença Pública Geral GNU Reduzida (GNU
+Lesser General Public License), para evitar passar a ideia de que todas as
+bibliotecas deveriam usá-la. Consulte <a
+href="/philosophy/why-not-lgpl.html">Por que você não deve usar a GPL
+Reduzida para a sua próxima biblioteca</a> para mais informações.</li>
+
+<li id="ft8">nota de 2008: este problema estende-se também à BIOS. Há uma BIOS livre, <a
+href="http://www.libreboot.org/">LibreBoot</a> (uma distribuição do
+coreboot); o problema está em conseguir especificações para as máquinas de
+modo que LibreBoot possa suportá-las sem “blobs” não livres.</li>
+
+<li id="ft9">Em setembro de 2000, Qt foi relançada sob a GNU GPL, o que essencialmente
+resolveu este problema.</li>
+
+<li id="ft10">Desde 2009, as patentes do GIF expiraram.</li>
+
+<li id="ft11">Desde 2017, as patentes do MP3 expiraram. Veja quanto tempo tivemos que
+esperar.</li>
+</ol>
+
+<div class="infobox extra" role="complementary">
+<hr />
+<p>
+Originalmente publicado no livro <cite>Open Sources</cite>. Richard Stallman
+<a href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">nunca foi um
+apoiante do “código aberto”</a>, mas contribuiu com este artigo para que as
+ideias do movimento de software livre não estivessem totalmente ausentes
+naquele livro.
+</p>
+</div>
+</div>
<div class="translators-notes">
@@ -1027,7 +1052,7 @@ tanto “livre” quanto “gratuito”.</li>
<!-- for id="content", starts in the include above -->
<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" -->
-<div id="footer">
+<div id="footer" role="contentinfo">
<div class="unprintable">
<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a
@@ -1047,7 +1072,7 @@ href="mailto:webmasters@gnu.org">&lt;webmasters@gnu.org&gt;</a>.</p>
&lt;web-translators@gnu.org&gt;</a>.</p>
- <p>For information on coordinating and submitting translations of
+ <p>For information on coordinating and contributing translations of
our web pages, see <a
href="/server/standards/README.translations.html">Translations
README</a>. -->
@@ -1057,8 +1082,8 @@ favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para
<a
href="mailto:web-translators@gnu.org">&lt;web-translators@gnu.org&gt;</a>.
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<a href="http://oitofelix.freeshell.org/">Bruno Félix Rezende Ribeiro</a> <a
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