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diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/self-interest.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/self-interest.html new file mode 100644 index 0000000..0f67d14 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/self-interest.html @@ -0,0 +1,216 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/self-interest.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.96 --> +<!-- This page is derived from /server/standards/boilerplate.html --> +<!--#set var="TAGS" value="thirdparty" --> +<!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="yes" --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Interesse próprio - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/self-interest.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<!--#include virtual="/philosophy/ph-breadcrumb.pt-br.html" --> +<!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE--> +<!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" --> +<div class="article reduced-width"> +<h2>Interesse próprio</h2> + +<address class="byline">por Loyd Fueston</address> + +<p> +O interesse próprio é suficiente para organizar uma economia livre?</p> + +<p> +A resposta rápida é “Não”. E poucos dos teóricos mais conhecidos do livre +mercado jamais pensaram que o interesse próprio era, ou poderia ser, +suficiente para organizar, ou manter por muito tempo, uma economia +livre. Entre esses teóricos, Adam Smith é frequentemente considerado o +principal filósofo do interesse próprio. Em um livro escrito para corrigir +uma série de mal-entendidos dos ensinamentos de Smith, encontramos os +seguintes resumos da visão de Smith sobre o interesse próprio:</p> + +<blockquote><p> +Longe de ser um individualista, Smith acreditava que é a influência da +sociedade que transforma as pessoas em seres morais. Ele pensava que as +pessoas frequentemente julgam mal seus próprios interesses. +</p></blockquote> + +<p> +Ainda mais direto ao ponto:</p> + +<blockquote><p> +[Adam Smith] considerou a tentativa de explicar todo o comportamento humano +com base no interesse próprio como analiticamente equivocada e moralmente +perniciosa. <a href="#fn1">[1]</a> +</p></blockquote> + +<p> +Como Adam Smith certamente percebeu, o interesse próprio será uma das +principais forças organizadoras das atividades econômicas em qualquer +sociedade, mas isso é tão verdadeiro na sociedade mais repressiva ou brutal +quanto em uma sociedade relativamente livre e aberta. A maioria de nós não +gostará dos resultados do interesse próprio não temperado pelo respeito +pelas outras criaturas. Como um exemplo recente, ao colocar seu país em +desvantagem para a maioria dos cidadãos soviéticos, os líderes do Partido +Comunista e dos serviços militares e de inteligência soviéticos estavam +defendendo seus próprios interesses, pelo menos da maneira como os entendiam +ou não entendiam.</p> +<p> +As vantagens de que gozam os americanos sobre os cidadãos dos países +soviéticos, e as vantagens de que ainda desfrutamos sobre os cidadãos +nominalmente livres da Rússia e de outros países da Europa Oriental, são as +de uma sociedade organizada para permitir que uma alta porcentagem de +americanos ajam de forma a servir tanto a seus próprios interesses quanto a +algum estoque substancial de princípios morais. Não apenas nossos hábitos e +costumes, mas também nossas leis positivadas – como os de copyright – entrar +nessa organização de nossa sociedade, para o bem ou para o mal, mas não de +uma maneira moralmente neutra.</p> +<p> +O interesse próprio não é necessariamente mau, embora possa levar as pessoas +a agir de maneiras moralmente repreensíveis. O amor a si mesmo e o +consequente desenvolvimento do interesse próprio é um aspecto de uma +criatura que também é um ser social e, portanto, moral. O interesse próprio +pode servir aos interesses morais em uma sociedade livre, desde que essa +sociedade tenha os fundamentos adequados. Os elementos dessas fundações +incluem não apenas uma população que compartilha um corpo substancial de +crenças e hábitos morais, mas também as estruturas políticas formais, leis +positivas e decisões judiciais aceitas, capazes de apoiar tanto a ordem +social quanto a liberdade pessoal. Uma vez que eles estejam em vigor, e uma +vez que tenham sido internalizados pela maioria dos cidadãos, o interesse +próprio fornecerá uma espécie de combustível para manter uma economia +funcionando de maneira eficaz, sem levar a resultados imorais no geral. A +questão é sempre: nossa sociedade está organizada de maneira adequada, em +suas leis positivas e nos hábitos que ensinamos nossos filhos e reforçamos +em nós mesmos, de modo que o interesse próprio e os princípios morais +geralmente não entrem em conflito?</p> +<p> +As pessoas cientes da matemática moderna ou das técnicas de programação +devem apreciar as interações recursivas e inerentemente instáveis entre a +moralidade individual e a estrutura social. Para simplificar demais de uma +maneira útil: Pessoas com crenças morais substanciais organizam sociedades +ao longo dessas crenças e essas sociedades então começam a formar os hábitos +e crenças de crianças, imigrantes, etc. de acordo com essas mesmas +crenças. Sempre, é um processo histórico confuso que pode ser destruído ou +redirecionado para caminhos menos desejáveis. Há inevitavelmente uma questão +de saber se estamos nos desviando de um caminho adequado e também uma +questão de quão robusta é a sociedade, ou seja, quanta perturbação seria +necessária para destruir muito do que há de bom nessa sociedade.</p> +<p> +Às vezes, pessoas boas decidirão que algo deu errado e é hora de lutar por +um princípio moral, mesmo que seja necessário sacrificar, ou pelo menos +qualificar, seus próprios interesses. Nas palavras de Thomas Sowell, um +teórico do mercado livre de nosso tempo:</p> + +<blockquote><p> +Existem, é claro, valores não econômicos. Na verdade, existem +<em>apenas</em> valores não econômicos. A economia não é um valor em si, mas +apenas um método de trocar um valor por outro. Se as declarações sobre +“valores não econômicos” (ou, mais especificamente, “valores sociais” ou +“valores humanos”) pretendem negar a realidade inerente das trocas ou +isentar algum valor particular do processo de troca, então tais ideais +altruístas não podem ser demonstrado de forma mais eficaz do que trocando +ganhos financeiros no interesse de tais ideais. Esta é uma compensação +econômica. <a href="#fn2">[2]</a> +</p></blockquote> + +<p> +No contexto, o professor Sowell não estava argumentando contra aqueles que +atribuem algum tipo de poder moral ao interesse próprio; ele estava, em vez +disso, argumentando contra aqueles que pensam que deveria haver um caminho +fácil para a reforma de uma sociedade que pode ter um defeito moral +específico. Esses são os dois lados da mesma moeda – servir aos interesses +próprios pode colocar uma pessoa em conflito com os valores morais e a +tentativa de servir aos valores morais pode levar a algum sacrifício dos +próprios interesses.</p> +<p> +O interesse próprio pode ser um combustível poderoso para uma sociedade, +pelo menos quando os cidadãos dessa sociedade são indivíduos bem formados, +mas não há nenhum aspecto místico ou mágico no interesse próprio que garanta +resultados morais. O interesse próprio levará a resultados geralmente morais +na medida em que as restrições morais, externas, mas principalmente +internas, guiam as ações das partes interessadas. Uma sociedade com as +restrições adequadas não passa a existir por algum ato mágico, mas sim pelos +atos de pessoas que almejam um propósito mais elevado, seja a preservação da +liberdade na sociedade como um todo ou a preservação de um espírito +cooperativo dentro de comunidades de programadores, ou talvez ambos ao mesmo +tempo.</p> +<div class="column-limit"></div> + +<h3 class="footnote">Notas de rodapé</h3> +<ol> + <li id="fn1">Ambas citações são da página 2 de <cite>Adam Smith: In His Time and +Ours</cite>, Jerry Z. Muller, Princeton: Princeton University Press, 1993.</li> + <li id="fn2">Da página 79 de <cite>Knowledge & Decisions</cite>, Thomas Sowell, New +York: Basic Books, 1980.</li> +</ol> +</div> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer" role="contentinfo"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and contributing translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e a +contribuição com traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 1998 Loyd Fueston <a +href="mailto:fueston@banet.net"><fueston@banet.net></a></p> + +<p>A cópia literal e distribuição de todo este artigo são permitidas em +qualquer meio, desde que este aviso seja preservado.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2021.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2021/12/28 18:01:36 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> |