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diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/15-years-of-free-software.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/15-years-of-free-software.html new file mode 100644 index 0000000..c7daefd --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/15-years-of-free-software.html @@ -0,0 +1,168 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/15-years-of-free-software.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>15 anos de software livre - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> +<meta http-equiv="Keywords" + content="GNU, FSF, Free Software Foundation, liberdade, Richard Stallman, rms, +movimento software livre" /> +<meta http-equiv="Description" + content="Richard Stallman discute a história do movimento para desenvolver um sistema +operacional livre." /> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/15-years-of-free-software.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>15 anos de software livre</h2> + +<p> + por <strong>Richard M. Stallman</strong> +</p> + +<p> + Agora são apenas mais de 15 anos desde o início do Movimento Software Livre +e do Projeto GNU. Percorremos um longo caminho. +</p> + +<p> + Em 1984, era impossível usar um computador moderno sem instalar um sistema +operacional proprietário, que você teria que obter sob uma licença +restritiva. Ninguém tinha permissão para compartilhar softwares livremente +com outros usuários de computador, e dificilmente alguém poderia mudar o +software para atender às suas próprias necessidades. Os donos do software +ergueram muros para nos dividir uns dos outros. +</p> + +<p> + O Projeto GNU foi fundado para mudar tudo isso. Seu primeiro objetivo: +desenvolver um sistema operacional portátil compatível com Unix que seria um +software 100% livre. Não é 95% livre, não 99,5%, mas 100% – para que +os usuários fiquem livres para redistribuir todo o sistema e tenham +liberdade para alterar e contribuir com qualquer parte dele. O nome do +sistema, GNU, é um acrônimo recursivo que significa “GNU Não é Unix”, uma +maneira de prestar homenagem às ideias técnicas do Unix, enquanto ao mesmo +tempo diz que o GNU é algo diferente. Tecnicamente, o GNU é como o Unix. Mas +ao contrário do Unix, o GNU dá liberdade aos seus usuários. +</p> + +<p> + Demorou muitos anos de trabalho, por centenas de programadores, para +desenvolver este sistema operacional. Alguns foram pagos pela Free Software +Foundation e por empresas de software livre; a maioria era +voluntária. Alguns se tornaram famosos; a maioria é conhecida principalmente +em sua profissão por outros hackers que usam ou trabalham em seu +código. Todos juntos ajudaram a liberar o potencial da rede de computadores +para toda a humanidade. +</p> + +<p> + Em 1991, o último grande componente essencial de um sistema similar ao Unix +foi desenvolvido: Linux, o kernel livre escrito por Linus Torvalds. Hoje, a +combinação de GNU e Linux é usada por milhões de pessoas em todo o mundo, e +sua popularidade está crescendo. Este mês, anunciamos a versão 1.0 do <abbr +title="GNU Network Object Model Environment">GNOME</abbr>, o ambiente +gráfico do GNU, que esperamos que torne o sistema GNU/Linux tão fácil de +usar quanto qualquer outro sistema operacional. +</p> + +<p> + Mas nossa liberdade não está permanentemente assegurada. O mundo não está +parado e não podemos contar com a liberdade daqui a cinco anos, só porque o +temos hoje. O software livre enfrenta desafios e perigos difíceis. Serão +necessários esforços determinados para preservar a nossa liberdade, assim +como foi preciso obter a liberdade em primeiro lugar. Enquanto isso, o +sistema operacional é apenas o começo – agora precisamos adicionar +aplicativos livres para lidar com toda a gama de trabalhos que os usuários +querem fazer. +</p> + +<p> + Em colunas futuras, estarei escrevendo sobre os desafios específicos +enfrentados pela comunidade de software livre, e outras questões que afetam +a liberdade para usuários de computador, bem como os desenvolvimentos que +afetam o sistema operacional GNU/Linux. +</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1999, 2014, 2020 Richard M. Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019-2020.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/07/26 11:30:53 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/2020-announcement-1.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/2020-announcement-1.html new file mode 100644 index 0000000..af55381 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/2020-announcement-1.html @@ -0,0 +1,116 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/2020-announcement-1.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.91 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Atualização da cooperação GNU-FSF - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/2020-announcement-1.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Atualização da cooperação GNU-FSF</h2> + +<p>A Free Software Foundation e a liderança do Projeto GNU estão definindo como +esses dois grupos separados cooperam. Nosso objetivo mútuo é trabalhar em +conjunto como pares, minimizando as mudanças nos aspectos práticos dessa +cooperação, para que possamos avançar em nossa missão comum de software +livre.</p> + +<p>Alex Oliva, Henry Poole e John Sullivan (<a +href="https://www.fsf.org/about/staff-and-board">membros do conselho ou +diretores da FSF</a>) e Richard Stallman (chefe do Projeto GNU), se reuniram +para desenvolver uma estrutura geral que servirá de base para uma discussão +mais aprofundada sobre áreas específicas de cooperação. Juntos, estamos +considerando a contribuição recebida do público em <a +href="mailto:fsf-and-gnu@fsf.org"><fsf-and-gnu@fsf.org></a> e <a +href="mailto:gnu-and-fsf@gnu.org"><gnu-and-fsf@gnu.org></a>. Instamos +as pessoas a enviarem mais contribuições até 13 de fevereiro porque +esperamos concluir essa estrutura em breve.</p> + +<p>Esse anúncio conjunto também pode ser lido em <a +href="https://www.fsf.org/news/gnu-fsf-cooperation-update"> +https://www.fsf.org/news/gnu-fsf-cooperation-update</a>.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2020 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2020.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/about-gnu.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/about-gnu.html new file mode 100644 index 0000000..b2e8599 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/about-gnu.html @@ -0,0 +1,157 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/about-gnu.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Sobre o Sistema Operacional do GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/about-gnu.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Sobre o Sistema Operacional do GNU</h2> + +<blockquote> +<p>O nome “GNU” é um acrônimo recursivo para “GNU's Not Unix!”; ela é +pronunciada como <a href="/gnu/pronunciation.html">uma sílaba com um g +forte</a>.</p> +</blockquote> + +<p>[<a href="/gnu/gnu.html">Outros artigos históricos e gerais sobre o +GNU.</a>]</p> + +<p>O GNU foi lançado por Richard Stallman (rms) em 1983, como um sistema +operacional que seria reunido por pessoas que trabalham juntas pela +liberdade de todos os usuários de software para controlar sua +computação. rms permanece sendo o hoje <cite>Cheif GNUisance</cite>.</p> + +<p>O objetivo principal e contínuo do GNU é oferecer um sistema compatível com +o Unix que seria 100% <a href="/philosophy/free-sw.html">software +livre</a>. Não 95% livre, não 99,5%, mas 100%. O nome do sistema, GNU, é um +acrônimo recursivo que significa “GNU's Not Unix” (em português, “GNU Não é +Unix”) — uma maneira de homenagear as ideias técnicas do Unix, +enquanto ao mesmo tempo diz que o GNU é algo diferente. Tecnicamente, o GNU +é como o Unix. Mas, ao contrário do Unix, o GNU dá liberdade a seus +usuários.</p> + +<p><a href="/distros/free-distros.html">Distribuições de sistema totalmente +livre</a> (“distros”) que atendem a este objetivo estão disponíveis hoje, +muitas usando o <a +href="http://www.fsfla.org/svnwiki/selibre/linux-libre/">kernel +Linux-libre</a> (a <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">relação entre GNU e o +kernel Linux</a> é descrita mais detalhadamente em outro lugar). Os <a +href="/software/software.html">pacotes GNU</a> foram criados para trabalhar +em conjunto de forma que possamos ter um sistema GNU funcional. Descobriu-se +que eles também servem como um “upstream” comum para muitas distros, então +contribuições para pacotes GNU ajudam a comunidade de software livre como um +todo. Naturalmente, o trabalho no GNU está em andamento, com o objetivo de +criar um sistema que dê a maior liberdade aos usuários de computadores. Os +pacotes GNU incluem aplicativos orientados a usuários, utilitários, +ferramentas, bibliotecas e até jogos — todos os programas que um +sistema operacional pode oferecer aos seus usuários. <a +href="/help/evaluation.html">Novos pacotes são bem-vindos.</a> </p> + +<p>Milhares de pessoas se juntaram para tornar o GNU o sucesso que é hoje, e há +<a href="/help/help.html">muitas formas de contribuir</a>, tanto técnicas +como não técnicas. Os desenvolvedores do GNU se reúnem de tempos em tempos +em <a href="/ghm/ghm.html">GNU Hackers Meetings</a> (“Reuniões de Hackers do +GNU”), às vezes como parte das conferências do <a +href="http://libreplanet.org/">LibrePlanet</a>, a maior comunidade de +software livre.</p> + +<p>O GNU sido apoiado de várias maneiras pela <a +href="http://www.fsf.org/">Free Software Foundation</a>, a organização sem +fins lucrativos também fundada pelo rms para defender ideais de software +livre. Entre outras coisas, a FSF aceita atribuições de copyrights e +isenções de responsabilidade, para que possa atuar no tribunal em nome dos +programas GNU. (Para ser claro, contribuir com um programa para o GNU, +<em>não</em> exige a transferência do copyright para a FSF. Se você atribuir +o copyright, a FSF aplicará a GPL para o programa se alguém violá-la; se +você mantiver o copyright, a aplicação dependerá de você.)</p> + +<p>O objetivo final é fornecer software livre para fazer todos os trabalhos que +os usuários de computadores desejam fazer — e assim fazer o software +proprietário uma coisa do passado.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2014, 2017, 2018 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/amazon.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/amazon.html new file mode 100644 index 0000000..209b6c2 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/amazon.html @@ -0,0 +1,299 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/amazon.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>(Anteriormente) Boicote à Amazônia! - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/amazon.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>(Anteriormente) Boicote à Amazônia!</h2> + +<div class="comment"> +<p> +A FSF decidiu encerrar seu boicote à Amazon em setembro de 2002. (Esquecemos +de editar esta página na época.) Não conseguimos dizer o resultado exato do +processo contra a Barnes & Nobre, mas não parece ser muito prejudicial +para o réu. E a Amazon não atacou mais ninguém.</p> +<p> +A Amazon tem uma série de outras patentes ameaçadoras desde então, mas ainda +não as usou para agressão. Talvez não faça isso. Se isso acontecer, vamos +analisar como podemos denunciá-la.</p> +<p> +O resto desta página é como era em 2001, enquanto o boicote estava ativo.</p> +</div> + +<hr class="thin" /> + +<p> +Se você apoia o boicote, +<br /> +<em>Por favor, acrescente um link para esta página</em> +<br /> +<strong>http://www.gnu.org/philosophy/amazon.html</strong> !!!! +</p> + +<hr class="thin" /> + +<h3 id="whyBoycott">Por que nós boicotamos a Amazon</h3> +<p> +A Amazon obteve uma <a href="/philosophy/amazonpatent.html">patente nos EUA +(5.960.411)</a> sobre uma ideia importante e óbvia para o comércio +eletrônico: uma ideia às vezes conhecida como compra com um clique (<i +lang="en">one-click purchasing</i>). A ideia é que seu comando em um +navegador web para comprar um determinado item possa levar informações sobre +sua identidade. (Funciona enviando ao servidor um “cookie”, um tipo de +código de identificação que seu navegador recebeu anteriormente do mesmo +servidor.)</p> +<p> +A Amazon processou para impedir o uso dessa ideia simples, mostrando que +eles realmente pretendem monopolizá-la. Este é um ataque contra a World Wide +Web e contra o comércio eletrônico em geral.</p> +<p> +A ideia patenteada aqui é apenas que uma empresa pode dar-lhe algo que você +pode posteriormente mostrar-lhes para se identificar para o crédito. Isso +não é novidade: um cartão de crédito físico faz o mesmo trabalho, afinal de +contas. Mas o Escritório de Patentes dos EUA emite patentes sobre ideias +óbvias e conhecidas todos os dias. Às vezes o resultado é um desastre.</p> +<p> +Hoje a Amazon está processando uma grande empresa. Se isso fosse apenas uma +disputa entre duas empresas, não seria uma questão pública importante. Mas a +patente dá à Amazon o poder sobre qualquer um que administre um site nos EUA +(e em outros países que lhes deem patentes semelhantes) – poder para +controlar todo o uso dessa técnica. Embora apenas uma empresa esteja sendo +processada hoje, o problema afeta toda a Internet.</p> +<p> +A Amazon não está sozinha na falha que está acontecendo. O Escritório de +Patentes dos EUA (<i lang="en">US Patent Office</i>) é o culpado por ter +padrões muito baixos, e os tribunais norte-americanos são os culpados por +endossá-los. E a lei de patentes dos EUA é responsável por autorizar +patentes sobre técnicas de manipulação de informações e padrões de +comunicação – uma política que é prejudicial em geral.</p> + +<p> +Políticas governamentais tolas deram à Amazon a oportunidade – mas uma +oportunidade não é uma desculpa. A Amazon fez a escolha por obter essa +patente e a escolha de usá-la no tribunal para agressão. A responsabilidade +moral final pelas ações da Amazon está com os executivos da Amazon.</p> +<p> +Podemos esperar que o tribunal decida que esta patente é legalmente +inválida. Se o fizerem, isso dependerá de fatos detalhados e técnicas +obscuras. A patente usa pilhas de detalhes semirrelevantes para tornar esta +“invenção” parecer algo sutil.</p> +<p> +Mas não temos que esperar passivamente que o tribunal decida a liberdade do +comércio eletrônico. Há algo que podemos fazer agora: podemos nos recusar a +fazer negócios com a Amazon. Por favor, não compre nada da Amazon até que +eles prometam parar de usar esta patente para ameaçar ou restringir outros +sites.</p> +<p> +Se você for o autor de um livro vendido pela Amazon, poderá fornecer ajuda +poderosa a essa campanha colocando esse texto no “comentário do autor” sobre +o seu livro, no site da Amazon. (Infelizmente, parece que eles estão se +recusando a postar esses comentários para os autores.)</p> +<p> +Se você tiver sugestões ou se simplesmente apoiar o boicote, envie um e-mail +para <a href="mailto:amazon@gnu.org"><amazon@gnu.org></a> para nos +informar.</p> +<p> +A resposta da Amazon às pessoas que escrevem sobre a patente contém um +equívoco sutil que vale a pena analisar:</p> +<blockquote><p> + O sistema de patentes é projetado para incentivar a inovação, e passamos +milhares de horas desenvolvendo nosso recurso de compras 1-ClickR. +</p></blockquote> +<p> +Se gastassem milhares de horas, certamente não gastariam pensando na técnica +geral que a patente cobre. Então, se eles estão dizendo a verdade, o que +eles gastaram essas horas fazendo?</p> +<p> +Talvez tenham passado algum tempo escrevendo o pedido de patente. Essa +tarefa foi certamente mais difícil do que pensar na técnica. Ou talvez eles +estejam falando sobre o tempo que levou para projetar, escrever, testar e +aperfeiçoar os scripts e as páginas web para lidar com compras com apenas um +clique. Esse foi certamente um trabalho substancial. Olhando atentamente +para as suas palavras, parece que “milhares de horas de desenvolvimento” +poderia incluir qualquer um desses dois trabalhos.</p> +<p> +Mas a questão aqui não é sobre os detalhes em seus scripts específicos (que +eles não disponibilizam para nós) e páginas web (que são protegidos por +direitos autorais de qualquer maneira). A questão aqui é a ideia geral e se +a Amazon deveria ter o monopólio dessa ideia.</p> +<p> +Você, ou eu, está livre para gastar as horas necessárias escrevendo nossos +próprios scripts, nossas próprias páginas web, para fornecer compras com um +único clique? Mesmo se estivermos vendendo algo diferente de livros, somos +livres para fazer isso? Essa é a questão. A Amazon procura nos negar essa +liberdade, com a ajuda ávida de um governo dos EUA equivocado.</p> +<p> +Quando a Amazon envia declarações inteligentemente enganosas como a citada +acima, demonstra algo importante: elas se importam com o que o público pensa +de suas ações. Eles devem se importar – eles são um varejista. Repulsa +pública pode afetar seus lucros.</p> +<p> +As pessoas apontaram que o problema das patentes de software é muito maior +do que o da Amazon, que outras empresas poderiam ter agido da mesma forma, e +que boicotar a Amazon não mudará diretamente a lei de patentes. Claro, tudo +isso é verdade. Mas isso não é argumento contra esse boicote!</p> +<p> +Se montarmos o boicote forte e duradouramente, a Amazon poderá eventualmente +fazer uma concessão para acabar com ele. E mesmo se não o fizerem, a próxima +empresa que tiver uma patente de software ultrajante e considerar processar +alguém perceberá que pode haver um preço a pagar. Eles podem ter segundos +pensamentos.</p> +<p> +O boicote também pode indiretamente ajudar a mudar a lei de patentes – +chamando a atenção para a questão e espalhando a demanda por mudanças. E é +tão fácil participar que não há necessidade de ser dissuadido por conta +disso. Se você concorda com a questão, por que <em>não</em> boicotar a +Amazon?</p> +<p> +Para ajudar a espalhar a palavra, por favor, coloque uma nota sobre o +boicote em sua própria página pessoal, e também em páginas institucionais, +se puder. Faça um link para esta página; informações atualizadas serão +colocadas aqui.</p> + +<h3 id="whyContinue">Por que o boicote continua, dado que a ação se estabilizou</h3> + +<p> +A Amazon.com informou em março de 2002 que havia resolvido o processo de +violação de patentes de longa data contra a Barnes & Noble sobre o seu +sistema de compra com um clique. Os detalhes do acordo não foram divulgados.</p> + +<p> +Como os termos não foram divulgados, não temos como saber se isso representa +uma derrota para a Amazon, o que justificaria o fim do boicote. Assim, +encorajamos todos a continuar o boicote.</p> + +<h3 id="Updates">Atualizações e links</h3> + +<p> +Nesta seção, listamos atualizações e links sobre questões relacionadas à +Amazon.com, suas práticas de negócios e histórias relacionadas ao +boicote. Novas informações são adicionadas ao final desta seção.</p> + +<p> +Tim O'Reilly enviou à Amazon uma <a +href="http://www.oreilly.com/pub/a/oreilly/ask_tim/2000/amazon_patent.html">carta +aberta</a> desaprovando o uso desta patente, afirmando a posição com a maior +força possível, dada a falta de vontade de parar de fazer negócios com eles.</p> + +<p> +<a href="http://www.stallman.org/">Richard M. Stallman</a> escreveu uma <a +href="/philosophy/amazon-rms-tim.html">carta a Tim O'Reilly</a> a respeito +da declaração por Jeff Bezos, <abbr title="Chief Executive +Officer">CEO</abbr> da Amazon, na qual pediu que patentes de software +durassem apenas 3 a 5 anos.</p> + +<p> +Paul Barton-Davis <a href="mailto:pbd@op.net"><pbd@op.net></a>, um dos +programadores fundadores da Amazon, <a +href="http://www.equalarea.com/paul/amazon-1click.html">escreve</a> sobre o +Boicote à Amazon.</p> + +<p> +Nat Friedman escreve com uma <a href="/philosophy/amazon-nat.html">história +de sucesso do Boicote à Amazon</a>.</p> + +<p> +Em paralelo, a Amazon está fazendo <a +href="https://web.archive.org/web/20140610154715/http://www.salon.com/1999/10/28/amazon_3/">outras +coisas desagradáveis</a> em outras ações judiciais também.</p> + +<p> +Veja <a href="http://endsoftpatents.org">http://endsoftpatents.org</a> para +mais informações sobre um problema mais amplo das <a +href="https://web.archive.org/web/20150329143651/http://progfree.org/Patents/patents.html"> +patentes de software</a>.</p> + +<p> +<a +href="http://web.archive.org/web/20010430183216/http://www.cpsr.org/links/bookstore/"> +Computer Professionals for Social Responsibility retiraram sua afiliação da +Amazon</a>.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1999, 2001, 2007, 2008, 2013, 2014, 2015, 2018, 2019, 2020 +Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019-2020.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/07/26 11:30:53 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/applying-free-sw-criteria.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/applying-free-sw-criteria.html new file mode 100644 index 0000000..5e35d3e --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/applying-free-sw-criteria.html @@ -0,0 +1,364 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/applying-free-sw-criteria.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.79 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Aplicando os critérios de software livre - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/applying-free-sw-criteria.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Aplicando os critérios de software livre</h2> + +<p>por Richard Stallman</p> + +<p>As quatro liberdades essenciais fornecem os critérios para definir <a +href="/philosophy/free-sw.html">se uma parte específica do código é livre/<i +lang="es">libre</i></a> (isto é, respeita a liberdade de seus +usuários). Como devemos aplicá-los para julgar se um pacote de software, um +sistema operacional, um computador ou uma página web é adequado para +recomendação?</p> + +<p>Se um programa é livre ou não afeta antes de mais nada as nossas decisões +sobre nossas atividades privadas: para manter nossa liberdade, precisamos +rejeitar os programas que a levariam embora. No entanto, também afeta o que +devemos dizer aos outros e fazer com os outros.</p> + +<p>Um programa não livre é uma injustiça. Distribuir um programa não livre, +recomendar um programa não livre a outras pessoas ou, mais geralmente, +orientá-los para um curso que leve ao uso de software não livre significa +levá-los a desistir de sua liberdade. Para ter certeza, levar as pessoas a +usar software não livre não é o mesmo que instalar software não livre em +seus computadores, mas não devemos levar as pessoas na direção errada.</p> + +<p>Em um nível mais profundo, não devemos apresentar um programa não livre como +solução, porque isso lhe conferiria legitimidade. O software não livre é um +problema; <a href="/philosophy/compromise.html"> apresentá-lo como uma +solução nega a existência do problema</a>.</p> + +<p>Este artigo explica como aplicamos os critérios básicos do software livre ao +julgamento de vários tipos de coisas, para que possamos decidir se os +recomendamos ou não.</p> + +<h3>Pacotes de softwares</h3> + +<p>Para que um pacote de software seja livre, todo o código deve estar +livre. Mas não apenas o código. Como os arquivos de documentação, incluindo +manuais, <i lang="en">README</i>, registro de alterações (<i +lang="en">change log</i>), e assim por diante, são partes técnicas +essenciais de um pacote de software, <a +href="/philosophy/free-doc.html">eles também devem ser livres</a>.</p> + +<p>Um pacote de software é normalmente usado junto com muitos outros pacotes e +interage com alguns deles. Quais tipos de interação com programas não livres +são eticamente aceitáveis?</p> + +<p>Desenvolvemos o GNU para que houvesse um sistema operacional livre, porque +em 1983 não existia nenhum. À medida que desenvolvemos os componentes +iniciais do GNU, nos anos 80, era inevitável que cada componente dependesse +de software não livre. Por exemplo, nenhum programa C poderia ser executado +sem um compilador C não livre até que o GCC estivesse funcionando, e nenhum +poderia ser executado sem o Unix libc até que o glibc estivesse +funcionando. Cada componente poderia ser executado somente em sistemas não +livres, porque todos os sistemas não eram livres.</p> + +<p>Depois que lançamos um componente que poderia ser executado em alguns +sistemas não livres, os usuários o transportavam para outros sistemas não +livres; esses <i lang="en">ports</i> não eram piores, eticamente, do que o +código específico da plataforma que precisávamos para desenvolver esses +componentes, então incorporamos seus <i lang="en">patches</i>.</p> + +<p>Quando o kernel Linux foi lançado em 1992, ele preencheu a última lacuna no +sistema GNU. (Inicialmente, em 1991, o Linux havia sido distribuído sob uma +licença não livre.) A combinação de GNU e Linux criou um sistema operacional +livre completo – <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>.</p> + +<p>Nesse ponto, poderíamos ter excluído o suporte a plataformas não livres, mas +decidimos não fazer isso. Um sistema não livre é uma injustiça, mas não é +nossa culpa que um usuário execute um. Apoiar um programa livre nesse +sistema não aumenta a injustiça. E é útil, não apenas para usuários desses +sistemas, mas também para atrair mais pessoas para contribuir para o +desenvolvimento do programa livre.</p> + +<p>No entanto, um programa não livre que é executado sobre um programa livre é +uma questão completamente diferente, porque leva os usuários a dar um passo +para longe da liberdade. Em alguns casos, não permitimos isso: por exemplo, +o <a href="https://gcc.gnu.org/ml/gcc/2014-01/msg00247.html">GCC proíbe +plug-ins não livres</a>. Quando um programa permite complementos não livres, +deve pelo menos não orientar as pessoas para usá-los. Por exemplo, +escolhemos o LibreOffice sobre o OpenOffice porque o OpenOffice sugere o uso +de complementos não livres, enquanto o LibreOffice os evita. Nós +desenvolvemos <a href="http://directory.fsf.org/wiki/IceCat">IceCat</a> +inicialmente para evitar propor os complementos não livres sugeridos pelo +Firefox.</p> + +<p>Na prática, se o pacote IceCat explicar como executar o IceCat no MacOS, +isso não levará as pessoas a executar o MacOS. Mas se falasse sobre algum +complemento não livre, isso encorajaria os usuários do IceCat a instalar o +complemento. Portanto, o pacote IceCat, incluindo manuais e site, não deve +falar sobre essas coisas.</p> + +<p>Às vezes, um programa livre e um programa não livre interoperam, mas nenhum +é baseado no outro. Nossa regra para tais casos é que, se o programa não +livre for muito bem conhecido, devemos dizer às pessoas como usar nosso +programa livre com ele; mas se o programa proprietário é obscuro, não +devemos sugerir que ele existe. Às vezes, oferecemos suporte à interoperação +com o programa não livre, se ele estiver instalado, mas evite informar aos +usuários sobre a possibilidade de fazê-lo.</p> + +<p>Rejeitamos os “aprimoramentos” que funcionariam apenas em um sistema não +livre. Estes encorajariam as pessoas a usarem o sistema não livre ao invés +do GNU, marcando um objetivo próprio.</p> + +<h3>Distros GNU/Linux</h3> + +<p>Após a lançamento do Linux em 1992, as pessoas começaram a desenvolver +distribuições GNU/Linux (“distros”). Apenas algumas distros são <a +href="/distros">totalmente em software livre</a>.</p> + +<p>As regras para um pacote de software também se aplicam a uma distro: uma +distro ética deve conter apenas software livre e direcionar os usuários +apenas para o software livre. Mas o que significa para uma distro “conter” +um pacote de software específico?</p> + +<p>Algumas distros instalam programas de pacotes binários que fazem parte da +distribuição; outras compilam cada programa a partir do fonte do <i +lang="en">upstream</i> e, literalmente, <em>contêm</em> apenas as receitas +para baixar e compilar. Para questões de liberdade, a forma como uma distro +instala um determinado pacote não é significativa; se apresentar esse pacote +como uma opção, ou se o site o fizer, dizemos que “contém” esse pacote.</p> + +<p>Os usuários de um sistema livre têm controle sobre ele, para que possam +instalar o que quiserem. Distribuições livres fornecem recursos gerais com +os quais os usuários podem instalar seus próprios programas e suas versões +modificadas de programas livres; eles também podem instalar programas não +livres. Fornecer essas instalações gerais não é uma falha ética na +distribuição, porque os desenvolvedores da distribuição não são responsáveis +pelo que os usuários obtêm e instalam por sua própria iniciativa.</p> + +<p>Os desenvolvedores tornam-se responsáveis pela instalação de software não +livre quando direcionam os usuários para um programa não livre – por +exemplo, colocando-o na lista de pacotes da distro ou distribuindo-o de seu +servidor ou apresentando-o como uma solução e não como um problema. Este é o +ponto em que a maioria das distros GNU/Linux tem uma falha ética.</p> + +<p>As pessoas que instalam pacotes de software por conta própria têm um certo +nível de sofisticação: se dissermos a elas que “Baby contém código não +livre, mas o Gbaby é livre”, podemos esperar que eles se lembrem de qual é +qual. Mas as distros são recomendadas para usuários comuns que esqueceriam +tais detalhes. Eles pensariam: “Qual nome eles disseram que eu deveria usar? +Eu acho que foi Baby.”</p> + +<p>Portanto, para recomendar uma distro para o público em geral, insistimos que +seu nome não seja semelhante a uma distro que rejeitamos, portanto nossa +mensagem recomendando apenas a distribuição livre pode ser transmitida de +maneira confiável.</p> + +<p>Outra diferença entre uma distribuição e um pacote de software é a +probabilidade de adicionar código não livre. Os desenvolvedores de um +programa verificam cuidadosamente o código que eles adicionam. Se eles +decidiram lançar o programa, é improvável que acrescentem código não +livre. Houve exceções, incluindo o caso muito prejudicial dos “<i +lang="en">blobs</i> binários” que foram adicionados ao Linux, mas são uma +pequena fração dos programas livres que existem.</p> + +<p>Em contraste, uma distro GNU/Linux normalmente contém milhares de pacotes, e +os desenvolvedores da distro podem adicionar centenas de pacotes por +ano. Sem um esforço cuidadoso para evitar pacotes que contenham algum +software não livre, alguns certamente irão se infiltrar. Como as distros +livres são poucas, pedimos aos desenvolvedores de cada distro livre que se +comprometam a manter o software livre de distro removendo qualquer código +não livre ou malware, como condição para listar essa distro. Veja as <a +href="/distros/free-system-distribution-guidelines.html">diretrizes de +distribuição livre do sistema GNU </a>.</p> + +<p>Nós não pedimos tais promessas para pacotes de software livre: não é viável +e, felizmente, não é necessário. Obter promessas dos desenvolvedores de 30 +mil programas livres para mantê-los livres evitaria alguns problemas, à +custa de muito trabalho para o pessoal da FSF; Além disso, a maioria desses +desenvolvedores não tem qualquer relação com o Projeto GNU e pode não ter +interesse em nos fazer promessas. Então, lidamos com os raros casos que +mudam de livre para não livres, quando descobrimos sobre eles.</p> + +<h3>Periféricos</h3> + +<p>Um periférico de computador precisa de software no computador – talvez +um driver, talvez um firmware a ser carregado pelo sistema no periférico +para fazê-lo funcionar. Assim, um periférico é aceitável para usar e +recomendar se ele pode ser usado de um computador que não tenha nenhum +software não livre instalado – o driver do periférico e qualquer +firmware que o sistema precise carregar nele são livres.</p> + +<p>É simples verificar isso: conecte o periférico a um computador executando +uma distro GNU/Linux totalmente livre e veja se funciona. Mas a maioria dos +usuários gostaria de saber <em>antes</em> de comprar o periférico, então +listamos informações sobre muitos periféricos em <a +href="https://www.h-node.org/">h-node.org</a>, um banco de dados de hardware +para sistemas operacionais totalmente livres.</p> + +<h3>Computadores</h3> + +<p>Um computador contém software em vários níveis. Sob qual critério devemos +certificar um computador como “Respects Your Freedom”, ou seja, que respeita +sua liberdade?</p> + +<p>Obviamente, o sistema operacional e tudo o que está acima dele deve estar +livre. Nos anos 90, o software de inicialização (BIOS, então) tornou-se +substituível e, como é executado na CPU, é o mesmo tipo de problema que o +sistema operacional. Portanto, programas como firmware e drivers instalados +em ou com o sistema ou o software de inicialização devem estar livres.</p> + +<p>Se um computador tiver recursos de hardware que exigem drivers ou firmware +não livres instalados com o sistema, talvez possamos endossá-lo. Se for +utilizável sem esses recursos, e se acharmos que a maioria das pessoas não +será levada a instalar o software não livre para fazê-los funcionar, então +poderemos endossá-lo. Caso contrário, não podemos. Este será um julgamento.</p> + +<p>Um computador pode ter firmware e microcódigo pré-instalados modificáveis em +níveis inferiores. Ele também pode ter código em verdadeira memória somente +leitura. Decidimos ignorar esses programas em nossos critérios de +certificação hoje, porque senão nenhum computador poderia atender e porque o +firmware que normalmente não é alterado é eticamente equivalente aos +circuitos. Portanto, nossos critérios de certificação cobrem apenas o código +que é executado no processador principal do computador e não está na +verdadeira memória somente leitura. Quando e como o software livre se torna +possível para outros níveis de processamento, também precisaremos de +software livre nesses níveis.</p> + +<p>Já que a certificação de um produto é uma promoção ativa, insistimos que o +vendedor nos ajude em troca, falando sobre <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">software livre</a> +em vez de <a href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">código +aberto</a> e referindo-se à combinação de GNU e Linux como <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">“GNU/Linux”</a>. Não temos obrigação de +promover ativamente projetos que não reconheçam nosso trabalho e apoiem +nosso movimento.</p> + +<p>Veja <a href="https://www.fsf.org/resources/hw/endorsement/criteria">nossos +critérios para a certificação</a>.</p> + +<h3>Páginas web</h3> + +<p>Atualmente, muitas páginas web contêm programas JavaScript complexos e não +funcionam sem eles. Essa é uma prática prejudicial, pois dificulta o +controle dos usuários sobre sua computação. Além disso, a maioria desses +programas é não livre, é uma injustiça. Muitas vezes, o código JavaScript +espiona o usuário. <a href="/philosophy/javascript-trap.html">O JavaScript +se transformou em um ataque à liberdade dos usuários</a>.</p> + +<p>Para resolver esse problema, desenvolvemos o <a +href="/software/librejs">LibreJS</a>, um complemento para o Firefox que +bloqueia código de JavaScript não livre e não trivial. (Não há necessidade +de bloquear os scripts simples que implementam hacks de interface de usuário +menores.) Pedimos que os sites libertem seus programas em JavaScript e +marquem suas licenças para reconhecimento pelo LibreJS.</p> + +<p>Enquanto isso, é ético fazer link a uma página web que contém um programa +JavaScript não livre? Se fôssemos totalmente inflexíveis, nos conectaríamos +apenas ao código JavaScript livre. No entanto, muitas páginas funcionam +mesmo quando o código JavaScript não é executado. Além disso, na maioria das +vezes você encontrará JavaScript não livre de outras maneiras além de seguir +nossos links; para evitar isso, você deve usar o LibreJS ou desativar o +JavaScript. Por isso, decidimos ir em frente e criar um link para páginas +que funcionam sem JavaScript não livre, ao mesmo tempo em que instamos os +usuários a se protegerem do JavaScript não livre em geral.</p> + +<p>No entanto, se uma página não puder fazer seu trabalho sem executar o código +JavaScript não livre, fazer link a ela inegavelmente pedirá às pessoas que +executem esse código não livre. Em princípio, não acrescentamos links a tais +páginas.</p> + +<h3>Conclusão</h3> + +<p>Aplicar a ideia básica de que o <em>software deve ser livre</em> para +situações diferentes leva a políticas práticas diferentes. À medida que +surgirem novas situações, o Projeto GNU e a Free Software Foundation +adaptarão nossos critérios de liberdade de modo a levar os usuários de +computador à liberdade, na prática e em princípio. Ao recomendar apenas +programas, distros e produtos de hardware que respeitem a liberdade, e +declarar sua política, você pode dar o apoio tão necessário ao movimento do +software livre.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2015, 2016 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:20 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/basic-freedoms.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/basic-freedoms.html new file mode 100644 index 0000000..3ff61d9 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/basic-freedoms.html @@ -0,0 +1,147 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/basic-freedoms.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Liberdade de Expressão, Imprensa e Associação na Internet - Projeto GNU - +Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/basic-freedoms.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Liberdade de Expressão, Imprensa e Associação na Internet</h2> + +<p> + A Fundação para o Software Livre suporta as liberdades de expressão, +imprensa, e associação na Internet. Por favor verifique: +</p> + +<ul> + <li>A <a +href="https://web.archive.org/web/19990424100121/http://www.ciec.org/">Citizens +Internet Empowerment Coalition</a> (Coalizão pelo Aumento dos Poderes de +Internet dos Cidadãos) na Wayback Machine (arquivado em 24 de abril de 1999) +veio junto para opor à primeira tentativa do Congresso de regulamentar o +material publicado na Internet, o Communications Decency Act (Ato de +Decência nas Comunicações) ou CDA, o qual a Suprema Corte dos EUA declarou +pela inconstitucionalidade em 26 de junho de 1997. Seu site está preservado +como um recurso sobre caso do marco do CDA.</li> + + <li> + <!-- activating this link… site is archived as of July 09, 1998 --> +Os <a +href="https://web.archive.org/web/19980709161803/http://vtw.org/">Voters +Telecommunications Watch</a> (Observador dos Votantes nas Telecomunicações) +na Wayback Machine (arquivado em 09 de julho de 1998) e sua ótima lista de +e-mail de anúncios.</li> + + <li> + <a href="/philosophy/censoring-emacs.html">Censoring GNU Emacs</a> +(Censurando o GNU Emacs) descreve como o Ato pela Decência nas Comunicações +exigiu que o Projeto GNU censurasse o GNU Emacs – e como isso, +paradoxalmente, teve o efeito oposto do que os censores desejaram. + </li> + + <li> + <a href="http://www.factnetglobal.org/">F.A.C.T.Net Inc.</a> (Rede de Fatos) +é um jornal na Internet, sem fins lucrativos, e um arquivo dedicado à +promoção e defesa do livre-pensamento, liberdade de expressão e direitos de +privacidade em âmbito internacional. + </li> + + <li> + A <a href="http://www.eff.org/blueribbon.html">Blue Ribbon Campaign</a> +(Campanha da Fita Azul) pela liberdade de discurso, imprensa e associação no +mundo conectado. + </li> + + <li> + <!-- activating this link… site is archived as of December 01, 2001 --> +Você pode ler <a +href="https://web.archive.org/web/20011201050533/http://www.vtw.org/speech/">a +decisão da corte sobre a petição de Junho de 1996</a> na Wayback Machine +(arquivado em 01 de dezembro de 2001) rejeitando a censura na Internet. Mas +lembre-se, esta decisão <em>não</em> é final! Primeiro, a Suprema Corte irá +concordar ou discordar; então, o Congresso terá a sua chance de procurar por +algum outro método de censura.</li> + + <li><a href="/philosophy/savingeurope.html">Saving Europe from Software +Patents</a> (Salvando a Europa das Patentes de Software)</li> + + <li> + <a href="/links/links.html#FreedomOrganizations">Organizações</a> que +trabalham pela liberdade no desenvolvimento dos computadores e das +comunicações eletrônicas. + </li> +</ul> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007, +2014, 2016, 2018 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Traduzido Por</b>: Fernando Lozano <a +href="mailto:fsl@centroin.com.br"><fsl@centroin.com.br></a>, 2001; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017, 2018</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:20 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/bug-nobody-allowed-to-understand.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/bug-nobody-allowed-to-understand.html new file mode 100644 index 0000000..bfb3daf --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/bug-nobody-allowed-to-understand.html @@ -0,0 +1,110 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/bug-nobody-allowed-to-understand.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>O erro que ninguém tem permissão para entender - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/bug-nobody-allowed-to-understand.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>O erro que ninguém tem permissão para entender</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></p> + +<p>Na década de 1980, usuários de software proprietários descobriram o problema +<em>do erro que ninguém tem permissão para entender</em>. Quando ocorre um +problema na interação de vários pacotes de software proprietários com +desenvolvedores diferentes, nenhum deles pode estudar o código fonte de +todos os programas pertinentes. Como resultado, nenhum deles pode entender a +má interação entre eles e o erro nunca é corrigido, exceto por acidente.</p> + +<p>De acordo com <a +href="http://www.guardian.co.uk/commentisfree/joris-luyendijk-banking-blog/2012/may/30/former-it-salesman-voices-of-finance"> +esse artigo</a>, um problema similar agora ocorre entre múltiplas instâncias +de <a href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">Serviço como +um Substituto de Software</a>.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2014, 2015 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:20 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/byte-interview.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/byte-interview.html new file mode 100644 index 0000000..290519e --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/byte-interview.html @@ -0,0 +1,553 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/byte-interview.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Entrevista à BYTE com Richard Stallman - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/byte-interview.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Entrevista à BYTE com Richard Stallman</h2> + +<p>Conduzida por David Betz e Jon Edwards</p> + +<h3>Richard Stallman fala sobre seu sistema de software compatível com Unix de +domínio público com editores da BYTE (julho de 1986) </h3> + +<p>Richard Stallman realizou provavelmente o mais ambicioso projeto de +desenvolvimento de software livre até hoje, o sistema GNU. Em seu Manifesto +GNU, publicado na edição de março de 1985 do Dr. Dobb's Journal, Stallman +descreveu o GNU como um “sistema completo de software compatível com Unix, +que estou escrevendo para que eu possa distribuí-lo livremente para todos +que possam usá-lo … Uma vez que o GNU seja escrito, todos poderão +obter um bom software de sistema livremente, assim como o ar.” (GNU é um +acrônimo para <i>GNU's Not Unix</i> ou, traduzido para português, “GNU Não é +Unix”; o “G” é pronunciado.)</p> + +<p>Stallman é amplamente conhecido como o autor do EMACS, um poderoso editor de +texto que ele desenvolveu no Laboratório de Inteligência Artificial do +Instituto de Tecnologia de Massachusetts (<abbr title="Massachusetts +Institute of Technology">MIT</abbr>). Não é coincidência que o primeiro +software produzido como parte do projeto GNU tenha sido uma nova +implementação do EMACS. O GNU EMACS já alcançou a reputação de ser uma das +melhores implementações do EMACS atualmente disponível a qualquer preço.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Nós lemos o seu Manifesto GNU na edição de março de +1985 do Dr. Dobb. O que aconteceu desde então? Isso foi realmente o começo, +e como você progrediu desde então?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: A publicação no Dr. Dobb não foi o começo do +projeto. Eu escrevi o Manifesto GNU quando estava me preparando para iniciar +o projeto, como uma proposta para pedir financiamento a fabricantes de +computadores. Eles não queriam se envolver e eu decidi que, em vez de gastar +meu tempo tentando obter fundos, deveria gastá-lo escrevendo o código. O +manifesto foi publicado cerca de um ano e meio depois de eu ter escrito, +quando eu mal tinha começado a distribuir o GNU EMACS. Desde então, além de +tornar o GNU EMACS mais completo e fazê-lo funcionar em muitos outros +computadores, eu quase terminei a otimização do compilador C e de todos os +outros softwares necessários para rodar programas em C. Isso inclui um +depurador no nível de origem com muitos recursos que os outros depuradores +de nível de fonte no Unix não possuem. Por exemplo, ele possui variáveis +de conveniência dentro do depurador para que você possa salvar valores e +também possui um histórico de todos os valores que você imprimiu, +facilitando muito a busca por estruturas de lista.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Você terminou um editor que agora está amplamente +distribuído e está prestes a terminar o compilador.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Espero que esteja concluído em outubro.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: E sobre o kernel?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: No momento, estou planejando começar com o kernel +que foi escrito no MIT e foi lançado para o público recentemente com a ideia +de que eu o usaria. Este kernel é chamado TRIX; é baseado em chamada de +procedimento remoto. Eu ainda preciso adicionar compatibilidade para muitos +dos recursos do Unix que ele não tem atualmente. Eu não comecei a trabalhar +nisso ainda. Eu estou terminando o compilador antes de ir trabalhar no +kernel. Eu também vou ter que reescrever o sistema de arquivos. Eu pretendo +torná-lo à prova de falhas apenas por ter que escrever blocos na ordem +correta para que a estrutura do disco seja sempre consistente. Então eu +quero adicionar números de versão. Eu tenho um esquema complicado para +reconciliar números de versão com o modo como as pessoas geralmente usam o +Unix. Você tem que ser capaz de especificar nomes de arquivos sem números de +versão, mas você também tem que ser capaz de especificá-los com números de +versão explícitos, e ambos precisam trabalhar com programas Unix comuns que +não foram modificados de forma alguma para lidar com a existência deste +recurso. Eu acho que tenho um esquema para fazer isso, e apenas tentar me +mostrará se ele realmente faz o trabalho.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Você tem uma breve descrição que você pode nos dar +sobre como o GNU como um sistema será superior a outros sistemas? Sabemos +que um dos seus objetivos é produzir algo compatível com o Unix. Mas pelo +menos na área de sistemas de arquivos, você já disse que irá além do Unix e +produzirá algo melhor.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: O compilador C irá produzir um código melhor e +rodar mais rápido. O depurador é melhor. Com cada peça, posso ou não +encontrar uma maneira de melhorá-lo. Mas não há uma resposta para essa +pergunta. Até certo ponto, estou obtendo o benefício da reimplementação, o +que torna muitos sistemas muito melhores. Até certo ponto, é porque estou em +campo há muito tempo e trabalhei em muitos outros sistemas. Tenho, portanto, +muitas ideias para trazer à tona. Uma maneira em que será melhor é que +praticamente tudo no sistema funcionará em arquivos de qualquer tamanho, em +linhas de qualquer tamanho, com qualquer caractere aparecendo neles. O +sistema Unix é muito ruim a esse respeito. Não é nada novo como princípio de +engenharia de software que você não deve ter limites arbitrários. Mas foi +apenas a prática padrão em escrever o Unix para colocá-los em todo o tempo, +possivelmente apenas porque eles estavam escrevendo para um computador muito +pequeno. O único limite no sistema GNU é quando seu programa fica sem +memória porque ele tentou trabalhar com muitos dados e não há lugar para +manter tudo isso.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: E isso provavelmente não será alcançado se você tiver +memória virtual. Você pode demorar uma eternidade para encontrar a solução.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Na verdade, esses limites tendem a serem +alcançados bem antes de você ter uma eternidade para encontrar uma solução.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Você pode dizer algo sobre os tipos de máquinas e +ambientes em que o GNU EMACS em particular foi criado? Agora está sendo +executado no VAXes; migrou de alguma forma para computadores pessoais?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Não tenho certeza do que você quer dizer com +computadores pessoais. Por exemplo, um Sun é um computador pessoal? O GNU +EMACS requer pelo menos um megabyte de memória disponível e, de preferência, +mais. É normalmente usado em máquinas que possuem memória virtual. Exceto +por vários problemas técnicos em alguns compiladores C, praticamente +qualquer máquina com memória virtual e funcionando sob uma versão +relativamente recente do Unix rodará o GNU EMACS, e a maioria deles +atualmente faz isso.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Alguém já tentou portá-lo para Ataris ou Macintoshes?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: O Atari 1040ST ainda não tem memória +suficiente. A próxima máquina Atari, espero, conseguirá rodá-lo. Eu também +acho que os próximos Ataris terão algumas formas de mapeamento de memória. É +claro que não estou projetando o software para ser executado nos tipos de +computadores que prevalecem atualmente. Eu sabia que quando eu começasse +este projeto, levaria alguns anos. Decidi, portanto, que não queria fazer um +sistema pior assumindo o desafio adicional de executá-lo no ambiente +atualmente restrito. Então, em vez disso, decidi escrever o que parece mais +natural e melhor. Estou confiante de que em alguns anos máquinas de tamanho +suficiente serão predominantes. Na verdade, o aumento no tamanho da memória +está acontecendo tão rápido que me surpreende o quão lenta a maioria das +pessoas é para colocar na memória virtual; Eu acho que é totalmente +essencial.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Eu acho que as pessoas realmente não veem isso como +sendo necessário para máquinas de usuário único.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Elas não entendem que um único usuário não +significa um único programa. Certamente, para qualquer sistema semelhante ao +Unix, é importante poder executar vários processos diferentes ao mesmo +tempo, mesmo que haja apenas um de vocês. Você poderia executar o GNU EMACS +em uma máquina de memória não virtual com memória suficiente, mas você não +poderia executar o resto do sistema GNU muito bem ou um sistema Unix muito +bem.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Quanto de LISP está presente no GNU EMACS? Ocorreu-me +que pode ser útil usar isso como uma ferramenta para aprender LISP.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Você certamente pode fazer isso. O GNU EMACS +contém um sistema LISP completo, embora não muito poderoso. É poderoso o +suficiente para escrever comandos do editor. Não é comparável com, digamos, +um sistema Common LISP, algo que você realmente poderia usar para a +programação do sistema, mas tem todas as coisas que o LISP precisa ter.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Você tem alguma previsão sobre quando você +provavelmente distribuiria um ambiente viável no qual, se colocá-lo em +nossas máquinas ou estações de trabalho, poderíamos realmente fazer um +trabalho razoável sem usar nada além do código que você distribui?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: É muito difícil dizer. Isso poderia acontecer em +um ano, mas é claro que poderia demorar mais. Também poderia levar menos, +mas isso não é mais provável. Eu acho que vou terei terminado o compilador +em um mês ou dois. O único outro grande trabalho que realmente preciso fazer +é no kernel. Eu previ pela primeira vez que o GNU levaria algo como dois +anos, mas agora são dois anos e meio e eu ainda não terminei. Parte do +motivo do atraso é que passei muito tempo trabalhando em um compilador que +acabou sendo um beco sem saída. Eu tive que reescrevê-lo +completamente. Outra razão é que passei tanto tempo no GNU EMACS. Eu +originalmente pensei que não teria que fazer isso.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Conte-nos sobre o seu esquema de distribuição.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Eu não coloco software ou manuais no domínio +público, e o motivo é que eu quero ter certeza de que todos os usuários +tenham a liberdade de compartilhar. Eu não quero ninguém fazendo uma versão +melhorada de um programa que eu escrevi e distribuindo como proprietário. Eu +não quero que isso nunca aconteça. Quero incentivar as melhorias livres para +esses programas, e a melhor maneira de fazer isso é eliminar qualquer +tentação de uma pessoa fazer melhorias que não sejam livres. Sim, alguns +deles evitarão melhorias, mas muitos outros farão as mesmas melhorias e os +libertarão.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: E como você vai garantir isso?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Eu faço isso aplicando direitos autorais aos +programas e colocando um aviso que dá às pessoas permissão explícita para +copiar os programas e alterá-los, mas apenas sob a condição de que eles +distribuam sob os mesmos termos que eu usei, se é que o fazem. Você não +precisa distribuir as alterações feitas em nenhum dos meus programas – +você pode fazer isso sozinho e não precisa dar a ninguém nem contar a +ninguém. Mas se você der a outra pessoa, você tem que fazê-lo sob os mesmos +termos que eu uso.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Você obtém algum direito sobre o código executável +derivado do compilador C?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: A lei de direitos autorais não me dá direitos +autorais sobre a saída do compilador, então não me dá uma maneira de dizer +algo sobre isso, e na verdade eu não tento. Eu não simpatizo com pessoas que +desenvolvem produtos proprietários com qualquer compilador, mas não parece +especialmente útil tentar impedi-los de desenvolvê-los com este compilador, +então não vou fazê-lo.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Suas restrições se aplicam se as pessoas pegarem +partes do seu código para produzir outras coisas também?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Sim, se incorporarem com alterações alguma peça +considerável. Se fossem duas linhas de código, isso não é nada; direitos +autorais não se aplicam a isso. Essencialmente, eu escolhi essas condições +para que primeiro haja um direito autoral, que é o que todos os +colecionadores de software usam para impedir todo mundo de fazer qualquer +coisa, e então eu adiciono um aviso renunciando parte desses +direitos. Portanto, as condições falam apenas sobre as coisas às quais os +direitos autorais se aplicam. Eu não acredito que a razão pela qual você +deve obedecer a essas condições é por causa da lei. A razão pela qual você +deve obedecer é porque uma pessoa correta quando distribui software encoraja +outras pessoas a compartilhá-lo ainda mais.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Em certo sentido, você está atraindo as pessoas para +esse modo de pensar, fornecendo todas essas ferramentas interessantes que +elas podem usar, mas somente se elas acreditarem em sua filosofia.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Sim. Você também pode ver isso usando o sistema +legal que os colecionadores de software criaram contra eles. Eu estou usando +para proteger o público deles.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Considerando que os fabricantes não quiseram +financiar o projeto, quem você acha que usará o sistema GNU quando isso for +feito?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Não faço ideia, mas não é uma questão +importante. Meu objetivo é possibilitar que as pessoas rejeitem as correntes +que vêm com software proprietário. Eu sei que existem pessoas que querem +fazer isso. Agora, pode haver outros que não se importam, mas não são minha +preocupação. Sinto-me um pouco triste por eles e pelas pessoas que eles +influenciam. Neste momento, uma pessoa que percebe o desagrado dos termos do +software proprietário sente que ele está preso e não tem alternativa a não +ser deixar de usar um computador. Bem, vou dar-lhe uma alternativa +confortável.</p> + +<p>Outras pessoas podem usar o sistema GNU apenas porque é tecnicamente +superior. Por exemplo, meu compilador C está produzindo um código tão bom +quanto eu vi em qualquer compilador C. E o GNU EMACS é geralmente +considerado muito superior à concorrência comercial. E o GNU EMACS também +não foi financiado por ninguém, mas todo mundo está usando. Eu, portanto, +acho que muitas pessoas usarão o resto do sistema GNU por causa de suas +vantagens técnicas. Mas eu estaria fazendo um sistema GNU mesmo se não +soubesse como torná-lo tecnicamente melhor, porque quero que ele seja +socialmente melhor. O projeto GNU é realmente um projeto social. Utiliza +meios técnicos para fazer uma mudança na sociedade.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Então é bastante importante para você que as pessoas +adotem o GNU. Não é apenas um exercício acadêmico para produzir este +software para distribuí-lo às pessoas. Você espera que isso mude a maneira +como a indústria de software opera.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Sim. Algumas pessoas dizem que ninguém nunca vai +usá-lo porque não tem um logotipo corporativo atraente, e outras pessoas +dizem que acham que é tremendamente importante e todo mundo vai querer +usá-lo. Não tenho como saber o que realmente vai acontecer. Não conheço +outra maneira de tentar mudar a feiura da área em que me encontro, então é +isso que tenho que fazer.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Você pode abordar as implicações? Você obviamente +acha que esta é uma importante declaração política e social.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: É uma mudança. Estou tentando mudar a forma como +as pessoas abordam o conhecimento e a informação em geral. Eu acho que +tentar dominar o conhecimento, tentar controlar se as pessoas podem usá-lo, +ou tentar impedir outras pessoas de compartilhá-lo, é sabotagem. É uma +atividade que beneficia a pessoa que faz isso ao custo de empobrecer toda a +sociedade. Uma pessoa ganha um dólar ao destruir dois dólares de riqueza. Eu +acho que uma pessoa com consciência não faria esse tipo de coisa, exceto, +talvez, se ele morresse de outra forma. E, claro, as pessoas que fazem isso +são razoavelmente ricas; Só posso concluir que eles são inescrupulosos. Eu +gostaria de ver as pessoas sendo recompensadas por escrever software livre e +por encorajar outras pessoas a usá-lo. Eu não quero ver pessoas recebendo +recompensas por escrever softwares proprietários porque isso não é realmente +uma contribuição para a sociedade. O princípio do capitalismo é a ideia de +que as pessoas conseguem ganhar dinheiro produzindo coisas e, portanto, são +encorajadas a fazer o que é útil, automaticamente, por assim dizer. Mas isso +não funciona quando se trata de possuir conhecimento. Eles são encorajados a +não fazer realmente o que é útil, e o que realmente é útil não é +encorajado. Eu acho que é importante dizer que a informação é diferente de +objetos materiais como carros e pães porque as pessoas podem copiá-lo e +compartilhá-lo por conta própria e, se ninguém tentar detê-lo, ele pode +mudá-lo e torná-lo melhor para si. Isso é uma coisa útil para as pessoas +fazerem. Isso não é verdade para pães. Se você tem um pedaço de pão e quer +outro, não pode simplesmente colocar o pão em uma copiadora de pão. Você não +pode fazer outra, a não ser passando por todas as etapas que foram usadas +para criar a primeira. Portanto, é irrelevante se as pessoas têm permissão +para copiá-lo – é impossível.</p> + +<p>Livros eram impressos apenas em impressoras até recentemente. Era possível +fazer uma cópia manualmente, mas não era prático, porque exigia muito mais +trabalho do que usar uma impressora. E produziu algo muito menos atraente +que, para todos os efeitos, você poderia agir como se fosse impossível fazer +livros, exceto produzindo-os em massa. E, portanto, os direitos autorais +realmente não tiram qualquer liberdade do público leitor. Não havia nada que +um comprador de livros pudesse fazer que fosse proibido por direitos +autorais.</p> + +<p>Mas isso não é verdade para programas de computador. Também não é verdade +para fitas cassete. É parcialmente falso agora para livros, mas ainda é +verdade que para a maioria dos livros é mais caro e certamente muito mais +trabalho para eles do que comprar uma cópia, e o resultado ainda é menos +atraente. Neste momento estamos em um período em que a situação que tornou +os direitos autorais inofensivos e aceitáveis está mudando para uma +situação em que os direitos autorais se tornarão destrutivos e +intoleráveis. Então as pessoas que são caluniadas como “piratas” são de fato +as pessoas que estão tentando fazer algo útil que elas foram proibidas de +fazer. As leis de direitos autorais são inteiramente projetadas para ajudar +as pessoas a assumir o controle total sobre o uso de algumas informações +para seu próprio bem. Mas eles não são projetados para ajudar as pessoas que +querem ter certeza de que a informação é acessível ao público e impedir que +outras pessoas privem o público. Eu acho que a lei deveria reconhecer uma +classe de trabalhos que são de propriedade do público, o que é diferente do +domínio público no mesmo sentido que um parque público é diferente de algo +encontrado em uma lata de lixo. Não está lá para ninguém tirar, está lá para +todo mundo usar, mas para ninguém impedir. Qualquer pessoa do público que se +veja privada do trabalho derivado de algo pertencente ao público deve poder +processá-lo.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Mas os piratas não estão interessados em obter cópias +de programas porque querem usar esses programas, não porque querem usar esse +conhecimento para produzir algo melhor?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Eu não vejo que essa seja a distinção +importante. Mais pessoas usando um programa significa que o programa +contribui mais para a sociedade. Você tem um pedaço de pão que pode ser +comido uma vez ou um milhão de vezes.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Alguns usuários compram software comercial para obter +suporte. Como o seu esquema de distribuição fornece suporte?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Eu suspeito que esses usuários são enganados e +não estão pensando claramente. É certamente útil ter suporte, mas quando +eles começam a pensar em como isso tem a ver com a venda de software ou com +o software sendo proprietário, nesse ponto eles estão se confundindo. Não há +garantia de que o software proprietário receberá um bom +suporte. Simplesmente porque os vendedores dizem que eles fornecem suporte, +isso não significa que será bom. E eles podem sair do negócio. Na verdade, +as pessoas acham que o GNU EMACS tem um suporte melhor do que o EMACS +comercial. Uma das razões é que eu sou provavelmente um hacker melhor do que +as pessoas que escreveram os outros EMACS, mas a outra razão é que todo +mundo tem fontes e há tantas pessoas interessadas em descobrir como fazer as +coisas com ele que você não tem que obter o seu suporte de mim. Mesmo apenas +o suporte gratuito que consiste na correção de bugs relatados pelas pessoas +a mim e incorporação disso no próximo lançamento deu às pessoas um bom nível +de suporte. Você sempre pode contratar alguém para resolver um problema para +você, e quando o software é livre, você tem um mercado competitivo para o +suporte. Você pode contratar alguém. Eu distribuo uma lista de serviços com +o EMACS, uma lista de nomes de pessoas e números de telefone e o que eles +cobram para fornecer suporte.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Você coleciona suas correções de bugs?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Bem, eles os mandam para mim. Eu pedi a todas as +pessoas que queriam ser listadas que prometessem que nunca pediriam a nenhum +de seus clientes que guardassem segredo, seja lá o que for que lhes +dissessem ou quaisquer mudanças que fossem dadas ao software GNU como parte +desse suporte.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Então você não pode ter pessoas competindo para +fornecer suporte com base no conhecimento da solução para algum problema que +alguém não conhece.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Não. Eles podem competir com base no fato de +serem espertos e mais propensos a encontrar a solução para o seu problema, +ou o fato de já compreenderem mais os problemas comuns ou de saber explicar +melhor o que você deve fazer. Estas são todas as maneiras que eles podem +competir. Eles podem tentar fazer melhor, mas não podem impedir ativamente +seus concorrentes.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Eu presumo que seja como comprar um carro. Você não é +obrigado a voltar ao fabricante original para suporte ou manutenção +contínua.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Ou comprar uma casa – como seria se a única +pessoa que pudesse resolver problemas com sua casa fosse o empreiteiro que a +construiu originalmente? Esse é o tipo de imposição envolvida em software +proprietário. As pessoas me dizem sobre um problema que acontece no +Unix. Como os fabricantes vendem versões aprimoradas do Unix, eles tendem a +coletar correções e não distribuí-las, exceto em binários. O resultado é que +os bugs não são realmente consertados.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Todos eles estão duplicando esforços tentando +resolver bugs de forma independente.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Sim. Aqui está outro ponto que ajuda a colocar o +problema da informação proprietária em uma perspectiva social. Pense na +crise do seguro de responsabilidade. A fim de obter qualquer indenização da +sociedade, uma pessoa lesada tem que contratar um advogado e dividir o +dinheiro com esse advogado. Esta é uma maneira estúpida e ineficiente de +ajudar as pessoas que são vítimas de acidentes. E considere todo o tempo que +as pessoas investem para levar os negócios longe de seus concorrentes. Pense +nas canetas que são embaladas em grandes embalagens de papelão que custam +mais do que a caneta – apenas para garantir que a caneta não seja +roubada. Não seria melhor se colocássemos canetas livres em todas as +esquinas? E pense em todas as cabines de pedágio que impedem o fluxo de +tráfego. É um fenômeno social gigantesco. As pessoas encontram formas de +conseguir dinheiro impedindo a sociedade. Uma vez que eles podem impedir a +sociedade, eles podem ser pagos para deixar as pessoas em paz. O desperdício +inerente à propriedade da informação se tornará cada vez mais importante e +acabará por fazer a diferença entre a utopia na qual ninguém realmente tem +que trabalhar, porque tudo é feito por robôs e um mundo como o nosso onde +todos passam muito tempo reproduzindo o que o próximo companheiro está +fazendo.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Como digitar avisos de direitos autorais no software.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Mais como o policiamento de todos para garantir +que eles não tenham cópias proibidas de nada e dupliquem todo o trabalho que +as pessoas já fizeram porque é proprietário.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Um cínico pode se perguntar como você ganha a vida.</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: De consultoria. Quando faço consultoria, sempre +me reservo o direito de dar o que escrevi para o trabalho de +consultoria. Além disso, eu poderia estar ganhando a vida enviando cópias do +software livre que eu escrevi e algumas que outras pessoas +escreveram. Muitas pessoas enviam US$ 150,00 para o GNU EMACS, mas agora +esse dinheiro vai para a Free Software Foundation que eu comecei. A fundação +não me paga um salário porque seria um conflito de interesses. Em vez disso, +contrata outras pessoas para trabalhar no GNU. Enquanto eu puder continuar +ganhando a vida consultando, acho que é o melhor caminho.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: O que está atualmente incluído na fita de +distribuição oficial do GNU?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Neste momento a fita contém o GNU EMACS (uma +versão serve para todos os computadores); Bison, um programa que substitui +<abbr title="Yet Another Compiler Compiler">YACC</abbr>; MIT Scheme, que é o +dialeto super simplificado do LISP do professor Sussman; e Hack, um jogo de +exploração de masmorras semelhante ao Rogue.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: O manual impresso vem com a fita também?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Não. Os manuais impressos custam US$ 15,00 cada +ou copie-os você mesmo. Copie esta entrevista e compartilhe-a também.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Como que se pode obter uma cópia dela?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Escreva para a Free Software Foundation, 675 +Massachusetts Ave., Cambridge, MA 02139.</p> + +<p>[O endereço atual (desde 2005) é: Free Software Foundation 51 Franklin St, +Fifth Floor Boston, MA 02110-1301, Telefone dos EUA: +1-617-542-5942 Fax: ++1-617-542-2652] +</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: O que você vai fazer quando terminar o sistema GNU?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Não tenho certeza. Às vezes acho que o que vou +fazer é a mesma coisa em outras áreas de software.</p> + +<p><strong>BYTE</strong>: Então esta é apenas a primeira de toda uma série de +ataques à indústria de software?</p> + +<p><strong>Stallman</strong>: Espero que sim. Mas talvez o que eu faça seja +apenas viver uma vida de facilidade trabalhando um pouco do tempo apenas +para viver. Eu não tenho que viver caro. O resto do tempo eu posso encontrar +pessoas interessantes para andar ou aprender a fazer coisas que eu não sei +fazer.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. 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Está disponível nos +formatos <a href="/philosophy/category.svg">SVG</a> e <a +href="/philosophy/category.fig">XFig</a>, sob os termos de qualquer das +seguintes licenças: GNU GPL (v2 ou posterior), GNU FDL (v1.2 ou posterior) +ou Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual (v2.0 ou posterior).</p> + +<h3 id="FreeSoftware">Software livre</h3> + + <p>Software livre é software que vem com permissão para qualquer um copiar, +usar e distribuir, com ou sem modificações, gratuitamente ou por um +preço. Em particular, isso significa que o código-fonte deve estar +disponível. “Se não é fonte, não é software”. Esta é uma descrição +simplificada; veja também a <a href="/philosophy/free-sw.html">definição +completa</a>.</p> + + <p>Se um programa é livre, ele pode potencialmente ser incluído em um sistema +operacional livre, como o GNU, ou versões livres como o sistema <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>.</p> + + <p>Existem muitas diferentes maneiras de se fazer um programa livre — muitos +detalhes que poderiam ser resolvidos em mais de uma maneira, e que ainda +tornariam o programa livre. Algumas das possíveis variações são descritas +abaixo. Para informações sobre licenças de software livre específicas, veja +a página de <a href="/licenses/license-list.html">lista de licenças</a>.</p> + + <p>Software livre é uma questão de liberdade, não preço. Mas empresas de +software proprietários geralmente usam o termo “free software” para +referir-se ao preço. Algumas vezes eles querem dizer que você pode obter uma +cópia binária sem nenhum custo; algumas vezes querem dizer que uma cópia +está incluída no computador que você está comprando. Em ambos casos, isso +não tem nada a ver com o que nós queremos dizer com software livre no +projeto GNU.</p> + + <p>Devido a essa potencial confusão, quando uma empresa de software disser que +seu produto é “free software”, sempre verifique os termos de distribuição +para ver se os usuários realmente possuem todas as liberdades que o software +livre implica. Às vezes o software é mesmo livre; às vezes, não é.</p> + + <p>Muitos idiomas possuem duas palavras diferentes para “free” (“livre”, em +inglês) como em liberdade (“freedom”) e “free” como em preço zero +(“gratis”). Por exemplo, o francês tem “libre” e “gratuit”. No inglês, há +uma palavra “gratis” que se refere sem ambiguidade ao preço, mas não existe +um adjetivo comum que se refira sem ambiguidade à liberdade. Então, se você +está falando em um outro idioma, nós sugerimos que você traduza “free” para +seu idioma para ficar mais claro. Veja a nossa lista de <a +href="/philosophy/fs-translations.html">traduções do termo “free +software”</a> para várias outros idiomas.</p> + + <p>Software livre é frequentemente <a href="/software/reliability.html">mais +confiável</a> do que softwares não livres.</p> + +<h3 id="OpenSource">Código aberto (open source)</h3> + + <p> + O termo software de “código aberto” é usado por algumas pessoas para dizer +mais ou menos a mesma coisa que software livre. Isso não é exatamente a +mesma classe de software: eles aceitam algumas licenças que nós consideramos +restritivas demais, e há licenças de software livre que eles não +aceitaram. Porém, as diferenças na extensão da categoria são pequenas: +sabemos de apenas alguns casos em que código-fonte que é código aberto não é +livre. Em princípio, pode acontecer de alguns programas livres serem +rejeitados como código aberto, mas não sabemos se isso já aconteceu.</p> + <p>Nós preferimos o termo “<a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">software livre</a>”, +porque ele se refere à liberdade — algo que o termo “código aberto” +não faz.</p> + +<h3 id="PublicDomainSoftware">Software de domínio público</h3> + + <p>Software de domínio público é software não sujeito a copyright. Se o código +fonte estiver no domínio público, este é um caso especial de <a +href="#Non-CopyleftedFreeSoftware">software livre sem copyleft</a>, o que +significa que algumas cópias ou versões modificadas podem não ser livres.</p> + + <p>Em alguns casos, um programa executável pode estar no domínio público, mas o +código-fonte não estar disponível. Isso não é software livre, porque +software livre requer acessibilidade ao código-fonte. Enquanto isso, a +maioria dos softwares livres não está no domínio público; possui copyright, +e os detentores deste copyright autorizaram legalmente permissão para que +todo mundo o use livremente, usando uma licença de software livre.</p> + + <p>Algumas vezes pessoas usam o termo “domínio público” de uma forma imprecisa +para dizer “<a href="#FreeSoftware">livre</a>” ou “disponível +gratuitamente”. No entanto, “domínio público” é um termo legal e significa, +precisamente, “sem copyright”. Para maior clareza, recomendamos usar o termo +“domínio público” para este significado apenas, e usar outros termos para +transmitir os outros significados.</p> + + <p>Sob a Convenção de Berna, da qual a maioria dos países são signatários, +qualquer coisa escrita é automaticamente colocada sob copyright. Isso inclui +programas. Portanto, se você deseja que um programa que você escreveu esteja +no domínio público, você deve tomar algumas medidas legais para renunciar o +copyright sobre ele; do contrário, o programa estará protegido sob +copyright.</p> + +<h3 id="CopyleftedSoftware">Software com copyleft</h3> + + <p>Software com copyleft é um software livre cujos termos de distribuição +asseguram que todas as cópias de todas as versões carreguem mais ou menos os +mesmos termos de distribuição. Isso significa, por exemplo, que as licenças +copyleft geralmente proíbem que outros adicionem requisitos ao software +(apesar de que um conjunto limitado de requisitos seguros adicionados pode +ser permitido) e exigem tornar código-fonte disponível. Isto blinda o +programa, e suas versões modificadas, de algumas das formas comuns de tornar +um programa proprietário.</p> + + <p>Algumas licenças copyleft, tal como a GPL versão 3, bloqueiam outros +meios de tornar em software em proprietário, tal como <a +href="/licenses/rms-why-gplv3.html">tivoização</a>.</p> + + <p>No projeto GNU, nós distribuímos sob copyleft praticamente todo software que +escrevemos, pois nosso objetivo é dar a <em>todo</em> usuário as liberdades +que o termo “software livre” implica. Veja o nosso <a +href="/licenses/copyleft.html">artigo sobre copyleft</a> para maior +explicação sobre como o copyleft funciona e por que o usamos.</p> + + <p>Copyleft é um conceito geral; para realmente proteger um programa com +copyleft, você precisa usar um conjunto específico de termos de +distribuição. Existem muitas maneiras possíveis de se escrever esses termos +de distribuição, então em princípio podem haver muitas licenças de software +livre do tipo copyleft. No entanto, na prática quase todo software com +copyleft usa a <a href="/licenses/gpl.html">Licença Pública Geral +GNU</a>. Duas licenças diferentes do tipo copyleft normalmente são +“incompatíveis”, o que significa que é ilegal a união de código usando uma +das licenças a um código usando a outra licença; portanto, é bom para a +comunidade que as pessoas usem uma única licença copyleft.</p> + +<h3 id="Non-CopyleftedFreeSoftware">Software livre sem copyleft</h3> + + <p>Software livre sem copyleft vem do autor com permissão para redistribuir e +modificar, e também para incluir restrições adicionais a ele.</p> + + <p>Se um programa é livre mas não distribuído sob copyleft, algumas cópias ou +versões modificadas podem não ser software livre. Uma empresa de software +pode compilar o programa, com ou sem modificações, e distribuir o arquivo +executável na forma de um produto <a +href="#ProprietarySoftware">proprietário</a>.</p> + + <p>O <a href="http://www.x.org">X Window System</a> ilustra isso. O X +Consortium lançou o X11 com termos de distribuição que o torna software +livre sem copyleft, e desenvolvedores subsequentes em sua boa parte seguiram +a mesma prática. Uma cópia que tem esses termos de distribuição é livre. No +entanto, também existem versões não livres, e existem (ou pelo menos +existiram) estações de trabalho e placas gráficas populares para as quais as +versões não livres são as únicas que funcionam. Se você estiver usando este +hardware, o X11 não é livre para você. <a href="/philosophy/x.html">Os +desenvolvedores do X11 o tornaram não livre</a> por um tempo; eles foram +capazes de fazer isso, porque outros contribuíram seus códigos sob a mesma +licença sem copyleft.</p> + +<h3 id="LaxPermissiveLicensedSoftware">Software com licença permissiva e leniente</h3> + + <p>Licenças permissivas e lenientes incluem a licença X11 e as <a +href="/licenses/bsd.html">duas licenças BSD</a>. Essas licenças permitem +quase qualquer uso do código, incluindo distribuição de binários +proprietários com ou sem alteração do código-fonte.</p> + +<h3 id="GPL-CoveredSoftware">Software coberto pela GPL</h3> + + <p>A <a href="/licenses/gpl.html">GNU GPL (Licença Pública Geral)</a> é um +conjunto específico de termos de distribuição para aplicar copyleft a um +programa. O Projeto GNU a utiliza como termos de distribuição para a maior +parte dos softwares GNU.</p> + + <p>Igualar software livre a software coberto pela GPL é, portanto, um erro.</p> + +<h3 id="TheGNUsystem">O sistema operacional GNU</h3> + + <p>O <a href="/gnu/gnu-history.html">sistema operacional GNU</a> é um sistema +operacional no estilo Unix, porém composto inteiramente de software livre, +que nós, no Projeto GNU, desenvolvemos desde 1984.</p> + + <p>Um sistema operacional no estilo Unix consiste em muitos programas. O +sistema GNU inclui todos os <a href="#GNUsoftware">pacotes oficiais do +GNU</a>. Ele também inclui muitos outros pacotes, como o X Window System e +TeX, que não são softwares GNU.</p> + + <p>A primeira versão de teste do sistema GNU completo foi em 1996. Isso inclui +o GNU Hurd, nosso kernel, desenvolvido desde 1990. Em 2001, o sistema GNU +(incluindo o GNU Hurd) começou a funcionar de maneira bastante confiável, +mas o Hurd ainda não possuía alguns recursos importantes, então ele não era +amplamente usado. Nesse meio tempo, o <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">sistema GNU/Linux</a>, um descendente do +sistema operacional GNU que usa o Linux como kernel, em vez do GNU Hurd, se +tornou um grande sucesso desde os anos 90. Como isso mostra, o sistema GNU +não é um único conjunto estático de programas; usuários e distribuidores +podem selecionar pacotes diferentes de acordo com suas necessidades e +desejos. O resultado ainda é uma variante do sistema GNU.</p> + + <p>Como o propósito do GNU é ser livre, todo componente no sistema operacional +GNU é software livre. Porém, eles não precisam ser todos distribuídos sob +copyleft; qualquer tipo de software livre é legalmente apropriado para +inclusão se ajudar a atender requisitos técnicos.</p> + +<h3 id="GNUprograms">Programas GNU</h3> + + <p>“Programas GNU” é equivalente a <a href="#GNUsoftware">softwares GNU</a>. Um +programa Foo é um programa GNU se for software GNU. Nós também dizemos que é +um “pacote GNU”.</p> + +<h3 id="GNUsoftware">Softwares GNU</h3> + + <p><a href="/software/software.html">Software GNU</a> é um software lançado sob +os auspícios do <a href= "/gnu/gnu-history.html">Projeto GNU</a>. Se um +programa é software GNU, nós também dizemos que é um programa GNU ou um +pacote GNU. O README ou manual de um pacote GNU deve dizer que ele é um; +também, o <a href="/directory">Diretório de Software Livre</a> identifica +todos os pacotes GNU.</p> + + <p>A maior parte dos softwares GNU possui <a href= +"/licenses/copyleft.html">copyleft</a>, mas nem todos; contudo, todo +software GNU deve ser <a href="/philosophy/free-sw.html">software livre</a>.</p> + + <p>Alguns softwares GNU foram escritos pela <a href= +"http://www.fsf.org/about/staff/">equipe</a> da <a +href="http://www.fsf.org/">Free Software Foundation</a>, mas a maior parte +dos softwares GNU vem de muitos <a +href="/people/people.html">voluntários</a>. (Alguns desses voluntário são +pagos por empresas ou universidades, mas eles são voluntários para nós.) +Algumas contribuições possuem copyright da Free Software Foundation; outras +possuem copyright dos contribuidores que as escrevem.</p> + +<h3 id="FSF-CopyrightedGNUSoftware">Softwares GNU sujeito ao copyright da FSF</h3> + + <p>Os desenvolvedores de pacotes GNU podem transferir o copyright para a FSF, +ou eles podem mantê-los. A escolha é deles.</p> + + <p>Se eles transferiram o copyright para a FSF, o programa é um software GNU +sujeito ao copyright da FSF, e a FSF pode impor sua licença. Se eles +mantiveram o copyright, a imposição da licença é responsabilidade deles.</p> + + <p>A FSF não aceita atribuições de copyright de software que não é um pacote +oficial do GNU, como uma regra.</p> + +<h3 id="non-freeSoftware">Software não livre</h3> + + <p>Software não livre é qualquer software que não é livre. Seu uso, +redistribuição ou modificação é proibido, ou requer que você peça permissão, +ou é restrito de tal forma que você não possa efetivamente fazê-lo +livremente.</p> + +<h3 id="ProprietarySoftware">Software proprietário</h3> + + <p>Software proprietário é um outro nome para software não livre. No passado, +nós subdividíamos software não livre em “software semilivre”, o qual poderia +ser modificado e redistribuído não comercialmente, e “software +proprietário”, que não poderia. Mas nós descartamos tal distinção e agora +usamos “software proprietário” como sinônimo de software não livre.</p> + + <p>A Free Software Foundation segue a regra de que não podemos instalar +qualquer programa proprietário em nossos computadores, exceto +temporariamente para o propósito específico de escrever um substituto livre +para aquele mesmo programa. Fora isso, achamos que não há justificativa +possível para instalar um programa proprietário.</p> + + <p>Por exemplo, nós achamos justificável instalar Unix em nosso computador nos +anos 80, porque o estávamos usando para escrever um substituto livre para +Unix. Hoje em dia, que um sistema operacional livre está disponível, a +desculpa não é mais aplicável; agora usamos nenhum sistema operacional não +livre, e qualquer computador novo que instalamos precisa funcionar com um +sistema operacional completamente livre.</p> + + <p>Nós não insistimos que os usuários do GNU, ou contribuidores do GNU, tenham +que viver com essa regra. Essa é uma regra que fizemos para nós mesmos. Mas +esperamos que você decida segui-la também, para seu próprio bem.</p> + + +<h3 id="freeware">Freeware</h3> + + <p>O termo “freeware” não possui uma definição clara e aceita, mas é muito +usada para pacotes que permitem redistribuição mas não modificação (e seu +código-fonte não está disponível). Estes pacotes <em>não</em> são software +livre, portanto não use “freeware” para referir-se a software livre.</p> + +<h3 id="shareware">Shareware</h3> + + <p>Shareware é software que vem com permissão para redistribuir cópias, mas diz +que qualquer um que continue usando uma cópia é <em>obrigado</em> a pagar +por uma licença.</p> + + <p>Shareware não é software livre, ou mesmo semilivre. Existe duas razões para +isso:</p> + + <ul> + <li>Para maior parte dos sharewares, o código-fonte não está disponível; +portanto, você não pode modificar o programa.</li> + <li>Shareware não vem com permissão para fazer uma cópia e instalá-la sem pagar +uma licença, nem mesmo para indivíduos engajados a atividades não +lucrativas. (Na prática, as pessoas frequentemente desrespeitam os termos da +distribuição e fazem isso de qualquer forma, mas os termos não permitem +isso).</li> + </ul> + +<h3 id="PrivateSoftware">Softwares privativos</h3> + <p>Software privativo ou personalizados é um software desenvolvido para um +usuário (geralmente uma organização ou empresa). Aquele usuário o mantém e o +usa, e não o libera para o público como código-fonte ou como binários.</p> + <p>Um programa privativo é um software livre (em algum sentido trivial) se seu +único usuário tem as quatro liberdades. Em particular, se o usuário tem +todos os direitos ao programa privado, o programa é livre. Porém, se o +usuário distribui cópias para outros e não fornece as quatro liberdades com +aquelas cópias, estas não são software livre.</p> + + <p>Software livre é uma questão de liberdade, não de acesso. Em geral, nós não +acreditamos que seja errado desenvolver um programa e não lançá-lo. Há +ocasiões em que um programa é tão importante que pode-se argumentar que +retê-lo do público é fazer errado para a humanidade. Porém, tais casos são +raros. A maioria dos programas não são tão importantes, e recusar o +lançamento deles não é particularmente errado. Portanto, não há conflito +entre o desenvolvimento de software privado ou personalizado e os princípios +do movimento software livre.</p> + + <p>Quase todos os empregos para programadores são em desenvolvimento de +software personalizado e, portanto, a maioria dos trabalhos de programação +é, ou poderia ser, feita em uma forma compatível com o movimento software +livre.</p> + +<h3 id="commercialSoftware">Software comercial</h3> + + <p> “Comercial” e “proprietário” não são a mesma coisa! Software comercial é +software desenvolvido por uma empresa como parte de seu negócio. A maior +parte dos softwares comerciais é <a +href="#ProprietarySoftware">proprietária</a>, mas existem softwares livres +comerciais, e softwares não comerciais e não livres.</p> + + <p>Por exemplo, o GNU Ada é desenvolvido por uma empresa. Ele é sempre +distribuído sob os termos da GNU GPL, e toda cópia é software livre; mas +seus desenvolvedores vendem contratos de suporte. Quando seus vendedores +falam com clientes em potencial, algumas vezes os clientes dizem, “Nós nos +sentiríamos mais seguros com um compilador comercial”. Os vendedores +respondem, “GNU Ada <em>é</em> um compilador comercial, apenas acontece de +ser um software livre”.</p> + <p>Para o Projeto GNU, as prioridades são de outra ordem: o importante é que o +GNU Ada é software livre; que ele é comercial é apenas um detalhe. No +entanto, o desenvolvimento adicional do GNU Ada que resulta do mesmo ser +comercial é definitivamente benéfico.</p> + <p>Por favor, ajude-nos a divulgar o fato de que software comercial livre é +possível. Você pode fazer isso através de um esforço de não dizer +“comercial” quando quer dizer “proprietário”.</p> + +<!-- If needed, change the copyright block at the bottom. In general, --> +<!-- all pages on the GNU web server should have the section about --> +<!-- verbatim copying. Please do NOT remove this without talking --> +<!-- with the webmasters first. --> +<!-- Please make sure the copyright date is consistent with the document --> +<!-- and that it is like this "2001, 2002" not this "2001-2002." --> +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 1996, 1997, 1998, 2001, 2006, 2007, 2009, 2010, 2014, 2015, +2016, 2017, 2018, 2019 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> +Nelson Ferraz +<a href="mailto:nferraz@insite.com.br"><nferraz@insite.com.br></a>, +2002; +Rafael Fontenelle +<a href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2017-2019</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:20 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/compromise.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/compromise.html new file mode 100644 index 0000000..49582e5 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/compromise.html @@ -0,0 +1,307 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/compromise.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Evitando Compromissos Ruinosos - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> +<style type="text/css" media="print,screen"> +<!-- + .quote { + font-size: 90%; + max-width: 30em; + padding: .5em 1.5em; + background-color: #ececec; + border-radius: 1em; + -moz-border-radius: 1em; + -khtml-border-radius: 1em; + -webkit-border-radius: 1em; + -opera-border-radius: 1em; + } + .quote.imgright { margin: .3em 1em 1em 1em; } + .quote { + font-style: italic; + } + .quote b { + font-style: normal; + font-weight: normal; + } + .imgleft { + width: 18em; + max-width: 100%; + } + +@media (max-width:50em) { + .imgleft, .imgright { + float: none; + display: block; + margin: auto; + } + .quote { + max-width: none; width: auto; + margin: 1em 10%; + } +} +@media (min-width:50em) { + .quote { max-width: 40%; } +} +--> + +</style> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/compromise.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Evitando Compromissos Ruinosos</h2> + +<address class="byline">por Richard Stallman</address> + +<blockquote class="quote imgright"><p>“Vinte cinco anos atrás, <a href="/gnu/initial-announcement.html">em 27 de +setembro de 1983, anunciei um plano</a> para criar um sistema operacional +completamente livre chamado GNU — sigla para ‘GNU's Not +Unix’ (GNU Não é Unix);. Como parte do vigésimo quinto aniversário do +sistema GNU, escrevi este artigo sobre como nossa comunidade pode evitar +compromissos ruinosos. Além de evitar tais compromissos, existe muitas +maneiras para <a href="/help/help.html">ajudar o GNU</a> e o software +livre. Uma forma básica é <a +href="https://www.fsf.org/associate/support_freedom/join_fsf?referrer=4052"> +juntar-se à Free Software Foundation</a> como um Membro Associado.” +—<b>Richard Stallman</b></p></blockquote> + +<p>O movimento do software livre tem como objetivo uma mudança social: <a +href="/philosophy/free-sw.html">transformar todo software em software +livre</a> para que todos os usuários de software sejam livres e possam fazer +parte de uma comunidade de cooperação. Todo programa não livre dá ao seu +desenvolvedor poder injusto sobre os usuários. Nossa meta é por fim a essa +injustiça.</p> + +<p>O caminho para a liberdade <a +href="http://www.fsf.org/bulletin/2008/spring/the-last-mile-is-always-the-hardest/">é +longo</a>. Serão necessários muitos passos e muitos anos para alcançar um +mundo no qual é normal que usuários de software tenham liberdade. Alguns +desses passos são difíceis e requerem sacrifícios. Alguns deles se tornam +mais fáceis se nós fizermos compromissos com pessoas que têm objetivos +diferentes.</p> + +<p>Assim sendo, a <a href="http://www.fsf.org/">Free Software Foundation</a> +assume compromissos — e até mesmo grandes. Por exemplo, nós fizemos +compromissos nas disposições de patente da versão 3 da <a +href="/licenses/gpl.html">Licença Pública Geral GNU</a> (GNU GPL), de modo +que grandes empresas contribuam para e distribuam software sob a GPLv3 +trazendo, portanto, algumas patentes sob o efeito dessas disposições. </p> + +<img src="/graphics/gplv3-large.png" alt="[Logo da GPLv3]" class="imgleft" /> + +<p>O propósito da <a href="/licenses/lgpl.html">GPL Menor</a> é um compromisso: +nós a usamos em certas bibliotecas livres para permitir seu uso em programas +não livres porque pensamos que legalmente proibir isso apenas levaria +desenvolvedores a usar bibliotecas proprietárias. Aceitamos e instalamos +código em programas do GNU para que eles funcionem com outros programas +comuns não livres, e documentamos e divulgamos isso de maneira a encorajar +usuários desses programas a instalar os programas do GNU, mas não o +contrário. Suportamos campanhas específicas com as quais concordamos, mesmo +quando não concordamos totalmente com os grupos por trás delas.</p> + +<p>Mas nós rejeitamos certos compromissos, embora muitos outros em nossa +comunidade estejam dispostos a aceitá-los. Por exemplo, nós <a +href="/distros/free-system-distribution-guidelines.html">endossamos apenas +distribuições GNU/Linux</a> que possuem a política de não incluir software +não livre ou levar usuários a instalá-lo. Endossar distribuições não livres +seria um compromisso <abbr title="ruinoso adj. 1. Que ameaça ruir; que está +em ruínas, arruinado. 2. Que acarreta ruína, perda ou destruição; nefasto, +prejudicial; nocivo: despesas ruinosas.">ruinoso</abbr>.</p> + +<p>Compromissos são ruinosos se trabalham contra nossos objetivos a longo +prazo. Isso pode ocorrer tanto no nível das ideias quanto no nível das +ações.</p> + +<p>No nível das ideias, compromissos ruinosos são aqueles que reforçam as +premissas que buscamos mudar. Nosso objetivo é um mundo no qual os usuários +de software são livres, mas a maioria dos usuários ainda sequer reconhece a +liberdade como um assunto importante. Eles assumiram valores de +“consumidores”, o que significa que eles julgam qualquer programa apenas +pelas suas características práticas, como preço e conveniência.</p> + +<p>O livro clássico de Dale Carnegie, <cite>Como Fazer Amigos e Influenciar +Pessoas</cite>, aconselha que a forma mais efetiva de persuadir alguém a +fazer algo é apresentar argumentos que apelem para seus valores. Existem +maneiras de apelar para os valores típicos de consumidor de nossa +sociedade. Por exemplo, o usuário que obter software livre gratuitamente +pode economizar. Muitos programas livres são convenientes e confiáveis, +também. Citar esses benefícios práticos tem conseguido persuadir muitos +usuários a adotar vários programas livres, alguns dos quais hoje são +bastante bem-sucedidos.</p> + +<p>Se conseguir que mais pessoas usem alguns programas livres é seu objetivo, +talvez você decida-se calar sobre o conceito de liberdade e focar apenas nas +vantagens práticas que fazem sentido em termos de valores de consumidor. É +isso que o termo “open source” (“código aberto”, em português) e a retórica +associada a ele fazem.</p> + +<p>Essa abordagem pode nos levar apenas até certo ponto em nosso objetivo de +liberdade. Pessoas que usam software livre apenas porque ele é conveniente +irão continuar usando-o enquanto for mais conveniente e não verão motivo +para não usar software proprietário em conjunto.</p> + +<p>A filosofia do código aberto pressupõe e apela para os valores de +consumidor, desse modo afirmando e reforçando-os. É por isso que nós <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">não defendemos o código +aberto</a>.</p> + +<img src="/graphics/gnulaptop.png" + alt="[GNU levitando com um laptop]" class="imgright" /> + +<p>Para estabelecer uma comunidade livre de modo completo e duradouro, +precisamos fazer mais do que conseguir que as pessoas usem alguns programas +livres. Precisamos difundir a ideia de julgar o software (e outras coisas) +baseado nos “valores de cidadão”; baseado no respeito à liberdade dos +usuários e da comunidade, não somente em termos de conveniência. Assim, as +pessoas não cairão na armadilha do programa proprietário, fisgadas por uma +característica conveniente e atraente.</p> + +<p>Para promover os valores de cidadão, devemos falar sobre eles e mostrar como +são a base de nossas ações. Devemos rejeitar a filosofia de Dale Carnegie, +que influenciaria as ações das pessoas ao endossar seus valores de +consumidor.</p> + +<p>Isso não quer dizer que não podemos citar as vantagens práticas — +podemos e citamos. Essa atitude se torna um problema apenas quando as +vantagens práticas roubam a cena e põe a liberdade em segundo plano. Quando +citamos as vantagens práticas do software livre, nós reiteramos +frequentemente que essas são razões <em>adicionais e secundárias</em> para +preferi-lo.</p> + +<p>Não é suficiente que nossas palavras estejam de acordo com nossos ideais; +nossas ações devem estar também. Assim, devemos também evitar compromissos +que envolvem fazer ou legitimar as coisas que desejamos erradicar.</p> + +<p>Por exemplo, a experiência mostra que você pode atrair alguns usuários para +o <a href="/gnu/why-gnu-linux.html">GNU/Linux</a> se incluir alguns +programas não livres. Esse poderia ser um aplicativo não livre atraente que +chama a atenção de alguns usuários, ou uma plataforma de programação não +livre como o <a href="/philosophy/java-trap.html">Java</a> (antigamente) ou +o Flash (ainda hoje), ou algum driver não livre que habilita o suporte a +certos modelos de hardware.</p> + +<p>Esses compromissos são tentadores, mas irão minar o objetivo. Se você +distribuir software não livre ou incentivar seu uso, será difícil dizer +“Software não livre é uma injustiça, um problema social e devemos por um fim +a ele”. E mesmo que você continue a dizer essas palavras, suas ações irão +corroê-las.</p> + +<p>A questão não é se as pessoas devem <em>poder</em> ou <em>ser +permitidas</em> a instalar software não livre; um sistema de propósito geral +torna possível e permite que usuários façam o que desejarem. O problema é se +influenciamos usuários a usar software não livre. O que usuários fazem +sozinhos é de sua responsabilidade; o que nós fazemos por eles e os +influenciamos a fazer é de nossa responsabilidade. Não devemos direcionar +nossos usuários ao software proprietário como se ele fosse a solução, porque +o software proprietário é o problema.</p> + +<p>Um compromisso ruinoso não é apenas uma má influência para os outros. Ele +pode distorcer nossos próprios valores também, por meio da dissonância +cognitiva. Se você tem certos valores, mas suas ações implicam em valores +diferentes e conflitantes, você provavelmente irá mudar seus valores ou +ações para resolver a contradição. Assim, projetos que discutem apenas as +vantagens práticas ou influenciam as pessoas a usarem algum software não +livre, quase sempre fogem de <em>sugerir</em> que software não livre é +antiético. Eles reforçam valores de consumidor aos seus participantes e +também ao público. Devemos rejeitar esses compromissos se desejamos manter +nossos valores honestos.</p> + +<p>Se você deseja começar a usar software livre sem comprometer o objetivo da +liberdade, veja <a href="http://www.fsf.org/resources">a área de recursos da +FSF</a>. Lá há uma lista de hardware e configurações de máquina que +funcionam com software livre, <a href="/distros/distros.html"> distribuições +GNU/Linux completamente livres</a> para instalar e <a +href="http://directory.fsf.org/"> milhares de pacotes de software livre</a> +que funcionam em um ambiente 100% software livre. Se você deseja ajudar a +comunidade a continuar no caminho da liberdade, uma maneira importante é +apoiar publicamente os valores de cidadão. Quando as pessoas estão +discutindo o que é bom ou ruim, ou o que fazem, cite os valores da liberdade +e comunidade e discuta a partir deles.</p> + +<p>Uma estrada que lhe deixa ir mais rápido não é melhor se ela leva ao lugar +errado. Compromisso é essencial para atingir um objetivo ambicioso, mas +cuidado com os compromissos que levam para longe do objetivo.</p> + +<hr class="column-limit"/> + +<p> +Para uma discussão similar em uma área diferente da vida, veja <a +href="http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2011/jul/19/nudge-is-not-enough-behaviour-change">“Nudge” +is not enough</a>. +</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2008, 2009, 2014, 2015, 2017, 2018, 2019, 2020 <a +href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a>.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: +Rafael Beraldo <a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2012; e +Amanda Onishi <a +href="mailto:amandaonishi@gmail.com"><amandaonishi@gmail.com></a>, +2012</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/10/06 08:42:12 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/contradictory-support.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/contradictory-support.html new file mode 100644 index 0000000..64e8e4d --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/contradictory-support.html @@ -0,0 +1,137 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/contradictory-support.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.79 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Cuidado com o “Suporte” Contraditório - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/contradictory-support.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Cuidado com o “Suporte” Contraditório</h2> + +<p>por <strong>Richard Stallman</strong></p> + +<p>Existem organizações que proclamam suporte para software livre ou o Projeto +GNU e ensinam turmas no uso de software não livre.</p> + +<p>É possível que eles façam algumas <em>outras</em> coisas que realmente +oferecem suporte a software livre, mas essas turmas certamente não. Pelo +contrário, eles trabalham diretamente contra o movimento software livre +promovendo o uso do software não livre. Isso aumenta a magnitude do problema +prático que é nossa missão corrigir.</p> + +<p>Pior ainda, isso confere legitimidade ao software não livre. O ponto básico +do movimento software livre é que o software não livre é <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">injusto</a> e não +deve existir. É por isso que precisamos de um movimento para +<em>substitui-lo e eliminá-lo</em>. Ensinar a usá-lo passa a mensagem de que +ele que não é um problema; isso se opõe ao movimento software livre no nível +mais profundo.</p> + +<p>Claro, as pessoas têm o direito de afirmar essa visão, mas não devem fingir +que constitui suporte para a nossa causa.</p> + +<p>Ainda mais escandalosamente, algumas dessas organizações afirmam que seus +cursos sobre uso de software não livre estão conectados ou mesmo +certificados pelo Projeto GNU ou pela Free Software Foundation. Nem precisa +dizer que nunca certificaríamos tal curso, nem o recomendaríamos, nem +teríamos nada a ver com isso, nem sequer falaríamos sobre isso, exceto com +condenação.</p> + +<p>Ensinar o uso de programas não livres trabalha contra o software livre; +ensinar isso em associação com o nome GNU ou o termo “software livre” +provoca confusão sobre o que defendemos.</p> + +<p>Se você encontrar uma organização assim, explique esses pontos para as +pessoas que trabalham nela: que esses cursos vão diretamente contra os +princípios do movimento software livre. Explique-lhes por que, se eles +querem ajudar a causa do software livre, eles precisam ensinar as pessoas a +escolher o software livre, e não legitimar o software não livre.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2016 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017.<br/> +Revisado por: André Phellip Ferreira <a +href="mailto:werewolf@cyberdude.com"><werewolf@cyberdude.com></a>, +2018</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/copyright-and-globalization.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/copyright-and-globalization.html new file mode 100644 index 0000000..beb04e5 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/copyright-and-globalization.html @@ -0,0 +1,1283 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/copyright-and-globalization.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Copyright e Globalização na Era das Redes de Computadores - Projeto GNU - +Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/copyright-and-globalization.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Copyright e Globalização na Era das Redes de Computadores</h2> + +<p> +<i>A seguir temos uma transcrição editada da palestra apresentada no <abbr +title="Massachusetts Institute of Technology">MIT</abbr> no Communications +Form na quinta-feria, 19 de abril de 2001 de 17:00 às 19:00 hs</i></p> + +<p> +<b>DAVID THORBURN</b>, moderador: Nosso palestrante hoje, Richard Stallman, +é uma figura lendária no mundo da computação, e minha experiência de +procurar por uma pessoa à altura de dividir o palco com ele foi +instrutiva. Um professor respeitado do MIT me disse que Stallman deve ser +compreendido como uma figura carismática de uma parábola bíblica — um tipo +de anedota do velho testamento — ou uma lição. “Imagine,” ele disse “um +Moisés ou um Jeremias — melhor um Jeremias.” E eu disse, “Bem, isto é +admirável.”</p> +<p> +Aquilo soou maravilhoso. Confirmou meu sendo do tipo de contribuição que ele +fez para o mundo. “Então por que está relutante em dividir o mesmo painel +com ele?” Sua resposta: “Assim como Jeremias ou Moisés, ele iria +simplesmente me ofuscar. Eu não iria ser notado no mesmo painel que ele, mas +se me pedir para nomear cinco pessoas vivas no mundo que realmente tenham +ajudado a todos nós, Richard Stallman seria uma delas.”</p> +<p> +<b>RICHARD STALLMAN</b>: Eu deveria [iniciar explicando por que eu me +recusei a autorizar a presença deste fórum no web cast], no caso de que não +esteja completamente claro qual é o verdadeiro ponto: o software utilizado +para o broadcast na web requer que o visitante baixe um determinado software +de modo a ser capaz de receber o broadcast. Este software não é software +livre. Ele está disponível a custo zero mas somente como um executável, que +é um misterioso amontoado de números.</p> +<p> +O que ele faz é segredo. Você não pode estudá-lo; não pode modificá-lo; e +certamente não pode publicar a sua própria versão modificada. E estas são +algumas das liberdades que são essenciais na definição de “software livre”.</p> +<p> +Portanto, se sou um honesto defensor do software livre, não posso sair por +aí fazendo palestras, e então fazer pressão para que as pessoas utilizem +software que não é livre. Estaria minando minha própria causa. E se não +mostrar que levo os meus princípios a sério, não posso esperar que mais +ninguém os leve a sério.</p> +<p> +Entretanto, esta palestra não é sobre software livre. Depois de estar +trabalhando no movimento do software livre por vários anos e que as pessoas +iniciaram a utilizar vários dos pedaços do sistema operacional GNU, comecei +a ser convidado para apresentar palestras [nas quais]… as pessoas +começaram a me perguntar: “Bem, como as ideias sobre liberdade para usuários +de software podem ser generalizadas para outros tipos de coisas?”</p> +<p> +E, é claro, as pessoas fizeram perguntas difíceis como, “Bem, o hardware +deveria ser livre?” “Este microfone deveria ser livre?”</p> +<p> +Bem, o que isto tudo significa? Você deveria ser livre para copiar e +modificá-lo? Bem, quanto a modificá-lo, se comprar o microfone, ninguém iria +impedi-lo de modificá-lo. Quanto a copiá-lo, ninguém possui um “copiador de +microfones”. Fora de “Jornada nas Estrelas”, estas coisas não +existem. Talvez algum dia haverá analisadores e montadores baseados em +nanotecnologia, e realmente será possível copiar objetos físicos, e então as +questões de se você deve ser livre para fazer essas coisas se tornarão +realmente importantes. Veremos empresas agropecuárias tentando impedir as +pessoas de copiarem comida, e isto se tornará uma das principais questões +políticas, caso esta capacidade tecnológica venha a existir. Não sei se irá +acontecer; é apenas especulação neste momento.</p> +<p> +Mas para outros tipos de informação, você pode levantar esta questão, porque +qualquer tipo de informação pode ser armazenada em um computador, copiada e +modificada. Portanto as questões éticas do software livre, as questões do +direito do usuário de copiar e modificar software, são semelhantes às mesas +questões aplicadas a outros tipos de informação publicada. Agora não estou +falando de informações privativas, digamos, informações pessoais, que nunca +foram concebidas para estarem disponíveis ao público em geral. Estou falando +sobre os direitos que você deveria ter se obtém cópias de coisas publicadas +quando não houve tentativas de mantê-las em segredo.</p> +<p> +De modo que eu possa explicar as minhas ideias sobre o assunto, gostaria de +revisar a história da distribuição da informação e do copyright. No mundo +antigo, os livros eram escritos à mão com uma pena, e qualquer um que +soubesse ler e escrever poderia copiar um livro de maneira tão eficiente +quando qualquer outro. Alguém que fizesse isso o dia inteiro poderia +provavelmente aprender a ser um pouco melhor na tarefa, mas nunca haveria +uma diferença tremenda. E já que as cópias eram feitas uma de cada vez, não +havia economia de escala significativa. Fazer dez cópias de um livro tomaria +dez vezes mais tempo do que fazer uma única cópia. Também não havia nada +forçando a centralização; um livro poderia ser copiado em qualquer lugar.</p> +<p> +Agora, por causa desta tecnologia, porque ela não garantia que as cópias +eram idênticas, não havia no mundo antigo a separação total entre escrever e +copiar um livro. Existem coisas entre as duas que fazem sentido. Eles +entendiam as ideias de um autor. Eles sabiam que, esta peça foi escrita por +Sófocles mas entre escrever um livro e copiar um livro haviam outras coisas +úteis que poderiam ser feitas. Por exemplo, você poderia copiar parte de um +livro, então acrescentar novas palavras, copiar mais algumas e então +acrescentar outras e assim por diante. Isto era chamado “escrever um +comentário” — era algo comum de se fazer — e esses comentários eram bastante +apreciados.</p> +<p> +Você também poderia copiar uma passagem de um livro, então acrescentar +outras palavras, e copiar uma passagem de outro livro e acrescentar mais +ideias e assim em diante, e isto era fazer um compêndio. Os compêndios +também eram muito úteis. Houveram trabalhos que foram perdidos mas partes +deles sobreviveram quando foram citados em outros livros que se tornaram +mais populares do que o original. Talvez eles tenham copiados as partes mais +interessantes, e então as pessoas começaram a fazer várias cópias deles, mas +eles não se preocupavam em copiar o original porque ele não era interessante +o suficiente.</p> +<p> +Dentro do meu conhecimento, não havia nada como o copyright no mundo +antigo. Qualquer um que desejasse copiar um livro poderia copiar o +livro. Posteriormente, a prensa de impressão foi desenvolvida e os livros +começaram a ser copiados nas máquinas. A prensa de impressão não foi apenas +uma melhora quantitativa na facilidade de se copiar. Ela afetou os +diferentes tipos de cópias de maneira desigual porque ela introduziu uma +inerente economia de escala. Era muito trabalhoso posicionar os tipos e +muito menos trabalhoso fazer várias cópias idênticas da página. Assim o +resultado foi que a cópia de livros começou a se tornar uma atividade mais +centralizada, de produção em massa. As cópias de um dado livro eram +provavelmente feitas em apenas uns poucos lugares.</p> +<p> +Isto também significou que os leitores em geral não seriam capazes de copiar +livros de maneira eficiente. Somente se você tivesse uma prensa de impressão +seria capaz de fazer isso. Portanto ela era uma atividade industrial.</p> +<p> +Durante os primeiros poucos séculos da impressão, os livros impressos não +substituíram inteiramente a cópia manual. Os livros copiados à mão ainda +eram feitos, às vezes por pessoas ricas e às vezes por pessoas pobres, As +pessoas ricas faziam isto para conseguir uma cópia especialmente bela que +demonstraria o quanto eles eram ricos, e as pessoas pobres o faziam porque +elas não tinham dinheiro suficiente para comprar uma cópia impressa mas +tinham tempo para copiar um livro à mão. Como diz a música, “Tempo não é +dinheiro se tudo o que se tem é tempo.”</p> +<p> +Portanto a cópia manual ainda era feita em alguma extensão. Acho que foi nos +anos 1800s que a impressão se tornou barata o suficiente para que mesmo as +pessoas pobres pudessem comprar livros impressos se elas fossem +alfabetizadas.</p> +<p> +Então o copyright foi desenvolvido juntamente com o uso da prensa de +impressão e, dada a tecnologia da prensa, ele teve o efeito de uma +regulamentação industrial. Ele não restringia o que os leitores poderiam +fazer; ele restringiu o que as editoras e autores poderiam fazer. O +copyright, na Inglaterra, foi inicialmente uma forma de censura. Você tinha +que obter a permissão do governo para publicar um livro. Mas a ideia +mudou. Na época da Constituição dos EUA, se chegou a uma ideia diferente do +propósito do copyright, e acho que esta ideia foi aceita também na +Inglaterra.</p> +<p> +Na Constituição dos EUA foi proposto que os autores deveriam ser intitulados +a um copyright [N.T. “copyright” significa “direito de cópia” mas em geral a +indústria e a mídia utiliza a palavra original inglesa], um monopólio sobre +os seus livros. Esta proposta foi rejeitada. Em vez disso, foi adotada uma +proposta radicalmente diferente, de, em nome da promoção do progresso, o +Congresso poderia opcionalmente estabelecer um sistema de copyright que +poderia criar estes monopólios. Então os monopólios, de acordo com a +Constituição dos EUA, não existe pelos interesses de quem seja o dono; eles +existem pelo progresso da ciência. Os monopólios eram retirados dos autores +como um meio de modificar o seu comportamento e fazer com que eles façam +algo que sirva ao público.</p> +<p> +Portanto, o objetivo era ter mais livros escritos e publicados, que outras +pessoas poderiam então ler. E se acredita que isto contribua para o aumento +da atividade literária, mais publicações sobre ciência e outros campos, e +que a sociedade aprenderia graças a isto. Este era o objetivo a ser +atingido. A criação de monopólios privados era tida como apenas um meio, e o +objetivo era o bem público.</p> +<p> +O copyright na era da prensa era inócuo porque ele era uma regulamentação +industrial. Ele restringia apenas as atividades de autores e editores. Bem, +em um sentido estrito, as pessoas pobres que copiavam livros à mão também +poderiam estar infringindo o copyright. Mas ninguém nunca tentou usar o +copyright contra elas porque ele era entendido como uma regulamentação para +indústrias.</p> +<p> +Também era fácil fiscalizar o copyright na era da prensa, porque ele só +necessitava ser fiscalizado onde houvesse um editor, e editores, pela sua +própria natureza, se fazem conhecidos. Se você está tentando vender livros, +tem que ir até as pessoas chamando-as para vir comprar os seus livros. Não +precisa ir de casa em casa para fiscalizar o copyright.</p> +<p> +E, finalmente, o copyright pode ter sido um sistema benéfico neste +contexto. O copyright nos EUA é considerado pelos estudiosos das leis como +uma troca, uma barganha entre o público e os autores. O público abre mão de +alguns dos seus direitos naturais de fazer cópias, e em troca recebe o +benefício de mais livros sendo escritos e publicados.</p> +<p> +Porém, esta troca é vantajosa? Bem, quanto o público em geral não pode fazer +cópias porque elas só podem ser feitas de maneira eficiente em prensas — e a +maioria das pessoas não possui prensas — o resultado é que o público está +abrindo mão de uma liberdade que ele não é capaz de exercer, uma liberdade +sem nenhum valor prático. Então se você tem algo que é um subproduto da sua +vida e é inútil mas tem a oportunidade de trocá-lo por algo de valor, está +ganhando. Por isso o copyright pode ter sido uma troca benéfica para o +público naquela época.</p> +<p> +Mas o contexto está mudando, e isto tem que afetar a nossa avaliação ética +do copyright. Os princípios básicos da ética não mudam por causa de avanços +da tecnologia; eles são fundamentais demais para serem afetados por este +tipo de contingência. Mas a nossa decisão sobre qualquer questão específica +depende das consequências e das alternativas disponíveis, e as consequências +de uma dada escolha podem mudar quando o contexto muda. Isto é o que está +acontecendo na área das leis de copyright porque a era da prensa de +impressão está chegando ao fim, dando lugar gradualmente à era das redes de +computadores.</p> +<p> +As redes de computadores e a tecnologia digital da informação estão nos +trazendo de volta para um mundo parecido com o mundo antigo onde qualquer um +que pode ler e usar a informação também pode fazer cópias com a mesma +facilidade com que qualquer outro poderia fazê-las. Elas são cópias +perfeitas e elas são tão boas quanto as cópias feitas por qualquer +outro. Então a centralização e a economia de escala introduzida pela prensa +e tecnologias similares está indo embora.</p> +<p> +E esta mudança de contexto muda o modo como a lei de copyright +funciona. Note, a lei de copyright não age mais como uma regulamentação +industrial; ela agora é uma restrição draconiana sobre o público em +geral. Ela costumava ser uma restrição sobre os editores em benefício dos +autores; hoje, para qualquer propósito prático, ela é uma restrição sobre o +público em benefício dos editores. Copyright costumava ser indolor e sem +controvérsias. Ele não restringia o público. Agora isto não é mais +verdade. Se você tem um computador, os editores consideram impor restrições +sobre si como a mais alta prioridade. O copyright era fácil de fiscalizar +porque era uma restrição somente sobre editores que eram fáceis de encontrar +e o que eles publicavam era fácil de se ver. Hoje o copyright é uma +restrição sobre cada um e sobre todos vocês. A sua fiscalização requer +vigilância — uma invasão — e punições drásticas, e vemos estas coisas sendo +introduzidas nas leis dos EUA e de outros países.</p> +<p> +E pense que o copyright costumava ser, aparentemente, uma troca vantajosa +para o público porque o público estava trocando liberdades que ele não era +capaz de exercer. Bem, agora podemos exercer estas liberdades. O que você +faria se estivesse produzindo um subproduto que não tinha utilidade e +estivesse acostumado a trocá-lo e, de repente, descobrisse um uso para ele +(o subproduto)? Você agora pode efetivamente utilizá-lo, consumi-lo. Não +faria mais trocas, ficaria com ele. E isto é o que o público gostaria +naturalmente que fosse feito. +Isto é o que o público faz sempre que ele tem a chance de expressar as suas +preferências. O Napster é um grande exemplo disto, do público decidindo +exercer a sua liberdade de copiar em vez de abrir mão dela. Então o que +vemos como sendo a coisa natural é fazer com que a lei de copyright se +adéque às atuais circunstâncias, reduzindo o poder atribuído aos donos do +copyright, reduzindo a quantidade de restrições que ela impõe ao público e +aumentando a liberdade que o público conserva.</p> +<p> +Mas isto não é o que os editores desejam fazer. Eles querem exatamente o +oposto. Eles desejam aumentar os poderes do copyright ao ponto em que eles +sejam capaz de permanecer com o firme controle de todos os usos da +informação. Isto levou à leis que conferiram um aumento sem precedentes aos +poderes do copyright. As liberdade que o público estava acostumado a ter na +era da prensa de impressão foram retiradas.</p> +<p> +Por exemplo, examinemos os <cite>e-books</cite> (livros eletrônicos). Há um +tremendo <cite>hype</cite> sobre livros eletrônicos; não se consegue +evitá-lo. Tomei um voo no Brasil e, na revista de voo, havia um artigo +dizendo que talvez demore 10 ou 20 anos até que todos tenhamos mudado para +os livros eletrônicos. Certamente, este tipo de campanha vem de alguém que +paga por ela. Mas quem está fazendo isso? Acho que sei. O motivo é que os +livros eletrônicos são uma oportunidade de se retirar as últimas liberdades +que os leitores de livros impressos sempre tiveram e ainda tem — a +liberdade, por exemplo, de emprestar um livro para o seu amigo, ou de +pegá-lo em uma biblioteca pública, ou vender uma cópia para um sebo, ou +comprar uma cópia anonimamente, sem deixar um registro no banco de dados de +quem comprou qual livro. E mesmo o direito de ler duas vezes.</p> +<p> +Essas são liberdades que os editores gostariam de retirar, mas eles não +podem fazer isso com os livros impressos porque seria óbvio demais o abuso +do poder e geraria reações. Então eles encontraram uma estratégia indireta: +primeiro, eles conseguem leis para retirar estas liberdades quando não +existem livros eletrônicos; de modo que não haja controvérsia. Não existem +usuários pré-existentes de livros eletrônicos que estejam acostumados com +suas liberdades e que venham a defendê-las. Foi o que eles conseguiram com o +Digital Millennium Copyright Act em 1998. Então eles introduzem os livros +eletrônicos e gradualmente fazem com que todos mudem dos livros impressos +para os livros eletrônicos e o resultado é, que os leitores perderam estas +liberdades sem ao menos terem um momento no qual estas liberdades tenham +sido retiradas e durante o qual eles pudessem lutar para conservá-las.</p> +<p> +Vemos ao mesmo tempo esforços para retirar das pessoas a liberdade no uso de +outros tipos de trabalhos publicados. Por exemplo, os filmes que estão em +DVDs são publicados em uma forma criptografada que costumava ser secreta — +ela foi criada para ser secreta — e o único modo pelo qual os estúdios de +cinema lhe falariam sobre o formato, de modo que você pudesse fabricar um +DVD Player, era se assinasse um contrato para embutir certas restrições no +reprodutor, de modo que o público seria impedido até mesmo de exercer +completamente seus direitos legais. Então um pequeno grupo de programadores +brilhantes na Europa descobriu o formato dos DVDs e eles escreveram um +software livre que poderia ler um DVD. Isto tornou possível a utilização de +software livre sobre o sistema operacional GNU/Linux para exibir o DVD que +você comprou, o que é algo perfeitamente legal. Você deveria ser capaz de +fazer isso com software livre.</p> +<p> +Mas os estúdios de cinema foram à corte. Veja só, os estúdios de cinema +costumavam fazer um monte de filmes onde havia um cientista louco e alguém +dizia, “Mas, doutor, existem certas coisas que o homem não deveria saber.” +Eles devem ter assistido demais aos seus próprios filmes pois eles começaram +a acreditar que o formato dos DVDs é algo que o homem não deveria saber. E +eles conseguiram um veredito para total censura do software para tocar +DVDs. Até mesmo fazer um link para um site onde esta informação está +legalmente disponível fora dos EUA é proibido. Orgulho-me de dizer que +assinei uma declaração de <i lang="la">amicus curiae</i> na apelação, apesar +de estar tendo um papel muito pequeno nesta batalha em particular.</p> +<p> +Por outro lado, o governo dos EUA interveio diretamente. Isto não é +surpreendente se você antes considerar por que o Digital Millennium +Copyright Act foi aprovado. O motivo é o sistema de financiamento da +campanha eleitoral que temos nos EUA, que é essencialmente propina +legalizada onde os candidatos são comprados pelas empresas antes mesmo de +serem eleitos. E, é claro, eles sabem quem é o seu mestre — eles sabem por +quem eles estão trabalhando — e eles aprovam as leis para dar às empresas +mais poder.</p> +<p> +Não sei o que acontecerá nesta batalha em particular, não sabemos. Mas, +enquanto isso, a Austrália aprovou uma lei similar e a Europa está quase +adotando uma; então o plano é não deixar nenhum lugar na terra onde esta +informação possa ser deixada disponível para as pessoas. Mas os EUA +permanecem como os líderes mundiais em impedir o público de distribuir a +informação que foi publicada.</p> +<p> +Entretanto, os EUA não foram a primeira nação a tornar isto uma +prioridade. A União Soviética tratou o assunto como sendo muito +importante. Ali a cópia e redistribuição não autorizada era conhecida como +Samizdat e, para eliminá-la, foi desenvolvida uma série de +métodos. Primeiro, guardas vigiando cada unidade, cada equipamento de cópia +para verificar o que as pessoas estavam copiando e assim impedir a cópia não +autorizada. Segundo, punições duras para qualquer um pego fazendo cópias +ilegais. Você poderia ser enviado para a Sibéria. Terceiro, solicitando +informantes, pedindo a todos para dedurar os seus vizinhos e colegas de +trabalho à polícia da informação. Quarto, responsabilidade coletiva — Você! +Você tem que vigiar aquele grupo! Se eu pegar qualquer um deles realizando +cópias ilegais, você será preso. Portanto, vigie-os cuidadosamente. E +quinto, propaganda, desde a infância, para convencer as pessoas que somente +um terrível inimigo do povo poderia pensar em fazer cópias ilegais.</p> +<p> +Os EUA estão usando todas estas medidas hoje. Primeiro, guardas vigiando +equipamento de cópia. Bem, em lojas de cópias, eles tem guardas humanos +verificando o que você copia. Mas ter guardas humanos vigiando o que você +copia no seu computador seria muito caro; trabalho humano é muito +caro. Então eles criaram guardas-robôs. Este é o propósito do Digital +Millennium Copyright Act. Este software vem no seu computador, é o único +meio pelo qual você pode acessar certos dados e ele impede que faça cópias.</p> +<p> +Existe agora um plano para introduzir este software em todos os discos +rígidos, de modo que possam haver arquivos no seu disco rígido que você não +possa acessar exceto obtendo permissão de algum servidor de rede para +acessar o arquivo. E contornar este software ou mesmo dizer a outros como +contorná-lo seria crime.</p> +<p> +Segundo, punições duras. Há poucos anos, se fizesse cópias de alguma coisa e +desse aos seus amigos apenas para ser útil, isto não era um crime; isto +nunca foi crime nos EUA. Então eles transformaram isso em crime, de modo que +você possa ser mantido em prisões por anos por compartilhar com o seu +próximo.</p> +<p> +Terceiro, informantes. Bem, você deve ter visto os anúncios na TV, os +anúncios nos metrôs de Boston, pedindo que as pessoas dedurem os seus +colegas de trabalho para a polícia da informação, que é oficialmente chamada +de Associação dos Fornecedores de Software (Software Publishes Association).</p> +<p> +E quarto, responsabilidade coletiva. Nos EUA, isto foi feito pela +incriminação de provedores Internet, tornando-os legalmente responsáveis por +qualquer coisa que seus clientes publiquem. O único modo pelo qual eles +podem evitar serem responsabilizados é se eles seguirem uma política +inviolável de desconectar ou remover qualquer informação em duas semanas +após uma reclamação. Apenas há alguns dias, ouvi falar de que um +interessante site de protesto criticando o Citybank foi desconectado desta +forma. Hoje em dia, você não tem nem mesmo uma chance na corte; seu site +apenas é desconectado.</p> +<p> +E, finalmente, propaganda, iniciando na infância. Para isso que a palavra +“pirata” é utilizada. Se você pensar em como as coisas eram há alguns anos, +o termo “pirata” foi antes aplicado a editores que não pagavam ao autor. Mas +agora as coisas foram viradas pelo avesso. Ele agora é aplicado à membros do +público que escapam ao controle do editor. Ele está sendo utilizado para +convencer as pessoas de que somente um detestável inimigo do povo poderia +pensar em fazer cópias piratas. Ele diz que “compartilhar com o seu próximo +é moralmente equivalente a atacar um navio.” Tenho esperança de que vocês +não concordem com isso e, se não concordam, espero que se recusem a usar a +palavra desta forma.</p> +<p> +Então, os editores estão comprando leis que lhes dão mais poder. Além disso, +eles também estão estendendo o tempo de duração do copyright. A Constituição +dos EUA diz que o copyright tem que durar um tempo limitado, mas os editores +querem que o copyright seja eterno. Entretanto, conseguir uma emenda +constitucional seria bem difícil, mas eles encontraram um modo mais fácil +que atinge o mesmo resultado. A cada 20 anos eles estendem retroativamente o +copyright por mais 20 anos. Assim o resultado é que, em qualquer momento, o +copyright tem uma duração determinada e ele irá expirar algum dia. Mas esta +data de expiração nunca será alcançada porque todo copyright será estendido +por mais 20 anos a cada 20 anos; então nenhum trabalho nunca mais irá para o +domínio público. Isto tem sido chamado o “plano de instalação perpétua do +copyright”.</p> +<p> +A lei em 1998 que estendeu o copyright por mais 20 anos é conhecida como +<cite>Mickey Mouse Copyright Extension Act</cite> (Ato de Extensão do +Copyright de Mickey Mouse) porque um dos seus principais patrocinadores foi +Disney. Disney compreendeu que o copyright sobre o Mickey Mouse estava +prestes a expirar, e ele não queria que isso jamais acontecesse porque ele +ganhava muito dinheiro deste copyright.</p> +<p> +Agora, o título original desta palestra, se supunha, era “Copyright e +Globalização”. Se você pensar na globalização, o que nota é que ela é +realizada por uma série de políticas que são feitas em nome da eficiência +econômica ou das tão-chamadas ameaças ao livre comércio, que são na verdade +criadas para dar às empresas mais poder sobre leis e políticas. Elas não são +na verdade voltadas para o livre comércio. Elas são um meio de se transferir +o poder. Remover dos cidadão de qualquer país o poder de decidir sobre leis +que qualquer país poderia considerar como sendo do seu próprio interesse e +dar este poder às empresas que não irão levar em consideração os interesses +destes cidadãos.</p> +<p> +Democracia é um problema, na opinião deles, e essas ameaças são criadas para +pôr um fim no problema. Por exemplo, a <abbr title="North American Free +Trade Agreement">NAFTA</abbr> na verdade possui provisões, creio, permitindo +às empresas processar qualquer governo para eliminar uma lei que eles +acreditam que esteja interferindo com os seus lucros naquele país. Então +empresas estrangeiras tem mais poder do que os cidadãos do país.</p> +<p> +Existem tentativas de estender isso além do NAFTA. Por exemplo, este é um +dos objetivos do tão chamado mercado livre das Américas, de estender este +princípio para todos os países da América do Sul e do Caribe, e dos acordos +multilaterais de investimento que devem estendê-lo para todo o mundo.</p> +<p> +Uma coisa que vimos nos anos 90 é que essas ameaças iniciam por impor o +copyright por todo o mundo, e de maneiras mais poderosa e restritivas. Estas +ameaças não são ameaças contra o livre comércio. Elas são na verdade ameaças +controladas pelas corporações sendo utilizadas para dar às corporações +controle sobre o comércio mundial, de modo a eliminar o livre comércio.</p> +<p> +Quando os EUA eram um país em desenvolvimento, nos anos 1800, os EUA não +reconheciam copyrights estrangeiros. Esta era uma decisão tomada +cuidadosamente, e foi uma decisão inteligente. Ela reconhecia que para os +EUA reconhecer copyrights estrangeiros seria desvantajoso, que ela drenaria +dinheiro e não traria nada de bom.</p> +<p> +A mesma lógica se aplicaria hoje à países em desenvolvimento mas os EUA tem +poder suficiente para obrigá-los a ir contra os seus próprios interesses. Na +verdade, é um erro falar dos interesses de países neste contexto. De fato, +tenho certeza de que a maioria de vocês ouviu falar da falácia de se tentar +julgar o interesse do público pela soma das rendas de todos. Se os +trabalhadores americanos perdessem $1 bilhão e Bill Gates ganhasse $2 +bilhões, os americanos estariam melhor no final? Isto seria bom para os EUA? +Se prestar atenção apenas ao total, pode parecer bom. Entretanto, este +exemplo mostra que o total é o modo errado de julgar as coisas porque Bill +Gates na verdade não necessita outros $2 bilhões, mas a perda de $1 bilhão +por pessoas que não tem muito com o que começar de novo seria dolorosa. +Bem, em uma discussão sobre qualquer uma dessas ameaças ao comércio, quando +ouvir falarem sobre os investimentos neste país ou naquele país, o que eles +estão fazendo, em cada país, é somar as rendas de todos. Então é na verdade +uma desculpa para se aplicar a mesma falácia para se ignorar a distribuição +de renda em cada país e se a ameaça está tornando a distribuição mais +desigual, como ela fez nos EUA.</p> +<p> +Então, não são na verdade os interesses dos EUA que estão sendo servidos ao +se observar o copyright por todo o mundo. São os interesses de certos donos +de empresas, muitos dos quais estão nos EUA e alguns deles em outros +países. Ele não serve, de maneira alguma, aos interesses do povo.</p> +<p> +Mas o que seria sensato se fazer? Se acreditarmos no objetivo declarado do +copyright, por exemplo na Constituição dos EUA, o objetivo de se promover o +progresso, quais seriam as políticas inteligentes a se estabelecer na era +das redes de computadores? Claramente, em vez de aumentar o poder do +copyright, temos que empurrá-lo de volta de modo a dar ao povo um certo +domínio de liberdade onde eles possam fazer uso dos benefícios da tecnologia +digital, fazer uso das suas redes de computadores. Mas o quão longe devemos +ir? Esta é uma questão interessante porque não acho que devamos +necessariamente abolir o copyright por completo. +A ideia de trocar algumas liberdades por mais progresso ainda pode ser uma +troca vantajosa até certo ponto, mesmo que pelo copyright se abra mão de +muita liberdade. Mas de modo a pensar sobre isso de maneira inteligente, a +primeira coisa a fazer é reconhecer que não há rasão para fazê-lo de maneira +totalmente uniforme. Não há motivos para fazer a mesma troca para todos os +tipos de trabalho.</p> +<p> +De fato, este já é o caso porque já existem diversas exceções para música. A +música é tratada de maneira muito diferente sob a lei de copyright. Mas a +insistência arbitrária em uniformidade é utilizada pelos editores de uma +maneira bem inteligente. Eles pegam algum caso especial e argumentam que, +neste caso especial, seria vantajoso ter tanto copyright. E eles dizem que, +em nome da uniformidade, deve haver tanto copyright para tudo. Então, é +claro, eles pegam um caso onde eles possam apresentar o argumento mais +forte, mesmo que seja um caso raro e especial e que não seja na verdade +importante dentro do conjunto.</p> +<p> +Mas talvez devamos ter tanto copyright neste caso especial. Não temos que +pagar o mesmo preço para tudo o que compramos. Mil dólares por um carro novo +pode ser um ótimo negócio. Mil dólares por uma caixa de leite seria um +péssimo negócio. Você não pagaria o preço especial por tudo que comprasse em +outras áreas da vida. Por que fazer isso aqui?</p> +<p> +Portanto temos que examinar diferentes tipos de trabalhos, e gostaria de +propor uma maneira de fazer isso.</p> +<p> +Isto inclui receitas, programas de computador, manuais e livros-texto, +trabalhos de referência como dicionários e enciclopédias. Para todos estes +trabalhos funcionais, creio que as questões sejam basicamente as mesmas que +para o software e que as mesmas conclusões se apliquem. As pessoas deveriam +ter a liberdade de publicar uma versão modificada porque é bastante útil que +se modifiquem trabalhos funcionais. As necessidades das pessoas não são as +mesmas. Se escrevi este trabalho para realizar o trabalho que preciso que +seja feito, sua ideia de trabalho que deseja fazer pode ser bem +diferente. Então se deseja modificar este trabalho isto é bom para você. +Neste ponto, podem haver pessoas com necessidades similares às suas, e sua +versão modificada seria boa para elas. Todos os que sabem cozinhar sabem +isso e isto é conhecido há centenas de anos. É normal que se faça cópias de +receitas e que elas sejam distribuídas para outras pessoas, e também é +normal modificar uma receita. Se você modifica uma receita e a prepara para +seus amigos, e eles gostam da comida, eles vão perguntar-lhe, “Poderia me +dar a receita?” Então você escreveria a sua própria versão e daria +cópias. Isto é exatamente a mesma coisa que começamos a fazer bem mais tarde +na comunidade do software livre.</p> +<p><a name="opinions"></a> Então essa é uma classe de trabalhos. A segunda +classe de trabalhos são trabalhos cuja finalidade é dizer o que certas +pessoas pensam. O seu propósito é falar sobre essas pessoas. Isto inclui +memórias, artigos de opinião, artigos científicos, ofertas de compra e +venda, catálogos de produtos à venda. O ponto destes trabalhos é que eles +lhe dizem o que alguém pensa ou o que alguém diz ou em que alguém +acredita. Modificá-los é deturpar a imagem dos autores; portanto +modificá-los não é uma tarefa socialmente útil. Então a cópia exata é a +única coisa que as pessoas realmente necessitam ser autorizadas a fazer.</p> +<p> +A próxima questão é: as pessoas deveriam ter o direito de fazer cópias +exatas comerciais? Ou apenas cópias não comerciais? Veja que são duas +atividades diferentes que podemos distinguir, portanto podemos considerar as +duas questões separadamente — o direito de fazer cópias não comerciais +exatas e o direito de fazer cópias comerciais exatas. Bem, seria uma boa +política de compromisso ter o copyright cobrindo cópias exatas comerciais +mas permitir a qualquer um fazer cópias exatas não comerciais. Desta forma, +o copyright é sobre as cópias exatas comerciais, assim como sobre todas as +versões modificadas — somente o autor pode aprovar uma versão modificada — e +ainda poderia ser uma fonte de receita capaz de financiar a escrita desses +trabalhos, em qualquer extensão.</p> +<p> +Ao permitir as cópias exatas não comerciais, o copyright não irá mais +invadir as casas de todos. Ele se torna novamente uma regulamentação +industrial, fácil de fiscalizar e indolor, não exigindo mais punições +draconianas ou informantes para garantir a sua obediência. Assim conseguimos +o máximo de benefício — e evitamos a maior parte do horror — do sistema +atual.</p> +<p> +A terceira categoria de trabalhos são os trabalhos estéticos ou de +entretenimento, onde a coisa mais importante é apenas a sensação de apreciar +o trabalho. Para esses trabalhos, a questão da modificação é muito difícil +porque, por um lado, existe a ideia de que este trabalho reflete a visão de +um artista e modificá-lo é deturpar esta visão. Por outro lado, temos o fato +de que existe o processo do <cite>folk</cite>, onde uma sequência de pessoas +modificando um trabalho pode muitas vezes produzir um resultado que é +extremamente rico. Mesmo quando se tem artistas produzindo os trabalhos, +pegar emprestado de trabalhos anteriores é frequentemente bastante +útil. Algumas das peças de Shakespeare utilizavam uma estória que foi +copiada de outra peça. Se as leis atuais de copyright estivessem em vigor +naquela época, estas peças seriam ilegais. +Portanto é uma questão difícil que devemos fazer quanto a publicar versões +modificadas de um trabalho estético ou artístico, e temos que examinar mais +subdivisões desta categoria para resolver o problema. Por exemplo, talvez +cenários de jogos de computador devam ser tratados de um modo; talvez +qualquer um deva ser livre para publicar uma versão modificada deles. Mas +talvez um romance deva ser tratado de maneira diferente; talvez para eles, a +publicação comercial deva exigir um acordo com o autor original.</p> +<p> +Suponha que a publicação comercial destes trabalhos estéticos seja coberta +pelo copyright, isto forneceria a maior parte da receita que existe hoje +para financiar os autores e músicos, no limite do que o atual sistema os +apoia, porque ele faz um trabalho bem ruim. Então este seria um compromisso +razoável, como no caso dos trabalhos que representam certas pessoas.</p> +<p> +Se olharmos para frente, até a época em que a era das redes de computadores +tenha iniciado em sua plenitude, depois que passemos por esta faze de +transição, poderemos imaginar outro modo dos autores serem pagos pelo seu +trabalho. Imagine que exista um sistema de dinheiro digital que permita que +você receba dinheiro pelo seu trabalho. +Imagine que tenhamos um sistema de dinheiro eletrônico que permita que +enviemos dinheiro pela Internet; isto pode ser feito de várias maneiras +utilizando criptografia, por exemplo. E imagine que a cópia exata de todo +trabalho estético seja permitida. Mas eles são escritos de modo que, quando +você estiver tocando ou lendo ou assistindo a um trabalho, apareça uma caixa +no canto da tela que diz, “clique aqui para enviar um dólar para o autor”, +ou para o músico, ou para quem quer que seja. E a caixa apenas fica ali, ela +não atrapalha em nada. Ela não interfere com você, mas lembra que é uma boa +ideia apoiar os escritores e músicos.</p> +<p> +Então, se gostar do trabalho que está lendo ou assistindo, eventualmente +você irá pensar, “Por que eu não deveria dar a essas pessoas um dólar? É +apenas um dólar. O que é isso? Não irá fazer falta para mim.” E as pessoas +vão começar a enviar um dólar. A coisa boa disso é que torna a cópia aliada +dos escritores e músicos. Quando alguém envia por e-mail para um amigo uma +cópia, este amigo pode enviar um dólar, também. Se realmente gostou, pode +enviar este dólar várias vezes, e este dólar é mais do que eles receberiam +hoje se comprasse um livro ou um CD porque eles recebem apenas uma pequena +fração das vendas. Os mesmos editores que estão exigindo poder total sobre o +público em nome dos autores e músicos estão dando banana a estes autores e +músicos o tempo todo.</p> +<p> +Recomendo que leiam o artigo de Curtney Love na revista “Salon”, um artigo +sobre piratas que planejam utilizar o trabalho de músicos sem pagar por +ele. Estes piratas são gravadoras que pagam aos músicos 4% das suas +gigantescas vendas, em média. É claro, os músicos muito bem sucedidos +recebem um pouco mais. Se eles recebem mais do que 4% das vendas, isto +significa que a maioria dos músicos que tem contrato com gravadoras recebe +menos do que 4% das suas vendas.</p> +<p> +Vejam como funciona: a gravadora gasta dinheiro em publicidade e eles +consideram este gasto como um adiantamento para os músicos, mesmo que os +músicos nunca o vejam. Então, quando se compra o CD, uma certa fração vai +nominalmente para os músicos, mas na verdade ela não vai. Na verdade, ela +será utilizada para ressarcir as despesas em publicidade, e somente se os +músicos forem muito bem sucedidos eles verão algum dinheiro.</p> +<p> +Os músicos, é claro, assinam estes contratos de gravação porque eles tem +esperança de ser um desses poucos que se tornam ricos. Então temos +essencialmente uma loteria sendo oferecida aos músicos para +tentá-los. Apesar deles serem bons músicos, eles podem não ser bons no +raciocínio lógico cuidadoso necessário para ver a armadilha. Então eles +assinam e provavelmente tudo o que eles recebem é publicidade. Bem, por que +não dar a eles a publicidade de um modo diferente, não através de um sistema +que seja baseado em restringir o público nem um sistema do complexo +industrial que nos enche com música fraca que é fácil de vender? Em vez +disso, por que não utilizar o impulso natural dos ouvintes de compartilhar +as músicas que eles gostam como um aliado dos músicos? Se tivéssemos esta +caixa que aparece no reprodutor como um modo de enviar um dólar para os +músicos, então as redes de computadores poderiam ser o mecanismo para dar +aos músicos esta publicidade, a mesma publicidade que eles recebem dos +contratos de gravação hoje.</p> +<p> +Temos que reconhecer que o sistema de copyright existente faz um trabalho +ruim de apoiar os músicos, assim como o comércio internacional faz um +trabalho ruim de aumentar os padrões de vida nas Filipinas e na +China. Existem essas zonas empresariais onde todo mundo trabalha em +<cite>sweatshops</cite> e todos os produtos são feitos em +<cite>sweatshops</cite>. Sei que a globalização foi um modo bastante +ineficiente de aumentar os padrões de vidas no estrangeiro. Digamos que um +americano seja pago a $20 a hora para fazer alguma coisa e que se dê este +trabalho a um mexicano que irá receber talvez seis dólares por dia, o que +aconteceu aqui é que se retirou uma grande quantidade de dinheiro dos +trabalhadores americanos, deu-se uma pequena fração, poucos pontos +percentuais, a trabalhadores mexicanos e o resto ficou na empresa. Então, se +o objetivo é aumentar o padrão de vida dos mexicanos, esta é uma maneira +duvidosa de fazer isso.</p> +<p> +É interessante notar que o mesmo fenômeno está acontecendo na indústria do +copyright, a mesma ideia genérica. Em nome desses trabalhadores que +certamente merecem alguma coisa, propõem-se medidas que dão-lhes muito pouco +e na verdade aumentam o poder das corporações de controlar nossas vidas.</p> +<p> +Se você está tentando substituir um sistema muito bom, tem que trabalhar +duro para encontrar uma alternativa melhor. Mas se sabe-se que o sistema +atual é ruim, não é difícil encontrar uma alternativa melhor; o padrão para +comparação hoje é muito baixo. Temos sempre que nos lembrar disso quando +considerarmos as questões da política de copyright.</p> +<p> +Então acho que já disse a maior parte do que queria dizer. Gostaria de dizer +que amanhã é o “dia de ficar doente” <cite>(call-in sick day)</cite> no +Canadá. Amanhã é o início de um plebiscito para finalizar a negociação da +área de livre comércio das Américas para tentar estender o poder corporativo +por mais países, e um grande protesto está previsto em Quebec. Vimos métodos +extremos sendo utilizados para coibir este protesto. Uma grande quantidade +de americanos estão sendo impedidos de passar pela fronteira do Canadá, +apesar das leis os autorizarem a entrar a qualquer momento. Na desculpa das mais esfarrapadas, um muro foi construído em torno do centro +de Quebec para ser utilizado como uma fortaleza para manter os manifestantes +fora. Vimos uma grande quantidade de trapaças diferentes sendo utilizadas +contra o protesto do provo contra essas ameaças. Então, qualquer democracia +que tenha permanecido conosco depois que os poderes do governo foram +retirados dos governantes eleitos democraticamente e entregues a organismos +internacionais não eleitos, qualquer uma que ainda reste, pode não +sobreviver à supressão do protesto público contra ele.</p> +<p> +Dediquei 17 anos da minha vida trabalhando no software livre e questões +relacionadas. Não fiz isso porque creio que seja a questão política mais +importante no mundo. Eu o fiz porque era a área onde vi que poderia usar +minhas habilidades para fazer muitas coisas boas. Mas o que aconteceu foi +que as questões gerais da política evoluíram, e a maior questão política no +mundo de hoje é resistir à tendência de dar às empresas mais poder sobre o +povo e sobre os governos. Vejo o software livre e as questões relacionadas +com outros tipos de informação que estive discutindo hoje como uma parte +desta questão maior. Então encontrei-me trabalhando indiretamente nesta +questão. Espero que possa contribuir algo para o esforço.</p> +<p> +<b>RESPOSTA</b>:</p> +<p> +<b>THORBURN</b>: Vamos aceitar perguntas e comentários da audiência em +alguns minutos. Mas antes deixe-me dar uma resposta breve e genérica. Me +parece que o conselho mais forte e mais importante na prática que Stallman +nos deu hoje tem dois elementos chave. Um é reconhecer que as velhas +suposições quanto ao copyright, velhas utilidades do copyright, não são mais +apropriadas; elas foram desafiadas ou minadas pelo advento do computador e +das redes de computadores. Isto pode parecer óbvio, mas é essencial.</p> +<p> +Segundo temos o reconhecimento de que a era digital requer que +reconsideremos como distinguimos e avaliamos as formas de trabalho +intelectual e criativo. Stallman está certo em que certos tipos de +empreitadas intelectuais justificam maior proteção do copyright do que +outras. Tentar identificar sistematicamente estes diferentes tipos ou níveis +de proteção de copyright parece ser para mim um meio valioso de me engajar +nos problemas para o trabalho intelectual impostos com o advento do +computador.</p> +<p> +Mas acho que detectei outro tema que está entre o que Stallman acabou de +dizer e que não é na verdade diretamente relacionado com computadores, mas +com as questões mais gerais da autoridade democrática e o poder que os +governos e corporações cada vez mais exercem sobre nossas vidas. Este lado +populista e anticorporações do discurso de Stallman é enriquecedor mas +também simplificado. E ele talvez seja por demais idealista. Por exemplo, +como um escritor de romances, ou um poeta, ou um compositor, ou um músico, +ou o autor de um livro-texto acadêmico sobreviver neste admirável mundo novo +onde as pessoas são encorajadas mas não obrigadas a pagar aos autores. Em +outras palavras, me parece, que existe um gap imenso entre a prática e as +possibilidades visionárias especuladas por Stallman.</p> +<p> +Assim concluo perguntando se Stallman gostaria de expandir um pouco mais +certos aspectos da sua palestra e, especificamente, se ele tem mais ideias +sobre o modo pelo qual o que poderíamos chamar de “criadores tradicionais” +poderiam ser protegidos sob o seu sistema de copyright.</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: antes de mais nada, gostaria de lembrar que não deveríamos +utilizar o termo “proteger” para descrever o que o copyright faz. O +copyright restringe as pessoas. O termo “proteger” é um termo de propaganda +utilizado pelas empresas que possuem copyrights. O termo “proteger” +significa impedir alguém de fazer algo que seja de algum modo +destrutivo. Bem, não acho que uma música seja destruída se existem mais +cópias dela e ela seja tocada com mais frequência. Também não acho que um +romance seja destruído se mais pessoas estão lendo cópias dela. Portanto eu +não usaria esta palavra. Acho que ela leva as pessoas a se identificarem com +a parte errada.</p> +<p> +Ainda, é uma má ideia pensar sobre propriedade intelectual por dois motivos: +primeiro, isto prejulga a questão mais fundamental da área, que é: Como +essas coisas deveriam ser tratadas e se elas deveriam ser tratadas como um +tipo de propriedade? Usar o termo “propriedade intelectual” para descrever +esta área é pressupor que a resposta seja “sim”, que este seja o modo de ver +as coisas, em vez de algum outro ponto de vista.</p> +<p> +Segundo, isto encoraja super-generalização. Propriedade intelectual é um +termo genérico para vários sistemas legais diferentes, com origens +independentes, tais quais copyright, patentes, marcas registradas, segredos +industriais e algumas outras coisas. Elas são quase que completamente +diferentes; não tem nada em comum. Mas as pessoas que ouvem o termo +“propriedade intelectual” são levadas à imagem falsa na qual imaginam que +existe um princípio genérico de propriedade intelectual que é aplicado à +áreas específicas, então elas assumem que essas várias áreas da lei sejam +similares. Isto leva não somente à confusão de ideias sobre o que é certo +fazer, isto leva as pessoas a entenderem erroneamente o que a lei realmente +diz porque eles acabam supondo que as leis de copyright e as leis de +patentes sejam similares quando, de fato, são totalmente diferentes.</p> +<p> +Então, se queremos encorajar o pensamento cuidadoso e o claro entendimento +do que a lei diz, evitem o termo “propriedade intelectual”. Fale sobre +copyrights. Ou fale sobre patentes. Ou fale sobre marcas registradas ou +sobre qualquer assunto que deseje falar. Mas não fale sobre propriedade +intelectual. Qualquer opinião sobre propriedade intelectual tem que ser uma +opinião tola. Não tenho opinião sobre propriedade intelectual. Tenho +opiniões sobre copyrights e patentes e marcas registradas, e são +diferentes. Cheguei a elas por diferentes processos de pensamento porque +esses sistemas legais são totalmente diferentes.</p> +<p> +De qualquer modo, desviei-me, mas este desvio é terrivelmente importante.</p> +<p> +Então deixe-me ir ao ponto. É claro, não podemos saber hoje o quão bem ele +iria funcionar, ou se iria funcionar pedir às pessoas que pagassem +voluntariamente aos autores e músicos que eles adoram. Uma coisa que este +sistema funcionaria bem na proporção da quantidade de pessoas participando +da rede, e este número, sabemos, irá aumentar uma ordem de magnitude em +poucos anos. Se o tentássemos hoje, poderia falhar, e isto não iria provar +nada porque com dez vezes mais pessoas participando, ele poderia funcionar.</p> +<p> +A outra coisa é que não temos este sistema de pagamento digital; então não +temos como tentar hoje. Poder-se-ia tentar algo parecido. Existem vários +serviços nos quais se pode fazer uma assinatura pela qual se pode enviar +dinheiro a alguém — coisas como PayPal. Mas antes que se possa pagar a +alguém por meio do PayPal, tem-se que passar por um monte de baboseiras e +dar-lhes um monte de informações pessoais, e fazem registros de a quem se +paga. Pode-se confiar que não farão mau uso desta informação?</p> +<p> +Então, o dólar pode não desencorajá-lo, mas o trabalho necessário para fazer +o pagamento pode desencorajá-lo. A ideia é que deveria ser tão fácil quando +deixar uma moeda no momento em que se sente vontade, de modo que não haveria +nada a desencorajá-lo exceto o valor do pagamento. E se ele for pequeno o +suficiente, por que ele deveria desencorajá-lo? Sabemos, entretanto, que os +fãs podem realmente amar os músicos, e que encorajar os fãs a copiar a +redistribuir a música foi algo feito por algumas bandas que foram, e são, +bastante famosas, como o “Grateful Dead”. Eles não tiveram nenhum problema +em viver das suas músicas porque eles encorajaram os fãs a gravar fitas e a +copiar as fitas. Eles nem mesmo perderam suas vendas de discos.</p> +<p> +Gradualmente nos movemos da era da prensa para a era das redes de +computadores, mas isto não vai acontecer de um dia para o outro. As pessoas +ainda compram grandes quantidades de gravações, e isto provavelmente vai +continuar por muitos anos — talvez para sempre. Enquanto isto continuar, +apenas ter copyrights que ainda se aplicam a vendas comerciais de gravações +irá fazer um trabalho tão bom em apoiar os músicos como eles o fazem hoje. É +claro, isto não é muito bom, mas, pelo menos, não vai ficar pior.</p> +<p> +<b>DISCUSSÃO</b>:</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: [Um comentário e uma questão sobre download livre e a +tentativa de Stephen King de vender um de seus livros em capítulos pela +web.]</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Sim, é interessante saber que ele fez e o que +aconteceu. Quando ouvi falar nisso pela primeira vez, fiquei +impressionado. Pensei, quem sabe ele estava dando um passo na direção de um +mundo que não seria baseado em tentar manter cadeias de metal no +público. Então vi que ele tinha na verdade escrito para pedir às pessoas que +paguem. Pra explicar o que ele fez, ele publicou uma novela como uma série, +em capítulos, e ele dizia, “Se receber dinheiro suficiente, vou liberar mais +(capítulos)”. Mas o texto que ele escreveu não era um pedido. Era uma +afronta ao leitor. Ele dizia, “Se você não pagar, é mau. E se houver muitos +que sejam maus, paro de escrever.”</p> +<p> +Bem, claramente, esta não é a maneira que desejamos que o público se sinta +ao enviar dinheiro. Você tem que fazer com que eles gostem de você, não que +eles o temam.</p> +<p> +<b>OUVINTE</b>: Os detalhes foram que ele exigia que uma certa porcentagem — +não sei a porcentagem exata, deve ser em torno de 90% — das pessoas +enviassem uma certa quantidade em dinheiro, que, acho, era um ou dois +dólares, ou algo nesta ordem. Tinha-se que fornecer o nome e endereço de +correio eletrônico e algumas outras informações para poder fazer o download +e, se esta porcentagem não fosse atingida no primeiro capítulo, ele disse +que não liberaria outro capítulo. Era bastante antagônico com o público +fazendo o download.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: O esquema no qual não há copyright mas as pessoas são +convidadas a fazerem doações voluntários não seria aberto a abusos por +pessoas fazendo plágio?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Não. Isto não é o que propus. Lembre-se, estou propondo que +deve haver copyright cobrindo a distribuição comercial e permitindo somente +a cópia exata e a redistribuição não comercial. Então qualquer um que faça +modificações e coloque um link para o seu web site, em vez de um link para o +web site do verdadeiro autor, ainda estaria infringindo o copyright e +poderia ser processado do exatamente mesmo modo que ele poderia ser +processado hoje.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Entendo. Então você ainda imagina um mundo no qual ainda +existe copyright?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b> Sim. Como eu disse, para certos tipos de trabalhos. Não digo +que tudo deva ser permitido. Proponho reduzir os poderes do copyright, não +aboli-lo.</p> +<p> +<b>THORBURN</b>: Imagino que esta questão tenha me ocorrido enquanto você +falava, Richard, e, novamente, agora que responde a esta questão é por que +não considera os modos pelos quais o computador, por si só, elimina +completamente os intermediários — do modo que Stephen King se recusou a +fazer — e possa estabelecer uma relação pessoal.</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Bem, eles podem e, de fato, esta doação voluntária é uma +maneira.</p> +<p> +<b>THORBURN</b>: Você pensa nisto como uma maneira de não envolver um +editor?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Absolutamente não. Espero que não, note, porque o editor +explora os autores terrivelmente. Quando se questiona os representantes do +editor sobre o assunto, dizem, “Bem, sim, se um autor ou uma banda não +deseja passar por nós, eles não deveriam ser legalmente obrigados a passar +por nós”. Mas, de fato, eles estão usando de todos os meios para garantir +que isto não seja possível. Por exemplo, eles estão propondo formatos de +mídia de copyright restrito de modo que, para publicar nestes formatos, +tenha-se que fazê-lo por intermédio de um dos grandes editores porque eles +não dirão a ninguém como fazê-lo. Então esperam por um mundo no qual os +reprodutores reconhecerão estes formatos, e de modo a conseguir qualquer +coisa que possa ser tocada por eles, você terá que obter de uma das +editoras. +Portanto, na verdade, enquanto não há lei contra um autor ou músico +publicando diretamente, isto não será viável. Ainda há o sonho de ficar +rico. Eles dizem, “Publicaremos seu trabalho e talvez se torne tão rico +quanto os Beatles.” Escolha o seu grupo de sucesso favorito e, é claro, +somente uma pequena fração dos músicos vão conseguir. Mas eles podem ser +iludidos a assinar contratos que irão deixá-los presos para sempre.</p> +<p> +Os editores tendem a ser muito ruins em respeitarem seus contratos com os +autores. Por exemplo, contratos de livros tipicamente dizem que se um livro +for esgotado, os direitos revertem para o autor, e os editores em geral não +respeitam esta cláusula. Frequentemente têm que ser forçados. Bem, o que +começam a fazer é começar a utilizar a publicação eletrônica como desculpa +para dizer que o livro nunca se esgotará; então nunca terão que devolver os +direitos. A ideia é que, se o autor não tem orientação, fazê-lo assinar com +eles e daí em diante, não tem poder algum; apenas o editor tem o poder.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Não seria bom que houvesse licenças livres para vários tipos +de trabalhos, que protegessem para cada usuário a liberdade de fazer cópias +de qualquer maneira que seja apropriada para aquele tipo de trabalho?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Bem, há pessoas trabalhando nisso. Mas, para trabalhos não +funcionais, um não substitui o outro. Vamos ver um tipo de trabalho +funcional, digamos um processador de textos. Bem, se alguém fizer um +processador de textos livre, você poderá utilizá-lo; não terá mais +necessidade de processadores de texto não livres. Mas eu não diria que uma +música livre substituiria todas as músicas não livres, ou que um romance +livre substituiria todos os romances não livres. Para estes tipos de +trabalho, é diferente. Então o que acho é que devemos simplesmente +reconhecer que essas leis não merecem ser respeitadas. Não é errado +compartilhar com o seu próximo, e se alguém tentar dizer que é errado +compartilhar com o seu próximo, você não deveria dar ouvidos.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Com respeito aos trabalhos funcionais, como você, em seu +pensamento, balancearia a necessidade de se abolir o copyright com a +necessidade de incentivos econômicos para que esses trabalhos funcionais +sejam desenvolvidos?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Bem, o que vemos, antes de tudo, é que esse incentivo +econômico é bem menos necessário do que as pessoas têm suposto. Veja o +movimento do software livre, onde temos mais de 100.000 voluntários em tempo +parcial desenvolvendo software livre. Também vemos que existem outros meios +de levantar dinheiro para isso que não são baseados em impedir o público de +copiar e de modificar estes trabalhos. +Esta é a lição interessante do movimento pelo software livre. Além do fato +de que ele lhe dá um modo de usar o seu computador e manter a sua liberdade +de cooperar e compartilhar com outras pessoas, ele também mostra que esta +suposição negativa de que as pessoas nunca fariam estas coisas a não ser que +elas recebam poderes especiais para forçar as pessoas a pagarem por elas é +simplesmente errada. Muitas pessoas fazem essas coisas. Então se você +examinar, digamos, a escrita de monografias que servem como livros-texto em +vários campos da ciência, exceto pelos que são bastante básicos, os autores +não estão ganhando dinheiro com eles. + Agora temos um projeto de enciclopédia livre que, de fato, é um projeto de +enciclopédia livre de comércio, e está progredindo. Tivemos um projeto de +uma enciclopédia no GNU mas a fundimos com o projeto comercial quando eles +adotara nossa licença. Em janeiro, mudaram para a licença de documentação +livre do GNU para todos os artigos da enciclopédia. Então dissemos, “Bem, +vamos juntar forças com eles e pedir às pessoas que contribuam com eles.” +Isto é chamado “Nupedia”, e pode-se encontrar um link para ela se procurar +em http://www.gnu.org/encyclopedia. Portanto estendemos o desenvolvimento +comunitário de uma base livre de conhecimento útil do software para a +enciclopédia. Estou bastante confiante hoje de que em todas essas áreas de +trabalho funcional, não necessitamos do incentivo econômico ao ponto de +termos que nos sujar para usar estes trabalhos.</p> +<p> +<b>THORBURN</b>: Bem, e quanto às outras duas categorias?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Quanto às outras duas categorias de trabalho, não sei. Não +sei se as pessoas algum dia escreverão romances sem se preocupar se elas +farão ou não dinheiro deles. Em uma sociedade pós-miséria, acho que +sim. Talvez o que devamos fazer de modo a atingir uma sociedade pós-miséria +seja acabar com o controle corporativo sobre a economia e as leis. Então, em +efeito, é um problema do ovo e da galinha, como vocês veem. O que faremos +primeiro? Como conseguimos um mundo onde as pessoas não necessitem +desesperadamente conseguir dinheiro exceto se removermos o controle pelas +empresas? E como poderemos remover o controle pelas empresas exceto se — de +qualquer modo, não sei, mas é por isso que estou tentando primeiro propor um +sistema de copyright de compromisso e, segundo, o pagamento voluntário +sustentado por um sistema de copyright de compromisso como um modo de gerar +um fluxo de renda para as pessoas que escrevem estes trabalhos.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Como você realmente esperaria implementar este sistema de +copyright de compromisso sob o choque dos interesses corporativos sobre os +políticos americanos devido ao seu sistema de financiamento de campanha?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Isto me supera. Gostaria de saber. É um problema +terrivelmente difícil. Se eu soubesse como resolver este problema, +resolvê-lo-ia e nada no mundo poderia me deixar mais orgulhoso.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Como você lutaria contra o controle corporativo? Porque, +quando se olha para as quantias de dinheiro gastas em lobby corporativo nos +casos das cortes, ele é tremendo. Acho que o caso DECS de que você falou +custou algo como um milhão e meio de dólares no lado da defesa. Deus sabe o +quanto isto custou do lado das corporações. Tem alguma ideia de como lidar +com estas imensas quantias de dinheiro?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Tenho uma sugestão. Se fosse sugerir boicotar completamente +os filmes, eu acho que as pessoas iriam ignorar esta sugestão. Iriam achar +radical demais. Então gostaria de fazer uma sugestão um pouco diferente que +no final tem praticamente o mesmo efeito, e ele é, não vá assistir a um +filme a não ser que tenha bons motivos para achar que ele é bom. Só que isto +levaria na prática a praticamente o mesmo resultado que um boicote total aos +filmes de Hollywood. Em extensão, é quase a mesma coisa, mas, em intenção, é +bem diferente. Observei que muitas pessoas vão aos cinemas por motivos que +não tem nenhuma relação com o fato deles acharem os filmes bons. Então se +você mudar isso, se for a um cinema somente quando tiver uma boa razão para +acreditar que é um bom filme, tirará deles muito dinheiro.</p> +<p> +<b>THORBURN</b>: Um modo de entender toda esta palestra de hoje, acho, é +reconhecer que, sempre que tecnologias radicais, potencialmente +transformadoras, aparecem em nossa sociedade, há uma pressão sobre quem as +controla. Hoje repetimos o que aconteceu no passado. Então, deste ângulo, +não deve haver razão para desespero, ou mesmo para pessimismo, sobre o que +poderá acontecer a longo prazo. Mas, a curto prazo, pressões sobre o +controle de textos e imagens, sobre todas as formas de informação tendem a +ser dolorosas e extensas. +Por exemplo, como um professor de mídia, meu acesso a imagens tem sido +restrito em anos recentes de um modo que nunca havia sido antes. Se eu +escrever um artigo e desejar utilizar fotografias, mesmo que sejam de +filmes, está muito mais difícil obter permissão de utilizá-las, e os preços +cobrados por essas imagens estão bem maiores — mesmo que argumente sobre +pesquisa intelectual e sobre o “uso justo” [<i lang="en">fair +use</i>]. Então acho que, neste momento de extraordinária transformação, os +prospectos de longo prazo podem, de fato, não ser tão perturbadores quanto o +que está acontecendo no momento. Mas, de qualquer jeito, temos que entender +o todo da experiência contemporânea como uma versão renovada das pressões +sobre o controle dos recursos tecnológicos que é um princípio recorrente na +sociedade ocidental.</p> +<p> +Também é essencial que se entenda que a história de tecnologias antigas é um +assunto complicado por si só. O impacto da prensa de impressão na Espanha, +por exemplo, foi radicalmente diferente do seu impacto na Inglaterra ou na +França.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Uma das coisas que me incomodam quando ouço discussões sobre +o copyright é que elas frequentemente se iniciam com “queremos uma mudança +de 180 graus”. Me parece que parte do que a lei sobre essas três categorias +sugere que há algum bom-senso no copyright. Alguns dos críticos do modo que +o copyright está atuando hoje acreditam, de fato, que ele deveria ser +baseado e funcionar mais parecido com patentes e marcas registradas em +termos da sua duração. Imagino se nosso palestrante comentaria sobre essa +estratégia.</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Concordo que diminuir o tempo de duração do copyright é uma +boa ideia. Não há nenhuma necessidade de se encorajar a publicação pela +possibilidade dos copyrights durarem até 150 anos, como em alguns casos é +possível na legislação atual. Atualmente as empresas dizem que um copyright +de 75 anos sobre um trabalho feito sob encomenda não é longo o suficiente +para a produção dos seus trabalhos. Gostaria de desafiar essas empresas a +apresentar balanços projetados para 75 anos no futuro para justificar esta +reivindicação. O que eles realmente queriam, era poder estender a duração do +copyright sobre trabalhos antigos, de modo que eles pudessem continuar a +restringir o uso deles. Mas como se poderia encorajar a produção de +trabalhos em 1920 estendendo o copyright hoje é algo acima da minha +capacidade, a não ser que eles tenham uma máquina do tempo em algum lugar. É +claro, em um dos seus filmes, eles tinham uma máquina do tempo. Então talvez +isso tenha afetado as suas ideias.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Você pensou em estender o conceito de “uso justo”, e existe +alguma nuança disto que gostaria de nos apresentar?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Bem, a ideia de dar a todos permissão para cópia exata não +comercial de dois tipos de trabalhos, certamente, pode ser vista como uma +extensão do conceito de uso justo. É mais do que o uso justo significa +atualmente. Se a sua ideia é de que o público troca algumas liberdades para +conseguir mais progresso, então pode-se estabelecer o limite em vários +lugares diferentes. Que liberdades o público troca e que liberdades o +público mantém?</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Para estender a conversa por mais um momento, em certas +áreas do entretenimento, temos o conceito de apresentação pública. Por +exemplo, o copyright não nos impede de cantar músicas de Natal na época, mas +impede performances públicas. E imagino se seria útil pensar, em vez de +estender o conceito de uso justo para cópias exatas não comerciais +ilimitadas, para algo menor do que isso mas além do conceito atual de uso +justo.</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Eu costumava pensar que poderia ser suficiente, então o +Napster me convenceu do contrário porque o Napster é utilizado pelos seus +usuários para cópia exata não comercial. O servidor do Napster, em si, é uma +atividade comercial mas as pessoas que estão realmente colocando as coisas +disponíveis o estão fazendo de modo não comercial, e elas poderiam tê-lo +feito com a mesma facilidade em seus sites web. A tremenda excitação sobre o +Napster e o interesse nele mostra que ele era bastante útil. Então estou +convencido de que as pessoas deveriam ter o direito de distribuir +publicamente cópias exatas não comerciais de qualquer coisa.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Uma analogia que foi sugerida recentemente a mim para toda a +questão do Napster foi a analogia de uma biblioteca pública. Suponho que +alguns de vocês que tenham ouvido os argumentos do Napster tenham ouvido +esta analogia. Imagino se você gostaria de comentar sobre isso. Os +defensores das pessoas que dizem que o Napster deveria continuar e que não +deveriam haver restrições sobre ele dizem mais ou menos isso: “Quando as +pessoas vão a bibliotecas públicas e pegam um livro, eles não estão pagando +por ele, e ele pode ser emprestado dezenas de vezes, centenas de vezes, sem +qualquer pagamento adicional. Por que o Napster é diferente?”</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Bem, não é exatamente o mesmo. Mas poderia ser citado que +os editores querem transformar as bibliotecas públicas em lojas de +pague-pelo-uso. Portanto eles são contra bibliotecas públicas.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Essas ideias sobre copyright podem sugerir algumas +alternativas para as questões sobre as leis de patentes como fazer drogas +baratas, genéricas para uso na África?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Não, não há absolutamente nenhuma similaridade. As questões +sobre patentes são completamente diferentes das questões sobre copyright. A +ideia de que eles tem algo em comum ou de semelhante é uma das consequências +ruins do uso do termo “propriedade intelectual” e de se encorajar as pessoas +a tratar dos dois assuntos ao mesmo tempo porque, como você disse, estive +falando sobre questões nas quais o preço da cópia não é o ponto +fundamental. Mas qual é o ponto fundamental na questão de fazer drogas +contra a AIDS para a África? É o preço, nada mais do que o preço.</p> +<p> +A questão sobre a qual falei surge porque a tecnologia da informação digital +dá a todo usuário a capacidade de fazer cópias. Bem, não há nada nos dando a +capacidade de fazer cópias de remédios. Não tenho a capacidade de copiar +algum medicamento que tenha comprado. De fato, ninguém tem; não é assim que +eles são feitos. Esses medicamentos só podem ser produzidos em fábricas +caras e eles são produzidos em caríssimas fábricas centralizadas, sejam elas +drogas genéricas ou importadas dos EUA. De qualquer modo, elas serão feitas +em um pequeno número de fábricas, e as questões são apenas de quanto elas +custam e se elas estão disponíveis sob um preço que as pessoas da África +possam pagar.</p> +<p> +Esta é uma questão tremendamente importante, mas é uma questão totalmente +diferente. Há apenas uma área onde surge uma questão sobre patentes que é +realmente similar às questões da liberdade de copiar, e é na área da +agricultura. Porque existem certas coisas patenteadas que podem ser mais ou +menos cópias umas das outras - precisamente, coisas vivas. Elas se copiam +quando se reproduzem. Não é necessariamente cópia exata; elas re-embaralham +os genes. Mas o fato é que, fazendeiros têm utilizado por milênios esta +capacidade das coisas vivas de crescerem para se copiarem. Agricultura é, +basicamente, copiar as coisas que plantou e continuar copiando a cada +ano. Quando variedades de plantas e de animais se tornam patenteadas, quando +os genes são patenteados e utilizados neles, o resultado é que os +fazendeiros estão sendo proibidos de fazer isso.</p> +<p> +Existe um fazendeiro no Canadá que tem uma variedade patenteada crescendo no +seu campo e ele diz, “Não fiz isso deliberadamente. O pólen caiu e o vento +destes genes veio parar nas minhas plantas.” E foi dito a ele que não +importava; ele tinha que destruí-las de qualquer modo. Este foi um exemplo +extremo de quanto o governo pode apoiar um monopolista.</p> +<p> +Então e acredito que, seguindo os mesmos princípios que aplico para a cópia +de coisas no seu computador, fazendeiros deveriam ter um direito +inquestionável de guardar suas fazendas e alimentar seus animais. Talvez +você possa ter patentes cobrindo empresas de sementes, mas elas não deveriam +se aplicar a fazendeiros.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Há mais em se fazer um modelo de sucesso além da +licença. Você poderia falar sobre isso?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Absolutamente. Bem, sabe, não sei as respostas. Mas parte +do que acredito que seja crucial para o desenvolvimento de informação +funcional livre é idealismo. As pessoas têm que reconhecer que é importante +que esta informação seja livre, pois quando a informação é livre, pode-se +usufruir completamente dela. Quando ela é restrita, não se pode. Tem-se que +reconhecer que informação não livre é uma tentativa de dividir as pessoas e +mantê-las incapazes de se ajudarem para mantê-las sob controle. Elas têm que +captar a ideia, “Vamos trabalhar juntos para produzir a informação que +desejamos utilizar, de modo que ela não esteja sob o controle de alguma +pessoa poderosa que possa nos ditar o que podemos fazer.”</p> +<p> +Isto estimula tremendamente. Mas não sei o quanto isto vai funcionar em +várias áreas diferentes, mas acho que, na área de educação, quando se +procura por livros-texto, imagino um meio de fazer funcionar. Há muitos +professores no mundo, professores que não estão em universidades famosas — +talvez eles estejam em escolas técnicas ou de segundo grau — onde eles não +escrevem e publicam um monte de coisas e não existe uma grande demanda por +elas. Mas muitos deles são espertos. Muitos deles conhecem a sua matéria bem +e eles poderiam escrever livros-texto sobre vários assuntos e +compartilhá-los com o mundo e receber a admiração das pessoas que aprenderem +com eles.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Isto é o que havia proposto. Mas é engraçado que, não +conheço a história da educação. Isto é o que faço — projetos educacionais de +mídia eletrônica. Não consigo encontrar um exemplo. Você sabe de algum?</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Não, não sei. Comecei propondo a enciclopédia livre e +recursos de aprendizado há dois anos, e pensava que demoraria provavelmente +uma década para ter isto funcionando. Mas as coisas estão evoluindo mais +rápido do que eu esperava. Acho que o que se necessita é de algumas pessoas +escrevendo alguns livros livres. Escreva um sobre qualquer que seja o seu +assunto favorito ou escreva apenas uma parte. Escreve alguns poucos +capítulos e desafie outras pessoas a escrever o resto.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Na verdade, eu procurava por algo mais do que isso. O +importante no seu tipo de estrutura é que alguém cria uma infraestrutura na +qual qualquer um pode contribuir. Não existe uma estrutura para o ensino +fundamental em nenhum lugar na qual possamos contribuir material.</p> +<p> +Posso conseguir informação de vários lugares mas ela não é liberada sob +licenças livres, então não posso utilizá-la para escrever um livro-texto +livre.</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Na verdade, o copyright não cobre os fatos. Cobre apenas o +que foi escrito. Então você pode aprender uma área de qualquer fonte e então +escrever um livro-texto, e pode liberar esse livro, se desejar.</p> +<p> +<b>QUESTÃO</b>: Mas não posso escrever eu mesmo todos os livros-texto que um +estudante necessita até o segundo grau.</p> +<p> +<b>STALLMAN</b>: Bem, é verdade. E também não escrevi um sistema operacional +livre completo. Escrevi alguns pedaços e convidei outras pessoas para se +juntarem a mim e escrever outros pedaços. Então, dei o exemplo. Disse, +“Estou indo nesta direção. Juntem-se a mim e chegaremos lá.” Então, se você +pensar em termos de como vou conseguir realizar este trabalho gigantesco, +ele pode parecer impossível. Mas o ponto é, não pense desta forma. Pense em +termos de dar um passo e entenda que, depois que você tenha dado um passo, +outras pessoas irão dar mais passos e, juntos, um dia vocês realizarão o +trabalho.</p> +<p> +Assumindo que a humanidade não irá se destruir, o trabalho que realizamos +hoje para produzir uma infraestrutura educacional livre, o recurso de +aprendizado livre para o mundo, será útil enquanto a humanidade existir. Se +demorar 20 anos para fazer o trabalho, e aí? Então não pense no tamanho do +trabalho todo. Pense no pedaço que irá fazer. Isto irá mostrar às pessoas +que ele pode ser feito, e outras pessoas farão outros pedaços.</p> + + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Esta palestra foi publicada em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Software +Livre, Sociedade Livre: Artigos selecionados de Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2001, 2007, 2008, 2012, 2014, 2018 Free Software +Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Fernando Lozano <a +href="mailto:fernando@lozano.eti.br"><fernando@lozano.eti.br></a></div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/devils-advocate.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/devils-advocate.html new file mode 100644 index 0000000..3984542 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/devils-advocate.html @@ -0,0 +1,175 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/devils-advocate.en.html" --> +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Advogado do Diago - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/devils-advocate.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por que o advogado do diabo não ajuda a alcançar a verdade</h2> + +<p>por Richard Stallman</p> + +<p>Se fazer de advogado do diabo significa desafiar uma posição ao dizer o que +um adversário hipotético diria. Eu encontro isso com frequência em +entrevistas e sessões de perguntas e respostas, e muitas pessoas acreditam +que esta é uma boa maneira de colocar uma posição polêmica em teste. O que +realmente faz é colocar a posição controversa em desvantagem.</p> + +<p>Há uma maneira indireta de se fazer o advogado do diabo: por exemplo, “Se eu +defendesse sua posição, como eu deveria responder se alguém dissesse XYZ?” +– Isso é menos hostil do que o advogador do diabo comum, que +simplesmente diria XYZ, mas tem o mesmo efeito.</p> + +<p>Os adversários astutos tentam intencionalmente obstruir a consideração +pensativa de uma posição que eles se opõem. Meu adversário astuto e sem +escrúpulos (o “diabo”, digamos) não quer que meus pontos de vista obtenham +uma audiência adequada, especialmente se o diabo acha que eles são válidos e +as pessoas podem concordar com eles. A melhor maneira de evitar isso é me +impedir de fazê-los entender.</p> + +<p>O diabo consegue isso distorcendo minhas palavras: apresentando um contexto +enganador no qual minhas palavras parecem significar algo além do que eu +pretendia. Se isso for bem sucedido, ele vai confundir o público e vai +distraí-los da questão, impedindo-a de ser devidamente levantada. Se isso +faz com que minhas palavras pareçam significar algo que a audiência vai +condenar, e que ninguém presente é realmente a favor, talvez eu precise de +uma longa explicação para voltar ao assunto. Pode não haver tempo para isso, +ou o público pode perder o foco.</p> + +<p>Se eu tiver sucesso em superar o primeiro mal-entendido, o adversário astuto +criaria outro, e outro. Se o adversário é melhor no cerco verbal do que eu, +talvez eu nunca consiga passar o meu ponto de vista com sucesso. Se o +estresse me deixa nervoso e eu tenho problemas para falar claramente, o +adversário vai contar isso como um sucesso. Pouco importa para o diabo se +minha posição seja vencida ou apenas eu pessoalmente, desde que o público +rejeite meus pontos de vista.</p> + +<p>Se você não é um verdadeiro “demônio” apenas se fazendo de advogado do +diabo, você realmente não tem interesse em me impedir de apresentar o ponto +pretendido. Mas você pode evitá-lo sem querer. Se fazer de advogado do diabo +significa que você age de forma hostil mesmo que você não sinta a +hostilidade. Uma vez que você decide dizer o que um adversário diria, é +provável que você faça o trabalho na melhor forma possível, imitando o +adversário mais difícil que você pode imaginar: o astuto e sem escrúpulos, +cujo objetivo é se opor ao invés de chegar à verdade.</p> + +<p>Se você sabe o que esses adversários me disseram, ou se você é habilidoso em +imaginá-los, você diria as mesmas coisas que eles. Essas declarações podem +distrair o público e bloquear a consideração da questão, como se um +verdadeiro adversário as tivesse dito. Mas se você não é realmente meu +adversário, esse resultado pode não ser o que você realmente quer. Se o seu +objetivo fosse lançar luz sobre a questão, sua abordagem depõe contra você +mesmo.</p> + +<p>O que eu digo em muitas questões vai contra a posição de estabelecimento, e +não espero que as pessoas concordem comigo sem considerar a questão +completamente, incluindo os contra-argumentos. Na verdade, seria quase +impossível para qualquer um evitar considerar os argumentos estabelecidos, +já que todos os conhecem de cor. Julgar o que é certo exige chegar ao fundo +da questão.</p> + +<p>O tipo de perguntas que ajuda a chegar ao fundo de uma questão não são as +que um adversário astuto e sem escrúpulos colocaria, mas sim as de uma +pessoa pensativa que não se conformou per mente (<a href="#ft1">1</a>). São +perguntas que distinguem os aspectos da questão, de modo que se possa ver as +várias posições possíveis em cada aspecto, o que elas implicam e como elas +se relacionam. Muito diferente de se fazer de advogado do diabo.</p> + +<p>Assim, em vez de tentar se fazer de advogado do diabo, sugiro que você adote +o objetivo de “sondar as questões”. E se lhe perguntarem como você +responderia se alguém fizesse uma pergunta hostil, talvez este ensaio seja +uma boa resposta.</p> + +<hr class="thin" /> +<h3 style="font-size:1.2em">Nota de rodapé</h3> +<ol> + <li id="ft1">O autor usa os pronomes “pessoa”, “per” e “pers” na terceira pessoa do +singular, neutros em termos de gênero.</li> +</ol> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. 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Eu estive deste 1984 em campanha +pelo <em>software livre</em>, pela liberdade. (Veja o Manifesto GNU, +Dr. Dobbs Journal, Setembro de 1985.) +</p> +<p> +Software livre significa, em resumo, que você é livre para estudar o que ele +faz, livre para modificá-lo, livre para redistribui-lo e livre para publicar +uma versões melhoradas. (Veja <a +href="/philosophy/free-sw.html">http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.html</a> +para mais detalhes.) Você merece estas liberdades; todos as merecem. Eu +escrevi a Licença Pública Geral GNU (GNU GPL), o alvo da <a +href="/philosophy/gpl-american-way.html">ira mais forte da Microsoft</a>, +para defender estas liberdades para todos os usuários, no espírito do +movimento pelo software livre. +</p> +<p> +Anos mais tarde, em 1998, outro grupo começou a operar sob o termo “software +aberto”. Eles fizeram várias contrições práticas ao movimento pelo software +livre, mas eles defendem visões bem diferentes. Eles cuidadosamente evitam +as questões de liberdades e de princípios que nós levantamos no movimento +pelo software livre; eles citam apenas benefícios práticos de curto prazo +como as rasões pelas quais eles fazem o seu movimento. +</p> +<p> +A definição que eles deram ao termo “software aberto” é um tanto mais ampla +do que software livre, e portanto inclui o meu trabalho. Mas descrever a GNU +GPL como uma “licença de software aberto”, como a Microsoft fez, é mais do +que meio enganador. A GNU GPL incorpora a firme filosofia do movimento do +software livre; ela não vem do movimento pelo software aberto. Eu não sou um +membro do movimento pelo software aberto, e nunca fui. +</p> +<p> +Tim O'Reilly, em contraste, é um pilar do movimento pelo software aberto, +pelo memorandos é o que ele diz. Entretanto, se você observar as ações em +vez das palavras, a maioria dos manuais publicados por O'Reilly Associates +não se qualificam como código aberto, quanto mais livre. Os poucos títulos +livres são exceções. Ele poderia facilmente se desculpar ao <abbr +title="House Un-American Activities Committee">HUAC</abbr> — “Sim, eu falei +sobre software aberto, mas eu na verdade não fiz muito na prática”. +</p> +<p> +Se O'Reilly mudar para vender livros livres no futuro, eles poderão se +tornar verdadeiros membros do movimento pelo software livre, ou pelo menos +do movimento pelo software aberto. [No final de 2001, O'Reilly Associates +publicou um par de novos livros livres. Nós somos gratos por esta +contribuição para a comunidade do software livre, e nós torcemos para mais +do mesmo.] +</p> +<p> +Com a recente fundação da FSF-Europa, e a próxima inauguração da FSF-Índia, +o movimento pelo software livre está se tornando mais forte do que +nunca. Por favor não nos confunda com outros movimentos em nossa comunidade. +</p> +<p> +Sinceramente, +</p> +<p> + Richard Stallman, Presidente, Fundação para o +Software Livre +</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. 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For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2000, 2007, 2014 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Fernando Lozano <a +href="mailto:fernando@lozano.eti.br"><fernando@lozano.eti.br></a></div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/enforcing-gpl.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/enforcing-gpl.html new file mode 100644 index 0000000..e5d3f80 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/enforcing-gpl.html @@ -0,0 +1,255 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/enforcing-gpl.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Fazendo Valer a GNU GPL - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/enforcing-gpl.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Fazendo Valer a GNU GPL</h2> + +<p>por <a href="http://moglen.law.columbia.edu/">Eben Moglen</a></p> +<p><em>10 de Setembro de 2001</em></p> + +<p>A ofensiva anti-GPL da Microsoft neste verão [NT: inverno no hemisfério sul] +reeditou as especulações quanto à “aplicabilidade legal” da GPL. Este +exemplo em particular de “FUD” (medo, incerteza e dúvida, do inglês +<cite>Fear, Uncertainty and Doubt</cite>) é sempre interessante para mim. Eu +sou o único advogado na face da Terra que pode dizer isso, eu suponho, mas +isto me deixa pensando sobre porque está todo mundo preocupado: Fazer valer +a <a href="/licenses/gpl.html">GPL</a> é algo que eu faço o tempo todo.</p> + +<p>Porque o <a href="/philosophy/free-sw.html">software livre</a> é um conceito +nada ortodoxo na sociedade contemporânea, as pessoas tendem a assumir que +seus objetivos atípicos devem ser perseguidos por meios incomuns, e portanto +frágeis perante o aparato legal. Mas a presunção é falsa. O objetivo da +Fundação para o Software Livre ao desenvolver e publica a GPL <em>é</em> +infelizmente incomum: nós estamos remodelando a maneira como os programas +são feitos de modo que todas as pessoas tenham o direito de entender, +reparar, aperfeiçoar e redistribuir o software com a melhor qualidade na +face da Terra. Este é um empreendimento transformador; ele mostra que na +nova sociedade conectada os modos tradicionais de se fazer negócios podem +ser superados por modelos completamente diferentes de produção e +distribuição. Mas a GPL, o dispositivo legal que torna tudo isso possível, é +uma máquina bastante robusta precisamente porque ela é feita das partes mais +simples.</p> + +<p>A essência das leis de copyright, assim como outros sistemas de regras de +propriedade, é o poder de excluir. O detentor do copyright tem o poder legal +de excluir todos os demais de copiar, distribuir, e criar trabalhos +derivados.</p> + +<p>Este direito de excluir implica em um igual poder de licenciar — isto é, de +conceder permissão de fazer o que seria de outra forma proibido. Licenças +não são contratos: o usuário do trabalho é obrigado a se manter dentro dos +limites da licença, não porque ele prometeu voluntariamente fazer isso, mas +porque ele não tem nenhum direito de agir exceto dentro do que a licença +permitir.</p> + +<p>Mas a maioria das empresas de software proprietário querem mais poder do que +o copyright apenas dá a elas. Essas empresas dizem que o seu software é +“licenciado” para os consumidores, mas a licença contém obrigações que a lei +do copyright não prescreve. O software que você não é autorizado a entender, +por exemplo, frequentemente requer que você concorde em não descompilá-lo. A +lei de copyright não proíbe a descompilação, a proibição é apenas um termo +de contrato com o qual você concorda como condição de receber o software +quando você compra o produto em uma caixa em uma loja ou aceita uma “licença +de clique” on-line. Copyright é apenas uma desculpa para retirar ainda mais +[liberdade] dos usuários.</p> + +<p>A GPL, ao contrário, subtrai do copyright em vez de adicionar a ele. A +licença não tem que ser complicada, porque no tentamos controlar os usuários +tão pouco quanto possível. O copyright concede ao publicador o poder de +impedir os usuários de exercerem os seus direitos de copiar, modificar, e +distribuir que nós acreditamos que todos os usuários deveriam ter; a GPL +portanto relaxa quase todas as restrições do sistema de copyright. A única +coisa que nós exigimos em absoluto é que qualquer um que distribua trabalhos +sob a GPL ou trabalhos derivados de trabalhos sob a GPL faça isso utilizando +a GPL. Esta condição é uma pequena restrição, sob o ponto de vista do +copyright. Licenças muito mais restritivas são geralmente válidas; cada +licença em cada um processo de copyright é mais restritiva do que a GPL.</p> + +<p>Porque não há nada complexo ou controverso sobre as provisões no texto da +GPL, eu nunca vi um argumento sério de que a GPL excede os poderes do +licenciante. Mas às vezes se diz que a GPL não pode ser imposta porque os +usuários não a “aceitaram”.</p> + +<p>Este argumento é baseado em um mal-entendido. A licença não exige que +ninguém a aceite de modo a poder adquirir, instalar, utilizar, inspecionar +ou mesmo experimentalmente modificar um software sob a GPL. Todas essas +atividades ou são proibidas ou são controladas por empresas de software +proprietário, de modo que eles requerem que você aceite a licença, incluindo +provisões contratuais além do escopo da lei de copyright, antes que você +possa utilizar o trabalho delas. O movimento do software livre acredita que +todas essas atividades são direitos, que todos os usuários deveriam ter; nós +nem mesmo queremos cobrir estas atividades por uma licença. Quase todos que +usam software sob a GPL diariamente não necessitam de qualquer licença, e +não aceitam nenhuma. A GPL só restringe você se você distribuir software +feito com código sob a GPL, e ela só necessita ser aceita quando acontece +redistribuição. E como ninguém pode em hipótese alguma redistribuir sem uma +licença, nós podemos seguramente presumir que qualquer um que redistribua +software sob a GPL tem a intenção de aceitar a GPL. Afinal, a GPL requer que +cada cópia de software coberto por ela inclua o texto da licença, de modo +que todos estejam bem informados.</p> + +<p>Apesar do FUD, como uma licença de copyright a GPL é absolutamente sólida. É +por isso que eu fui capaz de fazê-la valer dúzias de vezes em quase dez +anos, sem nunca ter que ir à corte.</p> + +<p>Enquanto isso, muito murmúrio ocorreu nos meses recentes sob o suposto +efeito de que a ausência de precedente judicial, nos EUA ou em outras +cortes, de alguma maneira demonstra que existe alguma coisa errada com a +GPL, que sua política incomum é implementada de um modo tecnicamente +indefensável, ou que a Fundação para o Software Livre, que é a autora da +licença, tem medo de testá-la na corte. Precisamente o oposto é +verdadeiro. Nós nunca nos vimos defendendo a GPL na corte porque ninguém +ainda assumiu o risco de contestá-la contra nós ali.</p> + +<p>Então, o que acontece quando a GPL é violada? Com software no qual a +Fundação para o Software Livre seja a detentora do copyright (ou porque nós +escrevemos os programas originalmente, ou porque os autores nos cederam o +copyright, de modo a poderem tirar proveito de nossa experiência em proteger +a liberdade do seu software), <a href="/licenses/gpl-violation.html">o +primeiro passo é um relatório</a>, geralmente enviado por e-mail para <a +href="mailto:license-violation@gnu.org"><license-violation@gnu.org></a>. +<a href="/licenses/gpl-violation.html">Nós pedimos aos informantes de +violações que nos ajudem a estabelecer os fatos pertinentes</a>, e então nós +conduzimos qualquer investigação que seja necessária.</p> + +<p>Nós chegamos a este estágio dúzias de vezes por ano. Um contato inicial sem +alarde é em geral suficiente para resolver o problema. As partes pensavam +que estavam obedecendo à GPL, e são gratos em seguir o conselho para +corrigir o erro. Ás vezes, entretanto, nós acreditamos que medidas para +estabelecer a confiança serão necessárias, porque a escala da violação ou +sua persistência tornam a obediência voluntária insuficiente. Nessas +situações nós trabalhamos com organizações para estabelecer programas de +adequação à GPL em suas empresas, liderados por gerentes de alto escalão que +se reportam a nós, e diretamente à diretoria da empresa, regularmente. Em +casos particularmente complexos, nós tivemos que insistir em medidas que +tornariam a subsequente ação judicial simples e rápida em caso de futuras +violações.</p> + +<p>Em aproximadamente uma década de fazer valer a GPL, eu nunca insisti em +pagamento por danos para a Fundação por violação da licença, e eu raramente +exigi pedidos de desculpas públicos. Nossa posição sempre foi de que +obediência à licença, e garantias de comportamento adequando no futuro, são +os objetivos mais importantes. Nós sempre fizemos tudo para tornar fácil aos +violadores se adequarem, e nós oferecemos perdão para ocorrências passadas.</p> + +<p>Nos primeiros anos do movimento pelo software livre, esta era provavelmente +a única estratégia viável. Litígios caros e burocráticos teriam +provavelmente destruído a FSF, ou pelo menos impedido que ela realizasse e +que nós sabíamos que era necessário para tornar o movimento do software +livre uma força permanente para remodelar a indústria do software como hoje +ele se tornou. Com o tempo, entretanto, nós continuamos com nossa abordagem +de obediência à licença não porque nós éramos obrigados, mas porque ela +funcionou. Uma indústria inteira cresceu em volta do software livre, e todos +os participantes entenderam a enorme importância da GPL — ninguém queria ser +o vilão que rouba software livre, e ninguém queria ser o cliente, parceiro, +ou mesmo empregado de tal mau caráter. Confrontados com a escolha entre a +obediência sem publicidade ou uma campanha de publicidade negativa e uma +batalha judicial que nunca poderia ser ganha, os violadores escolheram não +fazer do jeito difícil.</p> + +<p>Nós chegamos, uma ou duas vezes,a enfrentar empresas que, sob a lei de +copyright dos EUA, estiveram engajadas em crime deliberado de violação de +copyright: pegar o código-fonte de software sob a GPL, recompilá-lo em uma +tentativa de mascarar a sua origem, e oferecê-lo para venda como parte de um +produto proprietário. Eu auxiliei desenvolvedores de software livre além da +FSF a lidar com este tipo de problemas, que nós resolvemos — já que o +violador criminoso não iria desistir voluntariamente e, nos casos que tenho +em mente, detalhes técnicos impediam que os verdadeiros criminosos fossem +processados — falando com distribuidores e com clientes em potencial: +“Porque você pagaria caro”, nós perguntamos, “por software que viola a nossa +licença e que irá deixá-lo com sérios problemas legais, quando você pode ter +o verdadeiro software gratuitamente?” Os clientes nunca deixaram de ver a +pertinência da questão. O roubo de software livre é um lugar onde o crime +não compensa.</p> + +<p>Mas talvez nós tenhamos tido sucesso demais. Se nós tivéssemos utilizado as +cortes para defender a GPL em anos passados, os rumores da Microsoft cairiam +em ouvidos surdos. Este mês eu estive trabalhando em um par de situações +moderadamente complicadas: “Vejam”, eu dizia, “quantas pessoas estão em todo +o mundo me pressionando a testar a GPL na corte, apenas para provar que eu +posso. Eu realmente necessito de alguém para ser o exemplo. Você gostaria de +ser o voluntário?”</p> + +<p>Algum dia alguém será. Mas os clientes deste alguém irão para outro lugar, +talentosos técnicos que não querem ter suas próprias reputações associadas +com tal empresa irão se demitir, e a publicidade negativa irá +acalmá-los. Tudo isso antes de efetivamente entrarmos na corte. A primeira +pessoa que tentar certamente desejará que nada houvesse acontecido. Nosso +modo de fazer a lei tem sido tão incomum quanto o nosso modo de fazer +software, mas este é o ponto. Software livre é importante porque ele mostra +que o modo diferente é o modo certo no final das contas.</p> + +<p><cite>Eben Moglen é professor de direito e história legal na Escola de +Direito da Universidade da Colúmbia. Ele serve sem cobrar honorários como +Conselheiro Geral da Fundação para o Software Livre.</cite></p> +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2001 Eben Moglen</p> + +<p>A cópia fiel e a distribuição deste artigo completo é permitida em qualquer +meio, desde que esta nota seja preservada.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Fernando Lozano <a +href="mailto:fernando@lozano.eti.br"><fernando@lozano.eti.br></a></div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/essays-and-articles.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/essays-and-articles.html new file mode 100644 index 0000000..b5ba407 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/essays-and-articles.html @@ -0,0 +1,688 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/essays-and-articles.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> +<!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="yes" --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Ensaios e Artigos - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/essays-and-articles.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<div id="education-content"> + +<!--#include virtual="/philosophy/philosophy-menu.pt-br.html" --> +</div> + +<!-- id="education-content" --> +<!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE--> +<!--#if expr="$OUTDATED_SINCE" --> +<!--#else --> +<!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX" --> +<!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="no" --> +<!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" --> +<!--#endif --> +<!--#endif --> +<h2>Ensaios e Artigos</h2> + +<div class="summary"> +<h3 class="no-display">Conteúdo</h3> +<ul> + <li><a href="#aboutfs">Sobre o Software Livre?</a></li> + <li><a href="#aboutgnu">Sobre o Sistema Operacional GNU</a></li> + <li><a href="#LicensingFreeSoftware">Licenciando Software Livre</a></li> + <li><a href="#Laws">Leis e Problemas</a> + <ul> + <li><a href="#patents">Patentes</a></li> + <li><a href="#copyright">Copyright</a></li> + <li><a href="#drm">Gestão Digital de Restrições</a></li> + <li><a href="#noip">O termo de propaganda “Propriedade Intelectual”</a></li> + <li><a href="#ns">Serviços de Rede</a></li> + <li><a href="#cultural">Problemas Sociais e Culturais</a></li> + <li><a href="#misc">Diversos</a></li> + </ul></li> + <li><a href="#terminology">Terminologias e Definições</a></li> + <li><a href="#upholding">Mantendo-se Fiel à Liberdade de Software</a></li> + <li><a href="#humor">Humor Filosófico</a></li> +</ul> +<hr class="no-display" /> +</div> + +<p>Esta página lista uma série de artigos descrevendo a filosofia do movimento +de software livre, que é nossa motivação para desenvolver o sistema +operacional livre GNU.</p> + +<p>Uma <a href="/philosophy/latest-articles.html">lista dos últimos artigos +publicados</a> também está disponível.</p> + +<p> + +<!-- please leave both these ID attributes here. ... --> +<!-- ... we removed this as an H$ section as it was duplicating the --> +<!-- same information on links.html, but it's possible that some users --> +<!-- have the URLs bookmarked or on their pages. -len --> +<a id="TOCFreedomOrganizations">Nós</a> <a +id="FreedomOrganizations">também</a> mantemos uma lista de <a +href="/links/links.html#FreedomOrganizations">Organizações que Trabalham +pela Liberdade do Desenvolvimento da Computação e nas Comunicações +Eletrônicas</a>.</p> + +<h3 id="aboutfs">Sobre o Software Livre</h3> +<p> +Software livre é uma questão de liberdade: as pessoas devem ter a liberdade +de usar programas de todas as maneiras socialmente úteis. Softwares diferem +de objetos materiais — como cadeiras, sanduíches e gasolina —, +pois podem ser copiados e alterados muito mais facilmente. Essas +possibilidades tornam o software tão útil quanto ele é, e acreditamos que os +usuários devem poder fazer uso delas.</p> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/free-sw.html">O que é o Software Livre?</a></li> + <li><a href="/philosophy/why-free.html">Por Que o Software Não Deve ter +Donos</a></li> + <li><a href="/philosophy/shouldbefree.html">Por Que o Software Deve Ser +Livre</a> (Esse é um ensaio mais antigo e mais longo sobre o mesmo tópico do +artigo anterior)</li> + <li><a href="/philosophy/free-doc.html">Por Que Software Livre precisa de +Documentação Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/when-free-depends-on-nonfree.html"> Quando Software +Livre Depende de Não Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/selling.html">Vender Software Livre</a> Não Tem +Problema!</li> + <li><a href="/philosophy/categories.html">Categorias de Softwares Livres e Não +Livres</a></li> + <li><a href="/philosophy/floss-and-foss.html"> FLOSS e FOSS</a></li> + <li><a href="/software/reliability.html">O Software Livre é Mais Confiável!</a></li> + <li><a href="/philosophy/when-free-software-isnt-practically-superior.html"> +Quando o Software Livre não é (na Prática) Superior</a></li> + <li><a href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">Por que o Código +Aberto não compartilha dos objetivos do Software Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/free-open-overlap.html">Como Software Livre e Código +Aberto Se Relacionam como Categorias de Programas</a></li> + <li><a href="/philosophy/linux-gnu-freedom.html">Linux, GNU, e Liberdade</a></li> + <li><a href="/philosophy/gnutella.html" id="Gnutella">Considerações sobre o +Gnutella</a></li> + <li><a href="/philosophy/schools.html">Por que escolas devem usar exclusivamente +software livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/my_doom.html">MyDoom e Você</a></li> + <li><a href="/philosophy/15-years-of-free-software.html"> 15 Anos de Software +Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/free-software-intro.html">Movimento Software Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/your-freedom-needs-free-software.html"> Sua Liberdade +Precisa de Software Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/fs-motives.html"> Motivos para Escrever Software +Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/government-free-software.html">Medidas que Governos +Podem Usar para Promover Software Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/uruguay.html">Lições do Uruguai</a>. A FSF aprendeu +alguma coisa de um projeto de lei apresentado no Uruguai.</li> + <li><a href="/philosophy/programs-must-not-limit-freedom-to-run.html"> Por que +programas não devem limitar a liberdade de executá-los</a> — Liberdade +0 não deve ser limitada.</li> + <li><a href="/philosophy/imperfection-isnt-oppression.html"> Imperfeição não é o +mesmo que opressão</a></li> + <li><a href="/philosophy/applying-free-sw-criteria.html"> Aplicando os Critérios +de Software Livre</a></li> +</ul> + +<h3 id="aboutgnu">Sobre o Sistema Operacional GNU</h3> + +<ul> + <li><a href="/gnu/initial-announcement.html">Anúncio inicial do Sistema +Operacional GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/manifesto.html">O Manifesto GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/gnu-history.html">Uma breve história do Projeto GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/thegnuproject.html">O Projeto GNU</a>, uma longa e mais +completa descrição do projeto e sua história.</li> + <li><a href="/fsf/fsf.html">O site oficial da Free Software Foundation</a></li> + <li><a href="/gnu/why-gnu-linux.html">Por Que GNU/Linux?</a></li> +</ul> + +<h3 id="LicensingFreeSoftware">Licenciando Software Livre</h3> + +<ul> + <li><a href="/licenses/licenses.html">Informações gerais sobre licenciamento e +copyleft</a></li> + <li><a href="/licenses/license-list.html">Uma lista de licenças livres e não +livres, com comentários</a>.</li> + <li><a href="/licenses/gpl-faq.html">Perguntas Frequentes Sobre as Licenças GNU +</a></li> + <li><a href="/licenses/why-not-lgpl.html">Por que Você Não Deveria Utilizar a +GPL Menor para Sua Próxima Biblioteca</a></li> + <li><a href="/licenses/copyleft.html">Copyleft</a></li> + <li><a href="/philosophy/why-copyleft.html">Por que Copyleft?</a></li> + <li><a href="/philosophy/university.html">Lançando Software Livre Caso Você +Trabalhe em uma Universidade</a></li> + <li><a href="/philosophy/pragmatic.html">Copyleft: Idealismo Pragmático</a></li> + <li><a href="/philosophy/javascript-trap.html">Armadilha do JavaScript</a>. Você +deve está usando programas não livre em seu computador todos os dias sem +perceber — através de seu navegador web.</li> + <li><a href="http://www.fsf.org/blogs/licensing/20050211.html"> Inveja censura e +licenciamento</a></li> + <li><a href="/philosophy/x.html">A armadilha do X Window System</a></li> + <li><a href="/philosophy/apsl.html">Os Problemas da Licença da Apple</a></li> + <li><a href="/licenses/bsd.html">O Problema da Licença BSD</a></li> + <li><a href="/philosophy/netscape-npl.html">A Licença Pública Netscape Possui +Problemas Sérios</a>. Uma <a href="/philosophy/netscape-npl-old.html"> +versão antiga deste artigo</a> também está disponível.</li> + <li><a href="/philosophy/udi.html">O Movimento Software Livre e UDI</a></li> + <li><a href="/philosophy/gates.html">Isto não é o Gates, Isto é o bars</a>, um +artigo por Richard Stallman publicado na BBC News em 2008.</li> + <li><a href="/philosophy/microsoft.html">A Microsoft é o Grande Satã?</a> (Uma +<a href="/philosophy/microsoft-old.html">versão antiga</a> deste artigo +também está disponível.)</li> + <li><a href="/philosophy/microsoft-antitrust.html">O Julgamento de Antitruste da +Microsoft e Software Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/microsoft-verdict.html">Sobre o Veredicto Microsoft</a></li> + <li><a href="/philosophy/microsoft-new-monopoly.html"> Novo Monopólio da +Microsoft</a></li> + <li><a href="/philosophy/lest-codeplex-perplex.html"> Para que desorientar +CodePlex</a></li> + <li><a href="/philosophy/plan-nine.html" id="PlanNineLicense"> Os Problemas da +Licença Plan 9</a></li> + <li><a href="/philosophy/motif.html" id="MotifLicense"> A Nova Licença Motif</a></li> + <li><a href="/philosophy/using-gfdl.html" id="UsingGFDL">Usando a GNU FDL</a></li> + <li><a href="/philosophy/gpl-american-way.html" id="GPLAmericanWay"> A GNU GPL e +o Jeito Americano</a></li> + <li><a href="/philosophy/gpl-american-dream.html" id="GPLAmericanDream"> A GNU +GPL e o Sonho Americano</a></li> + <li><a href="/philosophy/enforcing-gpl.html" id="EnforcingGPL"> Impondo a GNU +GPL</a></li> + <li><a href="/philosophy/selling-exceptions.html"> Sobre Exceções de Venda para +a GNU GPL </a></li> + <li><a href="/philosophy/freedom-or-power.html" id="FreedomOrPower"> Liberdade +ou Poder?</a></li> + <li><a href="/philosophy/no-word-attachments.html" id="NoWordAttachments"> Nós +Podemos Por um Fim aos Anexos do Word</a></li> + <li><a href="/philosophy/java-trap.html" id="JavaTrap"> Livre Porém Acorrentado +- A Armadilha do Java</a> (Embora a Sun tenha <a +href="http://www.fsf.org/news/fsf-welcomes-gpl-java.html"> licenciado +novamente</a> a maioria das implementações de referência da plataforma Java +sob a Licença Pública Geral GNU, o problema descrito neste artigo ainda é +importante.)</li> + <li><a href="/philosophy/rtlinux-patent.html">Está Sendo Trabalhada Uma Versão +Compatível com a GNU GPL da Licença de Patente Aberta do RTLinux</a></li> +</ul> + +<h3 id="Laws">Leis e Problemas</h3> + +<p><a href="/philosophy/stallmans-law.html">Lei do Stallman</a></p> + +<h4 id="patents">Patentes</h4> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/limit-patent-effect.html">Dando à Proteção da Área de +Software contra Patentes</a></li> + + <li><a href="/philosophy/w3c-patent.html">Posição da FSF sobre a Política de +Patentes “Livre de Royalty” do W3 Consortium</a> reescrito</li> + + <li>Como proteger o <a href="/philosophy/protecting.html">Direito a Escrever +Software</a> (independente de ser livre ou não).</li> + + <li>Em <a +href="https://www.eff.org/press/releases/princeton-scientists-sue-over-squelched-research"> +Felten v. RIAA</a>, cientistas estão pedindo a uma corte para determinar que +o Digital Millennium Copyright Act (DMCA) não os proíba de publicar sua +pesquisa.</li> + + <li><a href="https://www.eff.org/search/site/dvd cases/">“Propriedade +Intelectual” da EFF: Arquivos de casos de DVD da MPAA (Motion Picture +Association of America)</a></li> + + <li><a href="/philosophy/patent-reform-is-not-enough.html">Reforma de Patente +Não é o Suficiente</a></li> + + <li><a href="/philosophy/savingeurope.html">Salvando a Europa das Patentes de +Software</a></li> + + <li><a href="/philosophy/europes-unitary-patent.html">“Patente unitária” da +Europa poderia significar patentes de softwares ilimitadas</a></li> + + <li><a href="/philosophy/amazon.html">Boicote da Amazon!</a></li> + + <li><a href="/philosophy/amazon-nat.html">Sucesso do Boicote da Amazon!</a>, uma +carta de Nat Friedman para Richard Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/amazon-rms-tim.html">Carta do RMS para Tim O'Reilly</a> +sobre uma declaração por Jeff Bezos, CEO da Amazon, sobre a duração das +patentes de software.</li> + + <li><a href="/philosophy/amazonpatent.html">Patente da Amazon em um sistema para +realização de uma ordem de compra pela internet</a>, com notas por Richard +Stallman.</li> + + <li><a +href="https://web.archive.org/web/20000815064858/http://www.researchoninnovation.org/patent.pdf" +id="SequentialIPandI">Inovação Sequencial, Patentes e Imitação</a> é um +artigo que apresenta um modelo matemático demonstrando como as patentes +podem impedir o progresso em áreas como software.</li> + + <li><a href="/philosophy/hague.html">O Perigo da Haia</a>.</li> + + <li><a href="/philosophy/guardian-article.html">Opondo à Diretiva de Patente de +Software Europeu</a>, uma versão ligeiramente modificada do artigo +originalmente publicado em <a +href="http://www.theguardian.com/international"> The Guardian</a> de +Londres, por Richard Stallman e Nick Hill.</li> + + <li><a +href="http://www.theguardian.com/technology/2005/aug/02/comment.business"> +Venda suave</a>. Comentários do Richard Stallman sobre a derrota da diretiva +de software da União Europeia. Publicado no <i>The Guardian</i> em 2005.</li> + + <li><a +href="http://www.theguardian.com/technology/2005/jun/23/onlinesupplement.insideit"> +Absurdo da patente</a>, um artigo por Richard M. Stallman publicado no +<i>The Guardian</i> em 2005.</li> + + <li><a href="/philosophy/bill-gates-and-other-communists.html">Bill Gates e +Outros Comunistas</a>. Um artigo por Richard Stallman publicado na CNET +News.com em 2005.</li> + + <li><a href="/philosophy/trivial-patent.html">A Anatomia de uma Patente +Trivial</a>, por Richard M. Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/fighting-software-patents.html" +id="FightingSoftwarePatents"> Combatendo Patentes de Sofware - Uma a uma e +Todas Juntas</a></li> + + <li><a href="/philosophy/software-patents.html">Patentes de software — +Obstáculos ao desenvolvimento de software</a></li> + + <li><a href="/philosophy/software-literary-patents.html" +id="SoftwareLiteraryPatents"> Patentes de Software e Patentes +Literárias</a>, por Richard M. Stallman. Fala sobre patentear técnicas +artísticas, patente dos EUA (6.935.954), abrange a criação de personagens do +jogo começa a ter alucinações quando (de acordo com o jogo) estão a ser +levado à loucura. Isso está ficando muito perto dos exemplos hipotéticos +citados neste artigo.</li> + + <li><a href="/philosophy/gif.html">Por que não há arquivos GIF nas páginas web +do GNU</a>. Embora esta história é uma ilustração histórica do perigo de +patentes de software, estas patentes particulares são agora já não uma +preocupação. Para mais detalhes sobre as <a +href="/server/fsf-html-style-sheet.html#UseofGraphics">políticas de GIFs</a> +do nosso site, veja nossas <a href="/server/standards/"> diretrizes de +web</a>.</li> +</ul> + +<h4 id="copyright">Copyright</h4> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/assigning-copyright.html">Quando uma Empresa Pede Por +Seu Copyright</a></li> + + <li><a href="/philosophy/public-domain-manifesto.html">Por Que Eu Não Assinarei +o Manifesto de Domínio Público</a></li> + + <li><a href="/philosophy/pirate-party.html">Como a Plataforma do Partido Pirata +Sueco Atrapalha o Software Livre</a></li> + + <li><a href="/philosophy/misinterpreting-copyright.html">Erros de Interpretação +de Copyright</a> é outro artigo do Richard Stallman sobre as falhas em +defesas populares das leis de direitos autorais.</li> + + <li><a href="/philosophy/eldred-amicus.html">Resumo do Amicus Curiae da FSF no +caso Eldred v. Ashcroft na Suprema Corte</a></li> + + <li>A <a href="/philosophy/push-copyright-aside.html">ciência deve “colocar os +direitos autorais de lado”</a>, outro trabalho de <a +href="http://www.stallman.org">Richard Stallman</a> que apareceu no <a +href="https://web.archive.org/web/20050729110347/http://www.nature.com/nature/debates/e-access/Articles/stallman.html"> +Nature Webdebates</a> em 2001, explica como os direitos autorais tem +impedido o progresso na pesquisa cientifica. Você também pode estar +interessado em <a href="https://www.plos.org/">A Livraria Pública de +Ciência</a>, que se dedica a tornar a pesquisa científica livremente +disponível para todos na Internet.</li> + + <li><a href="/philosophy/reevaluating-copyright.html">Reavaliando Direitos +Autorais: O público deve prevalecer</a></li> + + <li><a +href="http://cyber.law.harvard.edu/openlaw/eldredvashcroft/cyber/complaint_orig.html"> +Eldred v. Reno</a> é sobre um processo legal para abolir uma lei que estende +o copyright por 20 anos extra.</li> + + <li><a href="/philosophy/freedom-or-copyright.html">Liberdade — ou +Direitos autorais?</a>, by Richard Stallman (uma <a +href="/philosophy/freedom-or-copyright-old.html">versão antiga</a> deste +artigo continua disponível.)</li> + + <li>Uma <a +href="https://www.oii.ox.ac.uk/archive/downloads/research/gpl/OIIFB_GPL2_20040903.pdf"> +tradução em inglês da famosa decisão da Corte Distrital de Munique</a> sobre +a validade e aplicabilidade da GPL. A tradução foi feita pelo Oxford +Internet Institute.</li> + +<!-- This link is broken + <li> +<a href="http://www.humaninfo.org/copyrigh.htm">Examples of + Excellent Copyright Policies</a></li> + --> +</ul> + +<h4 id="drm">Gestão Digital de Restrições</h4> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/correcting-france-mistake.html"> Corrigindo Meu Erro +sobre a Legislação Francesa</a></li> + <li><a href="/philosophy/the-root-of-this-problem.html">O Problema é o Software +Controlado pelo seu Desenvolvedor</a>, por Richard M. Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/computing-progress.html">“Progresso” na computação: bom +e ruim</a>, por Richard M. Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/opposing-drm.html">Opondo-se a Má Gestão Digital de +Direitos</a>, por Richard M. Stallman, responde a algumas perguntas comuns +sobre DRM.</li> + + <li><a href="/philosophy/ebooks.html">Ebooks: Liberdade ou Copyright </a> uma +versão ligeiramente modificada do artigo, originalmente publicado na +Technology Review em 2000, por Richard Stallman</li> + + <li><a href="/philosophy/ebooks-must-increase-freedom.html"> Ebooks devem +aumentar nossa liberdade, não diminuí-la</a></li> + + <li><a href="/philosophy/can-you-trust.html">Você pode confiar no seu +computador?</a>, um trabalho por Richard Stallman sobre as chamadas +iniciativas “computação confiável”.</li> + + <li><a href="/philosophy/right-to-read.html">O Direito de Ler: Uma História +Breve de uma Distopia</a> por Richard Stallman.</li> +</ul> + +<h4 id="noip">O termo de propaganda <a +href="/philosophy/words-to-avoid.html#IntellectualProperty"> “Propriedade +intelectual”</a></h4> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/komongistan.html">A Curiosa História de Komongistan +(Detonando o termo “propriedade intelectual”)</a></li> + + <li><a href="/philosophy/no-ip-ethos.html">Não Deixe “Propriedade Intelectual” +Mexe Com Seu Ethos</a>, por Richard Stallman.</li> + + <li>Comentários de Richard Stallman sobre <a href="/philosophy/ipjustice.html">a +rejeição do <abbr title="coalisão internacional de liberdades +civis">ICLC</abbr> da diretiva relativa à execução IP</a></li> + + <li>Richard Stallman escreveu <a href="/philosophy/boldrin-levine.html">uma +revisão de “O caso contra a propriedade intelectual” de Boldrin e +Levine.</a></li> + + <li><a href="/philosophy/not-ipr.html">Você Disse “Propriedade Intelectual”? É +uma Miragem Sedutora</a>. Um ensaio sobre o verdadeiro significado da frase +“Propriedade Intelectual”, por Richard M. Stallman.</li> +</ul> + +<h4 id="ns">Serviços de Rede</h4> +<ul> + <li><a href="/philosophy/network-services-arent-free-or-nonfree.html"> Serviços +de Rede Não São Livres ou Não Livres; Eles Criam Outros Problemas</a> um +artigo por Richard Stallman.</li> + <li><a href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">A Quem Aquele +Servidor Realmente Serve?</a> por Richard Stallman publicado na <a +href="http://www.bostonreview.net/richard-stallman-free-software-DRM"> +Boston Review.</a></li> +</ul> + +<h4 id="cultural">Problemas Sociais e Culturais</h4> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/phone-anonymous-payment.html">Pagamento anônimo por +telefone</a></li> + + <li><a +href="https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/apr/03/facebook-abusing-data-law-privacy-big-tech-surveillance"> +Uma proposta radical para manter seus dados pessoais seguros</a>, por +Richard Stallman</li> + + <li><a href="/philosophy/surveillance-testimony.html">Testemunho de +vigilância</a></li> + + <li><a href="/philosophy/devils-advocate.html"> Por que o Advogado do Diabo Não +Ajuda a Alcançar a Verdade</a></li> + + <li><a href="/philosophy/hackathons.html"> Por que hackathons devem insistir no +software livre</a>, por Richard Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/technological-neutrality.html"> Neutralidade +Tecnológica e Software Livre</a> por Richard Stallman</li> + + <li><a href="/philosophy/surveillance-vs-democracy.html">Qual o Nível de +Vigilância Que a Democracia Pode Suportar?</a> por Richard Stallman</li> + + <li><a href="/philosophy/nonfree-games.html">Jogos Não Livres com DRM no +GNU/Linux: Bom ou Ruim?</a> por Richard Stallman.</li> + + <li> <a +href="http://www.theguardian.com/technology/blog/2010/apr/06/digital-economy-bill-richard-stallman"> +Projeto de lei de economia digital: Um palhaço dá e outro palhaço tira</a> +por Richard Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/digital-inclusion-in-freedom.html"> Inclusão Digital é +uma Coisa Boa? Como Podemos Ter Certeza De Que é?</a> por Richard Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/wsis.html">Cimeira Mundial sobre a Sociedade da +Informação</a></li> + + <li><a href="/philosophy/wassenaar.html">Voluntários em criptografia de software +necessários em países sem controle de exportação</a>.</li> + + <li>Como Proteger as <a href="/philosophy/basic-freedoms.html"> Liberdades de +Expressão, Imprensa e Associação na Internet</a>.</li> + + <li><a href="/philosophy/privacyaction.html">Proteja a Privacidade Postal</a>, +uma campanha para resistir a regra proposta pelo Serviço Postal dos Estados +Unidos para coletar informações privadas de clientes.</li> + + <li><a href="/philosophy/ucita.html">Por Que Temos de Lutar Contra UCITA</a></li> + + <li><a href="/philosophy/second-sight.html">Software Livre e (e-)Governo</a> +— um arquivo do The Guardian, por Richard Stallman (originalmente +publicado sob o título “Segunda vista”).</li> + + <li><a href="/philosophy/fs-and-sustainable-development.html"> Software Livre e +Desenvolvimento Sustentável</a> — Um pequeno artigo de Richard +Stallman sobre o uso de software proprietário no desenvolvimento cultural.</li> + + <li><a href="/philosophy/keep-control-of-your-computing.html"> Mantenha o +controle de sua computação, senão ela vai controlar você!</a></li> + + <li><a href="/philosophy/judge-internet-usage.html"> Um usuário sábio julga +cuidadosamente cada cenário de uso da Internet</a></li> + + <li><a href="/philosophy/the-danger-of-ebooks.html">O Perigo dos e-books</a></li> + + <li><a href="/philosophy/is-ever-good-use-nonfree-program.html"> É Realmente Uma +Coisa Boa Usar um Programa Não Livre?</a>, por Richard Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/contradictory-support.html"> Cuidado com “Suporte” +Contraditório</a></li> +</ul> + + +<h4 id="misc">Diversos</h4> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/posting-videos.html">Publicando vídeos</a></li> + + <li><a href="/philosophy/proprietary.html">Casos claramente estabelecidos de +software proprietário que faz coisas malvadas com os usuários</a>.</li> + + <li><a href="/philosophy/practical.html">As vantagens do software livre</a>.</li> + + <li><a href="/philosophy/bug-nobody-allowed-to-understand.html">A Falha que +Ninguém Está Autorizado a Compreender</a>, por Richard Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/sun-in-night-time.html">O Curioso Incidente da Sun à +Noite</a>, por Richard M. Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/sco/sco-gnu-linux.html">SCO, GNU e Linux</a>, por +Richard Stallman, discute como o processo da SCO contra a IBM afeta o +trabalho do projeto GNU. Por favor, consulte a <a +href="/philosophy/sco/sco.html">Página da FSF com Resposta à SCO</a> para +mais detalhes sobre este assunto.</li> + + <li><a href="/philosophy/ms-doj-tunney.html">Declaração da FSF em resposta à +julgamento final revisado proposto em Microsoft contra os Estados Unidos, +apresentada ao Departamento de Justiça dos EUA sob o “Tunney Act”</a>.</li> + + <li><a href="/philosophy/new-monopoly.html">Congresso dos EUA Ameaça Estabelecer +um Novo Tipo de Monopólio </a>, uma tentativa do Congresso de criar um +monopólio privado por meio de repetição de informações de conhecimento +público.</li> + + <li><a href="/philosophy/dat.html">A Forma Correta de Taxar DAT</a></li> + + <li><a href="/philosophy/censoring-emacs.html">Censurando Meu Software</a>, por +Richard Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/funding-art-vs-funding-software.html">Financiamento de +Arte vs Financiamento de Software</a>, por Richard Stallman.</li> + + <li><a href="/philosophy/android-and-users-freedom.html"> Android e Liberdade +dos Usuários</a></li> + + <li><a href="/philosophy/ubuntu-spyware.html">Spyware do Ubuntu: O Que +Fazer?</a></li> + + <li><a href="/philosophy/whats-wrong-with-youtube.html">O Que Há de Errado com +YouTube</a></li> + + <li><a href="/philosophy/netscape.html">Netscape e Software Livre</a>, um artigo +antigo que clarifica alguns mal entendidos sobre um anúncio pela Netscape.</li> + + <li><a href="/philosophy/rms-comment-longs-article.html">Comentários sobre o +Artigo do Roderick Long</a>.</li> +</ul> + +<h3 id="terminology">Terminologias e Definições</h3> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/free-hardware-designs.html"> Hardware Livre e Projetos +de Hardware Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/words-to-avoid.html">Palavras Confusas</a> que Você +Pode Querer Evitar</li> + <li><a href="/philosophy/wipo-PublicAwarenessOfCopyright-2002.html"> +Conscientização Pública sobre Copyright, WIPO, Junho de 2002</a>. Sobre como +WIPO reconhece que seu sistema é projetado para restringir o público, e como +eles propõe para modificar a terminologia de forma que as pessoas não +perceberia.</li> + <li><a href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">Por que o Código +Aberto não compartilha dos objetivos do Software Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/free-software-for-freedom.html">“Software de Código +Aberto” ou “Software Livre”?</a> (Este é um antigo ensaio sobre o mesmo +tópico que o anterior.)</li> + <li>Richard Stallman escreveu <a href="/philosophy/drdobbs-letter.html"> uma +carta para o editor</a> do Dr. Dobb's Journal em Junho de 2001 que explica a +distinção entre o movimentos do Software Livre e Código Aberto.</li> + <li><a href="/philosophy/categories.html">Categorias de Softwares Livres e Não +Livres</a></li> + <li><a href="/philosophy/loyal-computers.html"> O Que Significa Seu Computador +Ser Leal?</a></li> + <li><a href="/philosophy/fs-translations.html">Tradução do termo “software +livre”</a> em vários idiomas.</li> + <li><a href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">Por Que Chamá-lo de +Swindle?</a></li> +</ul> + +<h3 id="upholding">Mantendo-se Fiel à Liberdade de Software</h3> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/saying-no-even-once.html">Dizer não à computação +injusta mesmo uma vez é ajudar</a></li> + <li><a href="/philosophy/install-fest-devil.html">Festivais de Instalação: O que +fazer com o pacto com o diabo</a></li> + <li><a href="/philosophy/upgrade-windows.html">Qual é a forma correta de +atualizar uma instalação do Windows?</a></li> + <li><a href="/philosophy/use-free-software.html">A comunidade de Software Livre +após 20 anos</a>, Com grande mas incompleto sucesso, e agora?</li> + <li><a href="/philosophy/mcvoy.html">Obrigado, Larry McVoy</a>, por Richard +M. Stallman.</li> + <li><a href="/philosophy/social-inertia.html"> Superando a Inércia Social</a>, +por Richard M. Stallman.</li> + <li><a href="/philosophy/compromise.html">Evitando Compromissos Ruinosos</a></li> + <li><a href="/philosophy/free-software-even-more-important.html"> Software Livre +é Ainda Mais Importante Agora</a></li> +</ul> + +<h3 id="humor">Humor Filosófico</h3> + +<ul> +<li><a href="/fun/humor.html#Philosophy">Humor filosófico</a>. Nós não temos que +ser sérios <i>todo</i> o tempo.</li> +</ul> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 1996-2020 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Aslan Carlos +<a href="mailto:aslancarlos@gmail.com"><aslancarlos@gmail.com></a>, +2012; +Rafael Fontenelle +<a href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2017-2020</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/fighting-software-patents.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/fighting-software-patents.html new file mode 100644 index 0000000..c9562b1 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/fighting-software-patents.html @@ -0,0 +1,156 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/fighting-software-patents.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Combatendo Patentes de Software - Uma a uma e Todas Juntas - Projeto GNU - +Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/fighting-software-patents.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Combatendo Patentes de Software - Uma a uma e Todas Juntas</h2> + +<p>por Richard Stallman</p> + +<p> +Patentes de software são equivalentes a minas terrestres num projeto de +software: cada decisão sobre o visual carrega o risco de pisar numa patente, +que pode destruir o seu projeto.</p> +<p> +Desenvolver um programa grande e complexo significa combinar várias ideias, +quase sempre centenas ou milhares delas. Num país que permite patentes de +software, as chances são de que alguma fração substancial das ideias no seu +programa já vão estar patenteadas por várias companhias. Talvez centenas de +patentes vão cobrir partes do seu programa. Um estudo feito em 2004 +encontrou quase 300 patentes americanas que cobriam várias partes de um +único programa importante. É tão trabalhoso realizar tal estudo que apenas +um foi feito até agora.</p> +<p> +Em termos práticos, se você é um desenvolvedor de software, você vai +normalmente ser ameaçado por uma patente algumas vezes. Quando isso +acontece, você pode sair ileso se você encontrar fundamentos legais para +derrubar a patente. Você pode tentar; se você tiver sucesso, isso vai +significar uma mina a menos no campo minado. Se essa patente for +particularmente ameaçadora para o público, a <a +href="http://www.pubpat.org">Fundação pelas Patentes Públicas +(pubpat.org)</a> pode se interessar pelo caso; essa é a especialidade +dela. Se você pedir ajuda para a comunidade usuária de computadores para +procurar por uma publicação prévia da mesma ideia, para utilizar como prova +para derrubar a patente, nós todos deveríamos responder com qualquer +informação útil que nós podemos ter.</p> +<p> +No entanto, combater patentes uma por uma nunca vai eliminar o perigo das +patentes de software, da mesma forma que esmagar mosquitos nunca vai +eliminar a malária. Você não pode esperar ser capaz de derrotar todas as +patentes que ameaçam você, mais do que você pode esperar matar cada monstro +em um jogo de video game: mais cedo ou mais tarde, alguma vai derrotar você +e danificar o seu programa. O escritório de patentes dos Estados Unidos +emite cerca de cem mil patentes de software por ano; nossos melhores +esforços não conseguiram eliminar essas minas tão rápido quanto eles +instalam mais.</p> +<p> +Algumas destas minas são impossíveis de se eliminar. Cada patente de +software é danosa, e cada patente de software restringe você injustamente de +como usar o seu computador, mas nem toda a patente de software é legalmente +inválida de acordo com os critérios do sistema de patentes. As patentes de +software que nós podemos derrubar são aquelas que resultam de “erros”, onde +as regras do sistema de patentes não foram apropriadamente obedecidas. Não +há nada que nós possamos fazer quando o único erro relevante foi a política +de permitir patentes de software.</p> +<p> +Para tornar parte do castelo segura, você deve fazer mais do que matar os +monstros a medida que eles vão aparecendo — você deve eliminar o gerador que +os produz. Derrubar patentes existentes uma por uma não vai tornar a +programação segura. Para fazê-lo, nós devemos modificar o sistema de +patentes de maneira que as patentes não possam mais ameaçar desenvolvedores +de software e usuários.</p> +<p> +Não existe conflito entre essas duas campanhas: nós podemos trabalhar na +saída a curto prazo e no reparo a longo prazo de uma vez só. Se nós tomarmos +cuidado, nós podemos fazer com que os nossos esforços para derrubar patentes +de software individuais realizar uma dupla tarefa, construindo suporte para +os esforços para corrigir o problema inteiro. O ponto crucial é não igualar +patentes de software “más” com patentes de software erradas ou +inválidas. Cada vez que nós invalidamos uma patente de software, cada vez +que nós falamos dos nosso planos de tentar, nós devemos dizer em termos não +incertos, “Uma patente de software a menos, uma ameaça a menos para os +programadores: o alvo é zero”.</p> +<p> +A batalha contra patentes de software na União Europeia está chegando a um +estágio crucial. O Parlamento Europeu votou há um ano atrás para rejeitar +patentes de software de forma conclusiva. Em maio, o Conselho de Ministros +votou para desfazer as modificações do Parlamento e tornar a diretiva ainda +pior do que quando começou. No entanto, pelo menos um país que contribuiu +para isso já reverteu o seu voto. Nós todos devemos fazer o máximo agora +para convencer um país europeu a mais para mudar o seu voto, e para +convencer os novos membros eleitos do Parlamento Europeu para manter o voto +de antes. Acesse <a href="http://www.ffii.org/"> www.ffii.org</a> para mais +informações sobre como ajudar, e para entrar em contato com outros +ativistas.</p> +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2004 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: César Blum Silveira <a +href="mailto:cesarbs@brturbo.com"><cesarbs@brturbo.com></a></div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/floss-and-foss.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/floss-and-foss.html new file mode 100644 index 0000000..760df71 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/floss-and-foss.html @@ -0,0 +1,137 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/floss-and-foss.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.79 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>FLOSS e FOSS - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/floss-and-foss.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>FLOSS e FOSS</h2> + +<p>por <strong>Richard Stallman</strong></p> + +<p>Os dois campos políticos da comunidade de software livre são o movimento do +software livre e o do código aberto. O movimento do software livre é uma +campanha para a liberdade dos <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html"> usuários de +computadores</a>; dizemos que um programa não livre é uma injustiça para +seus usuários. O grupo do código aberto se recusa a ver a questão como uma +questão de justiça para os usuários, e baseia seus argumentos em <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html"> benefícios práticos +apenas</a>.</p> + +<p>Para enfatizar que “free software” refere-se à liberdade e não ao preço +<sup><a id="TransNote1-rev" href="#TransNote1">1</a></sup>, +às vezes escrevemos ou dizemos “free (libre) software”, adicionando a +palavra francesa ou espanhola que significa livre no sentido de +liberdade. Em alguns contextos, funciona usar apenas “libre software”.</p> + +<p>Um pesquisador estudando práticas e métodos usados por desenvolvedores na +comunidade de software livre decidiu que essas questões eram independentes +das visões políticas dos desenvolvedores, então ele usou o termo “FLOSS”, a +abreviação de “Free/Libre and Open Source Software”, para evitar +explicitamente uma preferência entre os dois campos políticos. Se você +deseja ser neutro, esta é uma boa maneira de fazê-lo, pois isso torna os +nomes dos dois campos igualmente importantes.</p> + +<p>Outros usam o termo “FOSS”, que significa “Free and Open Source +Software”. Isso tem a intenção de ser a mesma coisa que “FLOSS”, mas é menos +claro, já que falha em explicar que “free” se refere a <em>liberdade</em>. +Também torna “free software” menos visível que “open source”, já que ele +apresenta “open source” de forma proeminente, mas separa as palavras “free +software”.</p> + +<p>“Free and Open Source Software” é enganoso de outra maneira: sugere que +“free and open source” nomeia um único ponto de vista, em vez de mencionar +dois diferentes. Essa conceituação do campo é um obstáculo para a +compreensão do fato de que o software livre e o código aberto são posições +políticas diferentes que discordam fundamentalmente.</p> + +<p>Assim, se você quiser ser neutro entre software livre e código aberto, e +claro sobre eles, a maneira de conseguir isso é dizer “FLOSS”, não “FOSS”.</p> + +<p>Nós, no movimento do software livre, não usamos nenhum desses termos, porque +não queremos ser neutros quanto à questão política. Defendemos a liberdade e +mostramos isso toda vez – dizendo “free” e “libre” ou “free (libre)”.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li> +<a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> +A palavra inglesa “free” é ambígua, podendo significar tanto gratuidade/não +ter preço (<i>“free beer”</i>, cerveja grátis) ou livre como em liberdade +(<i>“free speech”</i>, liberdade de expressão). Para mais informações sobre +isso, é recomendado a leitura da <a +href="/philosophy/free-sw.html">definição de software livre</a>. +</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> + +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2013, 2015, 2016 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018.<br/> +Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-digital-society.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-digital-society.html new file mode 100644 index 0000000..c6de518 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-digital-society.html @@ -0,0 +1,1180 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/free-digital-society.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Uma Sociedade Digital Livre - O Que Torna a Inclusão Digital Boa ou Ruim? - +Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/free-digital-society.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Uma Sociedade Digital Livre - O Que Torna a Inclusão Digital Boa ou Ruim?</h2> + +<p class="byline">por Richard Stallman</p> + +<p><em>Transcrição de uma palestra na Sciences Po Paris, 19 de outubro de +2011</em> (<a +href="http://audio-video.gnu.org/video/stallman-sciencespo-freesociety.webm">vídeo</a>)</p> +<hr class="thin" /> + +<div class="summary" style="margin-top: 1em"> +<h3 class="no-display">Conteúdo</h3> +<ul> + <li><a href="#intro">Introdução</a></li> + <li><a href="#surveillance">Vigilância</a></li> + <li><a href="#censorship">Censura</a></li> + <li><a href="#formats">Formatos de dados restritos</a></li> + <li><a href="#proprietary">Software que não é livre</a></li> + <li><a href="#four-freedoms">As quatro liberdades do software livre</a></li> + <li><a href="#gnu">O Projeto GNU e o movimento Software Livre</a></li> + <li><a href="#education">Software livre e educação</a></li> + <li><a href="#services">Serviços da Internet</a></li> + <li><a href="#voting">Computadores para votação</a></li> + <li><a href="#sharing">A guerra contra o compartilhamento</a></li> + <li><a href="#arts">Financiamento das artes</a></li> + <li><a href="#rights">Direitos no ciberespaço</a></li> +</ul> +<hr class="no-display" /> +</div> + +<h3 id="intro">Introdução</h3> + +<p>Projetos com o objetivo de inclusão digital estão fazendo uma grande +suposição. Eles estão presumindo que participar de uma sociedade digital é +bom, mas isso não é necessariamente verdade. Estar em uma sociedade digital +pode ser bom ou ruim, dependendo se a sociedade digital é justa ou +injusta. Há muitas maneiras pelas quais nossa liberdade está sendo atacada +pela tecnologia digital. A tecnologia digital pode piorar as coisas, e será, +a menos que nós lutemos para evitá-lo.</p> + +<p>Portanto, se temos uma sociedade digital injusta, devemos cancelar esses +projetos de inclusão digital e lançar projetos de extração digital. Temos +que extrair pessoas da sociedade digital se ela não respeita sua liberdade, +ou temos que fazer respeitar a liberdade delas.</p> + +<h3 id="surveillance">Vigilância</h3> + +<p>Quais são as ameaças? Primeiro, vigilância. Os computadores são o sonho de +Stalin: são ferramentas ideais para vigilância, porque tudo o que fazemos +com computadores, os computadores podem registrar. Eles podem registrar as +informações em uma forma pesquisável perfeitamente indexada em um banco de +dados central, ideal para qualquer tirano que quer esmagar a oposição.</p> + +<p>Vigilância às vezes é feita com nossos próprios computadores. Por exemplo, +se você tem um computador que executa o Microsoft Windows, esse sistema está +fazendo vigilância. Existem recursos no Windows que enviam dados para algum +servidor, dados sobre o uso do computador. Um recurso de vigilância foi +descoberto no iPhone há alguns meses, e as pessoas começaram a chamá-lo de +“spy-phone”. O Flash Player também tem um recurso de vigilância, assim como +o Amazon “Swindle”. Eles chamam isso de Kindle, mas eu chamo de “<a +href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">o Swindle</a>”, <em +lang="fr">l'escroc</em>, porque é feito para roubar a liberdade das pessoas +que o usam. Faz com que as pessoas se identifiquem sempre que compram um +livro, e isso significa que a Amazon tem uma lista gigantesca de todos os +livros que cada pessoa leu. Essa lista não deve existir em nenhum lugar.</p> + +<p>A maioria dos telefones portáteis transmitirá sua localização, computada +usando GPS, no comando remoto. A companhia telefônica está acumulando uma +lista gigantesca de lugares que a pessoa esteve. Um deputado alemão do +Partido Verde [correção: Malte Spitz está na equipe do Partido Verde, não +uma autoridade eleita] pediu à companhia telefônica que lhe desse os dados +que tinha sobre onde ele estava. Ele teve que processar, ele teve que ir ao +tribunal para obter essa informação. E quando ele conseguiu, ele recebeu +quarenta e quatro mil pontos de localização por um período de seis meses! +Isso é mais do que duzentos por dia! O que isso significa é que alguém +poderia formar uma imagem muito boa de suas atividades apenas observando +esses dados.</p> + +<p>Podemos impedir nossos próprios computadores de vigiarem a gente se +<em>nós</em> tivermos o controle do software que eles executam. Mas o +software que essas pessoas estão usando, elas não têm o controle. É um +software não livre e é por isso que possui recursos maliciosos, como +vigilância. No entanto, a vigilância nem sempre é feita com nossos próprios +computadores, também é feita de uma só vez. Por exemplo, os ISPs na Europa +são obrigados a manter os dados sobre as comunicações da Internet do usuário +por um longo tempo, caso o Estado decida investigar essa pessoa mais tarde +por qualquer motivo imaginável.</p> + +<p>Com um telefone portátil… Mesmo que você consiga impedir que o +telefone transmita sua localização GPS, o sistema pode determinar a +localização do telefone aproximadamente, comparando o tempo em que os sinais +chegam a torres diferentes. Assim, o sistema de telefonia pode fazer a +vigilância mesmo sem uma cooperação especial do próprio telefone.</p> + +<p>Da mesma forma, as bicicletas que as pessoas alugam em Paris. É claro que o +sistema sabe onde você pega a bicicleta e sabe onde você devolve a +bicicleta, e eu ouvi relatos de que ela rastreia as bicicletas enquanto elas +estão se movendo também. Então eles não são algo que podemos realmente +confiar.</p> + +<p>Mas também existem sistemas que nada têm a ver conosco que existem apenas +para rastreamento. Por exemplo, no Reino Unido, todas as viagens de carro +são monitoradas. Os movimentos de cada carro estão sendo gravados em tempo +real e podem ser rastreados pelo Estado em tempo real. Isso é feito com +câmeras nas laterais da estrada.</p> + +<p>Agora, a única maneira de impedir a vigilância que é feita de uma só vez ou +por sistemas não relacionados é através de ação política contra o aumento do +poder do governo para rastrear e monitorar todo mundo, o que significa que +temos que rejeitar qualquer desculpa que eles inventarem. Por fazer tais +sistemas, nenhuma desculpa é válida – para monitorar todo mundo.</p> + +<p>Em uma sociedade livre, quando você sai em público, não está garantido o +anonimato. É possível que alguém o reconheça e lembre. E depois essa pessoa +poderia dizer que te viu em um determinado lugar. Mas essa informação é +difusa. Não está convenientemente montada para rastrear todo mundo e +investigar o que fizeram. Para coletar essa informação é muito trabalho, por +isso só é feito em casos especiais, quando é necessário.</p> + +<p>Mas a vigilância informatizada torna possível centralizar e indexar todas +essas informações para que um regime injusto possa encontrar tudo e +descobrir tudo sobre todos. Se um ditador assume o poder, o que poderia +acontecer em qualquer lugar, as pessoas percebem isso e reconhecem que não +devem se comunicar com outros dissidentes de uma maneira que o Estado possa +descobrir. Mas se o ditador tem vários anos de registros armazenados de quem +fala com quem, é tarde demais para tomar qualquer precaução, porque ele já +tem tudo o que precisa para perceber: “OK, esse cara é um dissidente, e ele +falou com ele. Talvez ele seja um dissidente também. Talvez devêssemos +agarrá-lo e torturá-lo.”</p> + +<p>Então, precisamos fazer campanha para acabar com a vigilância digital +<em>agora</em>. Você não pode esperar até que haja um ditador e que isso +realmente se torne importante. E além disso, não é preciso uma ditadura +direta para começar a atacar os direitos humanos.</p> + +<p>Eu não chamaria o governo do Reino Unido de ditadura. Não é muito +democrático e, de certa forma, esmaga a democracia. Alguns anos atrás, as +pessoas acreditavam estar a caminho de um protesto, eles iriam protestar, +eles foram presos antes que pudessem chegar lá, porque seu carro foi +rastreado através deste sistema de rastreamento universal de carros.</p> + +<h3 id="censorship">Censura</h3> + +<p>A segunda ameaça é a censura. A censura não é nova, existia muito antes dos +computadores. Mas há 15 anos, pensávamos que a Internet nos protegeria da +censura, que derrotaria a censura. Então, a China e algumas outras tiranias +óbvias fizeram grandes esforços para impor a censura na Internet, e +dissemos: “Bem, isso não é surpreendente, o que mais governos assim poderiam +fazer?”</p> + +<p>Mas hoje vemos a censura imposta em países que normalmente não são +considerados ditaduras, como, por exemplo, o Reino Unido, a França, a +Espanha, a Itália, a Dinamarca…</p> + +<p>Todos eles têm sistemas de bloqueio de acesso a alguns sites. A Dinamarca +estabeleceu um sistema que bloqueia o acesso a uma longa lista de páginas da +web, que era secreta. Os cidadãos não deveriam saber como o governo os +estava censurando, mas a lista vazou e foi postada no WikiLeaks. Nesse +ponto, a Dinamarca adicionou a página do WikiLeaks à sua lista de +censura. Assim, todo o resto do mundo pode descobrir como os dinamarqueses +estão sendo censurados, mas os dinamarqueses não deveriam saber.</p> + +<p>Há alguns meses, a Turquia, que afirma respeitar alguns direitos humanos, +anunciou que todo usuário da Internet teria que escolher entre censura e +mais censura. Quatro níveis diferentes de censura eles podem escolher! Mas a +liberdade não é uma das opções.</p> + +<p>A Austrália queria impor a filtragem na Internet, mas isso foi bloqueado. No +entanto, a Austrália tem um tipo diferente de censura: tem censura de +links. Ou seja, se um site na Austrália tiver um link para algum site +censurado fora da Austrália, o da Austrália poderá ser punido. A Electronic +Frontiers Australia, que é uma organização que defende os direitos humanos +no domínio digital na Austrália, postou um link para um site político +estrangeiro. Foi ordenado excluir o link ou enfrentar uma multa diária de +US$ 11.000 pelo descumprimento. Então excluíram o link, o que mais poderiam +fazer? Este é um sistema muito duro de censura.</p> + +<p>Na Espanha, a censura que foi adotada no início deste ano permite que as +autoridades fechem arbitrariamente um site da Internet na Espanha ou +imponham uma filtragem para bloquear o acesso a um site fora da Espanha. E +isso pode ser feito sem qualquer tipo de tentativa. Essa foi uma das +motivações para os <cite lang="es">Indignados</cite>, que protestavam na +rua.</p> + +<p>Houve protestos nas ruas da Turquia também, após o anúncio, mas o governo se +recusou a mudar sua política.</p> + +<p>Temos de reconhecer que um país que impõe censura na Internet não é um país +livre. E não é um governo legítimo também.</p> + +<h3 id="formats">Formatos de dados restritos</h3> + +<p>A próxima ameaça à nossa liberdade vem de formatos de dados que restringem +usuários e usuárias.</p> + +<p>Às vezes é porque o formato é secreto. Existem muitos programas aplicativos +que salvam os dados do usuário em um formato secreto, o que significa +impedir o usuário de pegar esses dados e usá-los com algum outro programa. O +objetivo é evitar a interoperabilidade.</p> + +<p>Agora, evidentemente, se um programa implementa um formato secreto, isso +ocorre porque o programa não é software livre. Então, esse é outro tipo de +recurso malicioso. Vigilância é um tipo de recurso malicioso que você +encontra em alguns programas não livres; o uso de formatos secretos para +restringir os usuários é outro tipo de recurso malicioso que você também +encontra em alguns programas não livres.</p> + +<p>Mas se você tiver um programa livre que lide com um determinado formato, +<em>ipso facto</em> esse formato não é secreto. Esse tipo de recurso +malicioso só pode existir em um programa não livre. Recursos de vigilância, +bem, teoricamente, eles poderiam existir em um programa livre, mas você não +vê isso acontecendo. Porque as pessoas que o usam consertariam isso, +entende. Elas não gostariam disso, então iriam consertar isso.</p> + +<p>De qualquer forma, também encontramos formatos de dados secretos em uso para +publicação de trabalhos. Você encontra formatos de dados secretos em uso +para áudio, como música, para vídeo, para livros… E esses formatos secretos +são conhecidos como Gestão Digital de Restrições ou <abbr title="Digital +Restrictions Management">DRM</abbr>, ou algemas digitais <em>(les menottes +numériques)</em>.</p> + +<p>Assim, as obras são publicadas em formatos secretos para que somente +programas proprietários possam reproduzi-las, de modo que esses programas +proprietários possam ter o recurso malicioso de restringir seu uso, +impedindo as pessoas de fazer algo que seria natural fazer.</p> + +<p>E isso é usado até mesmo por entidades públicas para se comunicar com as +pessoas. Por exemplo, a televisão pública italiana disponibiliza seus +programas na rede em um formato chamado VC-1, que é um padrão supostamente, +mas é um padrão secreto. Agora não consigo imaginar como uma entidade +financiada com dinheiro público poderia justificar o uso de um formato +secreto para se comunicar com o público. Isso deveria ser ilegal. Na +verdade, acho que todo o uso de Gestão Digital de Restrições deve ser +considerado ilegal. Nenhuma empresa deveria ter permissão para fazer isso.</p> + +<p>Há também formatos que não são secretos, mas quase podem ser secretos, como +o Flash. O Flash não é realmente secreto, mas a Adobe continua fazendo novas +versões, que são diferentes, mais rápidas do que qualquer um pode manter e +fazer software livre para reproduzir esses arquivos; então tem quase o mesmo +efeito de ser secreto.</p> + +<p>Depois, há os formatos patenteados, como o MP3<a href="#f1"><sup>1</sup> +</a> para áudio. É ruim distribuir áudio no formato MP3. Há software livre +para lidar com o formato MP3, para reproduzi-lo e gerá-lo, mas como ele é +patenteado em muitos países, muitos distribuidores de software livre não +ousam incluir esses programas; então, se eles distribuem o sistema +GNU+Linux, o sistema deles não inclui um reprodutor de MP3. Como resultado, +se alguém distribui alguma música em MP3, isso pressiona as pessoas a não +usarem o GNU/Linux. Claro, se você é um especialista, você pode encontrar um +software livre e instalá-lo, mas há muitos não especialistas, e eles podem +ver que eles instalaram uma versão do GNU/Linux que não tem esse software, e +ele ganhou não reproduzir arquivos MP3, e eles acham que é culpa do +sistema. Eles não percebem que é culpa do MP3. Mas esse é o fato.</p> + +<p>Portanto, se você quiser dar suporte à liberdade, não distribua arquivos +MP3. É por isso que digo que se você estiver gravando meu discurso e quiser +distribuir cópias, não o faça em um formato patenteado como MPEG-2 ou MPEG-4 +ou MP3. Use um formato amigável ao software livre, como os formatos OGG ou +WebM. E, a propósito, se você vai distribuir cópias da gravação, por favor, +coloque nela a licença Creative Commons, No Derivatives. Esta é uma +declaração das minhas opiniões pessoais. Se fosse uma palestra para um +curso, se fosse didático, então deveria ser livre, mas as declarações de +opinião são diferentes.</p> + +<h3 id="proprietary">Software que não é livre</h3> + +<p>Agora, isso me leva à próxima ameaça que vem do software sobre o qual as +pessoas não têm o controle. Em outras palavras, software que não é livre, +não é <cite>libre</cite>. Neste ponto particular, o francês é mais claro que +o inglês. A palavra em inglês “free” significa <cite>libre</cite> e +<cite>gratuit</cite>, mas o que eu quero dizer quando digo “free” e +“software” é <cite>logiciel libre</cite>. Eu não quero dizer +<cite>gratuit</cite>. Eu não estou falando sobre preço. O preço é uma +questão secundária, apenas um detalhe, porque não importa eticamente. Você +sabe, se eu tiver uma cópia de um programa e eu vender para você por um euro +ou cem euros, quem se importa? Certo? Por que alguém deveria pensar que é +bom ou ruim? Ou suponha que eu dei a você <cite>gratuitement</cite>… +Ainda assim, quem se importa? Mas se este programa respeita a sua liberdade, +isso é importante!</p> + +<p>Portanto, software livre é um software que respeita a liberdade dos +usuários. O que isto significa? Em última análise, existem apenas duas +possibilidades com software: ou os usuários controlam o programa ou o +programa controla os usuários. Se os usuários têm certas liberdades +essenciais, então eles controlam o programa, e essas liberdades são o +critério para o software livre. Mas se os usuários <em>não</em> tiverem as +liberdades essenciais, o programa controlará os usuários. Mas alguém +controla esse programa e, através dele, tem <em>poder</em> sobre os +usuários. </p> + +<p>Então, um programa não livre é um instrumento para dar poder a alguém em +relação a muitas outras pessoas, e esse é um poder injusto que ninguém +deveria ter. É por isso que o software não livre <cite>(les logiciels +privateurs, qui privent de la liberté)</cite>, por isso software +proprietário é uma injustiça e não deveria existir; porque deixa os usuários +sem liberdade.</p> + +<p>Agora, o desenvolvedor que tem o controle do programa geralmente se sente +tentado a introduzir recursos maliciosos para explorar ou abusar <em>mais +ainda</em> esses usuários. Ele sente uma tentação porque sabe que pode se +safar. Como seu programa controla os usuários e os usuários não têm controle +sobre o programa, se ele colocar um recurso malicioso, os usuários não +poderão consertá-lo; eles não podem remover o recurso malicioso.</p> + +<p>Já falei sobre dois tipos de recursos maliciosos: recursos de vigilância, +como os encontrados no Windows e no iPhone e no Flash Player e no Swindle, +mais ou menos. E há também recursos para restringir os usuários, que +trabalham com formatos de dados secretos, e esses são encontrados no +Windows, Macintosh, iPhone, Flash Player, Amazon Swindle, Playstation 3 e +muitos outros programas.</p> + +<p>O outro tipo de recurso malicioso é o <i lang="en">backdoor</i>. Isso +significa que algo nesse programa está escutando comandos remotos e +obedecê-los, e esses comandos podem maltratar o usuário. Sabemos de <i +lang="en">backdoors</i> no Windows, no iPhone, no Amazon Swindle. O Amazon +Swindle tem um <i lang="en">backdoor</i> que pode excluir livros, excluir +livros remotamente. Sabemos disso por observação, porque a Amazon fez isso: +em 2009, a Amazon excluiu remotamente milhares de cópias de um determinado +livro. Eram cópias autorizadas, pessoas as tinham obtido diretamente da +Amazon e, portanto, a Amazon sabia exatamente onde estavam, que é como a +Amazon sabia para onde enviar os comandos para excluir esses livros. Você +sabe qual livro a Amazon excluiu? <em>1984</em> por George Orwell. [risadas] +É um livro que todos deveriam ler, porque discute um estado totalitário que +fez coisas como excluir livros de que não gostava. Todo mundo deveria ler, +mas não no Amazon Swindle. [risadas]</p> + +<p>De qualquer forma, recursos maliciosos estão presentes nos programas não +livres mais utilizados, mas são raros em software livre, porque com o +software livre os usuários têm controle. Eles podem ler o código-fonte e +podem alterá-lo. Então, se houvesse um recurso malicioso, alguém mais cedo +ou mais tarde o localizaria e consertaria. Isso significa que alguém que +está pensando em introduzir um recurso malicioso não o considera tão +tentador, porque sabe que pode sair ileso por um tempo, mas alguém o +localizará, consertará e perderá a confiança no criminoso. Não é tão +tentador quando você sabe que vai falhar. E é por isso que descobrimos que +recursos maliciosos são raros em software livre e comuns em software +proprietário.</p> + +<h3 id="four-freedoms">As quatro liberdades do software livre</h3> + +<p>As liberdades essenciais são quatro:</p> + +<ul> + <li>Liberdade 0 é a liberdade de executar o programa como você quiser.</li> + <li>Liberdade 1 é a liberdade de estudar o código-fonte e alterá-lo, de forma +que o programa faça sua computação da maneira que você deseja.</li> + <li>Liberdade 2 é a liberdade de ajudar os outros. Essa é a liberdade de fazer +cópias exatas e redistribuí-las quando desejar.</li> + <li>Liberdade 3 é a liberdade de contribuir para sua comunidade. Essa é a +liberdade de fazer cópias de suas versões modificadas, se você tiver feito +alguma, e depois distribuí-las para outras pessoas quando desejar.</li> +</ul> + +<p>Essas liberdades, para serem adequadas, devem aplicar-se a todas as +atividades da vida. Por exemplo, se diz “isso é livre para uso acadêmico”, +não é livre. Porque isso é muito limitado. Não se aplica a todas as áreas da +vida. Em particular, se um programa é livre, isso significa que ele pode ser +modificado e distribuído comercialmente, porque o comércio é uma área da +vida, uma atividade na vida. E essa liberdade tem que se aplicar a todas as +atividades.</p> + +<p>No entanto, não é obrigatório fazer nenhuma dessas coisas. O ponto é que +você é livre para fazê-las, se desejar, quando desejar. Mas você nunca +precisa fazer isso. Você não precisa fazer nada disso. Você não precisa +executar o programa. Você não precisa estudar ou alterar o +código-fonte. Você não precisa fazer nenhuma cópia. Você não precisa +distribuir suas versões modificadas. O ponto é que você deve ser livre para +fazer essas coisas <em>se quiser</em>.</p> + +<p>Agora, a liberdade número 1, a liberdade de estudar e alterar o código-fonte +para fazer com que o programa faça o que você deseja, inclui algo que pode +não ser óbvio no começo. Se o programa vier em um produto e o desenvolvedor +puder fornecer uma atualização que será executada, será necessário fazer com +que sua versão seja executada nesse produto. Se o produto apenas executar as +versões do desenvolvedor e se recusar a executar o seu, o executável nesse +produto não é software livre. Mesmo que tenha sido compilado a partir do +código-fonte livre, não é livre porque você não tem a liberdade de fazer o +programa fazer sua computação da maneira que desejar. Então, a liberdade 1 +tem que ser real, não apenas teórica. Ele tem que incluir a liberdade de +usar a <em>sua</em> versão, não apenas a liberdade de fazer algum +código-fonte que não seja executado.</p> + +<h3 id="gnu">O Projeto GNU e o movimento Software Livre</h3> + +<p>Eu iniciei o movimento Software Livre em 1983, quando anunciei o plano para +desenvolver um sistema operacional de software livre cujo nome é GNU. Agora +o GNU, o nome GNU, é uma piada; porque parte do espírito do hacker é se +divertir mesmo quando você está fazendo algo <em>muito</em> sério. Agora não +consigo pensar em nada mais importante do que defender a liberdade.</p> + +<p>Mas isso não significa que eu não poderia dar ao meu sistema um nome que é +uma bricadeira. Então, GNU é um jogo de palavras porque é um acrônimo +recursivo, significa “GNU Não é Unix”, de forma que G.N.U.: GNU Não é +Unix. Então, o G no GNU significa GNU.</p> + +<p>Na verdade, isso era uma tradição na época. A tradição era: se houvesse um +programa existente e você escrevesse algo semelhante a ele, inspirado por +ele, você poderia dar crédito, dando ao seu programa um nome que é um +acrônimo recursivo dizendo que não é o outro. Então eu dei crédito ao Unix +pelas ideias técnicas do Unix, mas com o nome GNU, porque eu decidi fazer do +GNU um sistema parecido com o Unix, com os mesmos comandos, o mesmo sistema +chama, então ele seria compatível, então as pessoas que usavam o Unix podiam +mudar facilmente.</p> + +<p>Mas a razão para o desenvolvimento do GNU foi única. O GNU é o único sistema +operacional, até onde eu sei, desenvolvido para o propósito da +liberdade. Não por motivações técnicas, não por motivações comerciais. O GNU +foi escrito para <em>sua</em> liberdade. Porque sem um sistema operacional +livre, é impossível ter liberdade e usar um computador. E não havia nenhum, +e eu queria que as pessoas tivessem liberdade, então era minha +responsabilidade escrever uma.</p> + +<p>Atualmente existem milhões de pessoas usando o sistema operacional GNU e a +maioria delas não sabe que está usando o sistema operacional GNU, porque +existe uma prática generalizada que não é legal. As pessoas chamam o sistema +de “Linux”. Muitos o fazem, mas algumas pessoas não e espero que você seja +um deles. Por favor, desde que começamos com isso, já que escrevemos a maior +parte do código, por favor, nos dê uma menção igual, por favor, chame para o +sistema “GNU+Linux” ou “GNU/Linux”. Não é pedir muito.</p> + +<p>Mas há outro motivo para fazer isso. Acontece que a pessoa que escreveu o +Linux, o qual é um componente do sistema como o usamos hoje, não concorda +com o movimento do Software Livre. E assim, se você chamar todo o sistema de +Linux, na verdade você está direcionando as pessoas para as ideias dele e +para longe das nossas ideias. Porque ele não vai dizer para as pessoas que +elas merecem liberdade. Ele vai dizer a elas que gosta de softwares +convenientes, confiáveis e poderosos. Ele vai dizer às pessoas que esses são +os valores importantes.</p> + +<p>Mas se você disser que o sistema é GNU+Linux – é o sistema operacional +GNU mais o Linux, o kernel – então eles saberão sobre nós, e então as +pessoas poderão ouvir o que dizemos: você merece liberdade. E já que a +liberdade será perdida se não a defendermos – sempre haverá um Sarkozy +para tirá-la – precisamos, acima de tudo, ensinar as pessoas a +exigirem liberdade, estarem prontas para defender sua liberdade na próxima +vez que alguém ameaça tirar isso.</p> + +<p>Hoje em dia, você pode reconhecer as pessoas que não querem discutir essas +ideias de liberdade porque elas não dizem <cite>logiciel libre</cite>. Elas +não dizem <cite>libre</cite>, elas dizem “código aberto”. Esse termo foi +cunhado por pessoas como o Sr. Torvalds, que preferiria que essas questões +éticas não fossem levantadas. E assim a maneira que você pode nos ajudar a +levantá-las é dizendo <cite>libre</cite>. Sabe, depende de você onde você +está, você é livre para dizer o que pensa. Se você concorda com estas +pessoas, você pode dizer código aberto. Se você concorda conosco, demonstre, +diga <cite>libre</cite>!</p> + +<h3 id="education">Software livre e educação</h3> + +<p>O ponto mais importante sobre o software livre é que as escolas +<em>devem</em> ensinar software exclusivamente livre. Todos os níveis de +escolas, do jardim de infância à universidade, são sua responsabilidade +moral ensinar apenas software livre em sua educação, e todas as outras +atividades educacionais, incluindo aquelas que dizem que estão disseminando +a alfabetização digital. Muitas dessas atividades ensinam o Windows, o que +significa que elas ensinam <em>dependência</em>. Ensinar às pessoas o uso de +software proprietário é ensinar dependência, e atividades educacionais nunca +devem fazer isso porque é o oposto de sua missão. As atividades educativas +têm uma missão social de educar os bons cidadãos de uma sociedade forte, +capaz, cooperadora, independente e livre. E na área de computação, isso +significa: ensinar software livre; nunca ensine um programa proprietário +porque isso inculca dependência.</p> + +<p>Por que você acha que alguns desenvolvedores proprietários oferecem cópias +gratuitas para as escolas? Eles querem que as escolas tornem as crianças +dependentes. E então, quando se formam, ainda são dependentes e, você sabe, +a empresa não vai oferecer cópias gratuitas. E algumas dessas pessoas +conseguem emprego e vão trabalhar para empresas. Não muitas delas, mas +alguns delas. E essas empresas não receberão cópias gratuitas. Ah não! A +ideia é: se a escola direcionar estudantes para o caminho da dependência +permanente, é possível arrastar o resto da sociedade para a +dependência. Esse é o plano! É como dar agulhas grátis para a escola, cheias +de drogas viciantes, dizendo: “Injete isso nos estudantes, a primeira dose é +gratuita. Uma vez que você é dependente, então você tem que pagar”. Bem, a +escola rejeitaria as drogas porque não é certo ensinar estudantes a usar +drogas viciantes, e tem que rejeitar o software proprietário também. </p> + +<p>Algumas pessoas dizem: “Vamos fazer a escola ensinar software proprietário e +software livre, para que estudantes se familiarizem com os dois”. É como +dizer: “Para o almoço, vamos dar às crianças espinafre e tabaco, para que se +acostumem a ambos”. Não! As escolas só devem ensinar bons hábitos, não os +maus! Portanto, não deve haver Windows em uma escola, nenhum Macintosh, nada +de proprietário na educação.</p> + +<p>Mas também, para o bem da educação dos programadores. Você vê, algumas +pessoas têm talento para programação. Crianças de dez a treze anos, +normalmente, são fascinadas e, se usam um programa, querem saber: “Como isso +acontece?”. Mas quando perguntam ao professor, se é proprietário, o +professor tem que dizer: “Sinto muito, é um segredo, não podemos +descobrir”. O que significa que a educação é proibida. Um programa +proprietário é o inimigo do espírito da educação. Seu conhecimento é retido, +por isso não deve ser tolerado em uma escola, mesmo que haja muitas pessoas +na escola que não se importem com programação, não queiram aprender +isso. Ainda assim, porque é o inimigo do espírito da educação, não deveria +estar lá na escola. </p> + +<p>Mas se o programa for livre, o professor pode explicar o que ele sabe e, em +seguida, distribuir cópias do código-fonte, dizendo: “Leia e você entenderá +tudo.” E aqueles que são realmente fascinados, eles vão ler! E isso lhes dá +a oportunidade de começar a aprender a ser bons programadores.</p> + +<p>Para aprender a ser um bom programador ou uma boa programadora, você +precisará reconhecer que certas formas de escrever código, mesmo que façam +sentido para você e estejam corretas, não são boas porque outras pessoas +terão dificuldade em entendê-las. Bom código é um código claro que as outras +pessoas terão facilidade em trabalhar quando precisarem fazer mais +alterações.</p> + +<p>Como você aprende a escrever um bom código claro? Você faz isso lendo muito +código e escrevendo muito código. Bem, apenas o software livre oferece a +chance de ler o código dos grandes programas que realmente usamos. E então +você tem que escrever muito código, o que significa que você tem que +escrever mudanças em programas grandes.</p> + +<p>Como você aprende a escrever um bom código para os grandes programas? Você +tem que começar pequeno, o que <em>não</em> significa um pequeno programa, +oh não! Os desafios do código para programas grandes nem sequer começam a +aparecer em pequenos programas. Portanto, a maneira como você começa pequeno +ao escrever código para programas grandes é escrevendo pequenas alterações +em programas grandes. E apenas o software livre lhe dá a chance de fazer +isso.</p> + +<p>Então, se uma escola quer oferecer a possibilidade de aprender a ser um bom +programador, ela precisa ser uma escola de software livre.</p> + +<p>Mas há uma razão ainda mais profunda, e isso é em prol da educação moral, +educação em cidadania. Não é suficiente para uma escola ensinar fatos e +habilidades, tem que ensinar o espírito de boa vontade, o hábito de ajudar +os outros. Portanto, cada turma deve ter esta regra: “Estudantes, se você +levar o software para a aula, você não pode guardá-lo por si mesmo, você +deve compartilhar cópias com o resto da turma, incluindo o código-fonte caso +alguém queira aprender. Porque esta aula é um lugar onde compartilhamos +nosso conhecimento. Portanto, não é permitido trazer um programa +proprietário para a classe”. A escola deve seguir sua própria regra para dar +um bom exemplo. Portanto, a escola deve trazer apenas software livre para a +turma e compartilhar cópias, incluindo o código-fonte, com qualquer pessoa +da turma que queira cópias.</p> + +<p>Aqueles de vocês que têm uma conexão com a escola, é o seu dever de fazer +campanha e pressionar a escola a mudar para o software livre. E você tem que +ser firme. Pode levar anos, mas você pode ter sucesso desde que nunca +desista. Continue buscando mais aliados entre estudantes, corpo docente, a +equipe, pais e mães, qualquer um! E sempre apresente a questão como uma +questão ética. Se alguém quiser desviar a discussão para esta vantagem +prática e esta desvantagem prática, o que significa que estão ignorando a +questão mais importante, então você tem que dizer: “Isto não é sobre como +fazer o melhor trabalho de educar, este é sobre como fazer uma boa educação +em vez de uma maldade. É como fazer educação correta em vez de errada, não +apenas como torná-la um pouco mais eficaz, ou menos”. Portanto, não se +distraia com esses problemas secundários e ignore o que realmente importa!</p> + +<h3 id="services">Serviços da Internet</h3> + +<p>Então, passando para a próxima ameaça. Existem dois problemas que surgem do +uso de serviços da Internet. Um deles é que o servidor poderia abusar de +seus dados, e outro é que ele poderia assumir o controle da sua computação.</p> + +<p>A primeira questão, as pessoas já conhecem. Eles estão cientes de que, se +você fizer o <i lang="en">upload</i> de dados para um serviço da Internet, +há uma questão sobre o que este fará com esses dados. Pode fazer coisas que +maltratam você. O que poderia fazer? Pode perder os dados, pode alterar os +dados, pode se recusar a permitir que você recupere os dados. E também pode +mostrar os dados para outra pessoa que você não quer mostrar. Quatro +diferentes coisas possíveis.</p> + +<p>Agora, aqui, eu estou falando sobre os dados que você +<em>conscientemente</em> deu para aquele site. Naturalmente, muitos desses +serviços também fazem <em>vigilância</em>.</p> + +<p>Por exemplo, considere o Facebook. Os usuários enviam muitos dados para o +Facebook, e uma das coisas ruins sobre o Facebook é que ele mostra muitos +desses dados para muitas outras pessoas, e até mesmo se lhes oferece um +cenário para dizer “não”, isso pode realmente não funcionar. Afinal, se você +disser “algumas outras pessoas podem ver essa informação”, uma delas pode +publicá-la. Agora, isso não é culpa do Facebook, não há nada que eles possam +fazer para evitar isso, mas deve avisar as pessoas. Em vez de dizer “marque +isto apenas como seus supostos amigos” deveria dizer “tenha em mente que +seus supostos amigos não são realmente seus amigos, e se eles querem causar +problemas para você, eles podem publicar isso”. Toda vez, deveria dizer que, +se eles querem lidar com as pessoas eticamente.</p> + +<p>Assim como todos os usuários de dados do Facebook dão voluntariamente ao +Facebook, o Facebook está coletando dados sobre as atividades das pessoas na +rede através de vários métodos de vigilância. Mas essa é a primeira +ameaça. Por enquanto eu estou falando sobre os dados que as pessoas +<em>sabem</em> que estão dando a esses sites.</p> + +<p>Agora, perder dados é algo que sempre pode acontecer por acaso. Essa +possibilidade está sempre lá, não importa o quão cuidadoso alguém +seja. Portanto, você precisa manter várias cópias de dados importantes. Se +você fizer isso, então, mesmo que alguém decida apagar seus dados +intencionalmente, não vai te machucar muito, porque você teria outras cópias +dele.</p> + +<p>Portanto, enquanto você estiver mantendo várias cópias, não precisará se +preocupar muito com a perda de dados por parte de alguém. E se você pode +recuperá-lo? Bem, alguns serviços tornam possível recuperar todos os dados +que você enviou e outros não. Os serviços do Google permitem que o usuário +recupere os dados que o usuário colocou neles. Facebook, notoriamente, não.</p> + +<p>É claro que, no caso do Google, isso se aplica apenas aos dados que o +usuário <em>sabe</em> que o Google tem. O Google faz muita vigilância +também, e esses dados não estão incluídos. Mas, em qualquer caso, se você +puder recuperar os dados, poderá rastrear se eles foram alterados. E não é +muito provável que eles comecem a alterar os dados das pessoas, se as +pessoas souberem. Então, talvez possamos acompanhar esse tipo específico de +abuso.</p> + +<p>Mas o abuso de mostrar os dados para alguém que você não quer que veja é +muito comum e quase impossível para você evitar, especialmente se for uma +empresa dos EUA. Sabe, a lei com nome mais hipócrita na história dos EUA, o +chamado <cite>USA Patriot Act</cite>, diz que a polícia do Big Brother pode +coletar praticamente todos os dados que as empresas mantêm sobre os +indivíduos. Não apenas empresas, mas também outras organizações, como +bibliotecas públicas. A polícia pode conseguir isso maciçamente, sem sequer +ir ao tribunal. Agora, em um país que foi fundado em uma ideia de liberdade, +não há nada mais antipatriótico do que isso. Mas isso é o que eles +fizeram. Portanto, você nunca deve confiar seus dados a uma empresa dos +EUA. E eles dizem que as subsidiárias estrangeiras de empresas +norte-americanas também estão sujeitas a isso. Portanto, a empresa com a +qual você está lidando diretamente pode estar na Europa, mas se for de +propriedade de uma empresa dos EUA, você terá o mesmo problema com o qual +lidar.</p> + +<p>No entanto, isso é motivo de preocupação principalmente quando os dados que +você está enviando para o serviço não são para publicação. Existem alguns +serviços onde você publica coisas. Claro, se você publicar algo, você sabe +que todo mundo será capaz de ver. Então, não há como machucá-lo mostrando +para alguém que não deveria vê-lo. Não há ninguém que não deveria ver, se +você publicou. Então, nesse caso, o problema não existe.</p> + +<p>Então, essas são quatro subquestões desta ameaça de abusar de nossos +dados. A ideia do projeto Freedom Box é que você tem seu próprio servidor em +sua própria casa, e quando você quer fazer algo remotamente, você faz isso +com seu próprio servidor, e a polícia tem que obter um mandado para procurar +em seu servidor. Então você tem os mesmos direitos que você teria +tradicionalmente no mundo físico.</p> + +<p>O ponto aqui e em tantas outras questões é: quando começamos a fazer as +coisas digitalmente em vez de fisicamente, não devemos perder nenhum dos +nossos direitos; porque a tendência geral é perdermos direitos.</p> + +<p>Basicamente, a lei de Stallman diz que, em uma época em que os governos +trabalham para as megacorporações, em vez de se reportar aos seus cidadãos, +todas as mudanças tecnológicas podem ser aproveitadas para reduzir nossa +liberdade. Porque reduzir nossa liberdade é o que esses governos querem +fazer. Então a questão é: quando eles têm uma oportunidade? Bem, qualquer +mudança que aconteça por algum outro motivo é uma oportunidade possível, e +eles se aproveitarão disso se for esse o desejo geral deles.</p> + +<p>Mas o outro problema com os serviços da Internet é que eles podem assumir o +controle da sua computação, e isso não é tão comumente conhecido. Mas está +se tornando mais comum. Há serviços que oferecem computação para você em +dados fornecidos por você – coisas que você deve fazer em seu próprio +computador, mas convidam você a deixar o computador de outra pessoa fazer +essa computação funcionar para você. E o resultado é que você perde o +controle sobre isso. É como se você usasse um programa não livre.</p> + +<p>Dois cenários diferentes, mas eles levam ao mesmo problema. Se você faz sua +computação com um programa não livre… bem, os usuários não controlam o +programa não livre, ele controla os usuários, o que inclui você. Então você +perdeu o controle da computação que está sendo feita. Mas se você fizer sua +computação em seu servidor… bem, os programas que estão fazendo são os que +ele escolheu. Você não pode tocá-los ou vê-los, então você não tem controle +sobre eles. Ele tem controle sobre eles, talvez.</p> + +<p>Se eles são software livre e ele os instala, então ele tem controle sobre +eles. Mas mesmo ele pode não ter controle. Ele pode estar executando um +programa proprietário em seu servidor, caso em que é alguém que tem controle +da computação que está sendo feita em seu servidor. Ele não controla isso e +você não.</p> + +<p>Mas suponha que ele instale um programa livre, então ele tem controle sobre +a computação que está sendo feita em seu computador, mas você não faz +isso. Então, de qualquer forma, <em>você não o faz</em>! Assim, a única +maneira de ter controle sobre sua computação é fazê-lo com <em>sua +cópia</em> de um programa livre.</p> + +<p>Esta prática é chamada de “Software como serviço” ou <i>“Software as a +Service”</i>. Isso significa fazer sua computação com seus dados no servidor +de outra pessoa. E eu não sei de nada que possa tornar isso aceitável. É +sempre algo que tira a sua liberdade, e a única solução que conheço é +recusar. Por exemplo, existem servidores que fazem tradução ou +reconhecimento de voz, e você está permitindo que eles tenham controle sobre +essa atividade de computação, o que nunca devemos fazer.</p> + +<p>Claro, nós também estamos dando a eles dados sobre nós mesmos que eles não +deveriam ter. Imagine se você tivesse uma conversa com alguém através de um +sistema de tradução de reconhecimento de voz que fosse “Software como +serviço” e estivesse realmente sendo executado em um servidor pertencente a +alguma empresa. Bem, essa empresa também fica sabendo o que foi dito na +conversa, e se é uma empresa americana, isso significa que o Big Brother +também fica sabendo. Isso não é bom.</p> + +<h3 id="voting">Computadores para votação</h3> + +<p>A próxima ameaça à nossa liberdade em uma sociedade digital é usar +computadores para votar. Você não pode confiar em computadores para +votar. Quem controla o software nesses computadores tem o poder de cometer +fraude indetectável.</p> + +<p>As eleições são especiais, porque não há ninguém envolvido que ousemos +confiar plenamente. Todo mundo tem que ser verificado, verificado novamente +por outras pessoas, de modo que ninguém esteja em condições de falsificar os +resultados sozinho. Porque se alguém está em posição de fazer isso, esta +pessoa possivelmente vai fazer isso. Então, nossos sistemas tradicionais de +votação foram projetados para que ninguém fosse totalmente confiável, todos +estavam sendo verificados por outros. Para que ninguém pudesse cometer +fraude facilmente. Mas uma vez que você introduz um programa, isso é +impossível.</p> + +<p>Como você pode saber se uma máquina de votação contará honestamente os +votos? Você teria que estudar o programa que está sendo executado durante a +eleição, o que é claro que ninguém pode fazer, e a maioria das pessoas nem +sabe como fazer. Mas mesmo os especialistas que poderiam, teoricamente, ser +capazes de estudar o programa, não podem fazê-lo enquanto as pessoas +votam. Eles teriam que fazer isso com antecedência, e então como eles sabem +que o programa que estudaram é o que está sendo executado enquanto as +pessoas votam? Talvez tenha sido alterado.</p> + +<p>Agora, se este programa é proprietário, isso significa que alguma empresa o +controla. A autoridade eleitoral não pode sequer dizer o que esse programa +está fazendo. Bem, esta empresa poderia fraudar a eleição. E há acusações de +que isso foi feito nos EUA nos últimos dez anos, que os resultados das +eleições foram falsificados dessa maneira.</p> + +<p>Mas e se o programa for software livre? Isso significa que a autoridade +eleitoral que possui essa máquina de votação tem controle sobre o software, +de modo que a autoridade eleitoral poderia fraudar a eleição. Você não pode +confiar neles também. Você não ousa confiar em <em>ninguém</em> na votação, +e a razão é que não há como os eleitores verificarem por si mesmos que seus +votos foram contados corretamente, nem que os votos falsos não foram +adicionados.</p> + +<p>Em outras atividades da vida, você geralmente pode dizer se alguém está +tentando enganar você. Considere, por exemplo, comprar algo de uma +loja. Você pede algo, talvez dê um número de cartão de crédito. Se o produto +não vier, você pode reclamar e você pode… É claro que, se você tiver uma +memória boa o suficiente, perceberá se esse produto não vier. Você não está +apenas dando total confiança cega para a loja, porque você pode +conferir. Mas nas eleições você não pode verificar.</p> + +<p>Vi uma vez um artigo em que alguém descrevia um sistema teórico de votação +que usava matemática sofisticada para que as pessoas pudessem verificar se +seus votos haviam sido contados, embora o voto de todos fosse secreto e +pudessem também verificar que não haviam sido adicionados votos falsos. Foi +matemática muito emocionante e poderosa; mas mesmo que essa matemática +esteja correta, isso não significa que o sistema seria aceitável para uso na +prática, porque as vulnerabilidades de um sistema real podem estar fora +dessa matemática. Por exemplo, suponha que você esteja votando pela Internet +e suponha que esteja usando uma máquina que é um zumbi. Pode dizer-lhe que a +votação foi enviada para A enquanto realmente envia um voto para B. Será que +você descobriria? Então, na prática, a única maneira de ver se esses +sistemas funcionam e são honestos é através de anos, na verdade décadas, de +experimentá-los e verificar de outras formas o que aconteceu.</p> + +<p>Eu não quero que meu país seja o pioneiro nisso. Então, use papel para +votar. Certifique-se de que existem cédulas que podem ser recontadas.</p> + +<h4>Nota do orador, adicionada posteriormente</h4> + +<p>Votação remota pela internet tem um perigo social inerente, que seu chefe +pode lhe dizer, “Eu quero que você vote no candidato C, e faça isso do +computador em meu escritório enquanto eu assisto você”. Ele não precisa +dizer em voz alta que você pode ser demitido se não cumprir. Este perigo não +é baseado em uma falha técnica, por isso não pode ser corrigido pela fixação +da tecnologia.</p> + + +<h3 id="sharing">A guerra contra o compartilhamento</h3> + +<p>A próxima ameaça à nossa liberdade em uma sociedade digital vem da guerra +contra o compartilhamento.</p> + +<p>Um dos grandes benefícios da tecnologia digital é que é fácil copiar obras +publicadas e compartilhar essas cópias com outras pessoas. O +compartilhamento é bom e, com a tecnologia digital, o compartilhamento é +fácil. Então, milhões de pessoas compartilham. Aqueles que lucram com poder +sobre a distribuição dessas obras não querem que compartilhemos. E como são +empresas, os governos que traíram seu povo e trabalham para o Império de +mega-corporações tentam servir esses negócios, eles são contra seu próprio +povo, eles são para os negócios, para os editores.</p> + +<p>Bem, isso não é bom. E com a ajuda desses governos, as empresas vêm travando +uma <em>guerra</em> contra o compartilhamento e propuseram uma série de +medidas cruéis e draconianas. Por que eles propõem medidas cruéis e +draconianas? Porque nada mais tem uma chance de sucesso: quando algo é bom e +fácil, as pessoas fazem isso, e a única maneira de detê-las é ser muito +desagradável. Então, é claro, o que eles propõem é desagradável, +desagradável, e o próximo é mais desagradável. Então, eles tentaram +processar adolescentes por centenas de milhares de dólares. Isso foi muito +desagradável. E eles tentaram transformar nossa tecnologia contra nós, +Gestão Digital de Restrições (<abbr title="Digital Restrictions +Management">DRM</abbr>), ou seja, algemas digitais.</p> + +<p>Mas entre as pessoas também havia programadores inteligentes também, que +encontraram maneiras de quebrar as algemas. Assim, por exemplo, os DVDs +foram projetados para ter filmes criptografados em um formato secreto de +criptografia, e a ideia era que todos os programas para descriptografar o +vídeo seriam proprietários com algemas digitais. Todos eles seriam +projetados para restringir os usuários. E o esquema deles funcionou bem por +um tempo. Mas algumas pessoas na Europa descobriram a criptografia e +lançaram um programa livre que poderia realmente reproduzir o vídeo em um +DVD.</p> + +<p>Bem, as empresas de filmes não deixaram isso para lá. Elas foram ao +congresso americano e compraram uma lei que tornava esse software ilegal. Os +Estados Unidos inventaram a censura de software em 1998, com a <i +lang="em">Digital Millennium Copyright Act (DMCA)</i>. Portanto, a +distribuição desse programa livre foi proibida nos Estados +Unidos. Infelizmente não parou com os Estados Unidos. A União Europeia +adotou uma diretiva, em 2003 salvo engano, exigindo tais leis. A diretriz +diz apenas que a distribuição comercial deve ser proibida, mas quase todos +os países da União Europeia adotaram uma lei mais nefasta. Na França, a mera +posse de uma cópia desse programa é uma ofensa punida com prisão, graças a +Sarkozy. Eu acredito que isso foi feito pela lei DADVSI<sup><a +href="#TransNote1" id="TransNote1-rev">1</a></sup>. Eu acho que ele esperava +que com um nome impronunciável, as pessoas não seriam capazes de +criticá-lo. [risadas]</p> + +<p>Então, as eleições estão chegando. Pergunte aos candidatos dos partidos: +você vai revogar a DADVSI? E se não, não os apoie. Você não deve desistir do +território moral perdido para sempre. Você tem que lutar para +reconquistá-lo.</p> + +<p>Então, ainda estamos lutando contra as algemas digitais. A Amazon Swindle +tem algemas digitais para tirar as liberdades tradicionais dos leitores para +fazer coisas como: dar um livro a outra pessoa ou emprestar um livro a outra +pessoa. Esse é um ato social de importância vital. É isso que constrói a +sociedade entre as pessoas que leem, emprestam livros. A Amazon não quer +deixar as pessoas emprestarem livros livremente. E depois também está +vendendo um livro, talvez para uma livraria usada. Você não pode fazer isso +também.</p> + +<p>Pareceu por algum tempo que o DRM havia desaparecido na música, mas agora +eles estão trazendo de volta serviços de <i lang="en">streaming</i> como o +Spotify. Todos esses serviços exigem software cliente proprietário, e o +motivo é que eles podem colocar algemas digitais nos usuários. Então, +rejeite-os! Eles já mostraram abertamente que você não pode confiar neles, +porque primeiro eles disseram: “Você pode ouvir o quanto quiser”. E então +eles disseram: “Oh, não! Você só pode ouvir um certo número de horas por +mês”. A questão não é se essa mudança em particular foi boa ou ruim, justa +ou injusta; o ponto é que eles têm o poder de impor qualquer mudança nas +políticas. Então, não deixe que eles tenham esse poder. Você deve ter sua +<em>própria</em> cópia de qualquer música que queira ouvir.</p> + +<p>E então veio o próximo ataque à nossa liberdade: HADOPI<sup><a +href="#TransNote2" id="TransNote2-rev">2</a></sup>, basicamente punição por +acusação. Foi iniciado na França, mas foi exportado para muitos outros +países. Os Estados Unidos agora exigem políticas tão injustas em seus +tratados de exploração livre. Há alguns meses, a Colômbia adotou tal lei sob +ordens de seus mestres em Washington. É claro que os de Washington não são +os verdadeiros mestres, são apenas os que controlam os Estados Unidos em +nome do Império. Mas são eles que também ditam a Colômbia em nome do +Império.</p> + +<p>Na França, uma vez que o Conselho Constitucional se opôs a punir +explicitamente as pessoas sem julgamento, inventaram um tipo de julgamento +que não é real, é apenas uma forma de julgamento, na qual eles possam +<em>fingir</em> que as pessoas têm um julgamento antes de serem punidas. Mas +outros países não se incomodam com isso, aplicando-se punição explícita na +simples acusação. O que significa que, para o bem da guerra contra o +compartilhamento, estão preparados para abolir os princípios básicos da +justiça. Isso mostra quão completamente antiliberdade e antijustiça eles +são. Estes não são governos legítimos.</p> + +<p>E tenho certeza que eles vão ter ideias mais desagradáveis porque são pagos +para derrotar as pessoas, não importa o que for preciso. Agora, quando fazem +isso, sempre dizem que é para o bem de artistas e que eles têm que +“proteger” os “criadores”. Agora esses são ambos termos de propaganda. Estou +convencido de que a razão pela qual eles amam a palavra “criadores” é porque +é uma comparação com uma divindade. Eles querem que pensemos em artistas +como super-humanos, e assim merecendo privilégios especiais e poder sobre +nós, algo com o qual eu discordo.</p> + +<p>Na verdade, os únicos artistas que se beneficiam muito deste sistema são as +grandes estrelas. Os outros artistas estão sendo esmagados pelos pés dessas +mesmas empresas. Mas eles tratam as estrelas muito bem, porque as estrelas +têm muita influência. Se uma estrela ameaça se mudar para outra empresa, a +empresa diz: “Oh, nós vamos dar o que você quer”. Mas para qualquer outro +artista, eles dizem: “Você não importa, podemos tratá-lo como quisermos”.</p> + +<p>Assim, os <i lang="en">superstars</i> foram corrompidos pelos milhões de +dólares ou euros que recebem, ao ponto de fazerem quase tudo por mais +dinheiro. Por exemplo, J. K. Rowling é um bom exemplo. J. K. Rowling, há +alguns anos, foi ao tribunal no Canadá e obteve uma ordem para que as +pessoas que compraram seus livros não os lessem. Ela obteve uma ordem +dizendo às pessoas para não lerem seus livros!</p> + +<p>Veja o que aconteceu. Uma livraria colocou os livros em exposição à venda +muito cedo, antes da data em que eles deveriam ser colocados à venda. E as +pessoas entraram na loja e disseram: “Oh, eu quero isso!” E eles compraram e +tiraram suas cópias. E então, eles descobriram o erro, então tiraram as +cópias de vista. Mas Rowling queria esmagar qualquer circulação de qualquer +informação desses livros, então ela foi ao tribunal, e o tribunal ordenou +que aquelas pessoas não lessem os livros que eles agora possuíam.</p> + +<p>Em resposta, peço um boicote total a Harry Potter. Mas eu não digo que você +não deveria ler os livros ou assistir aos filmes, eu só digo que você não +deveria comprar os livros ou pagar pelos filmes. [risadas] Deixo para +Rowling dizer às pessoas para não lerem os livros. Tanto quanto eu estou +preocupado, se você emprestar o livro e lê-lo, tudo bem. [risadas] Só não dê +dinheiro a ela! Mas isso aconteceu com os livros de papel. O tribunal +poderia fazer esse pedido, mas não conseguiu recuperar os livros das pessoas +que os compraram. Imagine se eles fossem ebooks. Imagine se eles fossem +ebooks no Swindle. A Amazon poderia enviar comandos para apagá-los.</p> + +<p>Então, eu não tenho muito respeito por estrelas que vão tão longe por mais +dinheiro. Mas a maioria dos artistas não é assim, eles nunca receberam +dinheiro suficiente para serem corrompidos. Porque o atual sistema de <i +lang="en">copyright</i> financia muito mal a maioria dos artistas. E assim, +quando essas empresas exigem expandir a guerra contra o compartilhamento, +supostamente pelo bem dos artistas, sou contra o que eles querem, mas eu +gostaria de financiar melhor os artistas. Eu aprecio a obra deles e percebo +que, se quisermos que artistas façam mais obra, devemos financiá-los.</p> + +<h3 id="arts">Financiamento das artes</h3> + +<p>Eu tenho duas propostas de como financiar artistas, métodos que são +compatíveis com compartilhamento, que nos permitiriam acabar com a guerra +contra o compartilhamento e ainda financiar artistas.</p> + +<p>Um método usa dinheiro de impostos. Recebemos uma certa quantia de fundos +públicos para distribuir entre os artistas. Mas, quanto deve receber cada +artista? Bem, nós temos que medir popularidade. Você vê, o sistema atual +supostamente financia artistas com base em sua popularidade. Então, eu estou +dizendo: vamos manter isso, vamos continuar neste sistema para apoiá-los com +base em sua popularidade. Podemos medir a popularidade de todos os artistas +com algum tipo de pesquisa ou amostragem, para que não tenhamos que fazer +vigilância. Podemos respeitar o anonimato das pessoas.</p> + +<p>Tudo bem. Temos uma imagem de popularidade para cada artista, como +convertemos isso em uma quantia de dinheiro? Bem, a maneira óbvia é: +distribuir o dinheiro em proporção à popularidade. Então, se A é mil vezes +mais popular que B, A receberá mil vezes mais dinheiro do que B. Isso não é +uma distribuição eficiente do dinheiro. Não está colocando o dinheiro em bom +uso. Você vê, é fácil para uma estrela A ser mil vezes mais popular que um +artista bem-sucedido B. E se usarmos uma proporção linear, daremos a A mil +vezes mais dinheiro do que damos B. E isso significa que ou temos que tornar +A tremendamente rico, ou não estamos apoiando B o suficiente.</p> + +<p>Bem, o dinheiro que usamos para enriquecer é deixar de fazer um trabalho +efetivo de apoio às artes; então, é ineficiente. Por isso eu digo: vamos +usar a raiz cúbica. A raiz cúbica parece mais ou menos assim. O ponto é: se +A é mil vezes mais popular que B, com a raiz cúbica A obterá dez vezes mais +que B, não mil vezes mais, apenas dez vezes mais. Assim, o uso da raiz +cúbica muda muito do dinheiro das estrelas para os artistas de popularidade +moderada. E isso significa que, com menos dinheiro, podemos financiar +adequadamente um número muito maior de artistas.</p> + +<p>Existem duas razões pelas quais este sistema usaria menos dinheiro do que +pagamos agora. Primeiro de tudo, porque estaria financiando artistas, não +empresas, e segundo porque mudaria o dinheiro das estrelas para os artistas +de popularidade moderada. Agora, seria o caso de que quanto mais popular +você é, mais dinheiro você ganha. E assim a estrela A ainda teria mais que +B, mas não astronomicamente mais.</p> + +<p>Esse é um método e, como não será tanto dinheiro, não importa muito como +recebemos o dinheiro. Poderia ser de um imposto especial sobre a +conectividade com a Internet, poderia ser apenas parte do orçamento geral +que é alocado para essa finalidade. Não nos importamos porque não será tanto +dinheiro, muito menos do que estamos pagando agora.</p> + +<p>O outro método que eu propus é o pagamento voluntário. Suponha que cada +reprodutor tenha um botão que você possa usar para enviar um euro. Muita +gente enviaria; Afinal, não é muito dinheiro. Eu acho que muitos de vocês +podem apertar esse botão todos os dias, para dar um euro a algum artista que +fez um trabalho que você gostou. Mas nada exigiria isso, você não precisaria +ser exigido ou ordenado a enviar o dinheiro; você faria isso porque você +sentiria vontade de fazê-lo. Mas há pessoas que não fariam isso porque são +pobres e não podem dar um euro. E é bom que eles não o deem, não precisamos +espremer dinheiro de pessoas pobres para financiar os artistas. Há pessoas +com um mínimo de recurso suficiente que ficarão felizes em fazê-lo. Por que +você não daria um euro a alguns artistas hoje, se você apreciasse o trabalho +deles? É muito inconveniente dar a eles. Então, minha proposta é remover o +inconveniente. Se a única razão para não dar esse euro é que você teria um +euro a menos, você o faria com bastante frequência.</p> + +<p>Então, essas são minhas duas propostas de como financiar artistas, +incentivando o compartilhamento porque compartilhar é bom. Vamos acabar com +a guerra no compartilhamento, leis como <em>DADVSI</em> e <em>HADOPI</em>, +não são apenas os métodos que eles propõem que são maus, seu propósito é o +mal. É por isso que eles propõem medidas cruéis e draconianas. Eles estão +tentando fazer algo desagradável por natureza. Então, vamos financiar +artistas de outras maneiras.</p> + +<h3 id="rights">Direitos no ciberespaço</h3> + +<p>A última ameaça à nossa liberdade na sociedade digital é o fato de não +termos um direito firme de fazer as coisas que fazemos no ciberespaço. No +mundo físico, se você tem certas visões e quer dar às pessoas cópias de um +texto que defenda essas visões, você é livre para fazê-lo. Você pode até +comprar uma impressora para imprimi-las, e você é livre para entregá-las na +rua, ou você é livre para alugar uma loja e entregá-las lá. Se você quiser +coletar dinheiro para financiar a sua causa, você pode ter apenas uma lata e +as pessoas poderiam colocar dinheiro na lata. Você não precisa obter +aprovação ou cooperação de outra pessoa para fazer essas coisas.</p> + +<p>Mas, na Internet, você <em>precisa</em> de aprovação. Por exemplo, se quiser +distribuir um texto na Internet, você precisa de empresas para ajudá-lo a +fazer isso. Você não pode fazer isso sozinho. Portanto, se você deseja ter +um site, precisa do apoio de um provedor ou de uma empresa de hospedagem e +precisa de um registrador de nomes de domínio. Você precisa deles para +continuar a deixar você fazer o que você está fazendo. Então, você está +fazendo isso efetivamente no sofrimento, não de direito.</p> + +<p>E se você quiser receber dinheiro, você não pode simplesmente segurar uma +lata. Você precisa da cooperação de uma empresa de pagamento. E vimos que +isso torna todas as nossas atividades digitais vulneráveis à +supressão. Aprendemos isso quando o governo dos Estados Unidos lançou um +“ataque distribuído de negação de serviço” (<abbr title="Distributed Denial +of Service">DDoS</abbr>) contra o WikiLeaks. Eu estou fazendo uma +brincadeira aqui porque, na verdade, as palavras “ataque distribuído de +negação de serviço” geralmente se referem a um tipo diferente de ataque. Mas +elas se encaixam perfeitamente com o que os Estados Unidos fizeram. Os +Estados Unidos foram para os vários tipos de serviços de rede dos quais o +WikiLeaks dependia e disseram-lhes para interromper o serviço ao +WikiLeaks. E eles fizeram!</p> + +<p>Por exemplo, o WikiLeaks alugou um servidor virtual da Amazon, e o governo +dos EUA disse à Amazon: “Corte o serviço para o WikiLeaks”. E isso +aconteceu, arbitrariamente. E então, a Amazon tinha certos nomes de domínio, +como wikileaks.org. O governo dos EUA tentou desativar todos esses +domínios. Mas não teve sucesso, alguns deles estavam fora de seu controle e +não foram desligados.</p> + +<p>Então, tinha as empresas de pagamento. Os EUA foram até o PayPal e disseram: +“Pare de transferir dinheiro para o WikiLeaks ou dificultaremos a vida para +você”. E o PayPal cortou pagamentos ao WikiLeaks. E então foi para Visa e +Mastercard e fez com que eles encerrassem pagamentos ao WikiLeaks. Outros +começaram a coletar dinheiro em nome do WikiLeaks e suas contas foram +fechadas também. Mas neste caso, talvez algo possa ser feito. Há uma empresa +na Islândia que começou a coletar dinheiro em nome do WikiLeaks, e assim a +Visa e a Mastercard fecharam sua conta; não podia receber dinheiro de seus +clientes também. E agora, esse negócio está processando Visa e Mastercard +aparentemente, sob a lei da União Europeia, porque a Visa e a Mastercard +juntas têm quase um monopólio. Eles não estão autorizados a negar +arbitrariamente o serviço a ninguém.</p> + +<p>Bem, este é um exemplo de como as coisas precisam ser para todos os tipos de +serviços que usamos na Internet. Se você alugou uma loja para distribuir +declarações do que pensa, ou qualquer outro tipo de informação que possa +distribuir legalmente, o locador não poderia expulsá-lo só porque não gostou +do que estava dizendo. Contanto que você continue pagando o aluguel, você +tem o direito de continuar naquela loja por um determinado período de tempo +que você assinou. Então, você tem alguns direitos que você pode impor. E +eles não podiam desligar sua linha telefônica porque a companhia telefônica +não gostou do que você disse, ou porque alguma entidade poderosa não gostou +do que você disse e ameaçou a companhia telefônica. Não! Contanto que você +pague as contas e obedeça a certas regras básicas, elas não podem desligar +sua linha telefônica. É assim que é ter alguns direitos!</p> + +<p>Bem, se mudarmos nossas atividades do mundo físico para o mundo virtual, +então temos os mesmos direitos no mundo virtual ou fomos +prejudicados. Portanto, a precariedade de todas as nossas atividades na +Internet é a última das ameaças que queria mencionar.</p> + +<p>Agora eu gostaria de dizer que para mais informações sobre software livre, +veja o gnu.org. Veja também fsf.org, que é o site da Free Software +Foundation. Você pode ir lá e encontrar muitas maneiras de nos ajudar, por +exemplo. Você também pode se tornar um membro da Free Software Foundation +através desse site. […] Há também a Free Software Foundation Europe +fsfe.org. Você também pode participar da FSF Europa. […]</p> + +<div class="column-limit"></div> +<h3 id="footnotes" style="font-size: 1.2em">Notas de rodapé</h3> + +<ol> + <li id="f1">Desde 2017, as patentes sobre a reprodução de arquivos MP3 já expiraram.</li> +</ol> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li><p> +<a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> +<i>DADVSI</i> é a abreviação do nome da lei francesa sobre <i +lang="fr">“Droit d'Auteur et Droits Voisins Dans la Société de +L'Information”</i> que significa, em português, “direitos autorais e +direitos relacionados na sociedade informacional”. +</p></li> +<li><p> +<a id="TransNote2" href="#TransNote2-rev" class="nounderline">↑</a> +<i>HADDOP</i> é a abreviação do nome da lei francesa <i lang="fr">“Haute +autorité pour la diffusion des œuvres et la protection des droits sur +Internet”</i>, que significa, em português, “Autoridade Suprema para +Distribuição e Proteção da Propriedade Intelectual na Internet”. +</p></li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. 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Muitos de +nossos programas mais importantes não vêm com manuais +completos. Documentação é uma parte essencial de qualquer pacote de +software; quando um pacote de software livre importante não vem com um +manual livre, isso é um grande buraco. Hoje, nós temos muitos buracos assim.</p> + +<p> +Uma vez, muitos anos atrás, eu pensei que ia aprender Perl. Peguei uma cópia +de um manual livre, mas achei difícil de ler. Quando perguntei usuários de +Perl sobre alternativas, eles me disseram que existiam manuais introdutórios +melhores — mas que não eram livres (não eram respeitadores de liberdades).</p> + +<p> +Por que isso? Os autores dos bons manuais os tinham escrito para O'Reilly +Associates, que os publicou com termos restritivos — era proibido copiar, +modificar, arquivos-fonte não disponíveis — tornando-os não livres e, +portanto, excluindo-os do Mundo Livre.</p> + +<p> +Essa não foi a primeira vez que esse tipo de coisa aconteceu e, para o +grande prejuízo da nossa comunidade, estava longe de ser a última. Editoras +de manuais proprietários seduziram muitos autores a restringir seus manuais +desde então. Várias vezes já ouvi usuários de GNU animadamente me contar +sobre um manual que eles estavam escrevendo, com o qual eles esperam ajudar +o projeto GNU — e então perder minhas esperanças, quando eles me explicavam +que haviam assinado um contrato com uma editora que restringiria o manual, +de tal maneira que não pudéssemos usá-lo.</p> + +<p> +Já que boa escrita em inglês é uma habilidade rara entre programadores, nós +não podemos perder manuais dessa maneira.</p> + +<p> +Documentação livre, assim como software livre, é uma questão de liberdade, +não de preço. O problema com esses manuais não foi que O'Reilly Associates +cobrava um preço por cópias impressas — isso, por si só, não tem +problema. (A Free Software Foundation <a +href="http://shop.fsf.org/category/books/"> também vende cópias +impressas</a> de <a href="/doc/doc.html">manuais GNU</a> livres). Porém, +manuais GNU também estão disponíveis na forma de código-fonte, enquanto +esses manuais só estão disponíveis em papel. Manuais GNU vêm com permissão +para copiar e modificar; os manuais sobre Perl não vêm. Essas restrições são +os problemas.</p> + +<p> +O critério para um manual livre é o mesmo que software livre: é uma questão +de dar a todos usuários certas liberdades. Redistribuição (incluindo +redistribuição comercial) deve ser permitida, para que o manual possa +acompanhar todas as cópias do programa, on-line ou em papel. Permissão para +modificação também é crucial.</p> + +<p> +Como regra geral, eu não acredito que seja essencial que as pessoas tenham +permissão para modificar todo tipo de artigo e livro. As questões de escrita +não são necessariamente as mesmas que as de software. Por exemplo, eu não +acho que você ou eu somos obrigados a dar permissão para modificar artigos +como este, que descreve nossas ações e opiniões.</p> + +<p> +Porém, existe um motivo particular pelo qual a liberdade de modificar é +crucial para documentação de software livre. Quando as pessoas exercem seu +direito de modificar software, e adicionar ou mudar seus recursos, se elas +forem conscientes, elas vão modificar o manual também — para fornecer +documentação precisa e usável com o programa modificado. Um manual que +proíbe os programadores de serem meticulosos ou de finalizar sua tarefa ou, +mais precisamente, requer que eles escrevam novos manuais do zero se eles +alterarem o programa, não preenche as necessidades de nossa comunidade.</p> + +<p> +Enquanto uma proibição completa contra a modificação é inaceitável, certos +tipos de limites no método de modificação não criam nenhum problema. Por +exemplo, não há problemas em exigências de preservar o copyright do autor +original, os termos da distribuição ou a lista de autores. Também não é +problema exigir que versões modificadas incluam um aviso que foram +modificadas, e até ter seções inteiras que não possam ser deletadas ou +modificadas, contanto que essas seções tratem de assuntos não +técnicos. (Alguns manuais GNU as têm)</p> + +<p> +Esses tipos de restrição não são um problema porque, na prática, eles não +impedem o programador consciente de adaptar o manual para o programa +modificado. Em outras palavras, eles não impedem a comunidade do software +livre de aproveitar completamente o manual.</p> + +<p> +Porém, deve ser possível modificar todo o conteúdo <em>técnico</em> do +manual, e daí distribuir o resultado por todos os meios usuais, através de +todos os canais usuais; senão, as restrições obstruem a comunidade, o manual +não é livre, e nós precisamos de outro manual.</p> + +<p> +Infelizmente, é frequentemente difícil encontrar alguém para escrever outro +manual quando um manual proprietário já existe. O obstáculo é que muitos +usuários pensam que um manual proprietário é bom o suficiente — então eles +não veem a necessidade de escrever um manual livre. Eles não veem que o +sistema operacional livre tem um buraco que precisa ser preenchido.</p> + +<p> +Por que será que os usuários pensam que manuais proprietários são +suficientemente bons? Algumas pessoas ainda não consideraram essa +questão. Espero que esse artigo contribua para mudar isso.</p> + +<p> +Outros usuários consideram manuais proprietários aceitáveis pelo mesmo +motivo que tantas pessoas consideram softwares proprietários aceitáveis: +eles julgam em termos puramente imediatistas, sem usar liberdade como +critério. Essas pessoas têm direito às suas opiniões, mas já que essas +opiniões derivam de valores que não incluem a liberdade, elas não são guia +nenhum para aqueles entre nós que valorizamos a liberdade.</p> + +<p> +Por favor, espalhe a palavra sobre essa questão. Nós continuamos a perder +manuais para editoras proprietários. Se nós espalharmos a noção de que +manuais proprietários não são suficiente, talvez a próxima pessoa que queira +ajudar GNU escrevendo documentação perceberá, antes que seja tarde demais, +que ele deve sobre tudo fazê-lo livre.</p> + +<p> +Nós também podemos encorajar editoras comerciais a vender manuais livres, +copylefted, ao invés de manuais proprietários. Uma maneira que você pode +ajudar é checar os termos de distribuição de um manual antes de comprá-lo, e +preferir manuais copylefted a manuais não copylefted.</p> +<p> +[Nota: Nós mantemos uma <a href="/doc/other-free-books.html">página que +lista livros livres publicados por outras editoras</a>].</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, +2006, 2007, 2009, 2015, 2016, 2019 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Gustavo Lacerda +<a href="mailto:gus@optimizelife.com"><gus@optimizelife.com></a>, 2011 +<br /> +Rafael Fontenelle +<a href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2016-2019</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-even-more-important.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-even-more-important.html new file mode 100644 index 0000000..f151e9f --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-even-more-important.html @@ -0,0 +1,404 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/free-software-even-more-important.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Software Livre é Ainda Mais Importante Agora - Projeto GNU - Fundação do +Software Livre</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/free-software-even-more-important.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Software Livre é Ainda Mais Importante Agora</h2> + +<p class="byline">por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></p> + +<p><em>Uma versão substancialmente editada deste artigo foi publicada em <a +href="http://www.wired.com/opinion/2013/09/why-free-software-is-more-important-now-than-ever-before">Wired</a>.</em></p> + +<div class="announcement"> +<p> +<a href="/help/help.html">Maneiras sugeridas para você ajudar o movimento do +software livre</a> +</p> +</div> +<hr class="thin" /> + +<p>Desde 1983, o Movimento do Software Livre defende a liberdade dos usuários +de computador — para que os usuários possam controlar o software que usam, e +não o contrário. Quando um programa respeita a liberdade e comunidade dos +usuários, o chamamos de “software livre” (do inglês, “free software”).</p> + +<p>Às vezes nós também o chamamos de “software libre” (do inglês, “libre +software”) para enfatizar que estamos falando de liberdade, não de +preço<sup><a href="#TransNote1">1</a></sup>. Alguns programas proprietários +(não livres), tais como o Photoshop, são muito caros; outros, como o Flash +Player, estão disponíveis gratuitamente — mas isso é um pequeno detalhe. De +qualquer maneira, eles dão ao desenvolvedor do programa poder sobre os +usuários, poder que ninguém deveria ter.</p> + +<p>Esses dois programas não livres têm algo mais em comum: ambos são +<em>malwares</em>. Ou seja, ambos têm funcionalidades concebidas para +maltratar o usuário. O software proprietário hoje em dia é muitas vezes +malware porque <a href="/proprietary/proprietary.html">o poder dos +desenvolvedores os corrompem</a>. Este diretório lista cerca de 450 +funcionalidades maliciosas diferentes (até janeiro de 2020), mas com certeza +é apenas a ponta do iceberg.</p> + +<p>Com o software livre, os usuários controlam o programa, tanto individual +como coletivamente. Então, eles controlam o que seus computadores fazem +(supondo que esses computadores são <a +href="/philosophy/loyal-computers.html">leais</a> e fazem o que os programas +dos usuários dizem-lhes para fazer).</p> + +<p>Com o software proprietário, o programa controla os usuários e alguma outra +entidade (o desenvolvedor ou “proprietário”) controla o programa. Assim, o +programa proprietário dá ao seu desenvolvedor poder sobre seus usuários. +Isso é injusto por si só; além disso, isso instiga o desenvolvedor a +maltratar os usuários de outras maneiras.</p> + +<p>Mesmo quando software proprietário não é diretamente malicioso, seus +desenvolvedores possuem um incentivo para torná-lo <a +href="https://observer.com/2016/06/how-technology-hijacks-peoples-minds%E2%80%8A-%E2%80%8Afrom-a-magician-and-googles-design-ethicist/"> +viciante, controlador e manipulativo</a>. Você pode dizer, assim como o +autor daquele artigo, que os desenvolvedores possuem uma obrigação ética de +não fazer isso, mas geralmente eles seguem seus interesses. Se você deseja +que isso não aconteça, certifique-se de que o programa é controlado por seus +usuários.</p> + +<p>Liberdade significa ter controle sobre a sua própria vida. Se você usa um +programa para realizar atividades em sua vida, sua liberdade depende do +controle que você tem sobre o programa. Você merece ter o controle sobre os +programas que você usa, e ainda mais quando você os usa para algo importante +na sua vida.</p> + +<p>O controle dos usuários sobre o programa requer quatro <a +href="/philosophy/free-sw.html">liberdades essenciais</a>. +</p> + +<div class="important"> +<p>(0) A liberdade de executar o programa como quiser, para qualquer +finalidade.</p> + +<p>(1) A liberdade de estudar o “código fonte” do programa e alterá-lo, de modo +que o programa faça sua informática como você deseja. Os programas são +escritos por programadores em uma linguagem de programação — como o inglês +combinado com álgebra — e essa forma do programa é o “código fonte”. +Qualquer pessoa que conheça programação, e tem o programa em forma de código +fonte, pode ler o código-fonte, compreender o seu funcionamento, e também +alterá-lo. Quando tudo que você recebe é a forma executável, uma série de +números que são eficientes para o computador executar, mas extremamente +difíceis para um ser humano compreender, entender e mudar o programa é +proibitivamente difícil.</p> + +<p>(2) A liberdade para fazer e distribuir cópias exatas quando quiser. (Não é +uma obrigação; fazer isso é a sua escolha. Se o programa é livre, isso não +significa que alguém tem a obrigação de oferecer-lhe uma cópia, ou que você +tem a obrigação de oferecê-lo uma cópia. Distribuir um programa sem +liberdade para os usuários é maltratá-los; no entanto, a escolha de não +distribuir o programa — usá-lo em privado — não maltrata ninguém).</p> + +<p>(3) A liberdade para fazer e distribuir cópias de suas versões modificadas, +quando quiser.</p> +</div> + +<p>As duas primeiras liberdades significam que cada usuário pode exercer +controle individual sobre o programa. Com as outras duas liberdades, +qualquer grupo de usuários pode exercer em conjunto <em>controle +coletivo</em> sobre o programa. Com todas as quatro liberdades, os usuários +controlam totalmente o programa. Se alguma delas estiver ausente ou for +insuficiente, o programa é proprietário (não livre), e injusto.</p> + +<p>Outros tipos de obras também são usadas para atividades práticas, +incluindo receitas de cozinha, obras educativas como livros, obras de +referência como dicionários e enciclopédias, fontes para a exibição de +parágrafos de texto, diagramas de circuitos de hardware para as pessoas +construírem e padrões para fazer objetos úteis (não meramente decorativos) +com uma impressora 3D. Uma vez que estes não são software, o movimento do +software livre a rigor não os cobre; mas o mesmo raciocínio se aplica e leva +à mesma conclusão: estas obras devem carregar as quatro liberdades.</p> + +<p>Um programa livre permite que você o modifique para que ele faça o que você +quer (ou deixe de fazer algo que você não gosta). Modificar software pode +parecer ridículo, se você está acostumado com o software proprietário — que +é uma caixa selada, mas no Mundo Livre é uma coisa comum de se fazer, e uma +boa maneira de aprender programação. Até mesmo o passatempo americano +tradicional de modificar carros é obstruído porque agora os carros contêm +software não livre.</p> + +<h3>A Injustiça da Proprietariedade</h3> + +<p>Se os usuários não controlam o programa, o programa controla os usuários. +Com o software proprietário, há sempre alguma entidade, o desenvolvedor ou +“proprietário” do programa, que controla o programa — e através dele, exerce +poder sobre seus usuários. Um programa não livre é um jugo, um instrumento +de poder injusto.</p> + +<p>Em casos revoltantes (embora este ultraje tornou-se bastante usual) <a +href="/proprietary/proprietary.html">programas proprietários são projetados +para espionar os usuários, restringi-los, censurá-los, e abusá-los</a>. Por +exemplo, o sistema operacional das <a +href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">iCoisas</a> da Apple faz +tudo isso, e assim o faz o Windows em dispositivos móveis com chips ARM. +Windows, o firmware de telefones móveis, e o Google Chrome para Windows +incluem uma porta-dos-fundos universal que permite que alguma empresa altere +o programa remotamente sem pedir permissão. O Kindle da Amazon tem uma +porta-dos-fundos que pode apagar livros.</p> + +<p>O uso de software não livre na “internet das coisas” irá transformá-la na <a +href="http://ieet.org/index.php/IEET/more/rinesi20150806">“internet do +telemarketing”</a> e na “internet dos bisbilhoteiros”.</p> + +<p>Com o objetivo de acabar com a injustiça do software não livre, o movimento +do software livre desenvolve programas livres para que os usuários possam se +libertar. Começamos em 1984 a desenvolver o sistema operacional livre <a +href="/gnu/the-gnu-project.html">GNU</a>. Hoje, milhões de computadores +executam GNU, principalmente na <a href="/gnu/gnu-linux-faq.html">combinação +GNU/Linux</a>.</p> + +<p>Distribuir um programa sem liberdade para os usuários maltrata aqueles +usuários; no entanto, a escolha de não distribuir um programa não maltrata +ninguém. Se você escrever um programa e usá-lo em privado, isso não fará +mal aos outros. (Você perde a oportunidade de fazer bem, mas isso não é o +mesmo que fazer mal.) Assim, quando dizemos que todo o software deve ser +livre, queremos dizer que cada cópia deve vir com as quatro liberdades, mas +isso não significa que alguém tem a obrigação de oferecer-lhe uma cópia.</p> + +<h3>Software Não livre e SaaSS</h3> + +<p>Software não livre foi a primeira forma de as empresas assumirem o controle +da computação das pessoas. Hoje em dia, há outra maneira, chamada Serviço +como um Substituto do Software, ou SaaSS (Service as a Software +Substitute). Isso significa deixar o servidor de um terceiro fazer as +tarefas de informática do usuário.</p> + +<p>SaaSS não significa que os programas no servidor são não livres (embora +muitas vezes o são). Mas usar SaaSS causa as mesmas injustiças que usar um +programa não livre: esses são dois caminhos para o mesmo lugar danoso. +Tomemos o exemplo de um serviço de tradução SaaSS: o usuário envia o texto +para o servidor, e o servidor o converte (de inglês para português, por +exemplo) e envia a tradução de volta para o usuário. Agora, o trabalho de +tradução está sob o controle do operador do servidor, em vez do usuário.</p> + +<p>Se você usa SaaSS, o operador do servidor controla sua computação. Isso +exige confiar todos os dados pertinentes ao operador do servidor, que será +forçado a mostrá-lo ao estado também — <a +href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">A quem aquele +servidor realmente serve, afinal?</a></p> + +<h3>Injustiças Primária e Secundária</h3> + +<p>Quando você usa programas proprietários ou SaaSS, antes de tudo você erra +consigo mesmo, porque isso dá a alguma entidade poder injusto sobre você. +Para seu próprio bem, você deve escapar. Isso também fará mal aos outros, +se você fizer uma promessa de que não irá compartilhar. É mal manter essa +promessa, e um mal menor quebrá-la; para ser verdadeiramente correto, você +não deve fazê-la.</p> + +<p>Há casos em que o uso de software não livre coloca pressão diretamente sobre +os outros a fazerem o mesmo. Skype é um exemplo claro: quando uma pessoa +usa o software cliente não livre do Skype, ela requer que outra pessoa +também use esse software — assim, ambos renunciam a sua liberdade. (Google +Hangouts têm o mesmo problema). É errado mesmo sugerir o uso de tais +programas. Devemos nos recusar a usá-los, mesmo que brevemente, mesmo no +computador de outra pessoa.</p> + +<p>Outro dano proveniente do uso de programas não livres e SaaSS é que ele +premia o autor, incentivando um maior desenvolvimento do programa ou +“serviço”, que por sua vez leva ainda mais pessoas a caírem nas mãos da +empresa.</p> + +<p>Todas as formas de dano indireto são ampliados quando o usuário é uma +entidade pública ou uma escola.</p> + +<h3>Software Livre e o Estado</h3> + +<p>Órgãos públicos existem para o povo, não para si mesmos. Quando fazem +informática, eles a fazem para as pessoas. Eles têm o dever de manter o +controle total sobre essa informática para que possam garantir que essa seja +feita corretamente para o povo. (Esta constitui a soberania de informática +do Estado). Eles nunca devem permitir que o controle sobre a informática do +Estado caia em mãos privadas.</p> + +<p>Para manter o controle da informática das pessoas, órgãos públicos não devem +fazê-la com software proprietário (software sob o controle de uma entidade +que não o Estado). E eles não devem confiá-la a um serviço programado e +executado por uma entidade que não o Estado, uma vez que isto seria SaaSS.</p> + +<p>O software proprietário não tem segurança nenhuma em um caso crucial — +contra seu desenvolvedor. E o desenvolvedor pode ajudar outros a atacarem. +<a +href="http://arstechnica.com/security/2013/06/nsa-gets-early-access-to-zero-day-data-from-microsoft-others/">Microsoft +mostra erros do Windows para a NSA</a> (A agência de espionagem digital do +governo dos EUA) antes de corrigi-los. Nós não sabemos se a Apple faz o +mesmo, mas está sob a mesma pressão do governo que a Microsoft. Se o +governo de qualquer outro país usa esse software, isso põe em perigo a +segurança nacional. Você quer que a NSA invada os computadores do seu +governo? Veja nossas <a +href="/philosophy/government-free-software.html">políticas de governo +sugeridas para promover o software livre</a>.</p> + +<h3>Software Livre e Educação</h3> + +<p>Escolas (e isso inclui todas as atividades educacionais) influenciam o +futuro da sociedade através do que elas ensinam. Elas devem ensinar +exclusivamente software livre, de modo a utilizar a sua influência para o +bem. Ensinar um programa proprietário é implantar dependência, o que vai +contra a missão da educação. Através do treinamento no uso de software +livre, escolas irão direcionar o futuro da sociedade para a liberdade, e +ajudar os programadores talentosos a dominar este ofício.</p> + +<p>Elas também irão ensinar aos alunos o hábito de cooperar, ajudando outras +pessoas. Cada classe deve ter esta regra: “Estudantes, essa classe é um +lugar onde nós compartilhamos nosso conhecimento. Se você trouxer software +para a sala de aula, você não deve mantê-lo pra si mesmo. Em vez disso, +você deve compartilhar cópias com o resto da classe — incluindo o código +fonte do programa, no caso que alguém queira aprender. Portanto, trazer +software proprietário para a sala de aula não é permitido, exceto para +praticar engenharia reversa nele”.</p> + +<p>Desenvolvedores proprietários gostariam que nós puníssemos os estudantes +bons o suficiente de coração para compartilhar software e frustrássemos +aqueles curiosos o suficiente para querer mudá-lo. Isto significa uma +educação ruim. Consulte <a +href="/education/">http://www.gnu.org/education/</a> para mais discussões +sobre o uso de software livre nas escolas.</p> + +<h3>Software Livre: Mais do que “Vantagens”</h3> + +<p>Muitas vezes me pedem para descrever as “vantagens” do software livre. Mas +a palavra “vantagens” é muito fraca quando se trata de liberdade. A vida +sem liberdade é opressão, e isso se aplica à informática, bem como a todas +as outras áreas das nossas vidas. Devemos recusar-nos a dar aos +desenvolvedores de programas ou serviços de computação controle sobre a +informática que fazemos. Esta é a coisa certa a se fazer, por razões +egoístas; mas não apenas por razões egoístas.</p> + +<p>Liberdade inclui a liberdade de cooperar com os outros. Negar às pessoas +essa liberdade significa mantê-las divididas, o que é o início de um esquema +para oprimi-las. Na comunidade de software livre, estamos muito conscientes +da importância da liberdade de cooperar, porque nosso trabalho consiste de +cooperação organizada. Se o seu amigo vem lhe visitar e vê você usando um +programa, ele pode pedir uma cópia. Um programa que te impede de +redistribuí-lo, ou diz que você “não deveria fazê-lo”, é anti-social.</p> + +<p>Na informática, a cooperação inclui redistribuir cópias exatas de um +programa a outros usuários. Ela também inclui a distribuição de suas +versões alteradas a eles. Software livre incentiva estas formas de +cooperação, enquanto o software proprietário as proíbe. Ele proíbe a +redistribuição de cópias, e por negar aos usuários o código-fonte, ele os +impede de fazer alterações. SaaSS tem os mesmos efeitos: se a sua +informática é feita através da web no servidor de outra pessoa, pela cópia +de um programa de outra pessoa, você não pode ver ou tocar o software que +faz sua informática, então você não pode redistribuí-lo ou mudá-lo.</p> + +<h3>Conclusão</h3> + +<p>Nós merecemos ter o controle da nossa própria informática; como podemos +ganhar esse controle? Ao rejeitar software não livre nos computadores que +possuímos ou utilizamos regularmente, e rejeitando SaaSS. <a +href="/licenses/license-recommendations.html">Desenvolvendo software +livre</a> (para aqueles de nós que são programadores). Recusando-se a +desenvolver ou promover software não livre ou SaaSS. <a +href="/help/help.html">Espalhando estas ideias aos outros</a>.</p> + +<p>Nós e milhares de usuários têm feito isso desde 1984, que é como nós temos +agora o sistema operacional livre GNU/Linux que qualquer um — programador ou +não — pode usar. Junte-se a nossa causa, como um programador ou um +ativista. Vamos fazer todos os usuários de computador livres.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<h3>Notas do tradutor</h3> +<ol> +<li id="TransNote1">Em inglês o termo “free software” pode significar tanto +“software livre” quanto “software gratuito”, então o termo “libre software” +é usado para se referir inequivocamente ao sentido de liberdade.</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2015, 2017, 2018, 2019, 2020 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: <a href="http://oitofelix.freeshell.org/">Bruno Félix Rezende +Ribeiro</a> <a +href="mailto:oitofelix@gnu.org"><oitofelix@gnu.org></a>, 2015; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2017-2019.<br/> +Revisado por: André Phellip Ferreira <a +href="mailto:werewolf@cyberdude.com"><werewolf@cyberdude.com></a>, +2018-2020.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:21 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-for-freedom.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-for-freedom.html new file mode 100644 index 0000000..3602d0c --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-for-freedom.html @@ -0,0 +1,470 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/free-software-for-freedom.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.79 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Por que “Software Livre” é melhor que “Código Aberto” - GNU Project - Free +Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/free-software-for-freedom.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por que “Software Livre” é melhor que “Código Aberto”</h2> + +<div class="announcement"> +<blockquote><p>Este artigo foi substituído por uma grande reescrita, <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">“Código Aberto” não +compartilha dos objetivos do Software Livre</a>, que é muito melhor. Nós +mantemos esta versão por razões históricas.</p></blockquote> +</div> + +<p> +Enquanto o software livre por qualquer outro nome lhe daria a mesma +liberdade, faz uma grande diferença o nome que usamos: palavras diferentes +<em>transmitem ideias diferentes</em>.</p> + +<p> +Em 1998, algumas pessoas da comunidade de software livre começaram a usar o +termo <a href="https://opensource.org/">“software de código aberto”</a> em +vez de <a href="/philosophy/free-sw.html">“software livre”</a> para +descrever o que eles fazem. O termo “código aberto” <i lang="en">(open +source)</i> rapidamente se tornou associado a uma abordagem diferente, uma +filosofia diferente, valores diferentes e até mesmo um critério diferente +para o qual as licenças são aceitáveis. O movimento Software Livre e o +movimento Código Aberto são hoje <a href="#relationship">movimentos +separados</a> com visões e objetivos diferentes, embora possamos e +trabalhemos juntos em alguns projetos práticos.</p> + +<p> +A diferença fundamental entre os dois movimentos está em seus valores, suas +maneiras de ver o mundo. Para o movimento Código Aberto, a questão de se o +software deve ser código aberto é uma questão prática, e não ética. Como uma +pessoa colocou, “código aberto é uma metodologia de desenvolvimento; o +software livre é um movimento social”. Para o movimento Código Aberto, o +software não livre é uma solução abaixo do ideal. Para o movimento do +Software Livre, o software não livre é um problema social e o software livre +é a solução.</p> + +<h3 id="relationship">Relação entre o movimento de Software Livre e o movimento do Código Aberto</h3> + +<p> +O movimento do Software Livre e o movimento do Código Aberto são como dois +campos políticos dentro da comunidade de software livre.</p> + +<p> +Grupos radicais nos anos 60 desenvolveram uma reputação de facciosismo: as +organizações se dividiram por causa de discordâncias em detalhes da +estratégia e depois trataram umas às outras como inimigos. Ou, pelo menos, +tal é a imagem que as pessoas têm delas, seja ou não verdadeira.</p> + +<p> +A relação entre o movimento Software Livre e o movimento Código Aberto é +exatamente o oposto dessa imagem. Discordamos dos princípios básicos, mas +concordamos mais ou menos nas recomendações práticas. Portanto, podemos e +trabalhamos juntos em muitos projetos específicos. Nós não pensamos no +movimento Código Aberto como um inimigo. O inimigo é <a +href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">o software +proprietário</a>.</p> + +<p> +Nós não estamos contra o movimento Código Aberto, mas não queremos ser +envolvidos com eles. Reconhecemos que eles contribuíram para nossa +comunidade, mas criamos essa comunidade e queremos que as pessoas saibam +disso. Queremos que as pessoas associem nossas conquistas com nossos valores +e nossa filosofia, não com a deles. Queremos ser ouvidos, não obscurecidos +por trás de um grupo com visões diferentes. Para evitar que as pessoas +pensem que somos parte delas, nos esforçamos para evitar o uso da palavra +“aberto” para descrever o software livre, ou seu contrário, “fechado”, ao +falar sobre software não livre.</p> + +<p> +Então, por favor, mencione o movimento do Software Livre quando você fala +sobre o trabalho que fizemos, e o <em>software</em> que desenvolvemos +– como o sistema operacional <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>.</p> + +<h3 id="comparison">Comparando os dois termos</h3> + +<p> +O resto deste artigo compara os dois termos “software livre” e “código +aberto”. Ele mostra por que o termo “código aberto” não resolve nenhum +problema, e de fato cria alguns.</p> + +<h3 id="ambiguity">Ambiguidade</h3> + +<p> +O termo <i lang="en">“free software”</i> tem um problema de ambiguidade: um +significado não intencional, “Software que você pode obter pelo preço zero”, +se encaixa no termo tão bem quanto o significado pretendido, “software que +dá ao usuário certas liberdades”. Abordamos esse problema publicando uma <a +href="/philosophy/free-sw.html"> definição mais precisa de <em>software</em> +livre</a>, mas essa não é uma solução perfeita; ela não consegue eliminar +completamente o problema. Um termo correto sem ambiguidade seria melhor, se +não tivesse outros problemas.</p> + +<p> +Infelizmente, todas as alternativas em inglês têm problemas próprios. Vimos +muitas alternativas sugeridas pelas pessoas, mas nenhuma é tão claramente +“correta” que mudar para ela seja uma boa ideia. Cada substituto proposto +para o “software livre” tem um tipo semelhante de problema semântico, ou +pior – e isso inclui “software de código aberto”.</p> + +<p> +A definição oficial de “software de código aberto”, como publicada pela Open +Source Initiative, está muito próxima da nossa definição de software livre; +no entanto, é um pouco mais flexível em alguns aspectos, e eles aceitaram +algumas licenças que consideramos inaceitavelmente restritivas dos +usuários. No entanto, o significado óbvio para a expressão “software de +código aberto” é “Você pode ver o código-fonte”. Este é um critério muito +mais fraco que o software livre; inclui software livre, mas também alguns +programas <a +href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">proprietários</a>, +incluindo Xv e Qt sob sua licença original (antes da QPL).</p> + +<p> +Esse significado óbvio para “código aberto” não é o significado que seus +defensores pretendem. O resultado é que a maioria das pessoas entende mal o +que esses defensores estão defendendo. Aqui está como o escritor Neal +Stephenson definiu “código aberto”:</p> + +<blockquote><p> +Linux é software de “código aberto”, o que significa, simplesmente, que +qualquer um pode obter cópias de seus arquivos de código-fonte. +</p></blockquote> + +<p> +<!-- The <a href="http://da.state.ks.us/itec/TechArchPt6ver80.pdf"> + state of +Kansas</a> published a similar definition: --> +Eu não acho que ele deliberadamente procurou rejeitar ou contestar a +definição “oficial”. Acho que ele simplesmente aplicou as convenções da +língua inglesa para chegar a um significado para o termo. O estado do Kansas +publicou uma definição semelhante: +</p> + +<blockquote><p> +Faça uso de software de código aberto (OSS). OSS é um software para o qual o +código-fonte é livre e está publicamente disponível, embora os acordos de +licenciamento específicos variem quanto ao que é permitido fazer com esse +código. +</p></blockquote> + +<p> +É claro que o pessoal do código aberto tentaram lidar com isso publicando +uma definição precisa para o termo, assim como fizemos para o “software +livre”.</p> + +<p> +Mas a explicação para o “software livre” é simples – uma pessoa que +compreendeu a ideia de “liberdade de expressão, não cerveja gratuita” não +vai errar de novo. Não existe uma maneira tão sucinta de explicar o +significado oficial de “código aberto” e mostrar claramente porque a +definição natural é a errada.</p> + +<h3 id="fear">Medo de liberdade</h3> + +<p> +O principal argumento para o termo “software de código aberto” é que +“software livre” deixa algumas pessoas inquietas. Isso é verdade: falar +sobre liberdade, sobre questões éticas, sobre responsabilidades e também +sobre conveniência, é pedir às pessoas que pensem sobre coisas que preferem +ignorar. Isso pode desencadear desconforto, e algumas pessoas podem rejeitar +as ideias sobre isso. Não é verdade que a sociedade estaria melhor se +parássemos de falar sobre essas coisas.</p> + +<p> +Anos atrás, os desenvolvedores de software livre notaram essa reação de +desconforto, e alguns começaram a explorar uma abordagem para evitá-la. Eles +concluíram que, ao manter silêncio sobre ética e liberdade e falar apenas +sobre os benefícios práticos imediatos de certos softwares livres, eles +poderiam ser capazes de “vender” o software de forma mais eficaz para +determinados usuários, especialmente comerciais. O termo “código aberto” é +oferecido como uma maneira de fazer mais disso – uma maneira de ser +“mais aceitável para os negócios”. As visões e valores do movimento Código +Aberto derivam dessa decisão.</p> + +<p> +Essa abordagem se mostrou eficaz, em seus próprios termos. Hoje muitas +pessoas estão migrando para o software livre por razões puramente +práticas. Isso é bom, até onde vai, mas isso não é tudo que precisamos +fazer! Atrair usuários para o software livre não é todo o trabalho, apenas o +primeiro passo.</p> + +<p> +Mais cedo ou mais tarde, esses usuários serão convidados a voltar ao +software proprietário por alguma vantagem prática. Inúmeras empresas +procuram oferecer essa tentação e por que os usuários recusariam? Somente se +eles aprenderam a <em>valorizar a liberdade</em> que o software livre lhes +dá, por si só. Cabe a nós espalhar essa ideia – e, para fazer isso, +temos que falar sobre liberdade. Uma certa quantidade da abordagem de +“manter silêncio” para os negócios pode ser útil para a comunidade, mas +também precisamos ter muita conversa sobre liberdade.</p> + +<p> +No momento, temos muito do “manter silêncio”, e não liberdade suficiente +para falar. A maioria das pessoas envolvidas com o software livre fala pouco +sobre liberdade – geralmente porque elas procuram ser “mais aceitáveis +para os negócios”. Distribuidores de software mostram especialmente esse +padrão. Algumas distribuições do sistema operacional <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> adicionam pacotes proprietários +ao sistema livre básico e convidam os usuários a considerarem isso uma +vantagem, em vez de um passo para trás da liberdade.</p> + +<p> +Estamos fracassando em acompanhar o fluxo de usuários de software livre, +deixando de ensinar as pessoas sobre liberdade e nossa comunidade tão rápido +quanto elas entram nela. É por isso que software não livre (que era o Qt +quando se tornou popular) e distribuições de sistemas operacionais +parcialmente não livres, encontram terreno fértil. Parar de usar a palavra +“livre” agora seria um erro; precisamos falar mais, e não menos, sobre +liberdade.</p> + +<p> +Se aqueles que usam o termo “código aberto” atraírem mais usuários para +nossa comunidade, isso é uma contribuição, mas o resto de nós terá que +trabalhar ainda mais para levar a questão da liberdade à atenção desses +usuários. Temos que dizer: “É um software livre e dá liberdade a você!” +– mais e mais alto do que nunca.</p> + +<h3 id="newinfeb">Uma marca registrada ajudaria?</h3> + +<p> +Os defensores do “software de código aberto” tentaram torná-lo uma marca +registrada, dizendo que isso lhes permitiria evitar o uso indevido. Esta +iniciativa foi posteriormente abandonada, sendo o termo muito descritivo +para se qualificar como marca registrada; assim, o status legal de “código +aberto” é o mesmo que o de “software livre”: não há uma restrição +<em>legal</em> para usá-lo. Eu ouvi relatos de várias empresas chamando +pacotes de software “código aberto” mesmo que não se encaixassem na +definição oficial; eu mesmo observei alguns exemplos.</p> + +<p> +Mas teria sido uma grande diferença usar um termo que é uma marca +registrada? Não necessariamente.</p> + +<p> +As empresas também fizeram anúncios que dão a impressão de que um programa é +um “software de código aberto” sem explicitamente dizer isso. Por exemplo, +um anúncio da IBM, sobre um programa que não se encaixava na definição +oficial, dizia isso:</p> + +<blockquote><p> +Como é comum na comunidade de código aberto, os usuários da ... tecnologia +também poderão colaborar com a IBM ... +</p></blockquote> + +<p> +Isso na verdade não dizia que o programa <em>era</em> “código aberto”, mas +muitos leitores não notaram esse detalhe. (Devo observar que a IBM estava +sinceramente tentando tornar este programa software livre e, mais tarde, +adotou uma nova licença para torná-lo software livre e de “código aberto”, +mas quando esse anúncio foi feito, o programa não se qualificava como um +deles.)</p> + +<p> +E aqui está como a Cygnus Solutions, que foi formada para ser uma empresa de +software livre e posteriormente ramificada (por assim dizer) em software +proprietário, anunciou alguns produtos de software proprietários:</p> + +<blockquote><p> +A Cygnus Solutions é líder no mercado de código aberto e acaba de lançar +dois produtos no mercado [GNU/]Linux. +</p></blockquote> + +<p> +Ao contrário da IBM, a Cygnus não estava tentando fazer com que esses +pacotes fossem livres, e os pacotes não chegaram perto de se qualificar como +tal. Mas Cygnus realmente não disse que estes são “softwares de código +aberto”, eles apenas fizeram uso do termo para dar aos leitores descuidados +essa impressão.</p> + +<p> +Essas observações sugerem que uma marca registrada não teria realmente +impedido a confusão que vem com o termo “código aberto”.</p> + +<h3 id="newinnovember">Mal-entendidos(?) de “Código Aberto”</h3> + +<p> +A definição de Código Aberto é clara o suficiente, e está bastante claro que +o programa não livre típico não se qualifica. Então, você pensaria que uma +“empresa de Código Aberto” significaria uma empresa cujos produtos são +software livre (ou próximo a ele), certo? Infelizmente, muitas empresas +estão tentando dar um significado diferente.</p> + +<p> +No encontro “Open Source Developers Day” em agosto de 1998, vários +desenvolvedores comerciais disseram que pretendem fazer apenas parte de seu +trabalho software livre (ou “código aberto”). O foco de seus negócios está +no desenvolvimento de complementos proprietários (software ou <a +href="/philosophy/free-doc.html">manuais</a>) para vender aos usuários deste +software livre. Eles nos pedem para considerar isso como legítimo, como +parte de nossa comunidade, porque parte do dinheiro é doado para o +desenvolvimento de software livre.</p> + +<p> +Na prática, essas empresas buscam obter o favorável selo de “código aberto” +para seus produtos de software proprietários – mesmo que esses não +sejam “softwares de código aberto”, porque eles têm alguma relação com o +software livre ou porque a mesma empresa também mantém algum software +livre. (Um fundador de empresa disse explicitamente que eles colocariam, no +pacote livre que eles apoiam, o mínimo do trabalho que a comunidade +exigiria.)</p> + +<p> +Ao longo dos anos, muitas empresas contribuíram para o desenvolvimento de +software livre. Algumas dessas empresas desenvolveram principalmente +software não livre, mas as duas atividades eram separadas; Assim, poderíamos +ignorar seus produtos não livres e trabalhar com eles em projetos de +software livre. Então poderíamos sinceramente agradecê-las depois por suas +contribuições de software livre, sem falar sobre o resto do que elas +fizeram.</p> + +<p> +Não podemos fazer o mesmo com essas novas empresas, porque elas não +deixarão. Essas empresas convidam ativamente o público a reunir todas as +suas atividades; elas querem que consideremos seu software não livre tão +favoravelmente quanto consideramos uma contribuição real, embora não seja +uma. Elas se apresentam como “empresas de código aberto”, esperando que +tenhamos um sentimento caloroso para com elas, e que nós nos confundiremos +em utilizar seus produtos.</p> + +<p> +Essa prática manipulativa não seria menos prejudicial se fosse feita usando +o termo “software livre”. Mas as empresas não parecem usar o termo “software +livre” dessa maneira; talvez sua associação com o idealismo pareça +inadequada. O termo “código aberto” abriu a porta para isso.</p> + +<p> +Em uma feira no final de 1998, dedicada ao sistema operacional muitas vezes +referido como <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">“Linux”</a>, o orador em +destaque era um executivo de uma empresa de software proeminente. Ele +provavelmente foi convidado por conta da decisão de sua empresa de “apoiar” +esse sistema. Infelizmente, a forma deles de “apoiar” consiste em lançar +software não livre que funciona com o sistema – em outras palavras, +usar nossa comunidade como mercado, mas não contribuir para isso.</p> + +<p> +Ele disse: “Não há como tornar nosso produto de código aberto, mas talvez +possamos torná-lo código aberto ‘interno’. Se permitirmos que nossa equipe +de suporte ao cliente tenha acesso ao código-fonte, eles poderão corrigir +erros para os clientes, e poderemos fornecer um produto melhor e um serviço +melhor”. (Esta não é uma citação exata, já que eu não escrevi suas palavras, +mas ela mostra a essência.)</p> + +<p> +As pessoas na plateia depois me disseram: “Ele simplesmente não +entende”. Mas é isso? Que ponto ele não conseguiu entender?</p> + +<p> +Ele não entendeu errado o movimento Código Aberto. Esse movimento não diz +que os usuários devem ter liberdade, mas apenas permitir que mais pessoas +olhem para o código-fonte e ajudem a melhorá-lo, tornando o desenvolvimento +mais rápido e melhor. O executivo compreendeu esse ponto completamente; Não +querendo realizar essa abordagem na íntegra, os usuários incluídos, ele +estava pensando em implementá-lo parcialmente, dentro da empresa.</p> + +<p> +O ponto que ele não entendeu é o ponto em que “código aberto” foi concebido +para não levantar: o ponto que os usuários <em>merecem</em> liberdade.</p> + +<p> +Espalhar a ideia de liberdade é um grande trabalho – precisamos da sua +ajuda. É por isso que nos ateremos ao termo “software livre” no Projeto GNU, +para que possamos ajudar nesse trabalho. Se você acha que a liberdade e a +comunidade são importantes para seu próprio bem – não apenas para a +conveniência que elas trazem – junte-se a nós usando o termo “software +livre”.</p> + +<hr /> + +<!-- The archived version is truncated. +<p> + +Joe Barr wrote an article called +<a href="http://web.archive.org/web/20080703140137/http://www.itworld.com/LWD010523vcontrol4">Live and +let license [archived]</a> that gives his perspective on this issue.</p> +--> +<p> +O <a +href="http://ocw.mit.edu/courses/sloan-school-of-management/15-352-managing-innovation-emerging-trends-spring-2005/readings/lakhaniwolf.pdf">artigo +sobre a motivação dos desenvolvedores de software livre</a>, de Lakhani e +Wolf, diz que uma fração considerável deles é motivada pela visão de que o +software deveria ser livre. Isso ocorreu apesar do fato de que eles +pesquisaram os desenvolvedores no SourceForge, um site que não apoia a visão +de que essa é uma questão ética.</p> + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Free +Software, Free Society: The Selected Essays of Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 1998, 1999, 2000, 2001, 2007, 2016 Free Software +Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2019.Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-intro.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-intro.html new file mode 100644 index 0000000..205eccf --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/free-software-intro.html @@ -0,0 +1,154 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/free-software-intro.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Movimento Software Livre - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/free-software-intro.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Movimento Software Livre</h2> + +<p> +As pessoas usam sistemas operacionais de software livre, como o <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>, por vários motivos. Muitos +usuários mudam por razões práticas: porque o sistema é poderoso, porque é +confiável, ou pela conveniência de poder alterar o software para fazer o que +você precisa. +</p> + +<p> +Essas são boas razões – mas há mais em jogo do que apenas +conveniência. O que está em jogo é sua liberdade e sua comunidade. +</p> + +<p> +A ideia do Movimento Software Livre é que os usuários de computador <a +href="/philosophy/why-free.html">merecem a liberdade de formar uma +comunidade</a>. Você deve ter a liberdade de ajudar a si mesmo, alterando o +código-fonte para fazer o que for necessário. E a liberdade de ajudar o +próximo, redistribuindo cópias de programas para outras pessoas. Também a +liberdade de ajudar a construir sua comunidade, publicando versões +aprimoradas para que outras pessoas possam usá-las. +</p> + +<p> +Se um programa é software livre depende principalmente de sua licença. No +entanto, um programa também pode ser não livre porque você não tem acesso ao +seu código-fonte, ou porque o hardware não permite que você coloque uma +versão modificada em uso (isso é chamado de “tivoização”). +</p> + +<p> +Nossa <a href="/philosophy/free-sw.html">definição detalhada</a> de software +livre mostra como avaliamos uma licença para ver se ela torna o programa +software livre. Também temos artigos sobre <a +href="/philosophy/essays-and-articles.html#LicensingFreeSoftware">certas +licenças específicas</a> explicando as vantagens e desvantagens de algumas +licenças que se qualificam e por que outras licenças também são muito +restritivas para se qualificar. +</p> + +<p> +Em 1998, o termo “código aberto” <i lang="en">(open source)</i> foi criado e +associado a <a href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">visões +consideravelmente diferentes das nossas</a>. Essas visões citam apenas as +vantagens práticas do software livre e evitam cuidadosamente as questões +mais profundas de liberdade e solidariedade social que o Movimento do +Software Livre levanta. A ideia de código aberto é boa até onde vai, mas +apenas risca a superfície do problema. Não nos importamos em trabalhar com +os defensores do código aberto em atividades práticas como o desenvolvimento +de software, mas não concordamos com seus pontos de vista e nos recusamos a +operar com o nome deles.</p> + +<p> +Se você acha que a liberdade e a comunidade são importantes por si só, +junte-se a nós com orgulho usando o termo “software livre” e ajude a +espalhar a palavra. +</p> +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. 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De tempos em tempos nós revisamos essa definição, para esclarecê-la +ou para resolver questões mais sutis. Veja a <a href="#History">seção +Histórico</a> abaixo para uma lista de mudanças que afetam a definição de +software livre. +</p> + +<p> +“Código aberto” (ou <i>open source</i>) é algo diferente: tem uma filosofia +muito diferente baseada em valores diferentes. Sua definição prática também +é diferente, mas quase todos os programas de código aberto são de fato +livres. Nós explicamos a diferença em <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">Por que o “Código +Aberto” não compartilha dos objetivos do Software Livre</a>. +</p> +</div> + +<p> +Por “software livre” devemos entender aquele software que respeita a +liberdade e senso de comunidade dos usuários. Grosso modo, isso significa +que <b>os usuários possuem a liberdade de executar, copiar, distribuir, +estudar, mudar e melhorar o software</b>. Assim sendo, “software livre” é +uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, pense em +“liberdade de expressão”, não em “cerveja grátis”. Por vezes chamamos de +“libre software” para mostrar que livre não significa grátis, pegando +emprestado a palavra em francês ou espanhol para “livre”, para reforçar o +entendimento de que não nos referimos a software como grátis. +</p> + +<p> +Nós fazemos campanha por essas liberdades porque todo mundo merece. Com +essas liberdades, os usuários (tanto individualmente quanto coletivamente) +controlam o programa e o que ele faz por eles. Quando os usuários não +controlam o programa, o programa controla os usuários. O desenvolvedor +controla o programa e, por meio dele, controla os usuários. Esse programa +não livre é “proprietário” e, portanto, <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">um instrumento de +poder injusto</a>. +</p> + +<h4> As quatro liberdades essenciais</h4> + +<p> +Um programa é software livre se os usuários possuem as quatro liberdades +essenciais: <a href="#f1">[1]</a> +</p> + +<ul class="important"> + <li>A liberdade de executar o programa como você desejar, para qualquer +propósito (liberdade 0).</li> + <li>A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo às suas +necessidades (liberdade 1). Para tanto, acesso ao código-fonte é um +pré-requisito. + </li> + <li>A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar outros +(liberdade 2). + </li> + <li>A liberdade de distribuir cópias de suas versões modificadas a outros +(liberdade 3). Desta forma, você pode dar a toda comunidade a chance de +beneficiar de suas mudanças. Para tanto, acesso ao código-fonte é um +pré-requisito. + </li> +</ul> + +<p> +Um programa é software livre se ele dá aos usuários todas essas liberdades +de forma adequada. Do contrário, ele é não livre. Enquanto nós podemos +distinguir vários esquemas de distribuição não livres em termos de eles +falham em serem livres, consideramos todos eles igualmente antiéticos.</p> + +<p>Em qualquer cenário, essas liberdades devem ser aplicadas em qualquer código +do qual planejamos fazer uso, ou que levamos outros a fazer uso. Por +exemplo, considere um programa A que automaticamente inicia um programa B +para lidar com alguns casos. Se nós planejamos distribuir A como está, isso +significa que usuários precisarão de B, de forma que nós precisamos julgar +se tanto A quanto B são livres. Porém, se nós planejamos modificar A de +forma que ele não use B, apenas A precisa ser livre; B não é pertinente +àquele planejamento.</p> + +<p> +“Software livre” não significa “não comercial”. Um programa livre deve estar +disponível para uso comercial, desenvolvimento comercial e distribuição +comercial. Desenvolvimento comercial de software livre deixou de ser +incomum; tais software livre comerciais são muito importantes. Você pode ter +pago dinheiro por suas cópias de software livre, ou você pode tê-las obtido +a custo zero, mas independentemente de como você conseguiu suas cópias, você +sempre deve ter a liberdade para copiar e mudar o software, ou mesmo para <a +href="/philosophy/selling.html">vender cópias</a>. +</p> + +<p> +Um programa livre deve oferecer as quatro liberdades a qualquer usuário que +obtenha uma cópia do software, desde que o usuário tenha atendido até o +momento com as condições da licença livre que cobre o software. Colocar +algumas das liberdades fora dos limites para alguns usuários, ou exigir que +os usuários paguem, em dinheiro ou em espécie, para exercê-las, equivale a +não conceder as liberdades em questão e, portanto, torna o programa +não-livre. +</p> + +<h3>Esclarecendo a linha em vários pontos</h3> + +<p>No resto deste artigo, vamos explicar mais precisamente quão longe as várias +liberdades precisam ser estendidas, em várias questões, para um programa ser +livre.</p> + +<h4>A liberdade de executar o programa como você desejar</h4> + +<p> +A liberdade de executar o programa significa que qualquer tipo de pessoa ou +organização é livre para usá-lo em qualquer tipo de sistema computacional, +ou para qualquer tipo de trabalho e propósito, sem que seja necessário +comunicar ao desenvolvedor ou qualquer outra entidade específica. Nessa +liberdade, é o propósito <em>do usuário</em> que importa, não aquele do +<em>desenvolvedor</em>; você, como usuário, é livre para rodar o programa +para seus propósitos e, caso você o distribua a outra pessoa, ela também +será livre para executá-lo com os propósitos dela, mas você não é intitulado +a impor seus propósitos sobre ela. +</p> + +<p> +A liberdade de executar o programa como você deseja significa que você não +está proibido ou impedido de executá-lo. Isso não tem nada a ver com qual +funcionalidade o programa possui, se ele é tecnicamente capaz de funcionar +em qualquer ambiente dado ou se ele é útil para alguma atividade +computacional específica.</p> + +<p>Por exemplo, se o código rejeitar arbitrariamente certos dados +significativos – ou mesmo falhar incondicionalmente – isso pode +tornar o programa menos útil, talvez até mesmo totalmente inútil, mas não +nega aos usuários a liberdade de executar o programa, por isso não entra em +conflito com a liberdade 0. Se o programa for livre, os usuários podem +superar a perda de utilidade, porque as liberdades 1 e 3 permitem que +usuários e comunidades façam e distribuam versões modificadas sem o código +arbitrário de incômodo.</p> + +<h4>A liberdade de estudar o código-fonte e fazer alterações</h4> + +<p> +Para que as liberdades 1 e 3 (a liberdade de modificar e a liberdade de +publicar versões modificadas) façam sentido, você precisa ter acesso ao +código-fonte do programa. Consequentemente, acesso ao código-fonte é uma +condição necessária para o software livre. Código-fonte “obscurecido” não é +código-fonte real e não conta como código-fonte. +</p> + +<p> +A liberdade 1 inclui a liberdade de usar sua versão modificada em lugar da +original. Se um programa é entregue num produto projetado para rodar a +versão de outra pessoa, mas se recusa a rodar a sua — prática conhecida como +“tivoização”<sup><a href="#TransNote1">1</a></sup>, “travamento” ou ainda +(na terminologia perversa de seus praticantes) como “boot seguro” — a +liberdade 1 se torna pretensão vazia ao invés de realidade prática. Esses +binários não são software livre mesmo que o código-fonte a partir do qual +foram compilados seja livre. +</p> + +<p> +Uma maneira importante de modificar um programa é agregar a ele módulos e +sub-rotinas livres. Se a licença do programa diz que você não pode agregar a +ele um módulo com uma licença adequada — por exemplo, se ele requer que você +seja o detentor dos direitos autorais de qualquer código que adicionar — +então essa licença é muito restritiva para ser qualificada como livre. +</p> + +<p> +Se uma modificação constitui ou não um aperfeiçoamento é uma questão +subjetiva. Se o seu direito de modificar um programa é limitado, +fundamentalmente, a mudanças que outra pessoa considere um aperfeiçoamento, +o programa não é livre. +</p> + +<h4>A liberdade de redistribuir se assim desejar: requisitos básicos</h4> + +<p>Liberdade para distribuir (liberdades 2 e 3) significam que você é livre +para redistribuir cópias, modificadas ou não, gratuitamente ou cobrando uma +taxa pela distribuição, a <a href="#exportcontrol">qualquer um, em qualquer +lugar</a>. Ser livre para fazer tudo isso significa (entre outras coisas) +que você não deve ter que pedir ou pagar pela permissão para fazê-lo. +</p> + +<p> +Você também deve ter a liberdade de fazer modificações e usá-las +privativamente ou em seu trabalho ou lazer, sem sequer mencionar que eles +existem. Se publicar suas modificações, você não deve ser obrigado a avisar +ninguém em particular, ou de qualquer modo em particular. +</p> + +<p> +A liberdade 3 inclui a liberdade de publicar quaisquer versões modificadas +como software livre. Uma licença livre também pode permitir outras maneiras +de liberá-las; em outras palavras, ela não tem que ser uma licença <a +href="/copyleft/copyleft.html">copyleft</a>. No entanto, a licença que +requer que modificações sejam não livres não se qualifica como uma licença +livre. +</p> + +<p> +A liberdade de redistribuir cópias deve incluir formas executáveis ou +binárias do programa, bem como o código-fonte, tanto da versão modificada +quanto da inalterada. (Distribuir programas em formato executável é +necessário para sistemas operacionais livres e convenientemente +instaláveis.) Não há problemas se não for possível produzir uma forma +binária ou executável (pois algumas linguagens de programação não suportam +este recurso), mas deve ser concedida a liberdade de se redistribuir nessas +formas caso seja desenvolvido um meio de criá-las. +</p> + +<h4>Copyleft</h4> + +<p> +Certas regras sobre a maneira de distribuir o software são aceitáveis, +quando elas não entram em conflito com as liberdades centrais. Por exemplo, +o <a href="/copyleft/copyleft.html">copyleft</a> (apresentado de maneira +muito simples) é a regra de que, quando redistribuindo um programa, você não +pode adicionar restrições quem neguem as liberdades centrais de outras +pessoas. Essa regra não entra em conflito com as liberdade centrais; na +verdade, ela as protege. +</p> + +<p> +No projeto GNU, nós usamos o copyleft para proteger legalmente as quatro +liberdades para todos. Nós acreditamos que existem razões importantes pelas +quais <a href="/philosophy/pragmatic.html">é melhor usar o +copyleft</a>. Porém, <a +href="/philosophy/categories.html#Non-CopyleftedFreeSoftware">software livre +que não faz uso do copyleft</a> também é ético. Veja <a +href="/philosophy/categories.html">Categorias de Software Livre</a> para uma +descrição de como “software livre” e “copylefted software” e outras +categorias de software se relacionam umas com as outras. +</p> + +<h4>Regras sobre detalhes de empacotamento e distribuição</h4> + +<p> +Regras sobre como empacotar uma versão modificada são aceitáveis, se elas +não limitam substantivamente sua liberdade de liberar versões modificadas, +ou sua liberdade de criar e usar modificações privadamente. Portanto, é +aceitável que uma licença requira que você mude o nome do programa na versão +modificada, remova um logo ou identifique suas modificações como suas. Desde +que esses requerimentos não sejam tão penosos que eles efetivamente sejam um +empecilho à distribuição de suas mudanças, eles são aceitáveis; você já está +fazendo outras modificações ao programa, não terá muitos problemas em fazer +algumas a mais. +</p> + +<p> +Regras que dizem que “se você publicar sua versão de certa maneira, terá de +publicá-la dessa outra também” podem ser também aceitáveis, na mesma +condição. Um exemplo de regra aceitável é uma que diz que se você distribuiu +uma versão modificada e um desenvolvedor anterior pedir por uma cópia, você +deve enviar uma. (Note que tal regra ainda lhe deixa a possibilidade de +distribuir ou não sua versão.) Regras que requerem a liberação do +código-fonte para os usuários para versões que você fez públicas também são +aceitáveis. +</p> + +<p> +Uma questão especial surge quando uma licença requer a mudança do nome pelo +qual o programa é invocado por outros programas. Isso efetivamente cria +obstáculos à publicação de uma versão modificada que possa substituir a +original quando invocada por aqueles outros programas. Esse tipo de +requerimento é aceitável apenas quando existe uma maneira de especificar um +nome substituto, de modo que o programa modificado possa ser invocado.</p> + +<h4>Regulamentações de exportação</h4> + +<p> +Algumas vezes, as <a id="exportcontrol">regulamentações de controle de +exportação</a> governamentais e sanções comerciais podem reprimir sua +liberdade de distribuir cópias de programas +internacionalmente. Desenvolvedores de software não têm o poder para +eliminar ou passar por cima dessas restrições, mas o que eles podem e devem +fazer é se recusar a impô-las como condições para o uso do programa. Dessa +maneira, restrições não irão afetar as atividades e pessoas fora da +jurisdição desses governos. Portanto, licenças de software livre não devem +requerer a obediência a qualquer regulamentações não triviais de exportação +como uma condição para exercer qualquer das liberdades essenciais. +</p> + +<p> +Meramente mencionar a existência de regulamentações de exportação, sem fazer +delas uma condição da licença em si, é aceitável desde que ela não restrinja +os usuários. Se uma regulamentação de exportação é, na verdade, trivial para +o software livre, então exigir ela como condição não é realmente um +problema; porém, é um problema em potencial, já que alteração posterior na +lei de exportação poderia tornar os requerimentos em não triviais e, +portanto, tornar o software não livre. +</p> + +<h4>Considerações legais</h4> + +<p> +Para que essas liberdades sejam reais, elas devem ser permanentes e +irrevogáveis desde que você não faça nada de errado; se o desenvolvedor do +software tiver o poder de revogar a licença, ou adicionar restrições +retroativamente a seus termos, sem que você faça nada errado para dar um +motivo, o software não é livre. +</p> + +<p> +Uma licença livre pode não exigir conformidade com a licença de um programa +não livre. Então, por exemplo, se uma licença exigir de você conformidade +com as licenças de “todos os programas que você use”, no caso de um usuário +que roda programas não livres isso resultaria em exigir conformidade com as +licenças daqueles programas não livres; isso faz da licença não livre. +</p> + +<p> +É aceitável para uma licença livre especificar a lei de qual jurisdição se +aplica, ou onde a litigância deve ser feita, ou ambos. +</p> + +<h4>Licenças baseadas em contratos</h4> + +<p> +A maioria das licenças de software livre são baseadas no copyright, e +existem limites para que tipo de requerimentos podem ser impostos por meio +do copyright. Se uma licença baseada no copyright respeita a liberdade nas +maneiras descritas acima, é improvável que ela possua algum outro tipo de +problema nunca antes antecipado (embora isso ocorra ocasionalmente). No +entanto, algumas licenças de software livre baseadas em contratos e +contratos podem impor uma lista muito maior de restrições possíveis. Isso +significa que existem muitas maneiras nas quais tal licença pode ser +inaceitavelmente restritiva e não livre. +</p> + +<p> +Não podemos listar tudo o que pode acontecer. Se uma licença baseada em +contrato restringe o usuário de uma maneira incomum que as licenças baseadas +no copyright não podem, e que não é mencionada aqui como legítima, nós +teremos que pensar sobre isso, e provavelmente iremos concluir que ela é não +livre. +</p> + +<h4>Use as palavras corretas ao falar sobre software livre</h4> + +<p> +Quando falamos sobre software livre, é melhor evitar termos como “dado” ou +“de graça”, porque estes termos implicam que a questão é o preço, não a +liberdade. Alguns termos comuns como “pirataria” englobam opiniões que nós +esperamos que você não endosse. Veja <a +href="/philosophy/words-to-avoid.html">Palavras e Termos Confusos que é +Melhor Evitar</a> para uma discussão desses termos. Nós também temos uma +lista de <a href="/philosophy/fs-translations.html">traduções apropriadas de +“free software”</a> em várias línguas. +</p> + +<h4>Como nós interpretamos esses critérios</h4> + +<p> +Finalmente, note que os critérios como aqueles exprimidos nessa definição de +software livre requerem cuidadosa deliberação quanto a sua +interpretação. Para decidir se uma licença de software específica se +qualifica como uma licença de software livre, nós a julgamos baseado nesses +critérios para determinar se ela se encaixa no espírito bem como nas +palavras precisas. Se uma licença inclui impensadas, nós a rejeitamos, mesmo +que não tenhamos antecipados o problema nesses critérios. Algumas vezes, +algum requerimento de uma licença cria um problema que requer extensiva +reflexão, incluindo discussões com um advogado, antes que possamos decidir +se o requerimento é aceitável. Quando chegamos a uma conclusão sobre uma +nova questão, nós frequentemente atualizamos estes critérios para tornar +mais fácil determinar se uma certa licença se qualifica ou não. +</p> + +<h4>Consiga ajuda com licenças livres</h4> + +<p> +Se você está interessado em saber se uma licença específica se qualifica +como uma licença de software livre, veja nossa <a +href="/licenses/license-list.html">lista de licenças</a>. Se a licença na +qual você está interessado não está listada, você pode nos perguntar sobre +ela mandando um e-mail para <a +href="mailto:licensing@gnu.org"><licensing@gnu.org></a>. +</p> + +<p> +Se você está considerando escrever uma nova licença, por favor, +primeiramente entre em contato pelo mesmo endereço com a Free Software +Foundation. A proliferação de diferentes licenças de software livre +significa mais trabalho para os usuários entenderem essas licenças; nós +podemos ser capazes de ajudá-lo a encontrar uma licença de software livre +existente que atenda às suas necessidades. +</p> + +<p> +Se isso não for possível, e você realmente precisar de uma nova licença, com +nossa ajuda você pode ter certeza de que a licença realmente é uma licença +de software livre e evitar vários problemas práticos. +</p> + +<h3 id="beyond-software">Além do Software</h3> + +<p> +<a href="/philosophy/free-doc.html">Manuais de software devem ser livres</a> +pelas mesmas razões que software deve ser livre, e porque manuais são, com +efeito, parte do software. +</p> + +<p> +Os mesmos argumentos também fazem sentido para outros tipos de trabalhos de +uso prático — isto é, trabalhos que englobam conhecimento útil, como obras +educativas e de referência. A <a href="http://wikipedia.org">Wikipédia</a> é +o exemplo mais conhecido. +</p> + +<p> +Qualquer tipo de obra <em>pode</em> ser livre, e a definição de software +livre pode ser estendida para a definição de <a +href="http://freedomdefined.org/">obras culturais livres</a>, aplicável a +qualquer tipo de obra. +</p> + +<h3 id="open-source">Código Aberto?</h3> + +<p> +Outro grupo usa o termo “código aberto” (do inglês <em>open source</em>) com +um significado parecido (mas não idêntico) ao de “software livre”. Nós +preferimos o termo “software livre” porque, uma vez que você tenha ouvido +que ele se refere à liberdade ao invés do preço, ele traz à mente a +liberdade. A palavra “aberto” <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">nunca se refere à +liberdade</a>. +</p> +</div> + +<h3 id="History">Histórico</h3> + +<p>De tempos em tempos, revisamos essa Definição de Software Livre. Aqui está +uma lista de mudanças substanciais, juntamente com links para mostrar +exatamente o que foi modificado.</p> + +<ul> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.164&r2=1.165">Versão +1.165</a>: Esclarece que aborrecimentos arbitrários no código não negam a +liberdade 0 e que as liberdades 1 e 3 permitem que os usuários os removam.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.152&r2=1.153">Versão +1.135</a>: Deixa claro que a liberdade de executar o programa significa que +nada impede você de executá-lo.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.140&r2=1.141">Versão +1.141</a>: Esclarece qual código precisa ser livre.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.134&r2=1.135">Versão +1.135</a>: Informa toda situação em que liberdade 0 é a liberdade de +executar o programa desejado.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.133&r2=1.134">Versão +1.134</a>: liberdade 0 não é uma questão de funcionalidade do programa.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.130&r2=1.131">Versão +1.131</a>: Uma licença livre pode não exigir conformidade com uma licença +não livre de um outro programa.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.128&r2=1.129">Versão +1.129</a>: Declara explicitamente que a escolha da lei e escolha de +especificação do foro são permitidas. (Essa sempre foi nossa política.)</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.121&r2=1.122">Versão +1.122</a>: Um requerimento de controle de exportação é um problema rela se o +requerimento for não trivial; do contrário, ele é apenas um problema +potencial.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.117&r2=1.118">Versão +1.118</a>: Esclarecimento: o problema é os limites do seu direito de +modificar, e não quais modificações você fez. E modificações não estão +limitadas a “melhorias”</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.110&r2=1.111">Versão +1.111</a>: Esclarece 1.77 ao adicionar que apenas <em>restrições</em> +retroativas são inaceitáveis. Os detentores dos direitos autorais podem +sempre garantir <em>permissões</em> adicionais de uso do trabalho ao liberar +o trabalho de outra maneira, em paralelo.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.104&r2=1.105">Versão +1.105</a>: Reflete, numa breve afirmação da liberdade 1, a ideia (já +discutida na versão 1.80) de que ela inclui realmente o ato de usar versões +modificadas para seus interesses.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.91&r2=1.92">Versão +1.92</a>: Esclarece que código obscurecido não qualifica como código-fonte.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.89&r2=1.90">Versão +1.90</a>: Esclarece que a liberdade 3 significa o direito de distribuir +cópias que você modificou ou suas versões aperfeiçoadas, não o direito de +participar no desenvolvimento do projeto de outra pessoa.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.88&r2=1.89">Versão +1.89</a>: A liberdade 3 inclui o direito de liberar versões modificadas como +software livre.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.79&r2=1.80">Versão +1.80</a>: A liberdade 1 deve ser prática, não somente teórica, i.e., sem +tivoização.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.76&r2=1.77">Versão +1.77</a>: Esclarece que todas as mudanças retroativas a uma licença são +inaceitáveis, mesmo que ela não seja descrita como uma substituição total.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.73&r2=1.74">Versão +1.74</a>: Quatro esclarecimentos sobre pontos não suficientemente +explícitos, ou expostos em alguns lugares mas não refletidos em todos os +lugares: +<ul> +<li>“Melhorias” não significa que a licença pode substantivamente limitar que +tipo de versões modificadas você pode liberar. A liberdade 3 inclui +distribuir versões modificadas, não somente mudanças.</li> +<li>O direito de agregar módulos existentes se refere àqueles que são +adequadamente licenciados.</li> +<li>Explicitamente expõe a conclusão do argumento sobre o controle de +exportações.</li> +<li>Impor uma mudança de licença constitui revogar uma licença antiga.</li> +</ul> +</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.56&r2=1.57">Versão +1.57</a>: Adiciona a seção “Além do Software”.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.45&r2=1.46">Versão +1.46</a>: Esclarece o propósito de quem é importante na liberdade de +executar o programa para qualquer propósito.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.40&r2=1.41">Versão +1.41</a>: Esclarece a redação sobre licenças baseadas em contratos.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.39&r2=1.40">Versão +1.40</a>: Explica que uma licença livre deve permitir que você use software +livre disponível para criar suas modificações.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.38&r2=1.39">Versão +1.39</a>: Nota que é aceitável que uma licença requeira que você forneça o +código-fonte para versões do software que você colocou em uso público.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.30&r2=1.31">Versão +1.31</a>: Nota que é aceitável que uma licença requeira que você se +identifique como o autor de modificações. Outros esclarecimentos menores por +todos texto.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.22&r2=1.23">Versão +1.23</a>: Discute problemas potenciais relacionados a licenças baseadas em +contratos.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.15&r2=1.16">Versão +1.16</a>: Explica por que a distribuição de binários é importante.</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.10&r2=1.11">Versão +1.11</a>: Nota que uma licença livre pode requerer que você mande uma cópia +das versões que você distribui para desenvolvedores antigos ao ser +requisitado.</li> + +</ul> + +<p>Existem lacunas nos números das versões mostrados acima, pois existem outras +mudanças para essa página que não afetam a definição ou suas +interpretações. Por exemplo, a lista não inclui alterações a comentários, de +formatação, de ortografia, pontuação ou outras partes da página. Você pode +inspecionar a lista completa de mudanças da página pela <a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&view=log">interface +cvsweb</a>.</p> + +<h3 style="font-size:1em">Nota de rodapé</h3> +<ol> +<li id="f1">O motivo para elas estarem numeradas 0, 1, 2 e 3 é histórico. Por volta de +1990, havia três liberdades, numeradas 1, 2 e 3. Então, nós descobrimos que +a liberdade de executar o programa precisava ser mencionada +explicitamente. Ela era claramente mais básica que as outras três, então era +mais adequado ela preceder as outras. Em vez de renumerar as outras, nós +fizemos dela a liberdade 0.</li> +</ol> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li id="TransNote1">“Tivoização” vem do inglês “tivoization”, prática +utilizada pela marca de gravadores de vídeo digital TiVo que, embora +utilizasse software livre, não permitia que usuários executassem versões +modificadas do software em seu hardware.</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1996, 2002, 2004-2007, 2009-2019 Free Software Foundation, +Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Rafael Beraldo +<a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2012; Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017-2019</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/freedom-or-power.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/freedom-or-power.html new file mode 100644 index 0000000..53df6d1 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/freedom-or-power.html @@ -0,0 +1,196 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/freedom-or-power.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Liberdade ou Poder? - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> +<meta http-equiv="Keywords" content="GNU, FSF, Fundação para o Software Livre, Linux, geral, pública, licença, +gpl, licença pública geral, liberdade, software, poder, direitos" /> +<meta http-equiv="Description" content="Neste ensaio, “Liberdade ou Poder?”, Bradley M. Kuhn e Richard M. Stallman +analisam as razões pelas quais o movimento software livre não defende a tão +falada “liberdade de escolher qualquer licença que você deseje para o +software que você escreve”." /> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/freedom-or-power.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Liberdade ou Poder?</h2> + +<p> +por <strong>Bradley M. Kuhn</strong> e <strong>Richard M. Stallman</strong></p> + +<blockquote> +<p>O amor à liberdade é o amor ao próximo; o amor ao poder é o amor a nós +mesmos.<br /> +-- William Hazlitt</p> +</blockquote> + +<p> +No movimento do software livre, nós lutamos por liberdade para os usuários +de software. Nós formulamos nossas visões ao examinar quais liberdades são +necessárias para um bom modo de vida, e para permitir a programas úteis +fomentar uma comunidade de boa vontade, cooperação e colaboração. <a +href="/philosophy/free-sw.html">Nossos critérios para software livre</a> +especificam as liberdades que o usuário de um programa necessita de modo que +ele possa cooperar em uma comunidade. </p> + +<p> +Nós lutamos por liberdade para os programadores assim como para os demais +usuários. A maioria de nós são programadores, e nós queremos liberdade para +nós também. Mas cada um de nós utiliza software escrito por outros, e nós +queremos liberdade quando utilizamos estes softwares, não apenas quando +utilizamos o nosso próprio código. Nós lutamos por liberdade para todos os +usuários, sejam eles programadores frequentes, ocasionais, ou não sejam +programadores em absoluto.</p> + +<p> +Entretanto, uma tão falada liberdade que nós não defendemos é a “liberdade +de escolher qualquer licença que você deseje para o software que você +escreve”. Nós rejeitamos isto porque é na verdade uma forma de poder, não de +liberdade.</p> + +<p> +Esta distinção, frequentemente negligenciada, é crucial. Liberdade é ser +capaz de tomar decisões que afetam principalmente a você mesmo; poder é ser +capaz de tomar decisões que afetam a outros mais do que a você. Se nós +confundirmos poder com liberdade, nós falharemos em sustentar a verdadeira +liberdade.</p> + +<p> +Tornar um programa proprietário é um exercício de poder. A lei de copyright +atual garante ao desenvolvedor de software este poder, de modo que ele e +somente ele pode escolher as regras impostas sobre todos os outros — +relativamente poucas pessoas tomando as decisões básica sobre o software +para todos, tipicamente negando as suas liberdades. Quando os usuários não +tem as liberdades que definem o software livre, elas não podem dizer o que o +software está fazendo, não podem verificar se existem back doors, não podem +monitorar possíveis vírus e vermes, não podem descobrir se informações +pessoais estão sendo enviadas para alguém (ou parar os envios, se elas os +descobrirem). Se ele parar de funcionar, elas não podem consertar; elas tem +que esperar que o desenvolvedor exercer o seu poder de fazer o conserto. Se +ele simplesmente não é o que os usuários necessitavam, eles tem que se +contentar com isso. Elas não podem se ajudar uns aos outros a aperfeiçoar o +software.</p> + +<p> +Os desenvolvedores de software proprietário são em geral empresas. Nós no +movimento do software livre não somos contra as empresas, mas nós já vimos o +que acontece quando uma empresa de software tem a “liberdade” de impor +regras arbitrárias sobre os usuários do software. A Microsoft é um exemplo +notório de como negar as liberdades aos usuários pode causar danos diretos, +mas ela não é o único exemplo. Mesmo quando não há monopólio, o software +proprietário prejudica a sociedade. A escolha de mestres não é liberdade.</p> + +<p> +Discussões sobre direitos e regras para o software foram frequentemente +concentradas apenas nos direitos dos programadores. Poucas pessoas no mundo +programam regularmente, e ainda menos são proprietárias de empresas de +software. Mas todo o mundo desenvolvido hoje necessita e utiliza software, +de modo que os desenvolvedores de software hoje controlam como ele vive, faz +negócios, se comunica e se diverte. As questões políticas e éticas não são +atendidas pelo slogan “liberdade de escolha (somente para os +desenvolvedores)”.</p> + +<p> +Se “o código é lei” <a href="#f1">(1)</a>, então a verdadeira questão que +nós enfrentamos é: quem deveria controlar o código que você utiliza — você, +ou uma pequena elite? Nós acreditamos que você tem o direito de controlar o +software que você utiliza, e dar a você este controle é o objetivo do +software livre. </p> + +<p> +Nós acreditamos que você deveria decidir o que fazer com o software que você +utiliza; entretanto, isto não é o que as leis atuais dizem. As leis atuais +de Copyright nos colocam em posição de poder sobre os usuários do nosso +código, gostemos ou não disto. A resposta ética a esta situação é proclamar +a liberdade para cada usuário, assim como a Lei dos Direitos foi criada para +que o governo exercesse o poder pela garantia da liberdade de todos os +cidadãos. É para isto que serve a <a href="/copyleft/copyleft.html">licença +pública geral GNU</a>: ela coloca você no controle da utilização do +software, enquanto que <a href="/philosophy/why-copyleft.html">protege você +de outros</a> que gostariam de tomar o controle sobre as suas decisões.</p> + +<p> +À medida que mais usuários compreenderem que código é lei, e descobrirem que +eles também desejam liberdade, eles irão ver a importância das liberdades +pelas quais nós lutamos, assim como mais e mais usuários aprenderam a +apreciar o valor prático do software livre que nós desenvolvemos.</p> + +<h4>Notas de Rodapé</h4> + +<a id="f1"></a> William J. Mitchell, <em>City of Bits: Space, Place, and the +Infobahn </em> (Cambridge, Mass.: MIT Press, 1995), p. 111, citado por +Lawrence Lessig em <em>Code and Other Laws of Cyberspace, Version 2.0</em> +(New York, NY: Basic Books, 2006), p. 5. + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Software +Livre, Sociedade Livre: Artigos selecionados de Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2001, 2009 Bradley M. Kuhn and Richard M. Stallman</p> + +<p>A cópia fiel e a distribuição deste artigo completo é permitida em qualquer +meio, desde que esta nota seja preservada.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Fernando Lozano <a +href="mailto:fernando@lozano.eti.br"><fernando@lozano.eti.br></a></div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/fs-motives.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/fs-motives.html new file mode 100644 index 0000000..e82c574 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/fs-motives.html @@ -0,0 +1,194 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/fs-motives.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Motivos para Escrever Software Livre - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/fs-motives.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Motivos para Escrever Software Livre</h2> + +<p>Não cometa o erro de supor que todo o desenvolvimento de software possui um +único motivo. Aqui estão alguns motivos que nós sabemos que influenciam +muitas pessoas a escrever software livre. +</p> + +<dl> +<dt>Diversão</dt> + +<dd>Para algumas pessoas, frequentemente os melhores programadores, escrever +software livre é a melhor forma de diversão, especialmente quando não existe +nenhum chefe para lhe dizer o que fazer.<br /> +Praticamente todos os desenvolvedores de software livre compartilham esse +motivo.</dd> + +<dt>Idealismo político</dt> + +<dd>O desejo de construir um mundo de liberdade e ajudar aos usuários de +computador a escapar do poder dos desenvolvedores de software. +</dd> + +<dt>Ser admirado</dt> + +<dd>Se você escrever um programa bem-sucedido e útil, os usuários irão te +admirar. E isso é muito agradável. +</dd> + +<dt>Reputação profissional</dt> + +<dd>Se você escrever um programa livre bem-sucedido e útil, será o suficiente +para mostrar que você é um bom programador. +</dd> + +<dt>Comunidade</dt> + +<dd>Ser parte de uma comunidade colaborando com outras pessoas em projetos +públicos de software livre é um motivo por muitos programadores.</dd> + +<dt>Educação</dt> + +<dd>Escrever bom software livre é frequentemente uma oportunidade para +dramaticamente melhorar tanto suas habilidades técnicas quanto as sociais; +se você é um professor, encoraje seus estudantes a participar de projetos de +software livre existentes ou organize um novo projeto. Isso provê uma +excelente oportunidade para eles.</dd> + +<dt>Gratidão</dt> + +<dd>Se você tem usado os programas livres da comunidade por anos, e eles têm +sido importantes para o seu trabalho, você se sentirá grato e em dívida com +os desenvolvedores. Quando você escreve um programa que pode ser útil para +muitas pessoas, é sua chance de passar adiante o favor. +</dd> + +<dt>Ódio pela Microsoft</dt> + +<dd> +É um erro <a href="/philosophy/microsoft.html">focar nossas críticas +estreitamente na Microsoft</a>. Certamente a Microsoft é maligna, uma vez +que ela cria software não livre. Ainda pior, geralmente <a +href="/philosophy/proprietary/malware-microsoft.html"> malware</a> em várias +formas incluindo <a href="http://DefectiveByDesign.org">DRM</a>. Mas muitas +outras companhias fazem essas coisas, e o inimigo mais malvado de nossa +liberdade nos dias de hoje é a <a +href="/philosophy/proprietary/malware-apple.html">Apple</a>.<br /> + +Todavia, é fato que muitas pessoas desprezam completamente a Microsoft e +alguns podem contribuir para o software livre baseados nesse sentimento. +</dd> + +<dt>Dinheiro</dt> + +<dd>Um número considerável de pessoas são pagas para desenvolver software livre +ou construíram negócios ao redor dele. +</dd> + +<dt>Querer um programa melhor para usar</dt> + +<dd>As pessoas frequentemente trabalham em aperfeiçoar os programas que usam, +com o fim de torná-lo mais simples e prático. (Alguns analistas não +reconhecem nenhum motivo além desse, mas sua imagem da natureza humana é +muito estreita.) +</dd> + +</dl> + +<p>A natureza humana é muito complexa e é muito comum que uma pessoa tenha +múltiplos motivos simultâneos para uma mesma ação.</p> + +<p>Todas as pessoas são diferentes, e podem existir outros motivos faltando +nessa lista. Se você conhece motivos que não estão listados aqui, por favor, +mande um e-mail para <a +href="mailto:campaigns@gnu.org"><campaigns@gnu.org></a>. Se nós +acreditarmos que existe uma chance de que esses outros motivos influenciem +muitos desenvolvedores, os adicionaremos à lista.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2009 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Rafael Beraldo +<a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2012; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/funding-art-vs-funding-software.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/funding-art-vs-funding-software.html new file mode 100644 index 0000000..e189731 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/funding-art-vs-funding-software.html @@ -0,0 +1,210 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/funding-art-vs-funding-software.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.84 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Financiamento de arte vs. Financiamento de software - Projeto GNU - Free +Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/funding-art-vs-funding-software.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Financiamento de arte vs. Financiamento de software</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> + +<p>Eu propus dois novos sistemas para financiar artistas em um mundo onde +legalizamos o compartilhamento (redistribuição não comercial de cópias +exatas) de obras publicadas. Uma delas é o Estado arrecadar impostos para o +propósito e dividir o dinheiro entre os artistas proporcionalmente à raiz +cúbica da popularidade de cada um (conforme medido por amostras de pesquisa +junto à população). A outra é para cada reprodutor de mídia ter um botão +“doar” para enviar anonimamente uma pequena quantia (talvez 50 centavos, nos +EUA) para artistas cuja obra está sendo ou acabou de ser reproduzida. Esses +financiamentos iriam para artistas, não para as editoras.</p> + +<p>As pessoas muitas vezes se perguntam por que não proponho esses métodos para +software livre. Há uma razão para isso: é difícil adaptá-los a obras livres.</p> + +<p>Na minha opinião, obras destinadas a serem utilizadas para trabalhos +práticos devem ser livre. As pessoas que as usam merecem ter controle sobre +os trabalhos que fazem, o que requer controle sobre as obras que elas usam +para realizá-las, o que requer as quatro liberdades (veja <a +href="/philosophy/free-sw.html"> +http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.html</a>). Obras para trabalhos +práticos incluem recursos educacionais, trabalhos de referência, receitas, +fontes de texto e, é claro, software; essas obras devem ser livres.</p> + +<p>Esse argumento não se aplica a obras de opinião (como esta) ou arte, porque +elas não são projetadas para as pessoas fazerem trabalhos práticos com +elas. Assim, não acredito que essas obras devam ser livres. Devemos +legalizar o compartilhamento delas e usar partes no remix para fazer novas +obras totalmente diferentes, mas isso não inclui publicar versões +modificadas deles. Daqui resulta que, para estas obras, podemos dizer quem +são os autores ou autoras. Cada obra publicada pode especificar a autoria e +a alteração dessas informações pode ser ilegal.</p> + +<p>Esse ponto crucial permite que meus sistemas de financiamento propostos +funcionem. Isso significa que, se você tocar uma música e pressionar o botão +“doar”, o sistema pode ter certeza de quem deve receber sua doação. Da mesma +forma, se você participar da pesquisa que calcula as popularidades, o +sistema saberá a quem creditar com um pouco mais de popularidade porque você +ouviu essa música ou fez uma cópia dela.</p> + +<p>Quando uma música é feita por um conjunto de artistas (por exemplo, vários +músicos e um compositor), isso não acontece por acaso. Tais artistas sabem +que estão trabalhando juntos e podem decidir antecipadamente como dividir a +popularidade que a música mais tarde desenvolve – ou usar as regras +padrão para essa divisão. Este caso não cria nenhum problema para essas duas +propostas de financiamento porque a obra, uma vez feita, não é alterada por +outros.</p> + +<p>No entanto, em um campo de obras livres, uma grande obra pode ter centenas, +até milhares de autores e autoras. Pode haver várias versões com conjuntos +de autores e autoras diferentes e sobrepostos. Além disso, as contribuições +destes diferem em espécie e magnitude. Isso torna impossível dividir a +popularidade da obra entre autores das colaborações de uma maneira que possa +ser justificada como correta. Não é apenas trabalho duro; não é apenas +complexo. O problema levanta questões filosóficas que não têm boas +respostas.</p> + +<p>Considere, por exemplo, o programa livre GNU Emacs. Nossos registros de +contribuições para o código do GNU Emacs estão incompletos no período antes +de começarmos a usar o controle de versão – antes disso, temos apenas +os registros de alterações. Mas vamos imaginar que ainda temos todas as +versões e podemos determinar com precisão qual contribuição do código é +devida a cada uma das centenas de contribuidores. Nós ainda estaríamos +travados.</p> + +<p>Se quiséssemos dar crédito proporcionalmente às linhas de código (ou deveria +ser caracteres?), Então seria simples, uma vez que decidimos como lidar com +uma linha que foi escrita por A e então alterada por B. Mas isso considera +cada linha tão importante quanto todas as outras linhas. Eu tenho certeza +que isso é errado – algumas partes do código fazem trabalhos mais +importantes e outros menos; alguns códigos são mais difíceis de escrever e +outros códigos são mais fáceis. Mas não vejo maneira de quantificar essas +distinções, e desenvolvedores podem argumentar sobre elas para sempre. Eu +poderia merecer algum crédito adicional por ter inicialmente escrito o +programa, e alguns outros podem merecer crédito adicional por ter +inicialmente escrito algumas adições importantes posteriores, mas não vejo +nenhuma maneira objetiva de decidir quanto. Eu não posso propor uma regra +justificável para dividir o crédito de popularidade de um programa como o +GNU Emacs.</p> + +<p>Quanto a pedir a todos os contribuidores para negociar um acordo, não +podemos nem tentar. Houve centenas de colaboradores e não poderíamos +encontrar todos atualmente. Eles contribuíram em um período de 26 anos e +nunca, em momento algum, todas essas pessoas decidiram trabalhar juntas.</p> + +<p>Podemos nem saber os nomes de todos os autores. Se algum código fosse doado +por empresas, não precisaríamos perguntar a quem escreveu esse código.</p> + +<p>Então, o que acontece com as variantes modificadas ou que são <em>forks</em> +do GNU Emacs? Cada um é um caso adicional, igualmente complexo, mas +diferente. Quanto do crédito para tal variante deve ser dado àqueles que +trabalharam nessa variante, e quanto a autores originais do código obtidos +de outras versões do GNU Emacs, outros programas e assim por diante?</p> + +<p>A conclusão é que não há como chegarmos a uma divisão do crédito para o GNU +Emacs e justificá-lo como algo que não seja arbitrário. Mas o Emacs não é um +caso especial; é um exemplo típico. Os mesmos problemas surgiriam para +muitos programas gratuitos importantes e outras obras livres, como as +páginas do Wikipédia.</p> + +<p>Esses problemas são os motivos pelos quais não proponho usar esses dois +sistemas de financiamento em campos como software, enciclopédias ou +educação, onde todas as obras deveriam ser livres.</p> + +<p>O que faz sentido para essas áreas é pedir que as pessoas doem para +<em>projetos</em> para a obra <em>que se propõem a fazer</em>. Esse sistema +é simples.</p> + +<p>A Free Software Foundation pede doações de duas maneiras. Pedimos por <a +href="https://my.fsf.org/donate/"> doações gerais para apoiar a atuação da +fundação</a> e convidamos <a +href="https://my.fsf.org/donate/directed-donations"> doações direcionadas +para determinados projetos específicos</a>. Outras organizações de software +livre também fazem isso.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2013, 2017 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-history.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-history.html new file mode 100644 index 0000000..c3e871c --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-history.html @@ -0,0 +1,204 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/gnu-history.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.84 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Visão Geral do Sistema GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> +<meta name="Keywords" content="GNU, Projeto GNU, FSF, Software Livre, Free Software Foundation, História" /> + +<!--#include virtual="/gnu/po/gnu-history.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Visão Geral do Sistema GNU</h2> + +<p> +O sistema operacional GNU é um sistema de software livre completo, +compatível com o Unix. GNU significa “GNU's Not Unix” (GNU Não é Unix). Ele +é pronunciado como <a href="/gnu/pronunciation.html">uma sílaba com g +forte</a>. <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a> fez o <a +href="/gnu/initial-announcement.html">Anúncio Inicial</a> do Projeto GNU em +setembro de 1983. Uma versão mais longa, chamada de <a +href="/gnu/manifesto.html">Manifesto GNU</a>, foi publicada em março de +1985. O texto tem sido traduzido para várias <a +href="/gnu/manifesto.html#translations">outras línguas</a>.</p> + +<p> +O nome “GNU” foi escolhido porque atende a alguns requisitos; em primeiro +lugar, é um acrônimo recursivo para “GNU's Not Unix”, depois, porque é uma +palavra real e, finalmente, é divertido de falar (ou <a +href="http://www.poppyfields.net/poppy/songs/gnu.html">Cantar</a>).</p> + +<p> +A palavra “livre” em “software livre” se refere à <a +href="/philosophy/free-sw.html">liberdade</a>, não ao preço. Você pode ou +não pagar para obter software do projeto GNU. De qualquer forma, uma vez +que você tenha o software, você tem quatro liberdades específicas ao usá-lo: +a liberdade de executar o programa como você desejar; a liberdade de +copiá-lo e dá-lo a seus amigos e colegas; a liberdade de modificar o +programa como você desejar, por ter acesso total ao código-fonte; a +liberdade de distribuir versões melhoradas e, portanto, ajudar a construir a +comunidade. (Se você redistribuir software do projeto GNU, você pode cobrar +uma taxa pelo ato físico de transferir uma cópia, ou você pode simplesmente +dar cópias de graça.)</p> + +<p> +O projeto que desenvolve o sistema GNU é chamado de “Projeto GNU”. O +Projeto GNU foi concebido em 1983 como uma maneira de trazer de volta o +espírito cooperativo que prevalecia na comunidade de computação nos seus +primórdios — para tornar a cooperação possível novamente ao remover os +obstáculos à cooperação impostos pelos donos de software proprietário.</p> + +<p> +Em 1971, quando Richard Stallman começou sua carreira no MIT, trabalhava em +um grupo que usava exclusivamente <a +href="/philosophy/free-sw.html">software livre</a>. Até mesmo empresas de +informática frequentemente distribuíam software livre. Programadores eram +livres para cooperar uns com os outros, e frequentemente o faziam.</p> + +<p> +Já na década de 1980, quase todo o software era <a +href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">proprietário</a>, o +que significa que ele possuía donos que proibiam e evitavam a cooperação dos +usuários. Isso tornou o Projeto GNU necessário.</p> + +<p> +Todo usuário de computador precisa de um sistema operacional; se não há +nenhum sistema operacional livre, você não pode nem começar a usar um +computador sem recorrer a software proprietário. Dessa forma, o primeiro +item na agenda do software livre tinha de ser um sistema operacional livre.</p> + +<p> +Decidimos criar um sistema operacional compatível com o Unix, porque seu +design geral já era testado e portável, e porque a compatibilidade facilita +que usuários de Unix migrem para o GNU.</p> + +<p> +Um sistema operacional do tipo Unix inclui um kernel, compiladores, +editores, formatadores de texto, clientes de e-mail, interfaces gráficas, +bibliotecas, jogos e muitas outras coisas. Portanto, escrever todo um +sistema operacional é um grande trabalho. Nós começamos em janeiro de +1984. A <a href="http://fsf.org/">Free Software Foundation</a> foi fundada +em outubro de 1985, inicialmente para levantar fundos para ajudar a +desenvolver o GNU.</p> + +<p>Por volta de 1990 nós havíamos encontrado ou escrito todos os componentes +principais, exceto um — o kernel. Então o Linux, um kernel do tipo Unix, +foi desenvolvido por Linus Torvalds em 1991 e transformado em software livre +em 1992. Combinar o Linux com o quase completo sistema GNU resultou num +sistema operacional completo: o sistema GNU/Linux. Estimativas apontam que +dezenas de milhões de pessoas hoje usam sistemas GNU/Linux, tipicamente +através de <a href="/distros/distros.html">distribuições GNU/Linux</a>. A +versão principal do Linux hoje em dia contém firmware não livre; ativistas +do software livre mantém uma versão do Linux modificada e livre, chamada <a +href="http://directory.fsf.org/project/linux">Linux-libre</a>.</p> + +<p> +Entretanto, o Projeto GNU não se limita ao cerne do sistema operacional. +Visamos fornecer todo um espectro de software, o que quer que os usuários +desejem ter. Isso inclui aplicativos. Veja o <a +href="/directory">Diretório de Software Livre</a> para um catálogo de +aplicativos livres.</p> + +<p> +Nós também desejamos fornecer software para usuários que não são +especialistas em computadores. Por esse motivo, nós desenvolvemos um <a +href="http://www.gnome.org/">ambiente gráfico (chamado GNOME)</a> para +ajudar iniciantes a utilizar o sistema GNU.</p> + +<p>Também queremos fornecer jogos e outros programas recreativos. Um grande +número de <a href="http://directory.fsf.org/wiki/Category/Game">jogos +livres</a> já está disponível.</p> + +<p> +Quão longe o software livre pode ir? Não existem limites, exceto quando <a +href="/philosophy/fighting-software-patents.html">leis, tais como o sistema +de patentes, impedem o software livre</a>. O objetivo derradeiro é prover +software livre para fazer tudo aquilo que os usuários de computadores +desejam fazer — e assim tornar o software proprietário algo do passado.</p> + + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003, 2005, 2007, 2009, +2012, 2014, 2017 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Rafael Beraldo +<a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2012</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-linux-faq.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-linux-faq.html new file mode 100644 index 0000000..8716094 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-linux-faq.html @@ -0,0 +1,1671 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/gnu-linux-faq.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.91 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Perguntas frequentes (FAQ) sobre GNU/Linux - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/gnu-linux-faq.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Perguntas frequentes (FAQ) sobre GNU/Linux por Richard Stallman</h2> + +<div class="announcement"> + <blockquote><p>Para aprender mais sobre essa questão, você também pode ler nossa página +sobre <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">Linux e o Projeto GNU</a>, nossa +página sobre <a href="/gnu/why-gnu-linux.html">Por que GNU/Linux?</a> e +nossa página sobre <a href="/gnu/gnu-users-never-heard-of-gnu.html">Usuários +do GNU que nunca ouviram falar do GNU</a>.</p></blockquote> +</div> + +<p> +Quando as pessoas percebem que usamos e recomendamos o nome GNU/Linux para +um sistema que muitas outras chamam apenas “Linux”, elas fazem muitas +perguntas. Aqui estão as perguntas comuns e as nossas respostas.</p> + +<ul> + +<li><a href="#why">Por que vocês chamam o sistema que usamos de GNU/Linux e não +Linux?</a></li> + +<li><a href="#whycare">Por que o nome é importante?</a></li> + +<li><a href="#what">Qual a real relação entre GNU e Linux?</a></li> + +<li><a href="#howerror">Como aconteceu para que a maioria das pessoas chamem o +sistema de “Linux”?</a></li> + +<li><a href="#always">Devemos sempre dizer “GNU/Linux” em vez de “Linux”?</a></li> + +<li><a href="#linuxalone">Linux teria alcançado o mesmo sucesso se não existisse +GNU?</a></li> + +<li><a href="#divide">Não seria melhor para a comunidade se vocês não dividissem +as pessoas com esse pedido?</a></li> + +<li><a href="#freespeech">O projeto GNU não apoia os direitos de liberdade de +expressão do indivíduo de chamar o sistema pelo nome que esse indivíduo +escolher?</a></li> + +<li><a href="#everyoneknows">Já que todo mundo sabe o papel do GNU no +desenvolvimento do sistema, o “GNU/” no nome não estaria implícito?</a></li> + +<li><a href="#everyoneknows2">Já que eu sei o papel do GNU neste sistema, por +que importa qual nome eu uso?</a></li> + +<li><a href="#windows">Encurtar “GNU/Linux” para “Linux” a mesma coisa que +encurtar “Microsoft Windows” para “Windows”?</a></li> + +<li><a href="#tools">GNU não é uma coleção de ferramentas de programação que +foram incluídas no Linux?</a></li> + +<li><a href="#osvskernel">Qual é a diferença entre um sistema operacional e um +kernel?</a></li> + +<li><a href="#house">O kernel de um sistema é como a fundação de uma casa. Como +pode uma casa ser quase completa quando ela não tem uma fundação?</a></li> + +<li><a href="#brain">O kernel não é o cérebro do sistema?</a></li> + +<li><a href="#kernelmost">Escrever o kernel não é a maioria do trabalho em um +sistema operacional?</a></li> + +<li><a href="#nokernel">Um sistema operacional requer um kernel. Já que o +Projeto GNU não desenvolveu um kernel, como o sistema pode ser GNU?</a></li> + +<li><a href="#notinstallable">Como GNU pode ser um sistema operacional, se eu +não consigo obter alguma coisa chamada “GNU” e instalá-la?</a></li> + +<li><a href="#afterkernel">Estamos chamando todo o sistema pelo kernel, +Linux. Não é normal nomear um sistema operacional pelo kernel?</a></li> + +<li><a href="#feel">Outro sistema pode ter “a cara do Linux”?</a></li> + +<li><a href="#long">O programa com “GNU/Linux” é que ele é longo demais. Que tal +recomendar um nome mais curto?</a></li> + +<li><a href="#long1">Que tal chamar o sistema de “GliNUx” (em vez de +“GNU/Linux”)?</a></li> + +<li><a href="#long2">O problema com “GNU/Linux” é que ele é longo demais. Por +que eu deveria me dar o trabalho de dizer “GNU/”?</a></li> + +<li><a href="#long3">Infelizmente, “GNU/Linux” possui cinco sílabas. As pessoas +não usam um termo tão longo. Vocês não deveriam achar um mais curto?</a></li> + +<li><a href="#long4">Stallman não nos pede para chamá-lo de “Richard Matthew +Stallman” o tempo todo. Então, por que nos pedir para dizer “GNU/Linux” toda +vez?</a></li> + +<li><a href="#justgnu">Já que Linux é uma contribuição secundária, seria +incorreto chamar o sistema apenas de “GNU”?</a></li> + +<li><a href="#trademarkfee">Eu teria que pagar uma taxa se eu usar “Linux” no +nome de um produto, e isso também se aplicaria se eu disser +“GNU/Linux”. Seria incorreto se eu usar “GNU” sem “Linux”, para economizar +na taxa?</a></li> + +<li><a href="#many">Muitos outros projetos contribuíram para o sistema como é +hoje; isso inclui TeX, X11, Apache, Perl e muitos mais programas. Os seus +argumentos não implicam que devamos dar-lhes crédito também? (Mas isso +levaria a um nome tão longo que é absurdo.)</a></li> + +<li><a href="#systemd">systemd desempenha um papel importante no sistema +GNU/Linux como é hoje; somos obrigados a chamá-lo GNU/systemd/Linux?</a></li> + +<li><a href="#others">Muitos outros projetos contribuíram para o sistema como +está hoje, mas eles não insistem em chamá-lo de XYZ/Linux. Por que nós +devemos tratar o GNU de forma especial?</a></li> + +<li><a href="#allsmall">GNU é uma fração pequena do sistema hoje em dia, então +por que eu deveria mencioná-lo?</a></li> + +<li><a href="#manycompanies">Muitas empresas contribuíram para o sistema como +está hoje; isso não significa que nós devemos chamá-lo de +GNU/Red Hat/Novell/Linux?</a></li> + +<li><a href="#whyslash">Por que vocês escrevem “GNU/Linux” em vez de “GNU +Linux”?</a></li> + +<li><a href="#pronounce">Como o nome “GNU/Linux” é pronunciado?</a></li> + +<li><a href="#whynoslash">Por que vocês escrevem “GNU Emacs” em vez de +“GNU/Emacs”?</a></li> + +<li><a href="#whyorder">Por que “GNU/Linux” em vez de “Linux/GNU”?</a></li> + +<li><a href="#distronames0">Os desenvolvedores da minha distro a chamam de +“Foobar Linux”, mas isso não diz nada sobre em que o sistema consiste. Por +que eu não deveria chamá-lo na forma como eles querem?</a></li> + +<li><a href="#distronames">Minha distro é chamada “Foobar Linux”; isso não +mostra que ela é realmente Linux?</a></li> + +<li><a href="#distronames1">O nome oficial da minha distro é “Foobar Linux”; não +é errado chamá-la qualquer outra coisa além de “Foobar Linux”?</a></li> + +<li><a href="#companies">Não seria mais efetivo solicitar às empresas como +Mandrake, Red Hat e IBM que chamem suas distribuições de “GNU/Linux” em vez +de solicitar a indivíduos?</a></li> + +<li><a href="#reserve">Não seria melhor reservar o nome “GNU/Linux” para +distribuições que são puramente software livre? Afinal das contas, esse é o +ideal do GNU.</a></li> + +<li><a href="#gnudist">Por que não criar uma distribuição GNU de Linux (sic) e +chamá-la de GNU/Linux?</a></li> + +<li><a href="#linuxgnu">Por que não dizer “Linux é o kernel do GNU” e lançar +alguma versão existente do GNU/Linux sob o nome de “GNU”?</a></li> + +<li><a href="#condemn">O projeto GNU condenou e se opôs ao uso de Linux nos +primeiros dias?</a></li> + +<li><a href="#wait">Por que vocês esperaram tanto antes de solicitar que as +pessoas usassem o nome GNU/Linux?</a></li> + +<li><a href="#allgpled">A convenção GNU/<i>nome</i> deve se aplicada a todos os +programas sob a GPL?</a></li> + +<li><a href="#unix">Já que muito do GNU vem do Unix, a GNU não deveria dar +crédito ao Unix usando “Unix” em seu nome?</a></li> + +<li><a href="#bsd">Eu devo dizer “GNU/BSD” também?</a></li> + +<li><a href="#othersys">Se eu instalar as ferramentas do GNU no Windows, isso +significa que eu estou executando um sistema GNU/Windows?</a></li> + +<li><a href="#justlinux">O Linux não pode ser usado sem o GNU?</a></li> + +<li><a href="#howmuch">Quanto do sistema GNU é necessário para que todo o +sistema seja GNU/Linux?</a></li> + +<li><a href="#linuxsyswithoutgnu">Existem sistemas Linux [sic] completos sem o +GNU?</a></li> + +<li><a href="#usegnulinuxandandroid">É correto dizer “usando Linux” ao se +referir a usar GNU/Linux e usar Android?</a></li> + +<li><a href="#helplinus">Por que não chamar o sistema de “Linux” de qualquer +forma e fortalecer o papel do Linus Torvalds como garoto-propaganda da nossa +comunidade?</a></li> + +<li><a href="#claimlinux">Não é errado rotularmos o trabalho do Linus Torvalds +como GNU?</a></li> + +<li><a href="#linusagreed">O Linus Torvalds concorda que o Linux é apenas o +kernel?</a></li> + +<li><a href="#finishhurd">Por que não finalizar o kernel GNU Hurd, lançar o +sistema GNU como um completo e esquecer a questão de como chamar o +GNU/Linux?</a></li> + +<li><a href="#lost">A batalha já está perdida – a sociedade já tomou sua +decisão e não podemos alterá-la, então por que pensar nisso?</a></li> + +<li><a href="#whatgood">A sociedade já tomou sua decisão e não podemos +alterá-la, então qual o benefício de eu dizer “GNU/Linux”?</a></li> + +<li><a href="#explain">Não seria melhor chamar o sistema de “Linux” e ensinar as +pessoas sua real origem com uma explicação de dez minutos?</a></li> + +<li><a href="#treatment">Algumas pessoas riem de mim quando eu peço que elas +chamem o sistema de GNU/Linux. Por que se sujeitar a esse tratamento?</a></li> + +<li><a href="#alienate">Algumas pessoas lhe condenam quando você solicita que +elas chamem o sistema de GNU/Linux. Vocês não perdem por aliená-las?</a></li> + +<li><a href="#rename">Independente do que vocês contribuíram, é legítimo +renomear o sistema operacional?</a></li> + +<li><a href="#force">Não é errado forçar as pessoas a chamar o sistema de +“GNU/Linux”?</a></li> + +<li><a href="#whynotsue">Por que não processar as pessoas que chamam todo o +sistema de “Linux”?</a></li> + +<li><a href="#BSDlicense">Já que vocês se opuseram ao requisito de propaganda da +licença BSD original de dar crédito para a Universidade da Califórnia, não é +hipocrisia demandar crédito para o projeto GNU?</a></li> + +<li><a href="#require">Vocês não deveriam colocar alguma coisa na GNU GPL para +exigir que as pessoas chamem o sistema de “GNU”?</a></li> + +<li><a href="#deserve">Já que vocês falharam em colocar alguma coisa na GNU GPL +para exigir que as pessoas chamem o sistema de “GNU”, vocês mereceram o que +aconteceu; por que estão reclamando agora?</a></li> + +<li><a href="#contradict">Não seria melhor vocês não contradizerem o que tantas +pessoas acreditam?</a></li> + +<li><a href="#somanyright">Já que muitas pessoas o chamam de “Linux”, isso não o +torna correto?</a></li> + +<li><a href="#knownname">Não é melhor chamar o sistema pelo nome que a maioria +dos usuários já conhecem?</a></li> + +<li><a href="#winning">Muitas pessoas se importam com o que é conveniente ou +quem está ganhando, e não com argumentos de certo ou errado. Vocês não +conseguiriam mais apoio delas seguindo um caminho diferente?</a></li> + +</ul> + +<dl> + +<dt id="why">Por que vocês chamam o sistema que usamos de GNU/Linux e não Linux? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#why">#why</a>)</span></dt> + +<dd>A maioria das distribuições do sistema operacional com base no Linux como +kernel são basicamente versões modificadas do sistema operacional +GNU. Começamos a desenvolver o GNU em 1984, anos antes de Linus Torvalds +começar a escrever seu kernel. Nosso objetivo era desenvolver um sistema +operacional livre e completo. Claro, nós não desenvolvemos todas as partes +nós mesmos – mas nós lideramos o caminho. Desenvolvemos a maioria dos +componentes centrais, formando a maior contribuição única para todo o +sistema. A visão básica também era nossa. +<p> +De forma justa, devemos ter, pelo menos, uma menção mínima.</p> + +<p>Veja <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">Linux e o sistema GNU</a> e <a +href="/gnu/gnu-users-never-heard-of-gnu.html">Usuários do GNU que nunca +ouviram falar do GNU</a> para mais explicação e <a +href="/gnu/the-gnu-project.html">O Projeto GNU</a> para a história.</p> </dd> + +<dt id="whycare">Por que o nome é importante? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#whycare">#whycare</a>)</span></dt> + +<dd>Embora os desenvolvedores do Linux, o kernel, estejam contribuindo para a +comunidade de software livre, muitos deles não se importam com a +liberdade. As pessoas que pensam que todo o sistema é Linux tendem a se +confundir e atribuir a esses desenvolvedores um papel na história da nossa +comunidade que eles realmente não participaram. Em seguida, eles dão um peso +excessivo aos pontos de vista desses desenvolvedores. +<p> +Chamar o sistema de GNU/Linux reconhece o papel que nosso idealismo +desempenhou na construção de nossa comunidade, e <a +href="/gnu/why-gnu-linux.html">ajuda o público a reconhecer a importância +prática desses ideais</a>.</p> +</dd> + +<dt id="what">Qual a real relação entre GNU e Linux? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#what">#what</a>)</span></dt> + +<dd>O sistema operacional GNU e o kernel do Linux são projetos de software +separados que fazem trabalhos complementares. Normalmente eles são +empacotados em uma <a href="/distros/distros.html">distribuição +GNU/Linux</a> e usados em conjunto.</dd> + +<dt id="howerror">Como aconteceu para que a maioria das pessoas chamem o sistema de “Linux”? +<span class="anchor-reference-id">(<a href="#howerror">#howerror</a>)</span></dt> + +<dd>Chamar o sistema de “Linux” é uma confusão que se espalhou mais rapidamente +do que a informação corretiva. +<p> +As pessoas que combinaram o Linux com o sistema GNU não tinham consciência +de que era isso que sua atividade representava. Eles concentraram sua +atenção na peça que era Linux e não perceberam que mais da combinação era o +GNU. Eles começaram a chamá-lo “Linux” embora esse nome não se encaixasse no +que eles tinham. Demorou alguns anos para que percebêssemos o quão +problemático isso era e pedimos às pessoas que corrigissem a prática. Até +então, a confusão teve uma grande vantagem.</p> +<p> +A maioria das pessoas que chamam o sistema de “Linux” nunca ouviu o porquê +disso não estar correto. Eles viram outros usando esse nome e presumiram que +deve estar certo. O nome “Linux” também espalha uma imagem falsa da origem +do sistema, porque as pessoas tendem a supor que a história do sistema era +de tal forma que se encaixasse nesse nome. Por exemplo, elas geralmente +acreditam que seu desenvolvimento foi iniciado por Linus Torvalds em +1991. Essa imagem falsa tende a reforçar a ideia de que o sistema deveria +ser chamado de “Linux”.</p> +<p> +Muitas das perguntas neste arquivo representam as tentativas das pessoas de +justificar o nome que estão acostumados a usar.</p> +</dd> + +<dt id="always">Devemos sempre dizer “GNU/Linux” em vez de “Linux”? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#always">#always</a>)</span></dt> +<dd> +Não sempre – apenas quando você está falando sobre todo o +sistema. Quando você está se referindo especificamente ao kernel, você deve +chamá-lo “Linux”, o nome que seu desenvolvedor escolheu. +<p> +Quando as pessoas chamam todo o sistema de “Linux”, como consequência, eles +chamam todo o sistema com o mesmo nome do kernel. Isso causa muitos tipos de +confusão, porque apenas os especialistas conseguem dizer se uma declaração é +sobre o kernel ou todo o sistema. Ao chamar todo o sistema “GNU/Linux” e +chamar o kernel de “Linux”, evita-se a ambiguidade.</p> +</dd> + +<dt id="linuxalone">Linux teria alcançado o mesmo sucesso se não existisse GNU? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#linuxalone">#linuxalone</a>)</span></dt> + +<dd> +Nesse mundo alternativo, hoje não haveria nada como o sistema GNU/Linux e, +provavelmente, nenhum sistema operacional livre. Ninguém tentou desenvolver +um sistema operacional livre na década de 1980, exceto o Projeto GNU e (mais +tarde) Berkeley CSRG, ao qual o Projeto GNU solicitou especificamente para +começassem a liberar seu código. +<p> +Linus Torvalds foi parcialmente influenciado por um discurso sobre o GNU na +Finlândia em 1990. É possível que, mesmo sem essa influência, ele pudesse +ter escrito um kernel tipo Unix, mas provavelmente não teria sido um +software livre. O Linux tornou-se livre em 1992, quando Linus relançou-o sob +a GNU GPL. (Veja as notas de lançamento para a versão 0.12.)</p> +<p> +Mesmo que Torvalds tivesse lançado o Linux sob outra licença de software +livre, uma kernel livre por si só não teria feito muita diferença para o +mundo. O significado do Linux veio de encaixar em uma estrutura maior, um +sistema operacional livre e completo: o GNU/Linux.</p> +</dd> + +<dt id="divide">Não seria melhor para a comunidade se vocês não dividissem as pessoas com +esse pedido? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#divide">#divide</a>)</span></dt> + +<dd> +Quando pedimos às pessoas que digam “GNU/Linux”, não estamos dividindo +pessoas. Pedimos que dê o crédito do Projeto GNU para o sistema operacional +GNU. Isso não critica ninguém nem empurra ninguém. +<p> +No entanto, há pessoas que não gostam de dizer isso. Às vezes, essas pessoas +nos afastam em resposta. Na ocasião, elas são tão grosseiras que levanta a +dúvida de se elas intencionalmente tentam nos intimidar para nos +silenciar. Não nos silencia, mas tende a dividir a comunidade, então +esperamos que você possa convencê-los a parar.</p> +<p> +No entanto, esta é apenas uma causa secundária de divisão em nossa +comunidade. A maior divisão da comunidade é entre pessoas que apreciam o +software livre como uma questão social e ética e consideram o software +proprietário um problema social (apoiadores do movimento do software livre) +e aqueles que citam apenas benefícios práticos e apresentam software livre +apenas como um eficiente modelo de desenvolvimento (o movimento de código +aberto).</p> +<p> +Este desacordo não é apenas uma questão de nomes – é uma questão de +valores básicos diferentes. É essencial para a comunidade ver e pensar sobre +esse desacordo. Os nomes “software livre” <i>(free software)</i> e “código +aberto” <i>(open source)</i>; são as bandeiras das duas posições. Veja <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">Por que o código aberto +não compartilha dos objetivos do software livre</a>.</p> +<p> +O desacordo sobre os valores alinha parcialmente com a quantidade de atenção +que as pessoas prestam ao papel do Projeto GNU em nossa comunidade. As +pessoas que valorizam a liberdade são mais propensas a chamar o sistema de +“GNU/Linux”, e as pessoas que aprendem que o sistema é “GNU/Linux” são mais +propensas a prestar atenção aos nossos argumentos filosóficos para a +liberdade e a comunidade (e é por isso que a escolha do nome para o sistema +faz uma diferença real para a sociedade). No entanto, o desacordo +provavelmente existiria mesmo se todos conhecessem a verdadeira origem do +sistema e seu próprio nome, porque a questão é real. Ela só pode sumir se +nós, que valorizamos a liberdade, persuadirmos a todos (o que não será +fácil) ou sermos totalmente derrotados (esperemos que não).</p> +</dd> + +<dt id="freespeech">O projeto GNU não apoia os direitos de liberdade de expressão do indivíduo +de chamar o sistema pelo nome que esse indivíduo escolher? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#freespeech">#freespeech</a>)</span></dt> +<dd> +Sim, na verdade, acreditamos que você tenha um direito à liberdade de +expressão para chamar o sistema operacional por qualquer nome que +desejar. Pedimos que as pessoas o chamem de GNU/Linux como uma questão de +justiça ao projeto GNU, para promover os valores de liberdade que o GNU +representa e para informar aos outros que esses valores de liberdade +trouxeram o sistema à existência. +</dd> + +<dt id="everyoneknows">Já que todo mundo sabe o papel do GNU no desenvolvimento do sistema, o +“GNU/” no nome não estaria implícito? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#everyoneknows">#everyoneknows</a>)</span></dt> + +<dd>A experiência mostra que os usuários do sistema e o público que usa +computadores em geral, muitas vezes não sabem nada sobre o sistema GNU. A +maioria dos artigos sobre o sistema não menciona o nome “GNU” ou os ideais +que o GNU representa. <a +href="/gnu/gnu-users-never-heard-of-gnu.html">Usuários do GNU que nunca +ouviram falar do GNU</a> explica ainda mais. +<p> +As pessoas que dizem isso provavelmente são <i>geeks</i> pensando nos +<i>geeks</i> que eles conhecem. Os <i>geeks</i> muitas vezes sabem sobre o +GNU, mas muitos têm uma ideia completamente errada do que é o GNU. Por +exemplo, muitos pensam que é uma coleção de <a +href="#tools">“ferramentas”</a> ou um projeto para desenvolver ferramentas.</p> +<p> +A redação desta questão, que é típica, ilustra outro equívoco comum. Falar +do “papel do GNU” ao desenvolver algo, presume-se que o GNU seja um grupo de +pessoas. O GNU é um sistema operacional. Seria sensato falar sobre o papel +do Projeto GNU nessa ou em alguma outra atividade, mas não em GNU.</p> +</dd> + +<dt id="everyoneknows2">Já que eu sei o papel do GNU neste sistema, por que importa qual nome eu +uso? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#everyoneknows2">#everyoneknows2</a>)</span></dt> + +<dd> +Se suas palavras não refletem seu conhecimento, você não ensina aos +outros. A maioria das pessoas que ouviram falar do sistema GNU/Linux acham +que é “Linux”, que foi iniciado por Linus Torvalds, e que se destinava a ser +“código aberto”. Se você não disser a eles, quem vai? +</dd> + +<dt id="windows">Encurtar “GNU/Linux” para “Linux” a mesma coisa que encurtar “Microsoft +Windows” para “Windows”? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#windows">#windows</a>)</span></dt> + +<dd> +É útil encurtar um nome usado com frequência, mas não se a abreviatura é +enganosa. +<p> +Quase todos em países desenvolvidos realmente sabem que o sistema “Windows” +é feito pela Microsoft, portanto, encurtar “Microsoft Windows” para +“Windows” não engana ninguém quanto à natureza e origem desse +sistema. Encurtar “GNU/Linux” para “Linux” dá a ideia errada de onde o +sistema vem.</p> +<p> +A pergunta em si é enganosa porque o GNU e a Microsoft não são o mesmo tipo +de coisa. A Microsoft é uma empresa; O GNU é um sistema operacional.</p> +</dd> + +<dt id="tools">GNU não é uma coleção de ferramentas de programação que foram incluídas no +Linux? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#tools">#tools</a>)</span></dt> + +<dd> +Pessoas que pensam que o Linux é um sistema operacional completo, se ouvem +sobre o GNU, muitas vezes ficam com uma ideia errada do que é o GNU. Eles +podem pensar que o GNU é o nome de uma coleção de programas – muitas +vezes eles dizem “ferramentas de programação”, uma vez que algumas de nossas +ferramentas de programação se tornaram populares por conta própria. A ideia +de que o “GNU” é o nome de um sistema operacional é difícil de se encaixar +em uma estrutura conceitual na qual esse sistema operacional é rotulado como +“Linux”. +<p> +O projeto GNU foi nomeado em razão do sistema operacional GNU – é o +projeto para desenvolver o sistema GNU. (Veja <a +href="/gnu/initial-announcement.html">o anúncio inicial de 1983</a>.)</p> +<p> +Desenvolvemos programas como GCC, GNU Emacs, GAS, GLIBC, BASH, etc., porque +precisávamos deles para o sistema operacional GNU. GCC, o GNU Compiler +Collection é o compilador que escrevemos para o sistema operacional +GNU. Nós, muitas pessoas que trabalhamos no Projeto GNU, desenvolvemos +Ghostscript, GNUCash, GNU Chess e GNOME para o sistema GNU também.</p> +</dd> + +<dt id="osvskernel">Qual é a diferença entre um sistema operacional e um kernel? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#osvskernel">#osvskernel</a>)</span></dt> + +<dd> +Um sistema operacional, como usamos o termo, significa uma coleção de +programas que são suficientes para usar o computador para fazer uma grande +variedade de trabalhos. Um sistema operacional de propósito geral, para ser +completo, deve lidar com todos os trabalhos que muitos usuários podem querer +fazer. +<p> +O kernel é um dos programas em um sistema operacional – o programa que +aloca os recursos da máquina para os outros programas que estão sendo +executados. O kernel também cuida de iniciar e parar outros programas.</p> +<p> +Para confundir as coisas, algumas pessoas usam o termo “sistema operacional” +para significar “kernel”. Ambos os usos do termo voltam muitos anos. O uso +do “sistema operacional” para significar “kernel” é encontrado em vários +livros didáticos sobre o design do sistema, lá nos anos 80. Ao mesmo tempo, +nos anos 80, o sistema operacional “Unix” foi entendido como incluindo todos +os programas do sistema, e a versão de Berkeley do Unix incluiu jogos +inclusive. Como pretendíamos que o GNU fosse um sistema operacional similar +ao Unix, usamos o termo “sistema operacional” do mesmo jeito.</p> +<p> +Na maioria das vezes, quando as pessoas falam do “sistema operacional Linux” +eles estão usando o “sistema operacional” no mesmo sentido que nós usamos: +eles querem dizer toda a coleção de programas. Se é isso a que você está se +referindo, chame-o de “GNU/Linux”. Se você quer dizer apenas o kernel, então +“Linux” é o nome certo para isso, mas diga “kernel” também para evitar a +ambiguidade sobre qual corpo de software você quer dizer.</p> +<p> +Se você preferir usar algum outro termo, como “distribuição de sistema” para +toda a coleção de programas, em vez de “sistema operacional”, está tudo +bem. Então, você falaria sobre as distribuições do sistema GNU/Linux.</p> +</dd> + +<dt id="house">O kernel de um sistema é como a fundação de uma casa. Como pode uma casa ser +quase completa quando ela não tem uma fundação? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#house">#house</a>)</span></dt> + +<dd> +Um kernel não é muito parecido com a fundação de uma casa porque construir +um sistema operacional não é como construir uma casa. + +<p>Uma casa é construída a partir de muitas pequenas peças gerais que são +cortadas e juntas no local. Elas precisam ser juntadas de baixo para +cima. Assim, quando a fundação não foi construída, nenhuma parte substancial +foi construída; tudo que você tem é um buraco no chão.</p> + +<p> +Em contrapartida, um sistema operacional consiste em componentes complexos +que podem ser desenvolvidos em qualquer ordem. Quando você desenvolveu a +maioria dos componentes, a maior parte do trabalho está concluída. Isso é +muito mais como a Estação Espacial Internacional do que como uma casa. Se a +maioria dos módulos da Estação Espacial estiverem em órbita, mas aguardando +um outro módulo essencial, isso seria como o sistema GNU em 1992. +</p> +</dd> + +<dt id="brain">O kernel não é o cérebro do sistema? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#brain">#brain</a>)</span></dt> + +<dd> +Um sistema de computador não é muito parecido com um corpo humano e nenhuma +parte dele desempenha um papel comparável ao do cérebro em um ser humano. +</dd> + +<dt id="kernelmost">Escrever o kernel não é a maioria do trabalho em um sistema operacional? +<span class="anchor-reference-id">(<a +href="#kernelmost">#kernelmost</a>)</span></dt> + +<dd> +Não, muitos componentes exigem muito trabalho. +</dd> + +<dt id="nokernel">Um sistema operacional requer um kernel. Já que o Projeto GNU não +desenvolveu um kernel, como o sistema pode ser GNU?<span +class="anchor-reference-id">(<a href="#nokernel">#nokernel</a>)</span></dt> + +<dd> +As pessoas que argumentam dessa maneira ao chamar o sistema de “Linux” estão +usando um padrão duplo. Um sistema operacional requer compiladores, +editores, sistemas de janelas, bibliotecas e muito mais — centenas de +programas, para corresponder aos sistemas BSD incluídos em 1983. Como o +Torvalds não desenvolveu nenhum deles, como o sistema pode ser “Linux”? + +<p> +Esse padrão é muito rigoroso, não é o caminho certo para julgar as +contribuições de qualquer colaborador.</p> + +<p> +Linus Torvalds fez uma importante contribuição para o sistema operacional +que usamos; o Projeto GNU começou mais cedo e contribuiu com muito mais. O +nome “GNU/Linux” dá crédito a cada um.</p> +</dd> + +<dt id="notinstallable">Como GNU pode ser um sistema operacional, se eu não consigo obter alguma +coisa chamada “GNU” e instalá-la? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#notinstallable">#notinstallable</a>)</span></dt> + +<dd> +Muitas <a href="/distros/distros.html"> versões empacotadas e instaláveis do +GNU</a> estão disponíveis. Nenhuma delas é chamada simplesmente de “GNU”, +mas o GNU é o que elas basicamente são. + +<p> +Esperávamos lançar o sistema GNU empacotado para instalação, mas este plano +foi ultrapassado por eventos: em 1992 outros já estavam empacotando +variantes do GNU contendo Linux. A partir de 1993, patrocinamos um esforço +para criar uma distribuição GNU/Linux melhor e mais livre, chamada <a +href="/distros/common-distros.html#Debian">Debian GNU/Linux</a>. O fundador +do Debian já havia escolhido esse nome. Nós não pedimos que ele chamasse-o +apenas “GNU” porque esse seria o nome de uma versão do sistema com o kernel +GNU Hurd – que ainda não estava pronto.</p> + +<p> +O kernel GNU Hurd nunca ficou suficientemente pronto; Nós apenas o +recomendamos aos interessados em trabalhar nele. Então, nunca empacotamos o +GNU com o kernel GNU Hurd. No entanto, o Debian empacotou essa combinação +como Debian GNU/Hurd.</p> + +<p> +Agora estamos desenvolvendo um gerenciador avançado de pacotes baseado em +Scheme chamado Guix e uma distribuição de sistema completa com base nele +chamado <a href="/software/guix">distribuição de sistema Guix</a> ou +GuixSD. Isso inclui o reempacotamento de uma parte substancial do sistema +GNU.</p> + +<p> +Nós nunca demos o último passo de empacotar GNU sob o nome “GNU”, mas isso +não altera o tipo de coisa que é o GNU. O GNU é um sistema operacional.</p> +</dd> + +<dt id="afterkernel">Estamos chamando todo o sistema pelo kernel, Linux. Não é normal nomear um +sistema operacional pelo kernel? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#afterkernel">#afterkernel</a>)</span></dt> + +<dd> +Essa prática parece ser muito rara – não conseguimos encontrar outros +exemplos além do uso indevido do nome “Linux”. Normalmente, um sistema +operacional é desenvolvido como um único projeto unificado e os +desenvolvedores escolhem um nome para o sistema como um todo. O kernel +geralmente não tem um nome próprio – em vez disso, as pessoas dizem “o +kernel de tal e tal” ou “o kernel tal e tal”. +<p> +Como essas duas construções são usadas de forma sinônima, a expressão “o +kernel Linux” pode facilmente ser mal interpretada como significando “o +kernel do Linux” de forma a sugerir que o Linux deve ser mais do que um +kernel. Você pode evitar a possibilidade desse mal-entendido dizendo ou +escrevendo “o kernel, Linux” ou “Linux, o kernel”.</p> +</dd> + +<dt id="feel">Outro sistema pode ter “a cara do Linux”? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#feel">#feel</a>)</span></dt> + +<dd> +Não existe isso de “a cara do Linux” porque o Linux não possui interfaces de +usuário. Como qualquer kernel moderno, o Linux é uma base para executar +programas; as interfaces de usuário pertencem a outro local do sistema. A +interação humana com o GNU/Linux sempre passa por outros programas e a +“cara” vem deles. +</dd> + +<dt id="long">O programa com “GNU/Linux” é que ele é longo demais. Que tal recomendar um +nome mais curto? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#long">#long</a>)</span></dt> + +<dd> +Por um tempo, tentamos o nome “LiGNUx”, que combina as palavras “GNU” e +“Linux”. A reação foi muito ruim. As pessoas aceitam “GNU/Linux” muito +melhor. +<p> +O nome legítimo mais curto para este sistema é o “GNU”, mas nós o chamamos +“GNU/Linux” <a href="#justgnu"> pelos motivos apresentados abaixo</a>.</p> +</dd> + +<dt id="long1">Que tal chamar o sistema de “GliNUx” (em vez de “GNU/Linux”)? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#long1">#long1</a>)</span></dt> + +<dd> +<p>O nome “GNU” não aparece visivelmente em “Glinux”, então a maioria das +pessoas não perceberia que está lá. Mesmo que seja escrito com letras +maiúsculas como “GliNUx”, a maioria das pessoas não perceberia que contém +uma referência ao GNU.</p> + +<p>Seria comparável à escrita “GNU/Linux”, mas colocar “GNU/” numa impressão +tão pequena que a maioria das pessoas não pudesse lê-lo.</p> +</dd> + +<dt id="long2">O problema com “GNU/Linux” é que ele é longo demais. Por que eu deveria me +dar o trabalho de dizer “GNU/”? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#long2">#long2</a>)</span></dt> + +<dd> +<p>Basta um segundo para dizer ou digitar “GNU/”. Se você aprecia o sistema que +desenvolvemos, você não pode demorar um segundo para reconhecer nosso +trabalho?</p> +</dd> + +<dt id="long3">Infelizmente, “GNU/Linux” possui cinco sílabas. As pessoas não usam um termo +tão longo. Vocês não deveriam achar um mais curto? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#long3">#long3</a>)</span></dt> +<dd><p>Na verdade, “GNU/Linux” contém apenas quatro sílabas. “Infelizmente” contém +cinco sílabas, mas as pessoas não mostram sinais de relutância em usar essa +palavra.</p></dd> + +<dt id="long4">Stallman não nos pede para chamá-lo de “Richard Matthew Stallman” o tempo +todo. Então, por que nos pedir para dizer “GNU/Linux” toda vez? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#long4">#long4</a>)</span></dt> +<dd> +<p>Omitir “Matthew” não deturpa nada de importante sobre a natureza, origem, +ideias ou propósito de Stallman. Omitir “GNU” deturpa essas coisas sobre o +sistema GNU/Linux.</p> + +<p>Este é um exemplo de uma maneira frequente de ocultar uma falácia: +enterrá-la dentro de uma analogia enganosa. Uma analogia melhor seria: “Por +que não devemos chamar Stallman de ‘Torvalds’?” +</p></dd> + +<dt id="justgnu">Já que Linux é uma contribuição secundária, seria incorreto chamar o sistema +apenas de “GNU”? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#justgnu">#justgnu</a>)</span></dt> + +<dd> +Não seria incorreto, mas não é a melhor coisa a se fazer. Aqui estão os +motivos pelos quais chamamos aquela versão de sistema de “GNU/Linux” em vez +de apenas “GNU”: + +<ul> +<li> +Não é exatamente o GNU – tem um kernel diferente (isto é, +Linux). Distinguir o GNU/Linux do GNU é útil.</li> +<li> +Seria desagradável pedir às pessoas para <em>parar</em> de dar qualquer +crédito ao Linus Torvalds. Ele escreveu um importante componente do +sistema. Queremos obter crédito por lançar e sustentar o desenvolvimento do +sistema, mas isso não significa que devemos tratar Linus da mesma forma que +aqueles que chamam o sistema “Linux” nos tratam. Nós discordamos fortemente +de suas opiniões políticas, mas lidamos com esse desacordo de forma +honorável e aberta, em vez de tentar lhe retirar o crédito por sua +contribuição para o sistema.</li> +<li> +Como muitas pessoas conhecem o sistema como “Linux”, se dissermos “GNU” eles +podem simplesmente não reconhecer que estamos falando sobre o mesmo +sistema. Se dissermos “GNU/Linux”, eles podem fazer uma conexão com o que +ouviram falar.</li> +</ul><p></p> +</dd> + +<dt id="trademarkfee">Eu teria que pagar uma taxa se eu usar “Linux” no nome de um produto, e isso +também se aplicaria se eu disser “GNU/Linux”. Seria incorreto se eu usar +“GNU” sem “Linux”, para economizar na taxa? <span +class="anchor-reference-id">(<a +href="#trademarkfee">#trademarkfee</a>)</span></dt> +<dd> +Não há nada de errado ao chamar o sistema de “GNU”; basicamente, é isso que +ele é. É bom dar a Linus Torvalds uma parte do crédito também, mas você não +tem obrigação de pagar o privilégio de fazê-lo. +<p> +Então, se você quiser se referir ao sistema simplesmente como “GNU”, para +evitar pagar a taxa por chamá-lo “Linux”, não lhe criticaremos.</p> +</dd> + +<dt id="many">Muitos outros projetos contribuíram para o sistema como é hoje; isso inclui +TeX, X11, Apache, Perl e muitos mais programas. Os seus argumentos não +implicam que devamos dar-lhes crédito também? (Mas isso levaria a um nome +tão longo que é absurdo.) <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#many">#many</a>)</span></dt> + +<dd> +O que dizemos é que você deve dar ao desenvolvedor principal do sistema uma +parcela do crédito. O desenvolvedor principal é o Projeto GNU, e o sistema é +basicamente o GNU. +<p> +Se você se sentir ainda mais inclinado a dar crédito onde é devido, você +pode sentir que alguns contribuidores secundários também merecem crédito no +nome do sistema. Se assim for, longe de nós argumentar contra isso. Se você +acha que X11 merece crédito no nome do sistema e você quiser chamar o +sistema de GNU/X11/Linux, por favor o faça. Se você acha que Perl +simplesmente grita por menção e você deseja escrever GNU/Linux/Perl, vá em +frente.</p> +<p> +Como um nome longo como GNU/X11/Apache/Linux/TeX/Perl/Python/FreeCiv +torna-se absurdo, em algum momento você terá que definir um limite e omitir +os nomes de muitas outras contribuições secundárias. Não há um lugar óbvio +certo para definir o limiar, então, onde quer que o estabeleça, não +discutiremos contra isso.</p> +<p> +Diferentes níveis de limites levariam a diferentes opções de nome para o +sistema. Mas um nome que não pode resultar de preocupações de justiça e de +crédito, não para qualquer nível de limite possível, é “Linux”. Não pode ser +justo dar todo o crédito a uma contribuição secundária (Linux) ao mesmo +tempo que omite a contribuição principal (GNU).</p> +</dd> + +<dt id="systemd">systemd desempenha um papel importante no sistema GNU/Linux como é hoje; +somos obrigados a chamá-lo GNU/systemd/Linux?<span +class="anchor-reference-id">(<a href="#others">#others</a>)</span></dt> + +<dd> +O systemd é um componente bastante importante, mas não tão importante quanto +o kernel (Linux), nem tão importante quanto a base do sistema como um todo +(GNU). No entanto, se você deseja enfatizar a presença do systemd chamando o +sistema “GNU/systemd/Linux”, não há nada de errado em fazer isso. +</dd> + +<dt id="others">Muitos outros projetos contribuíram para o sistema como está hoje, mas eles +não insistem em chamá-lo de XYZ/Linux. Por que nós devemos tratar o GNU de +forma especial? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#others">#others</a>)</span></dt> + +<dd> +Milhares de projetos desenvolveram programas geralmente incluídos nos +sistemas GNU/Linux de hoje. Todos merecem crédito por suas contribuições, +mas não são os principais desenvolvedores do sistema como um todo, então +eles não pedem para ser creditado como tal. +<p> +O GNU é diferente porque é mais do que apenas um programa contribuído, mais +do que apenas uma coleção de programas contribuídos. O GNU é o quadro em que +o sistema foi criado.</p> +</dd> + +<dt id="allsmall">GNU é uma fração pequena do sistema hoje em dia, então por que eu deveria +mencioná-lo? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#allsmall">#allsmall</a>)</span></dt> +<dd> +Em 2008, descobrimos que os pacotes GNU representavam 15% do repositório +“main” da distribuição gNewSense GNU/Linux. O Linux constituiu 1,5%. Então, +o mesmo argumento se aplicaria ainda mais fortemente para chamá-lo “Linux”. + +<p> +O GNU é uma pequena fração do sistema atualmente e o Linux é uma fração +ainda menor. Mas eles são o kernel do sistema; o sistema foi feito +combinando-os. Assim, o nome “GNU/Linux” permanece apropriado. +</p> +</dd> + +<dt id="manycompanies">Muitas empresas contribuíram para o sistema como está hoje; isso não +significa que nós devemos chamá-lo de GNU/Red Hat/Novell/Linux? <span +class="anchor-reference-id">(<a +href="#manycompanies">#manycompanies</a>)</span></dt> + +<dd> +<p> +O GNU não é comparável a Red Hat ou Novell; não é uma empresa, nem uma +organização, nem mesmo uma atividade. O GNU é um sistema +operacional. (Quando falamos do Projeto GNU, refere-se ao projeto para +desenvolver o sistema GNU). O sistema GNU/Linux é baseado no GNU e é por +isso que o GNU deve aparecer em seu nome. +</p> +<p> +Grande parte da contribuição dessas empresas para o sistema GNU/Linux reside +no código que contribuíram para vários pacotes GNU, incluindo GCC e +GNOME. Dizer que o GNU/Linux dá crédito a essas empresas, juntamente com +todo o resto dos desenvolvedores do GNU. +</p> +</dd> + +<dt id="whyslash">Por que vocês escrevem “GNU/Linux” em vez de “GNU Linux”? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#whyslash">#whyslash</a>)</span></dt> + +<dd> +Seguindo as regras do inglês, na construção “GNU Linux” a palavra “GNU” +modifica “Linux”. Isso pode significar “versão GNU do Linux” ou “Linux, que +é um pacote GNU”. Nenhum desses significados se encaixa na situação em +questão. +<p> +O Linux não é um pacote GNU, ou seja, não foi desenvolvido sob a égide do +Projeto GNU ou contribuiu especificamente para o Projeto GNU. Linus Torvalds +escreveu Linux independentemente, como seu próprio projeto. Então, o +significado de “Linux, que é um pacote GNU” não está certo.</p> +<p> +Não estamos falando sobre uma versão GNU do Linux, o kernel. As distros +GNU/Linux livres têm uma <a +href="http://directory.fsf.org/project/linux">versão separada do Linux</a>, +uma vez que a versão “padrão” contém firmwares não livres e “blobs”. Se isso +fosse parte do Projeto GNU, poderia ser considerado “GNU Linux”; mas não +gostaríamos de chamá-lo assim, porque seria muito confuso.</p> +<p> +Estamos falando de uma versão do GNU, o sistema operacional, distinguido por +ter o Linux como kernel. Uma barra se encaixa na situação, porque isso +significa “combinação”. (Pense em “Entrada/Saída”.) Este sistema é a +combinação de GNU e Linux; daí, “GNU/Linux”.</p> +<p> +Existem outras formas de expressar “combinação”. Se você acha que um sinal +de mais é mais claro, use isso. Em francês, um hífen é claro: +“GNU-Linux”. Em espanhol, às vezes dizemos: “GNU con Linux”.</p> +</dd> + +<dt id="pronounce">Como o nome “GNU/Linux” é pronunciado? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#pronounce">#pronounce</a>)</span></dt> +<dd> +<p> +Por favor, pronuncie-o como “GNU barra Linux”. Se você não pronuncia a +barra, as pessoas pensam que você está dizendo “GNU Linux”, que <a +href="#whyslash">não é um nome adequado para a combinação</a>. +</p> +</dd> + +<dt id="whynoslash">Por que vocês escrevem “GNU Emcas” em vez de “GNU/Emacs”? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#whynoslash">#whynoslash</a>)</span></dt> + +<dd> +<p> +Seguindo as regras do inglês, na construção “GNU Emacs” a palavra “GNU” +modifica “Emacs”. Esta é a forma correta de descrever um programa chamado +Emacs que é um pacote GNU.</p> +<p> +“GNU/Emacs” significaria a combinação do GNU, do sistema operacional e do +programa Emacs. Isso não se encaixa nesse programa, então “GNU/Emacs” é a +maneira errada de se referir a ele.</p> +</dd> + +<dt id="whyorder">Por que “GNU/Linux” em vez de “Linux/GNU”? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#whyorder">#whyorder</a>)</span></dt> + +<dd> +<p> +É certo e apropriado mencionar primeiro a contribuição principal. A +contribuição do GNU para o sistema não é apenas maior que o Linux e antes do +Linux, nós realmente iniciamos toda a atividade.</p> +<p> +Além disso, “GNU/Linux” cabe no fato de que o Linux é o nível mais baixo do +sistema e que o GNU preenche níveis tecnicamente mais altos.</p> +<p> +No entanto, se você preferir chamar o sistema de “Linux/GNU”, isso é muito +melhor do que as pessoas costumam fazer, o que é omitir o GNU inteiramente e +fazer parecer que todo o sistema é o Linux.</p> +</dd> + +<dt id="distronames0">Os desenvolvedores da minha distro a chamam de “Foobar Linux”, mas isso não +diz nada sobre em que o sistema consiste. Por que eu não deveria chamá-lo na +forma como eles querem? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#distronames0">#distronames0</a>)</span></dt> +<dd> +Chamar um sistema de “Foobar Linux” sugere que é um sabor de “Linux” e as +pessoas <a href="#distronames">entendem dessa forma</a>. + +<p> +Se eles chamassem uma distribuição GNU/Linux de “Foobar BSD“, você chamaria +isso de erro. “Este sistema não é BSD”, Você diria a eles. Bem, também não é +o Linux.</p> +</dd> + +<dt id="distronames">Minha distro é chamada “Foobar Linux”; isso não mostra que ela é realmente +Linux? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#distronames">#distronames</a>)</span></dt> + +<dd> +<p>Isso significa que as pessoas que fazem a distro “Foobar Linux” estão +repetindo o erro comum. Agradecemos que distribuições como Debian, Dragora, +Musix, Trisquel e Venenux tenham adotado o GNU/Linux como parte de seu nome +oficial, e esperamos que, se você estiver envolvido com uma distribuição +diferente, você irá incentivá-lo a fazer o mesmo.</p> +</dd> + +<dt id="distronames1">O nome oficial da minha distro é “Foobar Linux”; não é errado chamá-la +qualquer outra coisa além de “Foobar Linux”? <span +class="anchor-reference-id">(<a +href="#distronames1">#distronames1</a>)</span></dt> + +<dd><p>Quando elas espalham a desinformação mudando “GNU” para “Linux” e chamam a +sua versão de “Foobar Linux”, é apropriado você corrigir a desinformação ao +chamá-la de “Foobar GNU/Linux”.</p></dd> + +<dt id="companies">Não seria mais efetivo solicitar às empresas como Mandrake, Red Hat e IBM +que chamem suas distribuições de “GNU/Linux” em vez de solicitar a +indivíduos? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#companies">#companies</a>)</span></dt> + +<dd> +Não é uma escolha de um ou outro – pedimos às empresas, organizações e +indivíduos que ajudassem a divulgar a palavra sobre isso. Na verdade, +pedimos a todas as três empresas. Mandrake disse que usaria o termo +“GNU/Linux” algumas vezes, mas a IBM e a Red Hat não estavam dispostas a +ajudar. Um executivo disse: “Esta é uma decisão comercial pura; esperamos +ganhar mais dinheiro chamando-o de “Linux”. Em outras palavras, essa empresa +não se importava com o que estava certo. +<p> +Não podemos forçá-los a corrigir isso, mas não somos o tipo de desistir só +porque a estrada não é fácil. Você pode não ter tanta influência à sua +disposição como IBM ou Red Hat, mas você ainda pode ajudar. Juntos, podemos +mudar a situação até o ponto em que as empresas ganharão mais lucro +chamando-a “GNU/Linux”.</p> +</dd> + +<dt id="reserve">Não seria melhor reservar o nome “GNU/Linux” para distribuições que são +puramente software livre? Afinal das contas, esse é o ideal do GNU. <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#reserve">#reserve</a>)</span></dt> + +<dd> +A prática generalizada de adicionar software não livre ao sistema GNU/Linux +é um grande problema para nossa comunidade. Ele ensina aos usuários que o +software não livre não tem problema, e que usá-lo é parte do espírito do +“Linux”. Muitos grupos de usuários “Linux” tornam parte de sua missão ajudar +os usuários a usar complementos não livres e podem até convidar os +vendedores a vir e fazerem lotes de vendas para eles. Eles adotam metas como +“ajudar os usuários” de GNU/Linux (incluindo ajudá-los a usar aplicativos e +drivers não livres) ou tornando o sistema mais popular mesmo ao custo da +liberdade. +<p> +A questão é como tentar mudar isso.</p> +<p> +Dado que a maioria da comunidade que usa o GNU com o Linux já não percebe +que é isso que ele é, para nós negar essas versões adulteradas, dizendo que +elas não são realmente GNU, não ensinaria os usuários a valorizar mais a +liberdade. Eles não receberiam a mensagem pretendida. Eles só responderiam +que nunca pensaram que estes sistemas eram o GNU em primeiro lugar.</p> +<p> +A maneira de liderar esses usuários para ver uma conexão com a liberdade é +exatamente o oposto: informá-los de que todas essas versões do sistema +<em>são</em> versões do GNU, que todas elas são baseadas em um sistema que +existe especificamente por causa da liberdade dos usuários. Com esse +entendimento, eles podem começar a reconhecer as distribuições que incluem +software não livre como versões falsas e adulteradas do GNU, em vez de +pensar que são “versões do Linux” adequadas e apropriadas.</p> +<p> +É muito útil iniciar grupos de usuários GNU/Linux, que chamam o sistema de +GNU/Linux e adotem os ideais do Projeto GNU como base para suas +atividades. Se o grupo de usuários Linux em sua área tiver os problemas +descritos acima, sugerimos que você faça uma campanha dentro do grupo para +mudar sua orientação (e o nome) ou iniciar um novo grupo. As pessoas que se +concentram nos objetivos mais superficiais têm direito a seus pontos de +vista, mas não os deixem arrastrar você!</p> +</dd> + +<dt id="gnudist">Por que não criar uma distribuição GNU de Linux (sic) e chamá-la de +GNU/Linux? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#gnudist">#gnudist</a>)</span></dt> + +<dd> +Todas as distribuições “Linux” são, na verdade, versões do sistema GNU com o +Linux como kernel. O objetivo do termo “GNU/Linux” é comunicar esse +ponto. Desenvolver uma nova distribuição e chamá-la sozinha de “GNU/Linux” +obscureceria o ponto que queremos fazer. +<p> +Quanto ao desenvolvimento de uma distribuição de GNU/Linux, já fizemos isso +uma vez, quando financiamos o desenvolvimento inicial do Debian +GNU/Linux. Fazer isso de novo agora não parece útil; seria muito trabalho e, +a menos que a nova distribuição tivesse vantagens práticas substanciais em +relação a outras distribuições, isso não servirá para nada.</p> +<p> +Em vez disso, ajudamos os desenvolvedores de distribuições GNU/Linux 100% +livres, como o gNewSense e o Ututo.</p> +</dd> + +<dt id="linuxgnu">Por que não dizer “Linux é o kernel do GNU” e lançar alguma versão existente +do GNU/Linux sob o nome de “GNU”? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#linuxgnu">#linuxgnu</a>)</span></dt> + +<dd> +Talvez tivesse sido uma boa ideia adotar o Linux como o kernel do GNU em +1992. Se tivéssemos percebido, naquela época, quanto tempo demoraria para +que o GNU Hurd funcionasse, talvez pudéssemos ter feito isso. (Infelizmente, +isso é passado.) +<p> +Se nós tomássemos uma versão existente do GNU/Linux e rotulássemos-a como +“GNU”, isso seria um pouco como fazer uma versão do sistema GNU e +rotulássemos-a de “Linux”. Isso não era certo, e não queremos agir assim.</p> +</dd> + +<dt id="condemn">O projeto GNU condenou e se opôs ao uso de Linux nos primeiros dias? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#condemn">#condemn</a>)</span></dt> + +<dd> +Nós não adotamos o Linux como nosso kernel, mas nós não condenamos nem nos +opomos a ele. Em 1993, começamos a discutir os arranjos para patrocinar o +desenvolvimento do Debian GNU/Linux. Também procuramos cooperar com as +pessoas que estavam alterando alguns pacotes GNU para uso com o Linux. Nós +queríamos incluir suas mudanças nos lançamentos padrão para que esses +pacotes GNU funcionassem corretamente com o Linux. Mas as mudanças eram +frequentemente <cite>ad hoc</cite> e não portáveis; elas precisavam ser +limpadas para instalação. +<p> +As pessoas que fizeram as mudanças mostraram pouco interesse em cooperar +conosco. Um deles realmente nos disse que ele não se importava em trabalhar +com o Projeto GNU porque ele era um “usuário Linux”. Isso veio como um +choque, porque as pessoas que usavam pacotes GNU para outros sistemas +geralmente tinham desejado trabalhar conosco para que suas mudanças fossem +instaladas. No entanto, essas pessoas, desenvolvendo um sistema baseado +principalmente em GNU, foram o primeiro (e ainda praticamente o único) grupo +que não estava disposto a trabalhar conosco.</p> +<p> +Foi essa experiência que, pela primeira vez, nos mostrou que as pessoas +estavam chamando uma versão do sistema GNU de “Linux”, e que essa confusão +estava obstruindo nosso trabalho. Pedir que você chame o sistema de +“GNU/Linux” é a nossa resposta a esse problema e aos outros problemas +causados pelo “Linux” não é o mesmo.</p> +</dd> + +<dt id="wait">Por que vocês esperaram tanto antes de solicitar que as pessoas usassem o +nome GNU/Linux? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#wait">#wait</a>)</span></dt> + +<dd> +<p>Na verdade, não esperamos. Começamos a falar em particular com +desenvolvedores e distribuidores sobre isso em 1994 e fizemos uma campanha +mais pública em 1996. Continuaremos enquanto for necessário.</p> +</dd> + +<dt id="allgpled">A convenção GNU/<i>nome</i> deve se aplicada a todos os programas sob a GPL? +<span class="anchor-reference-id">(<a href="#allgpled">#allgpled</a>)</span></dt> + +<dd> +Nunca nos referimos a programas individuais como “GNU/<i>nome</i>”. Quando +um programa é um pacote GNU, podemos chamá-lo de “GNU <i>nome</i>”. +<p> +O GNU, o sistema operacional, é composto por vários programas +diferentes. Alguns dos programas no GNU foram escritos como parte do Projeto +GNU ou contribuíram especificamente para ele; estes são os pacotes GNU, e +muitas vezes usamos o “GNU” em seus nomes.</p> +<p> +Cabe aos desenvolvedores de um programa decidir se querem contribuí-lo e +torná-lo um pacote GNU. Se você desenvolveu um programa e gostaria que ele +fosse um pacote GNU, escreva para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>, para que possamos +avaliá-lo e decidir se o queremos.</p> +<p> +Não seria justo colocar o nome GNU em cada programa individual que seja +lançado sob a GPL. Se você escrever um programa e lançá-lo sob a GPL, isso +não significa que o Projeto GNU o escreveu ou que você o escreveu para +nós. Por exemplo, o kernel, Linux, é lançado sob a GNU GPL, mas Linus não o +escreveu como parte do Projeto GNU – ele fez o trabalho de forma +independente. Se algo não for um pacote GNU, o Projeto GNU não pode levar +crédito por isso, e colocar “GNU” em seu nome seria impróprio.</p> +<p> +Em contraste, merecemos o crédito global pelo sistema operacional GNU como +um todo, mesmo que não seja para cada programa. O sistema existe como um +sistema devido à nossa determinação e persistência, a partir de 1984, muitos +anos antes do início do Linux.</p> +<p> +O sistema operacional em que o Linux tornou-se popular era basicamente o +mesmo que o sistema operacional GNU. Não era inteiramente o mesmo, porque +tinha um kernel diferente, mas era principalmente o mesmo sistema. Era uma +variante do GNU. Era o sistema GNU/Linux.</p> +<p> +O Linux continua a ser usado principalmente em derivativos desse sistema +– nas versões atuais do sistema GNU/Linux. O que dá a esses sistemas a +sua identidade é GNU e Linux no centro deles, e não particularmente Linux +sozinho.</p> +</dd> + +<dt id="unix">Já que muito do GNU vem do Unix, a GNU não deveria dar crédito ao Unix +usando “Unix” em seu nome? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#unix">#unix</a>)</span></dt> + +<dd> +Na verdade, nada do GNU vem do Unix. O Unix era um software proprietário (e +ainda é), então usar qualquer um dos seus códigos no GNU teria sido +ilegal. Isto não é uma coincidência; é por isso que desenvolvemos o GNU: uma +vez que você não podia ter liberdade ao usar o Unix, ou qualquer outro +sistema operacional na época, precisávamos de um sistema livre para +substituí-lo. Não conseguimos copiar programas, ou mesmo partes deles, do +Unix; tudo teve que ser escrito novamente. +<p> +Nenhum código no GNU vem do Unix, mas o GNU é um sistema compatível com +Unix; portanto, muitas das ideias e especificações do GNU são provenientes +do Unix. O nome “GNU”, que significa <cite>“GNU's Not Unix”</cite> [GNU Não +é Unix], é uma maneira humorística de dar crédito ao Unix por isso, seguindo +uma tradição hacker de siglas recursivas que começaram na década de 70.</p> +<p> +O primeiro acrônimo recursivo desse tipo foi TINT, <cite>“TINT Is Not <abbr +title="Text Editor and COrrector">TECO</abbr>”</cite>. O autor de TINT +escreveu outra implementação do TECO (já havia muitos deles, para vários +sistemas), mas em vez de chamá-lo por um nome maçante como +“<em>algumaoutracoisa</em> TECO”, pensou em um nome inteligente e +divertido. (É o que o hacking significa: <a +href="http://stallman.org/articles/on-hacking.html">inteligência +brincalhona</a>.)</p> +<p> +Outros hackers gostaram tanto do nome que imitamos a abordagem. Tornou-se +uma tradição que, ao escrever do zero um programa que era semelhante a algum +programa existente (imaginemos que o nome era “Klever”), você poderia +dar-lhe um nome acrônimo recursivo, como o “MINK” para “MINK Is Not +Klever”. Nesse mesmo espírito, chamamos nossa substituição para o Unix de +<cite>“GNU's Not Unix”</cite>.</p> +<p> +Historicamente, a AT&T, que desenvolveu o Unix, não queria que ninguém +lhe desse crédito usando o “Unix” em nome de um sistema similar, nem mesmo +em um sistema 99% copiado do Unix. AT&T realmente ameaçou processar +qualquer pessoa que desse crédito à AT&T dessa forma. É por isso que +cada uma das várias versões modificadas do Unix (todas proprietárias, como o +Unix) tinha um nome completamente diferente que não incluía o “Unix”.</p> +</dd> + +<dt id="bsd">Eu devo dizer “GNU/BSD” também? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#bsd">#bsd</a>)</span></dt> + +<dd> +Nós não chamamos os sistemas BSD (FreeBSD, etc.) de sistemas “GNU/BSD”, +porque esse termo não corresponde ao histórico dos sistemas BSD. +<p> +O sistema BSD foi desenvolvido pela Universidade da Califórnia em Berkeley +como software não livre nos anos 80 e tornou-se livre no início dos anos +90. Um sistema operacional livre que existe hoje é quase certamente uma +variante do sistema GNU, ou um tipo de sistema BSD.</p> +<p> +As pessoas às vezes perguntam se o BSD também é uma variante do GNU, como o +GNU/Linux. Não é. Os desenvolvedores do BSD foram inspirados a criar seu +código de software livre pelo exemplo do Projeto GNU, e os recursos +explícitos dos ativistas do GNU ajudaram a convencê-los a começar, mas o +código tinha pouca sobreposição com o GNU.</p> +<p> +Os sistemas BSD hoje usam alguns pacotes GNU, assim como o sistema GNU e +suas variantes usam alguns programas BSD; no entanto, considerados como um +todo, são dois sistemas diferentes que evoluíram separadamente. Os +desenvolvedores do BSD não escreveram um kernel e o adicionaram ao sistema +GNU, então um nome como o GNU/BSD não seria adequado à situação.</p> +<p> +A conexão entre GNU/Linux e GNU é muito mais próxima e é por isso que o nome +“GNU/Linux” é apropriado para isso.</p> +<p> +Existe uma versão do GNU que usa o kernel do NetBSD. Seus desenvolvedores +chamam de “Debian GNU/NetBSD”, mas “GNU/kerneldoNetBSD” seria mais preciso, +uma vez que o NetBSD é um sistema inteiro, não apenas o kernel. Este não é +um sistema BSD, já que a maioria do sistema é o mesmo que o sistema +GNU/Linux.</p> +</dd> + +<dt id="othersys">Se eu instalar as ferramentas do GNU no Windows, isso significa que eu estou +executando um sistema GNU/Windows? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#othersys">#othersys</a>)</span></dt> + +<dd> +Não no mesmo sentido que queremos dizer com “GNU/Linux”. As ferramentas do +GNU são apenas uma parte do software GNU, que é apenas uma parte do sistema +GNU, e abaixo delas você ainda teria outro sistema operacional completo que +não possui nenhum código em comum com o GNU. Em suma, essa é uma situação +muito diferente do GNU/Linux. +</dd> + +<dt id="justlinux">O Linux não pode ser usado sem o GNU? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#justlinux">#justlinux</a>)</span></dt> + +<dd> +O Linux é usado por si só, ou com pequenos outros programas, em alguns +aparelhos. Estes pequenos sistemas de software estão muito longe do sistema +GNU/Linux. Os usuários não os instalam em PCs, por exemplo, e os achariam +bastante decepcionantes. É útil dizer que esses aparelhos funcionam apenas +com o Linux, para mostrar quão diferentes essas pequenas plataformas são de +GNU/Linux. +</dd> + +<dt id="howmuch">Quanto do sistema GNU é necessário para que todo o sistema seja GNU/Linux? +<span class="anchor-reference-id">(<a href="#howmuch">#howmuch</a>)</span></dt> + +<dd> +O “quanto” não é uma questão significante porque o sistema GNU não possui +limites precisos. +<p> +O GNU é um sistema operacional mantido por uma comunidade. Inclui muito mais +do que apenas os pacotes de software GNU (do qual temos uma lista +específica), e as pessoas adicionam mais pacotes constantemente. Apesar +dessas mudanças, continua sendo o sistema GNU, e adicionando o Linux ao que +gera GNU/Linux. Se você usa uma parte do sistema GNU e omite outra parte, +não há uma maneira significativa de dizer “quanto” você usou.</p> +<p> +Se olharmos para o nível de pacotes, o Linux é um pacote importante no +sistema GNU/Linux. A inclusão de um pacote importante do GNU é suficiente +para justificar o nosso pedido de menção igual. +</p> +</dd> + +<dt id="linuxsyswithoutgnu">Existem sistemas Linux [sic] completos sem o GNU? <span +class="anchor-reference-id">(<a +href="#linuxsyswithoutgnu">#linuxsyswithoutgnu</a>)</span></dt> + +<dd> +Existem sistemas completos que possuem Linux sem o GNU; o Android é um +exemplo. Mas é um erro chamá-los sistemas “Linux”, assim como é um erro +chamar o GNU de um sistema “Linux”. +<p> +O Android é muito diferente do sistema GNU/Linux – porque os dois têm +muito pouco código em comum. Na verdade, a única coisa que eles têm em comum +é o Linux.</p> +<p> +Se você chamar todo o sistema GNU/Linux de “Linux”, você achará necessário +dizer coisas como, “O Android contém Linux, mas não é o Linux, porque não +possui as bibliotecas usuais do Linux [sic] e utilitários [que são do +sistema GNU]”.</p> +<p> +O Android contém tem a mesma quantidade de Linux que o GNU/Linux. O que ele +não tem é o sistema GNU. O Android substitui isso pelo software do Google +que funciona de forma bastante diferente. O que torna o Android diferente do +GNU/Linux é a ausência do GNU.</p> +</dd> + +<dt id="usegnulinuxandandroid">É correto dizer “usando Linux” ao se referir a usar GNU/Linux e usar +Android? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#usegnulinuxandandroidlinuxsyswithoutgnu">#usegnulinuxandandroidlinuxsyswithoutgnu</a>)</span></dt> + +<dd> +Longe disso. Esse uso é tão tenso que as pessoas não entenderão o +significado pretendido. +<p> +O público achará muito estranho falar do uso do Android como “usando o +Linux”. É como ter uma conversa, depois dizer que você estava conversando +com os intestinos da pessoa ou com o sistema circulatório da pessoa.</p> +<p> +O público <em>vai</em> entender a ideia de “usando o Linux” quando é +realmente GNU/Linux, por meio do mal-entendido usual: pensar em todo o +sistema como “Linux”.</p> +<p> +O uso do Android e o uso do GNU/Linux são totalmente diferentes, tão +diferentes quanto dirigir um carro e andar de bicicleta. O fato de os dois +primeiros conterem o Linux é irrelevante para usá-los, assim como o fato de +um carro e uma bicicleta terem uma estrutura de metal é irrelevante para o +uso desses dois. Se você deseja falar sobre o uso de carros e motos, você +não falaria de “montar objetos de metal”. – a menos que você esteja +fazendo jogos com o leitor. Você diria, “usando carros e motos”. Da mesma +forma, a maneira clara de falar sobre o uso de GNU/Linux e Android é dizer +“usando o GNU/Linux e o Android”.</p> +</dd> + +<dt id="helplinus">Por que não chamar o sistema de “Linux” de qualquer forma e fortalecer o +papel do Linus Torvalds como garoto-propaganda da nossa comunidade? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#helplinus">#helplinus</a>)</span></dt> + +<dd> +Linus Torvalds é o “garoto-propaganda” (a escolha de palavras de outras +pessoas, não a nossa) por seus objetivos, não pelo nosso. Seu objetivo é +tornar o sistema mais popular e acredita que seu valor para a sociedade +reside apenas nas vantagens práticas que oferece: seu poder, confiabilidade +e fácil disponibilidade. Ele nunca defendeu <a +href="/philosophy/why-free.html">liberdade para cooperar</a> como um +princípio ético, e é por isso que o público não conecta o nome “Linux” com +esse princípio. +<p> +Linus declara publicamente seu desacordo com os ideais do movimento do +software livre. Ele desenvolveu software não livre em seu trabalho por +muitos anos (e disse isso a uma grande audiência em uma feira do +“Linux”World) e convidou publicamente desenvolvedores do Linux, o kernel, +para usar software não livre para trabalhar em com ele. Ele vai ainda mais +longe e repreende as pessoas que sugerem que os engenheiros e os cientistas +devem considerar as consequências sociais de nosso trabalho técnico, +rejeitando as lições que a sociedade aprendeu com o desenvolvimento da bomba +atômica.</p> +<p> +Não há nada de errado em escrever um programa livre para as motivações de +aprender e se divertir; o kernel que Linus escreveu por essas razões foi uma +contribuição importante para a nossa comunidade. Mas essas motivações não +são a razão pela qual o sistema livre e completo, GNU/Linux, existe, e eles +não garantirão a nossa liberdade no futuro. O público precisa saber +disso. Linus tem o direito de promover seus pontos de vista; no entanto, as +pessoas devem estar conscientes de que o sistema operacional em questão +decorre de ideais de liberdade, não de seus pontos de vista.</p> +</dd> + +<dt id="claimlinux">Não é errado rotularmos o trabalho do Linus Torvalds como GNU? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#claimlinux">#claimlinux</a>)</span></dt> + +<dd> +Seria errado, então não fazemos isso. O trabalho de Torvalds é o Linux, o +kernel; temos o cuidado de não atribuir esse trabalho ao Projeto GNU ou +rotulá-lo como “GNU”. Quando falamos sobre todo o sistema, o nome +“GNU/Linux” dá-lhe uma parte do crédito. +</dd> + + +<dt id="linusagreed">O Linus Torvalds concorda que o Linux é apenas o kernel? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#linusagreed">#linusagreed</a>)</span></dt> + +<dd> +<p>Ele reconheceu isso no início. As primeiras notas de lançamento do Linux +disseram: <a +href="http://ftp.funet.fi/pub/linux/historical/kernel/old-versions/RELNOTES-0.01"> +“A maioria das ferramentas usadas com linux é software GNU e está sob o +copyleft do GNU. Essas ferramentas não estão na distribuição - pergunte-me +(ou ao GNU) para mais informações”</a>.</p> +</dd> + +<dt id="finishhurd">Por que não finalizar o kernel GNU Hurd, lançar o sistema GNU como um +completo e esquecer a questão de como chamar o GNU/Linux? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#finishhurd">#finishhurd</a>)</span></dt> + +<dd> +Gostaríamos de crédito para o sistema operacional GNU independentemente do +kernel usado com ele. + +<p>Fazer o GNU Hurd funcionar bem o suficiente para competir com o Linux seria +um grande trabalho e não é claramente necessário. A única coisa eticamente +errado com o Linux como kernel é a inclusão de “blobs” de firmware; A melhor +solução para esse problema é <a +href="http://fsf.org/campaigns/priority-projects"> desenvolver substitutos +livres para os blobs</a>.</p> +</dd> + +<dt id="lost">A batalha já está perdida – a sociedade já tomou sua decisão e não +podemos alterá-la, então por que pensar nisso? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#lost">#lost</a>)</span></dt> + +<dd> +Esta não é uma batalha, é uma campanha de educação. Do que chamar o sistema +não é uma decisão única, a ser feita em um momento pela “sociedade”: cada +pessoa, cada organização, pode decidir o nome a ser usado. Você não pode +fazer os outros dizerem “GNU/Linux”, mas você pode decidir chamar o sistema +de “GNU/Linux” você mesmo e, ao fazê-lo, ajudará a educar os outros. +</dd> + +<dt id="whatgood">A sociedade já tomou sua decisão e não podemos alterá-la, então qual o +benefício de eu dizer “GNU/Linux”? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#whatgood">#whatgood</a>)</span></dt> + +<dd> +Esta não é uma situação de tudo ou nada: imagens corretas e incorretas estão +sendo espalhadas mais ou menos por várias pessoas. Se você chamar o sistema +de “GNU/Linux”, você ajudará os outros a aprender o verdadeiro histórico, +origem e motivo do ser do sistema. Você não pode corrigir o nome incorreto +em todos os lugares por conta própria, não mais do que podemos, mas você +pode ajudar. Se apenas algumas centenas de pessoas verem você usar o termo +“GNU/Linux”, você terá educado um número substancial de pessoas com muito +pouco trabalho. E alguns deles espalharão a correção para os outros. +</dd> + +<dt id="explain">Não seria melhor chamar o sistema de “Linux” e ensinar as pessoas sua real +origem com uma explicação de dez minutos? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#explain">#explain</a>)</span></dt> + +<dd> +Se você nos ajudar, explicando aos outros dessa maneira, agradecemos seu +esforço, mas esse não é o melhor método. Não é tão eficaz quanto chamar o +sistema de “GNU/Linux”, e usa seu tempo de forma ineficiente. +<p> +É ineficaz porque pode não ser assimilado, e certamente não se +propagará. Algumas pessoas que ouvem sua explicação prestarão atenção e +podem aprender uma imagem correta da origem do sistema. Mas é improvável que +eles repitam a explicação para os outros sempre que falam sobre o +sistema. Provavelmente eles só o chamarão de “Linux”. Sem sequer ter a +intenção, eles ajudarão a espalhar a imagem incorreta.</p> +<p> +É ineficiente porque leva muito mais tempo. Dizer e escrever “GNU/Linux” +leva apenas alguns segundos por dia, e não minutos, para que você possa dar +ao luxo de alcançar mais pessoas desse jeito. Distinguir entre Linux e +GNU/Linux quando você escreve e fala é, de longe, a maneira mais fácil de +ajudar o Projeto GNU efetivamente.</p> +</dd> + +<dt id="treatment">Algumas pessoas riem de mim quando eu peço que elas chamem o sistema de +GNU/Linux. Por que se sujeitar a esse tratamento? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#treatment">#treatment</a>)</span></dt> + +<dd> +Chamar o sistema de “Linux” tende a dar às pessoas uma imagem equivocada da +história do sistema e do motivo da existência. As pessoas que riem do nosso +pedido provavelmente pegaram essa imagem errada, eles pensam que nosso +trabalho foi feito por Linus, então eles riem quando pedimos crédito por +isso. Se eles soubessem a verdade, provavelmente eles não ririam. +<p> +Por que corremos o risco de fazer um pedido que às vezes leva as pessoas a +ridicularizar-nos? Porque muitas vezes tem resultados úteis que ajudam o +Projeto GNU. Nós vamos correr o risco de abuso imerecido para alcançar +nossos objetivos.</p> +<p> +Se você vir uma situação tão irônica e injusta, não fique na +ociosidade. Ensine as pessoas rindo a história real. Quando eles virem por +que o pedido é justificado, aqueles que têm algum bom senso deixarão de rir.</p> +</dd> + +<dt id="alienate">Algumas pessoas lhe condenam quando você solicita que elas chamem o sistema +de GNU/Linux. Vocês não perdem por aliená-las? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#alienate">#alienate</a>)</span></dt> + +<dd> +Não muito. As pessoas que não apreciam o nosso papel no desenvolvimento do +sistema não são susceptíveis de fazer esforços substanciais para nos +ajudar. Se eles fazem trabalhos que adiantam nossos objetivos, como o +lançamento de software livre, é provavelmente por outros motivos não +relacionados, não porque pedimos. Enquanto isso, ao ensinar os outros a +atribuir nosso trabalho a outra pessoa, eles estão minando nossa capacidade +de recrutar a ajuda de outros. +<p> +Não faz sentido se preocupar em alienar as pessoas que já não são +cooperativas, e é autodestrutivo ser impedido de corrigir um grande +problema, para que não irritemos as pessoas que a perpetuam. Portanto, +continuaremos tentando corrigir o nome incorreto.</p> +</dd> + +<dt id="rename">Independente do que vocês contribuíram, é legítimo renomear o sistema +operacional? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#rename">#rename</a>)</span></dt> + +<dd> +Não estamos renomeando nada; nós chamamos este sistema de “GNU” desde que o +anunciamos em 1983. As pessoas que tentaram renomeá-lo para o “Linux” que +não deveria ter feito isso.</dd> + +<dt id="force">Não é errado forçar as pessoas a chamar o sistema de “GNU/Linux”? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#force">#force</a>)</span></dt> + +<dd> +Seria errado forçá-los, e não tentamos. Chamamos o sistema de “GNU/Linux” e +pedimos que você faça isso também. +</dd> + +<dt id="whynotsue">Por que não processar as pessoas que chamam todo o sistema de “Linux”? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#whynotsue">#whynotsue</a>)</span></dt> + +<dd> +Não há motivos legais para processá-los, mas, como acreditamos na liberdade +de expressão, não iríamos querer fazer isso de qualquer maneira. Pedimos às +pessoas que chamem o sistema de “GNU/Linux” porque é a coisa certa a fazer. +</dd> + +<dt id="require">Vocês não deveriam colocar alguma coisa na GNU GPL para exigir que as +pessoas chamem o sistema de “GNU”? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#require">#require</a>)</span></dt> + +<dd> +O objetivo da GNU GPL é proteger a liberdade dos usuários daqueles que +fariam versões proprietárias de software livre. Embora seja verdade que +aqueles que chamam o sistema de “Linux” muitas vezes fazem coisas que +limitam a liberdade dos usuários, como empacotar software não livre com o +sistema GNU/Linux ou mesmo o desenvolvimento de software não livre para esse +uso, o simples ato de chamar o sistema de “Linux” não nega, por si só, a +liberdade dos usuários. Parece improcedente fazer com que a GPL restrinja o +nome que as pessoas podem usar para o sistema. +</dd> + +<dt id="BSDlicense">Já que vocês se opuseram ao requisito de propaganda da licença BSD original +de dar crédito para a Universidade da Califórnia, não é hipocrisia demandar +crédito para o projeto GNU? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#BSDlicense">#BSDlicense</a>)</span></dt> + +<dd> +Seria hipócrita fazer o nome GNU/Linux ser requisito de licença, e nós não +fazemos. Nós <em>pedimos</em> a você para nos dar o crédito que merecemos. + +<p> +Por favor, note que existem pelo menos <a href="/licenses/bsd.html"> duas +licenças BSD diferentes</a>. Por razões de clareza, não use o termo “licença +BSD” sem especificar qual delas.</p> +</dd> + +<dt id="deserve">Já que vocês falharam em colocar alguma coisa na GNU GPL para exigir que as +pessoas chamem o sistema de “GNU”, vocês mereceram o que aconteceu; por que +estão reclamando agora? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#deserve">#deserve</a>)</span></dt> + +<dd> +A questão pressupõe uma premissa ética geral bastante controversa: que, se +as pessoas não forçam você a tratá-las de forma justa, você tem direito a se +aproveitar delas tanto quanto você quiser. Em outras palavras, pressupõe que +o caminho esteja correto. +<p> +Esperamos que você discorde dessa premissa tanto quanto nós discordamos.</p> +</dd> + +<dt id="contradict">Não seria melhor vocês não contradizerem o que tantas pessoas acreditam? +<span class="anchor-reference-id">(<a +href="#contradict">#contradict</a>)</span></dt> + +<dd> +Nós não pensamos que devemos seguir junto com um grande número de pessoas +porque elas foram enganadas. Esperamos que você também decida que a verdade +é importante. +<p> +Jamais teríamos desenvolvido um sistema operacional livre sem antes negar a +crença, mantida pela maioria das pessoas, de que o software proprietário era +legítimo e aceitável.</p> +</dd> + +<dt id="somanyright">Já que muitas pessoas o chamam de “Linux”, isso não o torna correto? <span +class="anchor-reference-id">(<a href="#somanyright">#somanyright</a>)</span></dt> + +<dd> +Nós não pensamos que a popularidade de um erro o torna verdade. +</dd> + +<dt id="knownname">Não é melhor chamar o sistema pelo nome que a maioria dos usuários já +conhecem? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#knownname">#knownname</a>)</span></dt> + +<dd> +Os usuários não são incapazes de aprender. Como o “GNU/Linux” inclui o +“Linux”, eles reconhecerão o que você está falando. Se você adicionar +“(muitas vezes, erroneamente referido como ‘Linux’)” de vez em quando, todos +entenderão. +</dd> + +<dt id="winning">Muitas pessoas se importam com o que é conveniente ou quem está ganhando, e +não com argumentos de certo ou errado. Vocês não conseguiriam mais apoio +delas seguindo um caminho diferente? <span class="anchor-reference-id">(<a +href="#winning">#winning</a>)</span></dt> + +<dd> +Cuidar apenas do que é conveniente ou de quem está ganhando é uma abordagem +amoral da vida. O software não livre é um exemplo dessa abordagem amoral e +prospera nele. Assim, a longo prazo, seria autodestrutivo para nós adotar +essa abordagem. Continuaremos falando em termos de certo e errado. +<p> +Esperamos que você seja um daqueles para quem o certo e o errado importam.</p> +</dd> + +</dl> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2001, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2013, 2014, 2015, 2016, +2017, 2018, 2020 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018-2020.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-users-never-heard-of-gnu.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-users-never-heard-of-gnu.html new file mode 100644 index 0000000..f288684 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu-users-never-heard-of-gnu.html @@ -0,0 +1,146 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/gnu-users-never-heard-of-gnu.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.84 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Usuários do GNU que nunca ouviram falar do GNU - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/gnu-users-never-heard-of-gnu.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Usuários do GNU que nunca ouviram falar do GNU</h2> + +<p><strong>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></strong></p> + +<div class="announcement"> + <blockquote><p>Para saber mais sobre esse assunto, leia também nosso <a +href="/gnu/gnu-linux-faq.html">GNU/Linux FAQ</a>, nossa página sobre <a +href="/gnu/why-gnu-linux.html">Por que GNU/Linux?</a> e nossa página sobre +<a href="/gnu/linux-and-gnu.html">Linux e o Projeto GNU</a>. +</p></blockquote> +</div> + +<p>A maioria das pessoas nunca ouviu falar do GNU. Até mesmo a maioria das +pessoas que usam o sistema GNU nunca ouviram falar do GNU, graças a tantas +pessoas e empresas que as ensinam a chamá-lo de “Linux”. Todavia, os +usuários GNU frequentemente dizem que estão “usando Linux”, que é o mesmo +que dizer que você está “dirigindo seu carburador” ou “dirigindo sua +transmissão”.</p> + +<p>Logo, aqueles que sabem sobre o GNU associam-no com as ideias de liberdade +do movimento de software livre. Aquela associação não é um acidente; o +motivo pelo qual o desenvolvimento GNU foi especificamente feito para +possibilitar o seu uso em um computador e ter liberdade.</p> + +<p>Uma pessoa vendo o nome “GNU” pela primeira vez em “GNU/Linux” não vai, de +imediato, conhecer o que ele representa, mas deu um passo à frente de +descobrir. A associação entre o nome GNU e nossos objetivos de liberdade e +solidariedade social existem na mente de centenas de milhares de usuários +GNU/Linux que conhece o GNU. Isso existe em <a href="/home.html">gnu.org</a> +e na Wikipédia. Isso existe ao redor da web; se esses usuários pesquisarem +por GNU, eles encontrarão as ideias que o GNU defende.</p> + +<p>Se eles não pesquisarem, eles poderão encontrar de alguma maneira. A +retórica do <a href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">“código +aberto”</a> tende a desviar a atenção das pessoas para longe de questões +sobre a liberdade dos usuários, mas não totalmente; ainda existe a discussão +sobre GNU e software livre, e as pessoas têm alguma chance de topar com +ela. Quando isso acontece, é muito provável que os leitores prestem atenção +nas informações sobre o GNU (por exemplo, que ele é resultado de uma +campanha por liberdade e comunidade) se eles sabem que são usuários do +sistema GNU.</p> + +<p>Ao longo do tempo, chamar o sistema de “GNU/Linux” dissemina a consciência +sobre os ideais de liberdade pelos quais nós desenvolvemos o sistema +GNU. Também é útil como um lembrete para as pessoas de nossa comunidade que +conhecem esses ideais, em um mundo onde grande parte da discussão sobre +software livre tem uma abordagem totalmente prática (e portanto +amoral). Quando pedimos a você que chame o sistema de “GNU/Linux”, o fazemos +porque a consciência sobre o GNU conduz, lentamente mas certamente, à +consciência sobre os ideais de liberdade e comunidade do software livre.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2006, 2007, 2013, 2014, 2015, 2017, 2019 Free Software +Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Hudson Flávio Meneses Lacerda, 2014<br/><b>Tradução e +Revisão</b>: Daniel Pimentel +<a href="mailto:d4n1@d4n1.org"><d4n1@d4n1.org></a>, 2016</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu.html new file mode 100644 index 0000000..d03fee6 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnu.html @@ -0,0 +1,213 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/gnu.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.79 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>O Sistema Operacional GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<style type="text/css" media="print,screen"> +<!-- +#dynamic-duo { display: none; } +@media (min-width: 48em) { + #dynamic-duo { + display: block; + float: right; + width: 20em; + max-width: 40%; + text-align: center; + padding: .9em; + margin: .3em 0 1em 1.5em; + background: #f9f9f9; + border: .3em solid #acc890; + } + #dynamic-duo p strong { + font-size: 1.3em; + } + #dynamic-duo img { width: 100%; } +} +--> +<!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX = /[.](ar|fa|he)/" --> +<!-- +@media (min-width: 48em) { + #dynamic-duo { + float: left; + margin: .3em 1.5em 1em 0; + } +} --> +<!--#endif --> + + + + +</style> + +<!--#include virtual="/gnu/po/gnu.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>O Sistema Operacional GNU</h2> + +<div id="dynamic-duo"> +<p><strong>Baixe distribuições</strong></p> +<p><a href="/distros/free-distros.html"> +<img src="/graphics/gnu-and-penguin-color-300x276.jpg" alt="GNU e Linux" /></a></p> +<p><em>Se você está procurando um sistema completo para instalar, veja nossa <a +href="/distros/free-distros.html">lista de distribuições GNU/Linux que são +completamente livres</a>.</em></p> +</div> + +<ul> + <li><a href="/gnu/about-gnu.html">Sobre o Sistema Operacional GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/gnu-history.html">Um breve resumo sobre a história do GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/thegnuproject.html">Uma história mais detalhada do GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/initial-announcement.html">O anúncio inicial</a> do projeto</li> + <li><a href="/gnu/gnu-structure.html">A estrutura e administração do Projeto +GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/manifesto.html">O Manifesto GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/byte-interview.html">Entrevista da BYTE com Richard +Stallman</a> (1986)</li> + <li><a href="/gnu/rms-lisp.html">Minhas experiências com Lisp e o +desenvolvimento do GNU Emacs</a> (por Richard Stallman)</li> + <li><a +href="http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=950DEFDE123AF932A25752C0A96F948260&sec=&spon=&pagewanted=1"> +A Luta de Um Homem por Software Livre</a>, um artigo sobre Richard Stallman +e seu desenvolvimento inicial do GNU, publicado no <cite>The New York +Times</cite> em 11 de Janeiro de 1989. Um problema com este artigo é que ele +usa o termo de propaganda “propriedade intelectual” como se referisse a algo +coerente. O termo é tão confuso que falar sobre ele <a +href="/philosophy/not-ipr.html">não faz nenhum sentido</a>. O artigo é de um +modo confuso em relação ao Symbolics. O que Richard Stallman fez, quando ele +ainda trabalhava no MIT, foi escrever, de forma independente, melhoras +comparáveis às melhoras que Symbolics fez em sua versão da Máquina Lisp do +MIT.</li> + <li><a href="/philosophy/15-years-of-free-software.html">15 Anos de Software +Livre</a> (1999)</li> +</ul> + +<p>Aqui estão duas publicações que Stallman escreveu para um quadro de avisos +em Stanford enquanto ele estava visitando o local em Maio de 1983. Elas +mostram alguns de seus pensamentos no sentido de lançar o desenvolvimento do +sistema GNU. Elas não usam o termo “software livre”; aparentemente, ela não +havia iniciado o uso conjunto dessas duas palavras.</p> + +<ul> + <li><a href="/gnu/why-programs-should-be-shared.html">Por que Programas Devem +ser Compartilhados</a> (1983)</li> + <li><a href="/gnu/yes-give-it-away.html">Sim, Compartilhe-o</a> (1983)</li> +</ul> + + +<h3><a id="gnulinux"></a>GNU e Linux</h3> + +<ul> + <li><a href="/gnu/linux-and-gnu.html">A relação entre GNU e Linux</a></li> + <li><a href="/gnu/why-gnu-linux.html">Por que o “sistema Linux” deve ser chamado +GNU/Linux</a></li> + <li><a href="/gnu/gnu-users-never-heard-of-gnu.html">Usuários do GNU que nunca +ouviram de GNU</a></li> + <li><a href="/gnu/gnu-linux-faq.html">Perguntas frequentes sobre GNU/Linux</a></li> +</ul> + + +<h3><a id="misc"></a>Materiais relacionados a GNU</h3> + +<ul> + <li><a href="http://libreplanet.org/wiki/Group_list">GNU/Linux, GNU/Hurd e +grupos de usuários de software livre</a></li> +</ul> + +<h3><a id="elsewhere"></a>GNU em outros lugares</h3> + +<h4><a id="asteroid"></a>(9965) GNU</h4> + +<p>O asteroide do cinturão principal <a +href="https://www.minorplanetcenter.net/db_search/show_object?object_id=9965">(9965) +GNU</a>, designado provisoriamente como 1992 EF<sub>2</sub>, recebeu o nome +do projeto GNU na <a +href="https://www.minorplanetcenter.net/iau/ECS/MPCArchive/2000/MPC_20001111.pdf">Minor +Planet Circular 41571</a>. O asteroide foi descoberto em Kitt Peak pelo +Spacewatch em 5 de março de 1992.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2014, 2015, 2016, 2019, 2020 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<strong>Traduzido por</strong>: Yuri da Silva, 2014; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016-2020.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> + diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnutella.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnutella.html new file mode 100644 index 0000000..3ef5d56 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gnutella.html @@ -0,0 +1,134 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/gnutella.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Considerações sobre o Gnutella - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/gnutella.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Considerações sobre o Gnutella</h2> + +<p> +O “Gnutella” é, atualmente, o nome para um protocolo para compartilhamento +de arquivo distribuído, geralmente usado para arquivos de música. O nome +algumas vezes se refere à rede em si, da mesma forma que o software Gnutella +original. A situação é bem confusa. Para mais sobre a origem e história do +Gnutella, por favor veja o <a +href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gnutella">artigo do Wikipédia</a> sobre +o assunto.</p> + +<p> +Em qualquer caso, o nome foi originalmente um jogo de palavra com “GNU” (os +desenvolvedores originais planejaram lançar seu código sob a GNU GPL, e +podem ter tido em mente contribuí-lo para o projeto GNU) e “Nutella” (uma +barra de doce que os desenvolvedores originais gostavam). Porém, nem o +software original nem qualquer um dos projetos atuais relativos são <a +href="/philosophy/categories.html#GNUsoftware">pacotes oficiais do +GNU</a>. Pedimos para que os desenvolvedores do Gnutella mudem o nome para +evitar confusão; talvez isso aconteça no futuro.</p> + +<p> +Existem vários programas licenciados como software livre que implementam o +protocolo Gnutella, tais como <a +href="http://gtk-gnutella.sourceforge.net/en/">Gtk-Gnutella</a>, <a +href="http://mutella.sourceforge.net/">Mutella</a> e <a +href="http://sourceforge.net/projects/gnucleus/">Gnucleus</a>. Por favor, +note que, entretanto, ainda nenhum desses programas são oficialmente <a +href="/philosophy/categories.html#GNUsoftware">softwares GNU</a>. GNU possui +seu próprio programa de conectividade ponto a ponto, <a +href="/software/gnunet/">GNUnet</a>, cuja documentação inclui uma <a +href="https://web.archive.org/web/20180616130316/https://gnunet.org/compare">comparação +de protocolos</a>.</p> + +<p> +A Free Software Foundation está engajada com a liberdade de copiar e +modificar software de computador; música está fora de nosso escopo. Mas +existem algumas similaridades em relação à ética de copiar programas e a +ética de copiar músicas gravadas. Alguns artigos do diretório de <a +href="/philosophy/essays-and-articles.html#Laws">filosofia</a> estão +relacionados com a liberdade de copiar outras coisas que não software de +computador. Também selecionamos artigos relacionados com o assunto de <a +href="/philosophy/third-party-ideas.html">pessoas não ligadas diretamente à +FSF</a>.</p> + +<p> +Para nós, não importa que tipo de informação está sendo compartilhada e sim +alertar as pessoas para que elas rejeitem o pressuposto que algumas pessoas +ou empresas tem um suposto direito natural para proibir o compartilhamento +de ideias e desta forma ditar exatamente como o público deve +utilizá-las. Até mesmo o sistema legal americano <a +href="/philosophy/reevaluating-copyright.html">rejeita</a> essa ideia +antissocial.</p> +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2004, 2005, 2007, 2016, 2017, 2018, 2019 Free Software +Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Cláudio Machado <a +href="mailto:claudio.machado@bol.com.br"><claudio.machado@bol.com.br></a>, +2001; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017-2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/government-free-software.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/government-free-software.html new file mode 100644 index 0000000..4ecbc05 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/government-free-software.html @@ -0,0 +1,306 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/government-free-software.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Medidas que os governos podem usar para promover o software livre - Projeto +GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/government-free-software.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Medidas que os governos podem usar para promover o software livre</h2> +<h3>E porque é o trabalho deles fazê-lo</h3> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> + +<p>Este artigo sugere políticas para um esforço forte e firme para promover o +software livre no Estado e para liderar o resto do país em direção à +liberdade de software.</p> + +<p>A missão do Estado é organizar a sociedade para a liberdade e o bem-estar do +povo. Um aspecto desta missão, no campo da computação, é incentivar os +usuários a adotar software livre: <a +href="/philosophy/free-sw.html">software que respeite a liberdade dos +usuários</a>. Um programa proprietário (não livre) atropela a liberdade +daqueles que o usam; é um problema social que o Estado deve trabalhar para +erradicar.</p> + +<p>O Estado precisa insistir no software livre em sua própria computação, em +prol de sua soberania computacional (o controle do Estado sobre sua própria +computação). Todos os usuários merecem controle sobre sua computação, mas o +Estado tem a responsabilidade de manter o controle sobre a computação em seu +nome. A maioria das atividades do governo agora depende da computação, e seu +controle sobre essas atividades depende do controle sobre essa +computação. Perder esse controle em uma agência, cuja missão é crítica, mina +a segurança nacional.</p> + +<p>Migrar as agências estatais para o software livre também pode fornecer +benefícios secundários, como economizar dinheiro e incentivar as empresas +locais de suporte a software.</p> + +<p>Neste texto, “entidades estatais” refere-se a todos os níveis de governo e +significa agências públicas, incluindo escolas, parcerias público-privadas, +atividades financiadas pelo Estado em grande parte, como escolas <i +lang="en">charter</i><sup><a id="TransNote1-rev" +href="#TransNote1">1</a></sup> e empresas “privadas” controladas pelo Estado +ou estabelecidas com privilégios especiais ou funções pelo Estado.</p> + +<h3>Educação</h3> +<p>A política mais importante diz respeito à educação, pois isso molda o futuro +do país:</p> + +<ul> +<li><b>Ensinar apenas software livre</b><br /> +As atividades educacionais, ou pelo menos as de entidades estatais, devem +ensinar apenas software livre (portanto, nunca devem levar os alunos a usar +um programa não livre) e devem ensinar as razões cívicas para insistir no +software livre. Ensinar um programa não livre é ensinar dependência, o que é +contrário à missão da escola.</li> +</ul> + +<h3>O Estado e o público</h3> +<p>Também cruciais são as políticas estatais que influenciam em qual softwares +os indivíduos e as organizações usam:</p> + +<ul> +<li><p><b>Nunca exigir programas não livres</b><br /> +As leis e práticas do setor público devem ser alteradas para que nunca +exijam ou pressionem indivíduos ou organizações a usar um programa não +livre. Elas também devem desencorajar práticas de comunicação e publicação +que impliquem tais consequências (incluindo <a +href="http://www.defectivebydesign.org/what_is_drm">Gestão Digital de +Restrições</a>).</p></li> + +<li><p><b>Distribuir apenas software livre</b><br /> +Sempre que uma entidade estatal distribuir software para o público, +incluindo programas incluídos ou especificados em suas páginas web, ele deve +ser distribuído como software livre e deve poder ser executado em uma +plataforma que contenha software exclusivamente livre.</p></li> + +<li><p><b>Sites estatais</b><br /> +Os sites das entidades estatais e os serviços de rede devem ser projetados +para que os usuários possam usá-los, sem desvantagens, por meio de software +livre exclusivamente.</p></li> + +<li><p><b>Formatos e protocolos livres</b><br /> +As entidades estatais devem usar apenas formatos de arquivo e protocolos de +comunicação que sejam bem suportados pelo software livre, de preferência com +especificações publicadas. (Não declaramos isso em termos de “padrões” +porque deve aplicar-se a interfaces não padronizadas e também a interfaces +padronizadas.) Por exemplo, eles não devem distribuir gravações de áudio ou +vídeo em formatos que exijam Flash ou codecs não livres, e as bibliotecas +públicas devem não distribuir obras com Gestão Digital de Restrições.</p> + +<p>Para apoiar a política de distribuição de publicações e obras em formatos +que respeitem a liberdade, o Estado deve insistir em que todos os relatórios +desenvolvidos para ela sejam entregues em formatos que respeitem a +liberdade.</p></li> + +<li><p><b>Desprender computadores de licenças</b><br /> +A venda de computadores não deve exigir a compra de uma licença de software +proprietário. Por lei, o vendedor deve ser obrigado a oferecer ao comprador +a opção de comprar o computador sem o software proprietário e sem pagar a +taxa de licença.</p> +<p>O pagamento imposto é um erro secundário e não deve nos distrair da +injustiça essencial do software proprietário, da perda de liberdade +resultante do uso dele. No entanto, o abuso de forçar os usuários a pagar +por isso dá a certos desenvolvedores de software proprietário uma vantagem +injusta adicional, prejudicial à liberdade dos usuários. É apropriado que o +Estado impeça esse abuso.</p> +</li> +</ul> + +<h3>Soberania computacional</h3> +<p>Várias políticas afetam a soberania computacional do Estado. As entidades +estatais devem manter o controle sobre sua computação, não cedendo o +controle a mãos privadas. Esses pontos se aplicam a todos os computadores, +incluindo <i lang="en">smartphones</i>.</p> + +<ul> +<li><p><b>Migrar para software livre</b><br /> +As entidades estatais devem migrar para o software livre e não devem +instalar ou continuar usando qualquer software não livre, exceto sob uma +exceção temporária. Somente uma agência deve ter autoridade para conceder +essas exceções temporárias e somente quando mostradas razões convincentes. O +objetivo desta agência deve ser reduzir o número de exceções para zero.</p></li> + +<li><p><b>Desenvolver soluções de TI livres</b><br /> +Quando uma entidade estatal paga pelo desenvolvimento de uma solução de +computação, o contrato deve exigir que ela seja entregue como software livre +e que seja projetada de modo que seja possível executá-la e desenvolvê-la em +um ambiente 100% livre. Todos os contratos devem exigir isso, de modo que, +se o desenvolvedor não cumprir esses requisitos, o trabalho não poderá ser +pago.</p></li> + +<li><p><b>Escolher computadores para software livre</b><br /> +Quando uma entidade estatal compra ou aluga computadores, deve escolher +entre os modelos que mais se aproximam, em sua classe, de serem capazes de +serem usados sem nenhum software proprietário. O Estado deve manter, para +cada classe de computadores, uma lista dos modelos autorizados com base +nesse critério. Os modelos disponíveis para o público e o Estado devem ser +preferidos aos modelos disponíveis apenas para o Estado.</p></li> + +<li><p><b>Negociar com fabricantes</b><br /> +O Estado deve negociar ativamente com os fabricantes para obter a +disponibilidade no mercado (para o Estado e o público) de produtos de +hardware adequados, em todas as áreas de produtos pertinentes, que não +exijam software proprietário.</p></li> + +<li><p><b>Unir-se a outros entes estatais</b><br /> +Os entes estatais deve convidar uns aos outros para negociar coletivamente +com os fabricantes sobre produtos de hardware adequados. Juntos, eles terão +mais influência.</p></li> +</ul> + +<h3>Soberania computacional II</h3> +<p>A soberania computacional (e segurança) do Estado inclui controle sobre os +computadores que fazem o trabalho do Estado. Isso requer evitar <a +href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">Serviço como +Substituto de Software</a>, a menos que o serviço seja executado por uma +agência estatal sob o mesmo ramo de governo, bem como outras práticas que +diminuem o controle estatal sobre sua computação. Portanto,</p> + +<ul> +<li><b>O Estado deve controlar seus computadores</b><br /> +Todo computador que o Estado usa deve pertencer ou ser alugado pelo mesmo +ramo de governo que o usa, e esse ramo não deve ceder aos estrangeiros o +direito de decidir quem tem acesso físico ao computador, quem pode fazer +manutenção (hardware ou software) nele, ou qual software deve ser instalado +nele. Se o computador não for portátil, durante o uso, ele deverá estar em +um espaço físico no qual o Estado é o ocupante (como proprietário ou como +inquilino).</li> +</ul> + +<h3>Influência sobre desenvolvimento</h3> +<p>A política do Estado afeta o desenvolvimento de software livre e não livre:</p> + +<ul> +<li><p><b>Encorajar livre</b><br /> +O Estado deve incentivar os desenvolvedores a criar ou aprimorar o software +livre e disponibilizá-lo ao público, por exemplo, por incentivos fiscais e +outros incentivos financeiros. Por outro lado, esses incentivos não devem +ser concedidos para o desenvolvimento, distribuição ou uso de software não +livre.</p></li> + +<li><p><b>Não encorajar não livre</b><br /> +Em particular, os desenvolvedores de software proprietários não devem poder +“doar” cópias para as escolas e reivindicar uma baixa de imposto pelo valor +nominal do software. O software proprietário não é legítimo em uma escola.</p></li> +</ul> + +<h3>Lixo eletrônico</h3> +<p>A liberdade não deve implicar lixo eletrônico:</p> + +<ul> +<li><p><b>Software substituível</b><br /> +Muitos computadores modernos são projetados para tornar impossível +substituir o software de fábrica por software livre. Assim, a única maneira +de libertá-los é descartá-los. Essa prática é prejudicial à sociedade.</p> + +<p>Portanto, deve ser ilegal, ou pelo menos substancialmente desencorajado por +meio de tributação pesada, a venda, importação ou distribuição em quantidade +de um computador novo (ou seja, não usado) ou produto baseado em computador +cujo sigilo sobre interfaces de hardware ou restrições intencionais impedir +que os usuários desenvolvam, instalem e usem substituições para todo e +qualquer software instalado que o fabricante possa atualizar. Isso se +aplica, em particular, a qualquer dispositivo em que <a +href="/proprietary/proprietary-jails.html"><i +lang="en">“jailbreaking”</i></a> seja necessário para instalar um sistema +operacional diferente ou no qual as interfaces para alguns periféricos são +secretos. +</p></li> +</ul> + +<h3>Neutralidade tecnológica</h3> + +<p>Com as medidas deste artigo, o Estado pode recuperar o controle sobre sua +computação e levar os cidadãos, empresas e organizações do país a controlar +sua computação. No entanto, alguns contestam com o argumento de que isso +violaria o “princípio” da neutralidade tecnológica.</p> + +<p>A ideia de neutralidade tecnológica é que o Estado não deve impor +preferências arbitrárias às escolhas técnicas. Se esse princípio é válido, é +discutível, mas, de qualquer forma, é limitado a questões meramente +técnicas. As medidas aqui defendidas tratam de questões de importância +ética, social e política, portanto estão <a +href="/philosophy/technological-neutrality.html">fora do escopo da +neutralidade <em>tecnológica</em></a>. Somente aqueles que desejam subjugar +um país sugerem que seu governo seja “neutro” em relação à sua soberania ou +liberdade de seus cidadãos.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li> +<a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> +Uma escola <i lang="en">charter</i> (em inglês, <i lang="en">charter +school</i>) é uma escola que recebe financiamento governamental, mas opera +independentemente do sistema escolar estabelecido onde está localizada. +</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2011, 2015, 2016, 2017, 2018 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/gpl-american-way.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gpl-american-way.html new file mode 100644 index 0000000..2f2d934 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/gpl-american-way.html @@ -0,0 +1,201 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/gpl-american-way.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>A GNU GPL e o Modo Americano de Viver - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/gpl-american-way.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>A GNU GPL e o Modo Americano de Viver</h2> + +<p>por <strong>Richard Stallman</strong></p> + +<p> +A Microsoft descreve a GNU General Public License (GNU GPL) como uma licença +de “open source”, e diz que ela é contra o American Way. Para compreender a +GNU GPL, e reconhecer como ela incorpora o American Way, você precisa +primeiro saber que a GPL não foi criada para open source.</p> +<p> +O Movimento Open Source, que foi lançado em 1998, tem o objetivo de +desenvolver softwares poderosos e confiáveis e uma tecnologia avançada +convidando o público a colaborar com o desenvolvimento do software.Muitos +desenvolvedores que participam desse movimento usam a GNU GPL, e são +bem-vindos para utilizá-la. Mas as ideias e a lógica da GPL não podem ser +encontradas no Movimento Open Source. Elas derivam dos objetivos e valores +mais profundos do Movimento do Software Livre.</p> +<p> +O Movimento do Software Livre foi fundado em 1984, mas sua inspiração vem +dos ideais de 1776: liberdade, comunidade e cooperação voluntária. Isto é o +que leva à livre empresa, à liberdade de opinião e à liberdade de software.</p> +<p> + Assim como em “livre empresa” e “livre opinião”, o “livre” de “software +livre” se refere à liberdade, e não a preço; especificamente, isso quer +dizer que você tem a liberdade de estudar, mudar e redistribuir o software +que utilizar. Essas liberdades permitem que cidadãos ajudem a si mesmos e +uns aos outros, e dessa forma participem de uma comunidade. Isto estabelece +um contraste com o software proprietário mais comum, que mantém os usuários +indefesos e divididos: o funcionamento interno é secreto, e você está +proibido de compartilhar o programa com seu vizinho. Um software poderoso e +confiável e uma tecnologia avançada são subprodutos úteis da liberdade, mas +a liberdade de ter uma comunidade é tão importante quanto.</p> +<p> +Não pudemos estabelecer uma comunidade de liberdade na terra do software +proprietário onde cada programa tem seu senhor. Tivemos de construir uma +nova terra no ciberespaço - o sistema operacional GNU de software livre, que +começamos a escrever em 1984. Em 1991, quando o GNU estava quase terminado, +o kernel Linux escrito por Linus Torvalds preencheu a última lacuna; em +pouco tempo o sistema GNU/Linux livre estava disponível. Hoje, milhões de +usuários utilizam o GNU/Linux e desfrutam dos benefícios de liberdade e +comunidade.</p> +<p> +Eu projetei a GNU GPL para sustentar e defender as liberdades que definem o +> > software livre - para utilizar as palavras de 1776, ele as estabelece +como direitos inalienáveis para programas lançados sob o GPL. Ele garante +que você tenha a liberdade de estudar, alterar e redistribuir o programa, +dizendo que ninguém está autorizado a tirar essas liberdades de você +redistribuindo o programa.</p> +<p> +Por uma questão de cooperação, incentivamos as pessoas a modificar e ampliar +os programas que publicamos. Por uma questão de liberdade, determinamos a +condição de que essas versões modificadas de nossos programas devem +respeitar você assim como a versão original. Nós incentivamos uma cooperação +de mão dupla rejeitando parasitas: quem desejar copiar partes de nosso +software em seu programa deve nos deixar utilizar partes desse programa em +nossos programas. Ninguém é forçado a entrar para nosso clube, mas aqueles +que desejam participar devem nos oferecer a mesma cooperação que recebem de +nós. Isso torna o sistema justo.</p> +<p> +Milhões de usuários, dezenas de milhares de desenvolvedores e empresas tão +grandes quanto IBM, Intel e Sun escolheram participar nessa base. Mas +algumas empresas desejam as vantagens sem as responsabilidades.</p> +<p> +De tempos em tempos, algumas empresas nos diziam: “Nós faríamos uma versão +aprimorada desse programa se você nos permitisse lançá-lo sem liberdade.” +Respondíamos: “Não, obrigado. Suas melhorias poderiam ser úteis se fossem +livres, mas se não podemos usá-las em liberdade, elas não são boas.” Então +elas apelavam para nossos egos, dizendo que nosso código teria “mais +usuários” dentro de seus programas proprietários. Respondíamos que +valorizamos a liberdade de nossa comunidade mais do que uma forma +irrelevante de popularidade.</p> +<p> +A Microsoft certamente gostaria de ter o benefício de nosso código sem as +responsabilidades. Mas ela tem outro propósito, mais específico, ao atacar a +GNU GPL. A Microsoft é conhecida geralmente por imitação ao invés de +inovação. Quando a Microsoft faz algo de novo, sua finalidade é estratégica +— não aprimorar a computação para seus usuários, mas eliminar alternativas +para eles. </p> +<p> +A Microsoft utiliza uma estratégia anticompetitiva chamada “abraçar e +estender”. Isto significa que eles começam com a tecnologia que outros estão +utilizando, adicionam uma pequeno informação adicional que é secreta, de +modo que ninguém mais pode imitá-lo, e em seguida usam essa informação +secreta de forma que apenas o software da Microsoft possa se comunicar com +outro software Microsoft. Em alguns casos, isso torna difícil que você +utilize um programa não Microsoft quando outros com os quais você trabalha +usam um programa Microsoft. Em outros casos, isso torna difícil para você +usar um programa não Microsoft para o trabalho A se você usa um programa +Microsoft para o trabalho B. De qualquer modo, “abraçar e estender” amplia o +efeito do poder de mercado da Microsoft.</p> +<p> +Nenhuma licença pode impedir a Microsoft de praticar “abraçar e estender” se +ela estiver determinada a fazê-lo às nossas custas. Se eles escrevem seu +próprio programa do zero, e não utilizarem nada do nosso código, a licença +sobre nosso código não os afetará. Mas uma reescritura total custa muito +caro e é muito difícil, e mesmo a Microsoft não consegue fazer isso o tempo +todo. Daí essa campanha deles para nos convencer a abandonar a licença que +protege nossa comunidade, a licença que não os deixará dizer: “O que é seu é +meu, e o que é meu é meu.” Eles querem que nós os deixemos pegar o que +quiserem, sem nunca revolver nada. Eles querem que abandonemos nossas +defesas.</p> +<p> +Mas ser indefeso não é o American Way. Na terra do bravo e do livre, +defendemos nossa liberdade com o GNU GPL.</p> + +<h4>Adendo:</h4> + +<p> +A Microsoft diz que a GPL é contra “direitos de propriedade +intelectual”. Não tenho opinião formada a respeito de “direitos de +propriedade intelectual”, porque o termo é muito abrangente para que se +possa formar uma opinião sensata a seu respeito. Ele é um saco de gatos, +compreendendo copyrights, patentes, marcas registradas e outras áreas +diversas da lei; áreas tão diferentes, nas leis e em seus efeitos, que +qualquer declaração a respeito delas é certamente simplista. Para pensar de +modo inteligente a respeito de copyrights, patentes ou marcas registradas, +você deve pensar nelas separadamente. O primeiro passo é recusar agrupá-las +todas como “propriedade intelectual”.</p> +<p> +Levo uma hora para expor meu ponto de vista a respeito do copyright, mas um +princípio geral se aplica: ele não pode justificar negar as liberdades +importantes do público. Como disse Abraham Lincoln, “Sempre que houver +conflito entre direitos humanos e direitos de propriedade, os direitos +humanos devem prevalecer.” Os direitos de propriedade foram criados para +favorecer o bem-estar humano, não como uma desculpa para desrespeitá-los.</p> +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2001 Richard M. Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Tradução e adaptação do texto: Fábio Fernandes</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/hackathons.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/hackathons.html new file mode 100644 index 0000000..8a5cc52 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/hackathons.html @@ -0,0 +1,186 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/hackathons.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.84 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Hackathons devem insistir em software livre - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/hackathons.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por que os hackathons devem insistir em Software Livre </h2> + +<p>Os Hackathons são um método aceitável da comunidade dar apoio ao +desenvolvimento de projetos digitais. A comunidade convida os +desenvolvedores para participarem de um evento que oferece uma atmosfera +encorajadora, alguns recursos úteis, e a oportunidade de trabalhar em +projetos úteis. A maioria dos hackathons escolhem o projeto que eles +apoiarão, com base em critérios declarados.</p> + +<p>Os Hackathons se encaixam no espírito de uma comunidade em que as pessoas +adotam uma atitude de cooperação e respeito mútuo. O software que está de +acordo com este espírito é software livre, <a +href="/philosophy/free-sw.html">livre como em liberdade</a>. O software +livre traz uma licença que dá aos usuários (incluindo programadores) +liberdade para cooperar. Assim, os hackathons fazem sentido dentro da +comunidade de software livre. <a +href="/philosophy/free-hardware-designs.html">Os projetos de design de +hardware</a> também podem e devem ser livres.</p> + +<p>O respeito pela liberdade não pode ser dado como certo. Pelo contrário, nós +estamos cercados por empresas que descaradamente liberam softwares +proprietários (não livres), disponíveis somente para uso daqueles que se +renderem ao poder delas. Essas empresas desenvolvem software como um <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">meio de dominar e +controlar outros</a>.</p> + +<p>O sucesso nocivo dessas empresas inspira jovens desenvolvedores a seguir seu +exemplo ao desenvolver seus próprios programas ou projetos de hardware para +dominar os usuários. As vezes elas trazem seus projetos para os hackathons, +buscando o apoio da comunidade enquanto rejeitam o espírito da comunidade: +eles não tem a intenção de retornar a cooperação pela cooperação. Os +hackathons que aceitam isto enfraquecem o espírito comunitário em que se +baseiam.</p> + +<p>Alguns hackathons perversos são especificamente dedicados a ajudar a +computação de certas empresas: em alguns casos, <a +href="https://www.beyondhackathon.com/en">Europeias</a> e <a +href="http://www.hackathon.io/rbc-digital">bancos canadenses</a>, e <a +href="http://expediaconnectivity.com/blog#madrid-hackathon-winners">Expedia</a>. +Embora elas não digam explicitamente, os anúncios dão a impressão que elas +pretendem promover o desenvolvimento de algum software não livre, e que os +participantes devem ajudar esses projetos não beneficentes.</p> + +<p>Esses exemplos mostram o quanto os hackathons podem se distanciar de seus +objetivos originais. Voltemos ao caso mais comum de um hackathon que não é +especificamente comercial, mas aceita projetos que são proprietários.</p> + +<p>Quando um desenvolvedor traz um projeto para um hackathon, e não diz se ele +será livre, isso não é uma oposição aberta ao espírito comunitário, mas +enfraquece esse espírito. Hackathons devem fortalecer o espírito comunitário +em que se baseiam, insistindo que os projetos do hackathon se comprometam a +liberar de acordo com esse espírito.</p> + +<p>Isto significa dizer ao desenvolvedores, “para que você mereça nosso apoio e +ajuda, você deve concordar em dar à comunidade a liberdade para o uso do +resultados do seu projeto, se você considerá-los suficientemente bons para +usar ou liberar”.</p> + +<p>Como um participante individual de um hackathon, você pode apoiar esse +princípio: antes de você participar de qualquer projeto de hackathon, +pergunte “em qual licença você publicará isso? Eu quero ter certeza que isso +será livre antes de me juntar ao desenvolvimento”. Se os desenvolvedores do +projeto disserem que eles irão escolher a licença mais tarde, você pode +responder que você irá escolher mais tarde se deseja participar. Não seja +tímido – se os outros ouvirem essa discussão, eles podem decidir +seguir o mesmo caminho.</p> + +<p>Para ver quais licenças são licenças livres, veja <a +href="/licenses/license-list.html">a lista das licenças GNU</a>. A maioria +das licenças “open source/código aberto” são livres, mas <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">algumas licenças open +source/código aberto não são livres porque elas são muito restritivas</a>.</p> + +<p>A postura firme de indivíduos tem um efeito, mas uma política própria do +hackathon terá um grande efeito. Os Hackathons devem pedir a cada +participante do projeto que se comprometa a seguir a seguinte regra:</p> + +<blockquote> +<p>Se você liberar ou usar este código ou design, você irá liberar o seu código +fonte sob uma licença livre. Se você distribuir o código em um formato +executável, você irá fazê-lo livre também.</p> +</blockquote> + +<p>Muitos hackathons são patrocinados ou acontecem em escolas/faculdades, o que +é uma razão adicional para que elas adotem essa regra. O software livre é +uma contribuição para o conhecimento público, enquanto o software não livre +retém o conhecimento do público. Assim, <a +href="/education/edu-schools.html">o software livre apoia o espírito da +educação, enquanto o software proprietário se opõe a ele</a>. As +escolas/faculdades devem insistir que todo o desenvolvimento de seus +softwares sejam softwares livres, incluindo os de hackathons que elas +apoiam.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. 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Um tratado proposto, agora sendo +negociado, ameaça submeter os desenvolvedores de software na Europa e em +outros países à patentes de software dos E.U.A. — e outras leis +danosas do mundo todo. O problema não afeta só programadores; autores de +todos os tipos vão enfrentar novos perigos. Mesmo as leis de censura de +vários países poderiam ter efeitos globais.</p> + +<p> +O tratado de Haia não é só sobre patentes, ou sobre leis de direitos +autorais, mas ele afeta tudo isso. É um tratado sobre jurisdição, e sobre +como um país deveria tratar as decisões judiciais de outro país. A ideia +básica é até bastante razoável: Se alguém bate no seu carro na França, ou +quebra um contrato com sua empresa francesa, você pode processá-lo na +França, e então trazer o veredicto a uma corte no país em que ele vive (ou +em que tenha bens) para sua validação.</p> + +<p> +O tratado se torna um problema quando é estendido para a distribuição de +informação — porque informação agora viaja normal e previsivelmente para +todos os países. (A internet é uma via, mas não a única). A consequência é +que você poderia ser processado pela informação que você distribuiu pelas +leis de <strong>qualquer</strong> país [signatário] de Haia e o julgamento +provavelmente seria validado em seu próprio país.</p> + +<p> +Por exemplo, se você publicar um pacote de software (livre ou não) na +Alemanha, e as pessoas o usarem nos E.U.A., você poderia ser processado por +infringir alguma patente de software absurda dos E.U.A. Essa parte não +depende de [do tratado de] Haia — ela poderia acontecer agora. Mas +agora, você poderia ignorar o julgamento nos E.U.A., a salvo na Alemanha, e +o dono da patente sabe disso. Sob o tratado de Haia, qualquer corte alemã +seria obrigada a aplicar o julgamento [da corte] nos E.U.A. contra você. Na +verdade, as patentes de software de qualquer país signatário se aplicariam a +todos os países signatários. Não é o suficiente manter as patentes de +software fora da Europa, se as patentes americanas, japonesas ou egípcias +podem alcançar você lá.</p> + +<p> +Mas legislação de patentes não é a única área da lei que poderia criar +estragos absurdos se globalizada pelo tratado de Haia. Suponha que você +publique um texto criticando uma pessoa pública. Se cópias forem lidas na +Inglaterra, essa pessoa poderia processar você sob as estritas leis contra +difamação do Reino Unido. As leis no seu país podem lhe dar o direito de +criticar uma pessoa pública, mas com o tratado de Haia, elas não mais +necessariamente lhe protegerão.</p> + +<p> +Ou, suponha que você publique um texto comparando seus preços com os de seus +concorrentes. Se ele fosse lido na Alemanha, onde propaganda comparativa é +ilegal, você poderia ser processado na Alemanha e o julgamento trazido de +volta para você onde quer que você esteja. (Nota subsequente: eu recebi uma +informação de que essa lei pode ter sido alterada na Alemanha. Porém, o +ponto é o mesmo — qualquer país poderia ter tal lei e alguns outros +países Europeus ainda pode ter.)</p> + +<p> +Ou suponha que você publique uma paródia. Se ela for lida na Coreia, você +poderia ser processado lá, uma vez que a Coreia não reconhece o direito de +parodiar. (Desde a publicação deste artigo, a Suprema Corte da Coreia +afirmou o direito de parodiar, mas o ponto geral permanece.)</p> + +<p> +Ou suponha que você tenha ideias políticas que algum governo proíba. Você +poderia ser processado naquele país, e o julgamento naquele país seria +validado onde quer que você more.</p> + +<p> +Há não muito tempo, o Yahoo foi processado na França por conter links para +sites americanos que leiloavam relíquias Nazistas, o que é permitido nos +E.U.A. Depois que uma corte francesa obrigou o Yahoo France a bloquear esses +links, o Yahoo foi a uma corte nos E.U.A., pedindo por uma decisão de que o +julgamento francês não pudesse ser aplicado à matriz nos E.U.A.</p> + +<p> +Pode parecer surpreendente saber que dissidentes chineses exilados juntaram +se a causa em suporte ao Yahoo. Mas eles sabiam o que estavam fazendo +— o seu movimento pela democracia depende do resultado [desse +julgamento].</p> + +<p> +Percebam, o nazismo não é a única visão política cuja expressão é proibida +em certos lugares. Criticar o governo Chinês também é proibido — na +China. Se a decisão de uma corte francesa contra afirmações nazistas pode +ser validada nos E.U.A., ou no seu próprio país, talvez uma decisão de uma +corte chinesa contra afirmações anti-governo-da-China possam ser validadas +lá também. (Isso pode ser o motivo pelo qual a China se juntou às +negociações do tratado de Haia). O governo Chinês pode facilmente adaptar +sua lei de censura de forma que o tratado de Haia seja aplicável à mesma; +tudo o que ela tem que fazer é dar a indivíduos privados (e agências +governamentais) o direito de processar publicações dissidentes.</p> + +<p> +A China não é o único país a banir críticas ao seu governo; enquanto este +texto é escrito, o governo de Victoria (Austrália) está com um processo +aberto para suprimir um livro intitulado “Victoria Police Corruption” +(Corrupção na Polícia de Victoria) baseado no argumento de que ele +“escandaliza as cortes”. Esse livro está disponível na Internet fora da +Austrália. A Austrália é uma participante do tratado de Haia; se o tratado +se aplicar a tais casos, um julgamento de uma corte australiana contra o +livro pode ser usado para suprimi-lo nos outros lugares.</p> + +<p> +Enquanto isso, trabalhos que criticam o Islã têm enfrentado uma censura +progressiva no Egito, um participante do tratado de Haia; isso também +poderia ser globalizado pelo tratado de Haia.</p> + +<p> +Os americanos podem apelar à Primeira Emenda [da constituição americana] +para protegê-los de julgamentos estrangeiros contra seus discursos. O +projeto do tratado permite que uma corte ignore um julgamento estrangeiro +que seja “manifestamente incompatível com a política pública”. Este é um +critério estrito, então você não pode contar com ele só porque sua conduta é +legal no lugar onde você está. O que exatamente ele cobre é decidido por +cada juiz em particular. É pouco provável que ele lhe ajude contra amplas +interpretações estrangeiras de direitos autorais, marcas registradas ou +patentes de software, mas cortes dos E.U.A. podem usá-lo para rejeitar +decisões diretas de censura.</p> + +<p> +Entretanto, nem isso vai ajudá-lo se você publicar na Internet porque o seu +<abbr title="Internet service provider">ISP</abbr> ou tem bens em outros +países, ou se comunica com o mundo através de <abbr>ISP</abbr>s maiores, que +os têm. Um julgamento de censura contra o seu site, ou de qualquer outro +tipo, seria forçado contra o seu <abbr>ISP</abbr>, ou contra o +<abbr>ISP</abbr> do seu <abbr>ISP</abbr>, em qualquer outro país onde ele +tenha bens — e onde não há uma Carta de Direitos, e liberdade de +expressão não tenha um status tão exaltado quanto nos E.U.A. Em resposta, o +<abbr>ISP</abbr> vai fechar o seu site. O tratado de Haia iria globalizar os +pretextos para processos, mas não as proteções para as liberdades civis, +então qualquer proteção local poderia ser contornada.</p> + +<p> +Processar o seu <abbr>ISP</abbr> parece exagero? Isso já acontece. Quando a +companhia multinacional Danone anunciou planos de fechar fábricas na França, +Olivier Malnuit abriu um site, jeboycottedanone.com, para criticar isso, (O +nome em francês para “Eu boicoto Danone”). A Danone processou não apenas +ele, mas a empresa que hospedava seu site e registro de domínio alegando +“falsificação de bens” — e em abril de 2001 recebeu um veredicto +proibindo Malnuit de mencionar o nome “Danone” quer no nome do domínio, quer +no texto do site. Mais ainda, a mantenedora de registros de domínios removeu +o domínio, por medo, antes da corte dar o veredicto.</p> + +<p> +A resposta natural para os dissidentes franceses é publicar suas críticas à +Danone fora da frança, assim como dissidentes chineses publicam suas +críticas à China fora da China. Mas o tratado de Haia habilitaria a Danone a +atacá-los em qualquer parte. Talvez até mesmo este artigo fosse suprimido +por seu <abbr>ISP</abbr>, ou pelo <abbr>ISP</abbr> de seu <abbr>ISP</abbr>.</p> + +<p> +Os efeitos potenciais do tratado não estão limitados apenas a leis que +existem hoje. Quando 50 países souberem que as decisões de suas cortes +poderiam ser aplicadas na América do Norte, Europa e Asia, eles teriam muita +tentação de aprovar leis só com esse propósito.</p> + +<p> +Suponha, por exemplo, que a Microsoft quisesse ser capaz de impor direitos +autorais sobre linguagens e protocolos de rede. Eles se aproximariam de +algum país pequeno e pobre e se ofereceriam para investir U$ 50 milhões lá +pelos próximos 20 anos, se aquele país aprovasse uma lei dizendo que +implementar um protocolo ou uma linguagem da Microsoft constituísse infração +de direitos autorais. Eles com certeza poderiam encontrar algum país que +aceitaria a oferta. Então, se você implementar um programa compatível, a +Microsoft poderia processar você naquele país, e ganhar. Quando o juiz +decidir em favor deles e banir a distribuição de seu programa, as cortes em +seu próprio país vão aplicar o julgamento contra você, obedecendo o tratado +de Haia.</p> + +<p> +Parece implausível? Em 2000, a Cisco pressionou o Liechtenstein, um pequeno +país europeu, a legalizar patentes de software. E o lobista chefe da IBM +ameaçou muitos governos europeus com o fim de investimentos se eles não +apoiassem patentes de software. Enquanto isso, o representante de comércio +dos E.U.A. pressionou a Jordânia, no Oriente Médio, a permitir patentes em +matemática.</p> + +<!-- The following link is dead, disabled - mhatta 2002/9/30 --> +<!-- +<A HREF="http://www.usjoft.com/usjoft/memopro/memopro.html"> +patents on +mathematics</A>.<p> +--> +<p> +Um encontro de organizações de consumidores (<a +href="http://www.tacd.org">http://www.tacd.org</a>) recomendou em 20 de maio +de 2001 que patentes, direitos autorias e marcas registradas (“propriedade +intelectual”) deveriam ser excluídos do escopo do tratado de Haia porque +essas leis variam consideravelmente de país para país.</p> + +<p> +Essa é uma boa recomendação, mas só resolve parte do problema. Patentes e +direitos autorais com um alcance bizarro são apenas muitas das desculpas +usadas para supressão de publicação em alguns países. Para resolver esse +problema de forma satisfatória, todos os casos sobre a legalidade de +distribuir ou transmitir uma informação particular deveriam ser excluídos de +globalização sob o tratado, e somente o país onde o distribuidor ou +transmissor opera deveria ter jurisdição sobre o mesmo.</p> + +<p> +<!-- link dead, disabled - yavor, 24 Apr 2007 --> +<!-- ; for more information, see +<a href="http://www.noepatents.org/hague"> +http://www.noepatents.org/hague</a>. +--> +Na Europa, pessoas que se opõem as patentes de software estarão trabalhando +ativamente para modificar o tratado de Haia. Nos E.U.A., o Consumer Project +on Technology (Projeto dos Consumidores para Tecnologia) está tomando a +liderança; para maiores informações, veja <a +href="http://www.cptech.org/ecom/jurisdiction/hague.html">http://www.cptech.org/ecom/jurisdiction/hague.html</a>.</p> + +<p> +Uma conferência diplomática está marcada para se iniciar hoje (6 de junho de +2001) para trabalhar nos detalhes do tratado de Haia. Nós devemos tornar os +ministérios e o público a par dos possíveis perigos tão rapidamente quanto +possível.</p> + +<hr /> + +<!-- link dead, disabled - yavor, 24 Apr 2007 --> +<!-- +You can read a draft of the Hague +treaty <a href="http://www.hcch.net/e/conventions/draft36e.html"> +here</a>.</p> +--> +<p> +Não há mais informações sobre os problemas do tratado de Haia na <a +href="http://web.lemuria.org/DeCSS/hague.html">http://web.lemuria.org/DeCSS/hague.html</a>.</p> +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2001 Richard Stallman<br /> +Copyright © 2001 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Traduzido por:</b> João S. O. Bueno <a +href="mailto:gwidion@mpc.com.br"><gwidion@mpc.com.br></a>, 2001; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/imperfection-isnt-oppression.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/imperfection-isnt-oppression.html new file mode 100644 index 0000000..ca64cba --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/imperfection-isnt-oppression.html @@ -0,0 +1,139 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/imperfection-isnt-oppression.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Imperfeição não é o mesmo que opressão - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/imperfection-isnt-oppression.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Imperfeição não é o mesmo que opressão</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></p> + +<p>Quando um programa livre carece de capacidades que os usuários desejam, isso +é lamentável; nós pedimos que as pessoas adicionem o que está +faltando. Alguns iriam mais longe e afirmariam que um programa nem mesmo é +<em>software</em> livre se não tiver certas funcionalidades – que nega +a liberdade 0 (a liberdade de executar o programa como você desejar) para +usuários ou usos que ele não possui suporte. Esse argumento é equivocado +porque se baseia na identificação da capacidade com liberdade e da +imperfeição com a opressão.</p> + +<p>Cada programa tem inevitavelmente certas funcionalidades e carece de outras +que possam ser desejáveis. Existem alguns trabalhos que podem ser feitos e +outros que não podem ser realizados sem trabalho adicional. Essa é a +natureza do <em>software</em>.</p> + +<p>A ausência de uma funcionalidade chave pode significar que certos usuários +achem que o programa é totalmente inutilizável. Por exemplo, se você entende +apenas de interfaces gráficas, um programa de linha de comando pode ser +impossível para você usar. Se você não puder ver a tela, um programa sem um +leitor de tela pode ser impossível para você usar. Se você fala apenas +grego, um programa com menus e mensagens em inglês pode ser impossível de +usar. Se seus programas são escritos em Ada, é impossível usar um compilador +C. Não é razoável exigir que você supere essas barreiras por conta +própria. O <em>software</em> livre realmente deveria fornecer a +funcionalidade que você precisa.</p> + +<p>O <em>software</em> livre realmente deveria fornecê-lo, mas a falta daquele +recurso não faz o programa não-livre, porque é uma imperfeição, não uma +opressão.</p> + +<p>Tornar um programa não-livre é uma injustiça cometida pelo desenvolvedor que +nega liberdade a quem quer que o use. O desenvolvedor merece condenação por +isso. É crucial condenar esse desenvolvedor, porque ninguém mais pode +desfazer a injustiça enquanto o desenvolvedor continuar a fazê-lo. Podemos e +tentamos resgatar as vítimas desenvolvendo um substituto livre, mas não +podemos libertar o programa não-livre.</p> + +<p>Desenvolver um programa livre sem adicionar um recurso importante não está +fazendo mal a ninguém. Pelo contrário, está se fazendo algo de bom, mas não +é tão bom que as pessoas precisem. Ninguém em particular merece condenação +por não desenvolver o recurso que falta, uma vez que qualquer pessoa capaz +poderia fazê-lo. Seria ingrato, bem como autodestrutivo, destacar os autores +do programa livre por não terem feito algum trabalho adicional.</p> + +<p>O que podemos fazer é afirmar que a conclusão do trabalho exige um trabalho +adicional. Isso é construtivo porque nos ajuda a convencer alguém a fazer +esse trabalho.</p> + +<p>Se você acha que uma certa extensão em um programa livre é importante, por +favor, faça isso da maneira que respeite nossos colaboradores. Não critique +as pessoas que contribuíram com o código útil que temos. Em vez disso, +procure uma maneira de concluir o trabalho. Você pode pedir que os +desenvolvedores do programa voltem sua atenção para o recurso em falta +quando tiverem tempo para mais trabalho. Você pode se oferecer para +ajudá-los. Você pode recrutar pessoas ou arrecadar fundos para apoiar o +trabalho.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2014 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2019.Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/incorrect-quotation.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/incorrect-quotation.html new file mode 100644 index 0000000..e191450 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/incorrect-quotation.html @@ -0,0 +1,142 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/incorrect-quotation.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Citação incorreta - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/incorrect-quotation.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Citação incorreta</h2> + +<p>Uma citação circula na Internet, atribuída a mim, mas não foi escrita por +mim.</p> + +<p>Aqui está o texto que está circulando. A maior parte foi copiada das +declarações que fiz, mas a parte em itálico aqui não é minha. Ele contém +pontos que estão errados ou confusos.</p> + +<blockquote> +<p>Eu só gostaria de interromper por um momento. O que você está se referindo +como Linux, é na verdade, GNU/Linux, ou como eu comecei recentemente a +chamá-lo, GNU e Linux. O Linux não é um sistema operacional <em>em si +mesmo</em>, mas sim <em>outro componente livre de um sistema totalmente +funcional GNU útil graças às <em>corelibs</em> do GNU, os utilitários de +shell e os componentes vitais do sistema que compreendem um sistema +operacional completo POSIX</em>. Muitos usuários de computador executam uma +versão modificada do sistema GNU todos os dias, sem perceber. Através de uma +reviravolta peculiar de eventos, a versão do GNU, que é amplamente usada +hoje em dia, é frequentemente chamada de “Linux”, e muitos de seus usuários +não estão cientes de que é basicamente o sistema GNU, desenvolvido pelo +Projeto GNU. Existe realmente um Linux, e essas pessoas estão usando, mas é +apenas uma parte do sistema que eles usam.</p> + +<p>Linux é o kernel: o programa no sistema que aloca os recursos da máquina +para os outros programas que você executa. O kernel é uma parte essencial de +um sistema operacional, mas inútil por si mesmo. Ele só pode funcionar no +contexto de um sistema operacional completo. O Linux é normalmente usado em +combinação com o sistema operacional GNU: todo o sistema é basicamente GNU +com Linux adicionado, ou GNU/Linux. Todas as chamadas distribuições “Linux” +são, na verdade, distribuições do GNU/Linux.</p> +</blockquote> + +<p>O principal erro é que o Linux <em>não</em> faz estritamente parte do +sistema GNU, cujo kernel é o GNU Hurd. A versão com o Linux, chamamos de +“GNU/Linux”. Não há problema em chamá-lo de “GNU” quando você quer ser +realmente breve, mas é melhor chamá-lo de “GNU/Linux” de modo a dar ao +Torvalds algum crédito.</p> + +<p>Nós não usamos o termo “corelibs”, e não tenho certeza do que isso +significaria, mas o GNU é muito mais do que os pacotes específicos que +desenvolvemos para ele. Eu comecei em 1983 a desenvolver um sistema +operacional, chamando-o de GNU, e esse trabalho exigia o desenvolvimento de +pacotes importantes que não pudéssemos encontrar em outro lugar.</p> + +<p>Veja <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">Linux e GNU</a> e <a +href="/gnu/gnu-linux-faq.html">GNU/Linux FAQ</a>, e também a história em <a +href="/gnu/thegnuproject.html">O Projeto GNU</a>.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2018 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/initial-announcement.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/initial-announcement.html new file mode 100644 index 0000000..c3c90be --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/initial-announcement.html @@ -0,0 +1,314 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/initial-announcement.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Anúncio Inicial - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/initial-announcement.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Anúncio Inicial</h2> + +<p> Este é o anúncio original do Projeto GNU, postado por <a +href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a> em 27 de Setembro de +1983.</p> + +<p> A história do Projeto GNU difere, de muitos modos, do plano inicial. Por +exemplo, o começo foi adiado até janeiro de 1984. Muitos dos conceitos +filosóficos de <a href="/philosophy/free-sw.html">software livre</a> não +foram clarificados até alguns anos depois.</p> + +<h3>Unix Livre!</h3> + +<p>A partir do próximo Dia de Ação de Graças, vou escrever um software completo +compatível com Unix chamado GNU (sigla para Gnu Não é Unix), e o +compartilharei livremente <a href="#f1">(1)</a> com qualquer um que possa +usá-lo. Contribuições em termos de tempo, dinheiro, programas e equipamentos +são muito bem-vindas.</p> + +<p>Para começar, o GNU será um kernel mais todos os utilitários necessários +para escrever e rodar programas em C: editores, shell, compilador C, linker, +assembler, e algumas outras coisas. Após isso, adicionaremos um formatador +de texto, um YACC, um jogo de Empire, software de planilha, e centenas de +outras coisas. Nós esperamos, eventualmente, fornecer tudo o que for útil e +que normalmente vem com um sistema Unix, e tudo o mais que seja útil, +incluindo documentação on-line e impressa.</p> + +<p>O GNU rodará programas Unix, mas não será idêntico ao Unix. Nós faremos +todas as melhorias que são necessárias, baseados em nossa experiência com +outros sistemas operacionais. Em particular, planejamos ter nomes de +arquivos longos, números de versão de arquivos, um sistema de arquivos à +prova de quebra, talvez um sistema de sugestão de nome de arquivo, um +suporte para monitores independente para cada terminal, e eventualmente um +sistema de janelas baseado em Lisp por meio do qual vários programas em Lisp +e programas Unix comuns possam compartilhar uma tela. Tanto C e Lisp estarão +disponíveis como linguagens de programação. Nós teremos um software de +controle de rede baseado no protocolo chaosnet do MIT, muito superior ao +UUCP. Nós também podemos ter alguma compatibilidade com UUCP.</p> + + +<h3>Quem sou eu?</h3> + +<p>Eu sou Richard Stallman, inventor do original e muito imitado editor EMACS, +do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT. Eu tenho trabalhado +extensivamente com compiladores, editores, depuradores, interpretadores de +comando, com o Sistema de Compartilhamento de Tempo Incompatível e com o +sistema operacional para Máquina Lisp. Eu fui pioneiro no suporte à exibição +de independente de terminal em ITS. Ademais, eu tenho implementado um +sistema de arquivos à prova de quebra e dois sistemas com janelas para +máquinas Lisp.</p> + +<h3>Por Que eu Tenho que Escrever o GNU</h3> + +<p>Eu considero que a regra de ouro requer que se eu gosto de um programa eu +tenho que compartilhá-lo com outras pessoas que gostam dele. Eu não posso, +em boa consciência, assinar um acordo de não quebra ou um acordo de licença +de software.</p> + +<p>Então, para que eu posso continuar a usar computadores sem violar meus +princípios, eu decidi reunir um corpo suficiente de software livre de tal +modo que eu esteja apto a passar sem o uso de qualquer software que não seja +livre.</p> + + +<h3>Como você pode contribuir</h3> + +<p>Eu estou solicitando a fabricantes de computadores doações de máquinas e +dinheiro. Eu estou solicitando a indivíduos que doem programas e trabalho.</p> + +<p>Um fabricante de computadores já ofereceu uma máquina. Mas nós podemos usar +mais. Uma consequência que você pode esperar, caso doe máquinas, é que o GNU +irá rodar nelas assim que possível. É melhor que a máquina possa operar numa +área residencial, e que não requeira energia ou resfriamento sofisticado.</p> + +<p>Programadores individuais podem contribuir escrevendo uma duplicata +compatível de algum utilitário Unix e dando-a para mim. Para a maioria dos +projetos, tal trabalho distribuído de meio expediente seria muito difícil de +coordenar; as partes escritas independentemente podem não funcionar +juntas. Porém, para a tarefa particular de substituir o Unix, esse problema +não existe. Se cada contribuição funcionar com o resto do Unix, ela +provavelmente funcionará com o restante do GNU.</p> + +<p>Se eu receber doações em dinheiro, poderei ser capaz de contratar algumas +pessoas em meio expediente ou período integral. O salário não será alto, mas +eu estou procurando por pessoas que saibam que ajudar a humanidade é tão +importante quanto dinheiro. Eu vejo isso como um modo de permitir a pessoas +dedicadas devotar todas suas energias trabalhando no GNU, poupando-as da +necessidade de ganhar a vida de outro modo.</p> + + +<p>Para mais informação, contate-me.</p> + +<p>correio Arpanet:<br /> + RMS@MIT-MC.ARPA</p> + +<p>Usenet:<br /> + ...!mit-eddie!RMZ@OZ<br /> + ...!mit-vax!RMS@OZ</p> + +<p>Us Snail:<br /> + Richard Stallman<br /> + 166 Prospect St<br /> + Cambridge, MA 02139</p> + + +<h4 id="f1">Escolha infeliz de redação em “free”</h4> + +<p>A redação aqui foi descuidada. A intenção era que ninguém tivesse que pagar +pela <b>permissão</b> para usar o sistema GNU. Porém, na redação isso não +ficou claro, e as pessoas frequentemente interpretam como dizendo que cópias +do GNU sempre devem ser distribuídas a um custo pequeno ou a custo +inexistente. Essa nunca foi a intenção.</p> + +<h3>Mensagem original</h3> + +<p>Para completude, o e-mail original está reproduzido aqui, em sua forma +original.</p> + +<div dir="ltr"> +<pre><!--TRANSLATORS: Don't translate anything except the headers.--> + +From CSvax:pur-ee:inuxc!ixn5c!ihnp4!houxm!mhuxi!eagle!mit-vax!mit-eddie!RMS@MIT-OZ +From: RMS%MIT-OZ@mit-eddie +Newsgroups: net.unix-wizards,net.usoft +Subject: new Unix implementation +Date: Tue, 27-Sep-83 12:35:59 EST +Organization: MIT AI Lab, Cambridge, MA + +Free Unix! + +Starting this Thanksgiving I am going to write a complete +Unix-compatible software system called GNU (for Gnu's Not Unix), and +give it away free<a href="#f1">(1)</a> to everyone who can use it. +Contributions of time, money, programs and equipment are greatly +needed. + +To begin with, GNU will be a kernel plus all the utilities needed to +write and run C programs: editor, shell, C compiler, linker, +assembler, and a few other things. After this we will add a text +formatter, a YACC, an Empire game, a spreadsheet, and hundreds of +other things. We hope to supply, eventually, everything useful that +normally comes with a Unix system, and anything else useful, including +on-line and hardcopy documentation. + +GNU will be able to run Unix programs, but will not be identical +to Unix. We will make all improvements that are convenient, based +on our experience with other operating systems. In particular, +we plan to have longer filenames, file version numbers, a crashproof +file system, filename completion perhaps, terminal-independent +display support, and eventually a Lisp-based window system through +which several Lisp programs and ordinary Unix programs can share a screen. +Both C and Lisp will be available as system programming languages. +We will have network software based on MIT's chaosnet protocol, +far superior to UUCP. We may also have something compatible +with UUCP. + + +Who Am I? + +I am Richard Stallman, inventor of the original much-imitated EMACS +editor, now at the Artificial Intelligence Lab at MIT. I have worked +extensively on compilers, editors, debuggers, command interpreters, the +Incompatible Timesharing System and the Lisp Machine operating system. +I pioneered terminal-independent display support in ITS. In addition I +have implemented one crashproof file system and two window systems for +Lisp machines. + + +Why I Must Write GNU + +I consider that the golden rule requires that if I like a program I +must share it with other people who like it. I cannot in good +conscience sign a nondisclosure agreement or a software license +agreement. + +So that I can continue to use computers without violating my principles, +I have decided to put together a sufficient body of free software so that +I will be able to get along without any software that is not free. + + +How You Can Contribute + +I am asking computer manufacturers for donations of machines and money. +I'm asking individuals for donations of programs and work. + +One computer manufacturer has already offered to provide a machine. But +we could use more. One consequence you can expect if you donate +machines is that GNU will run on them at an early date. The machine had +better be able to operate in a residential area, and not require +sophisticated cooling or power. + +Individual programmers can contribute by writing a compatible duplicate +of some Unix utility and giving it to me. For most projects, such +part-time distributed work would be very hard to coordinate; the +independently-written parts would not work together. But for the +particular task of replacing Unix, this problem is absent. Most +interface specifications are fixed by Unix compatibility. If each +contribution works with the rest of Unix, it will probably work +with the rest of GNU. + +If I get donations of money, I may be able to hire a few people full or +part time. The salary won't be high, but I'm looking for people for +whom knowing they are helping humanity is as important as money. I view +this as a way of enabling dedicated people to devote their full energies to +working on GNU by sparing them the need to make a living in another way. + + +For more information, contact me. +Arpanet mail: + RMS@MIT-MC.ARPA + +Usenet: + ...!mit-eddie!RMS@OZ + ...!mit-vax!RMS@OZ + +US Snail: + Richard Stallman + 166 Prospect St + Cambridge, MA 02139 +</pre> +</div> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1983, 1999, 2007, 2008, 2009, 2013, 2014 Free Software +Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Thiago Carreira, 2012.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/install-fest-devil.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/install-fest-devil.html new file mode 100644 index 0000000..5fc9eab --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/install-fest-devil.html @@ -0,0 +1,214 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/install-fest-devil.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.87 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Festivais de Instalação - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/install-fest-devil.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Festivais de Instalação: O que fazer com o pacto com o diabo</h2> + +<p>por Richard Stallman</p> + +<blockquote><p>Publicado para <a href="https://libreplanet.org/2019"> LibrePlanet, en 23 e +24 de Março de 2019</a></p></blockquote> + +<p>Os festivais de instalação convidam os usuários a trazer seus computadores +para que especialistas possam instalar o GNU/Linux neles. Isto destina-se a +promover a ideia de software livre, bem como o uso de software livre. Na +prática, esses dois objetivos entram em conflito: os usuários que desejam +rejeitar o software não livre precisam escolher cuidadosamente seus +computadores com cuidado para atingir esse objetivo.</p> + +<p>O problema é que a maioria dos computadores não consegue funcionar com uma +distribuição GNU/Linux completamente livre. Eles contêm periféricos, ou +coprocessadores, que não funcionam, a menos que o sistema instalado contenha +alguns drivers ou firmware não livres. Isso acontece porque os fabricantes +de hardware se recusam a nos dizer como usar seus produtos, de modo que a +única maneira de descobrir como é usar engenharia reversa, que na maioria +dos casos ainda não foi feita.</p> + +<p>Isso representa para o festival de instalação um dilema. Se nele forem +defendidos os ideais de liberdade, instalando apenas software livre de <a +href="/distros/distros.html">distribuições 100% livres</a>, as máquinas +parcialmente secretas não se tornarão totalmente funcionais e os usuários +que trazem-nas sairão desapontados. No entanto, se o festival de instalação +instalar distribuições não livres e softwares não livres que fazem com que +as máquinas funcionem inteiramente, não será possível ensinar os usuários a +dizer não por uma questão de liberdade. Eles podem aprender a gostar do +GNU/Linux, mas não aprenderão o que significa o movimento do software +livre. Com efeito, o festival de instalação faz um pacto tácito com o diabo, +que suprime <a href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">a +mensagem do movimento do software livre sobre liberdade e justiça</a>.</p> + +<p>O software não livre significa que o usuário sacrifica a liberdade pela +funcionalidade. Se os usuários tivessem que lutar com essa escolha, eles +poderiam extrair uma lição moral, e talvez conseguir um computador melhor +depois. Mas quando o festival de instalação se compromete em nome do +usuário, ele protege o usuário da dimensão moral; o usuário nunca vê que +algo além de conveniência está em jogo. Com efeito, o festival de instalação +faz o pacto com o diabo, em nome do usuário, atrás de uma cortina para que o +usuário não reconheça este pacto.</p> + +<p>Proponho que o festival de instalação mostre aos usuários exatamente o que +eles estão fazendo. Deixe-os falar com o diabo individualmente, aprenda as +más implicações do pacto, faça um pacto – ou se recuse!</p> + +<p>Como sempre, convoco o festival de instalação em si para instalar apenas +software livre, assumindo uma postura rígida. Desta forma, ele pode definir +um exemplo moral claro de rejeição de software não livre.</p> + +<p>Minha nova ideia é que o festival de instalação poderia permitir que o diabo +ficasse por perto, em um canto do corredor, ou na sala ao lado. (Na verdade, +um ser humano usando uma placa dizendo “O Diabo”, e talvez uma máscara ou +chifres de brinquedo.) O diabo se ofereceria para instalar drivers não +livres na máquina do usuário para fazer mais partes do computador funcionar, +explicando ao usuário que o custo disso é usar um programa não livre +(injusto).</p> + +<p>O festival de instalação toleraria a presença do diabo, mas não patrocinaria +oficialmente o diabo, nem divulgaria a disponibilidade do diabo. Portanto, +os usuários que aceitam o pacto com diabo veriam claramente que o diabo +instalou os <em>drivers</em> não livres, não o programa de instalação. O +festival de instalação não seria moralmente comprometido pelas ações do +diabo, de modo que poderia reter plena autoridade moral quando fala sobre o +imperativo da liberdade.</p> + +<p>Os usuários que recebem <em>drivers</em> não livres veriam qual é o custo +moral para eles e que há pessoas na comunidade que se recusam a pagar esse +custo. Eles teriam a oportunidade de refletir depois sobre a situação em que +seus computadores defeituosos os colocaram e sobre como mudar essa situação, +em pequena e grande escala.</p> + +<p>O festival de instalação deve oferecer conselhos aos usuários que gostariam +de substituir alguns dos componentes da máquina por alternativas que +suportam software livre, e recomendam fontes de assistência comerciais e não +comerciais, incluindo fsf.org/resources/hw para obter um computador que +funcione totalmente sem <em>drivers</em> e <em>blobs</em> não livres.</p> + +<p>Também deve sugerir a esses usuários que enviem cartas de crítica às +empresas que produzem ou vendem os componentes que dependem de software não +livre para funcionar.</p> + +<p>O diabo do festival de instalação não tem nada a ver com o fofo demônio do +BSD, e o festival de instalação deve deixar isso bem claro. Esta questão diz +respeito à diferença entre várias distribuições GNU/Linux, e não é sobre o +BSD. De fato, a mesma abordagem poderia ser usada para a instalação do BSD.</p> + +<p>Este demônio seria um ser humano disfarçado para ensinar uma lição moral com +uma metáfora teatral, então não vamos levar a metáfora longe demais. Acho +que faríamos bem em não dizer que os usuários estão “vendendo suas almas” se +instalarem software não livre – em vez disso, parte de sua própria +liberdade é o que perdem. Nós não precisamos exagerar para ensinar o ponto +de que negociar sua liberdade por conveniência (e levar os outros a fazer o +mesmo) é <a +href="https://www.fsfla.org/circular/2007-02.en.html#1">colocar-se em um +congestionamento moral</a>.</p> + +<p>O trabalho do demônio seria algo que eu não aprovaria – instalar +software não livre –, por isso não me envolverei em discutir os +detalhes práticos. Mas é difícil confiar em um diabo para fazer o mal apenas +dentro de certos limites. O que impede o diabo de oferecer a instalação de +uma distribuição GNU/Linux, como o Ubuntu, que oferece ao usuário outros +programas não livres atraentes, não apenas aqueles necessários para que o +<em>hardware</em> da máquina funcione? Ou até mesmo se oferecendo para +instalar o Windows? As pessoas que executam o festival de instalação devem +perguntar a alguns usuários o que o diabo fez com seus computadores.</p> + +<p>Não é moralmente melhor se o festival de instalação não permitir o diabo? +Certamente! A FSF não permitirá que um demônio permaneça em seus +eventos. Mas dado o fato de que a maioria dos festivais de instalação +desempenha silenciosamente o papel do diabo, eu acho que um diabo explícito +seria menos ruim. Isso converteria o dilema do festival de instalação de uma +contradição debilitante em uma experiência de ensino. Os usuários seriam +capazes de obter, se insistirem, os <em>drivers</em> não livres para fazer +seus periféricos funcionarem, e então usarem o GNU/Linux sabendo que há um +passo adicional em direção à liberdade que eles deveriam tomar.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2019 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2019.Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/is-ever-good-use-nonfree-program.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/is-ever-good-use-nonfree-program.html new file mode 100644 index 0000000..715416a --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/is-ever-good-use-nonfree-program.html @@ -0,0 +1,208 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/is-ever-good-use-nonfree-program.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.84 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Alguma vez é uma boa ideia usar um programa não livre? - Projeto GNU - Free +Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/is-ever-good-use-nonfree-program.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Alguma vez é uma boa ideia usar um programa não livre?</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> + +<p>Se você executa um programa não livre no seu computador, ele nega sua +liberdade; a injustiça imediata é direcionada a você (<a +href="#footnote">*</a>)</p> + +<p>Se você recomenda que outras pessoas executem o programa não livre, ou as +leva a fazê-lo, você está levando-as a desistir de sua liberdade. Assim, +temos a responsabilidade de não liderar ou incentivar outras pessoas a +executar software não livre. Onde o programa usa um protocolo secreto para +comunicação, como no caso do Skype, seu uso próprio pressiona os outros a +usá-lo também, por isso é especialmente importante evitar qualquer uso +desses programas.</p> + +<p>Mas há um caso especial em que o uso de software não livre, e até mesmo a +recomendação a outros para usá-lo, pode ser positivo. É quando o uso do +software não livre visa diretamente pôr fim ao uso desse mesmo software não +livre.</p> + +<p>Em 1983, decidi desenvolver o sistema operacional GNU, como um substituto +livre para o Unix. A maneira viável de fazer isso era escrever e testar os +componentes um por um no Unix. Mas era legítimo usar o Unix para isso? E era +legítimo pedir a outros que usassem o Unix para isso, dado que o Unix era um +software proprietário? (É claro que, se não fosse proprietário, não seria +necessário substituí-lo.)</p> + +<p>A conclusão a que cheguei foi que usar o Unix para acabar com o uso do Unix +me dava legitimidade para sugerir isso a outros desenvolvedores. Eu +comparava a participar de pequenas maneiras em alguma atividade maligna, +como uma gangue criminosa ou uma campanha política desonesta, a fim de +expô-la e encerrá-la. Embora participar da atividade seja errado por si só, +desligá-la justifica a participação periférica menor, comparável ao uso do +Unix. Esse argumento não justificaria ser um chefe de quadrilha, mas eu só +estava pensando em usar o Unix, não indo trabalhar para sua equipe de +desenvolvimento.</p> + +<p>O trabalho de substituir o Unix foi completado quando o último componente +essencial foi substituído pelo Linux, o kernel iniciado por Linus Torvalds +em 1991. Nós o adicionamos ao sistema GNU/Linux, mas isso não requer o uso +do Unix, então não há mais razão para usar o Unix – não mais. Assim, +sempre que você estiver usando um programa não livre por esse tipo de razão, +você deve reconsiderar de tempos em tempos se a necessidade ainda existe.</p> + +<p>No entanto, existem outros programas não livres que ainda precisamos +substituir, e a questão análoga geralmente surge. Você deve executar o +<em>driver</em> não livre para um periférico para que isto te ajude a +desenvolver um <em>driver</em> de substituição livre? (Mais precisamente, é +ético para nós sugerir que você faça isso?) Sim, certamente. Não há problema +em executar o <a href="/philosophy/javascript-trap.html">JavaScript não +livre</a> em um site para fazer uma reclamação solicitando que os webmasters +liberem esse código JavaScript ou façam o site funcionar sem isso? +Definitivamente, mas, além disso, você deve ter o <a +href="/software/librejs/">LibreJS</a> bloqueando-o para você.</p> + +<p>Mas essa justificativa não vai se esticar mais do que isso. As pessoas que +desenvolvem software não livre, mesmo software com funcionalidades +maliciosas, muitas vezes apresentam isso como desculpa, alegando que +financiam algum desenvolvimento de software livre. No entanto, um negócio +que é basicamente errado não pode ser legitimado por gastar alguns dos +lucros em uma causa digna. Por exemplo, algumas (nem todas) das atividades +da Fundação Gates são louváveis, mas não justificam a carreira de Bill Gates +ou a Microsoft. Se o negócio trabalha diretamente contra a causa digna com a +qual ele tenta se legitimar, isso é uma contradição de si mesmo e isso +enfraquece a causa.</p> + +<p>Mesmo o uso de um programa não livre para desenvolver software livre em +geral é melhor ser evitado e não sugerir aos outros. Por exemplo, não +devemos pedir às pessoas que executem o Windows ou o MacOS para que +aplicativos livre sejam executados neles. Como desenvolvedor do Emacs e GCC, +aceitei mudanças para fazê-los ter suporte a sistemas não livres, como VMS, +Windows e MacOS. Eu não tinha motivos para rejeitar aquele código, mesmo que +as pessoas usassem sistemas não livres para escrevê-lo. Seu uso de sistemas +injustos não foi a meu pedido ou sugestão; em vez disso, elas já estavam +usando-os antes de começar a escrever alterações para o GNU. Elas também +fizeram o pacotes de lançamentos para esses sistemas.</p> + +<p>A exceção do “desenvolvimento de seu próprio substituto” é válida dentro de +seus limites, e crucial para o progresso do software livre, mas devemos +resistir a esticá-la ainda mais para que ela não se torne uma desculpa para +todas as finalidades para qualquer atividade lucrativa com software não +livre.</p> + +<hr /> + +<p>Ocasionalmente, é necessário usar e até atualizar um sistema não livre em +uma máquina para instalar um sistema livre para substituí-lo naquela +máquina. Este não é exatamente o mesmo problema, mas os mesmos argumentos se +aplicam: é legítimo recomendar a execução de algum software não livre +momentaneamente para removê-lo.</p> + + +<hr /> + +<p id="footnote">Nota de rodapé: Usar o programa não livre pode ter efeitos indiretos +infelizes, como recompensar o perpetrador e encorajar mais uso desse +programa. Esta é mais uma razão para evitar o uso de programas não livres.</p> + +<p>A maioria dos programas proprietários vem com um contrato de licença de +usuário final que quase ninguém lê. Escondido, na maioria dos casos, está um +compromisso antiético de se comportar como um vizinho mal que não +coopera. Ele alega que você prometeu não distribuir cópias para os outros, +ou mesmo emprestar uma cópia a alguém.</p> + +<p>Realizar esse compromisso é mais errado do que quebrá-lo. Independente de +quais argumentos legalistas eles possam fazer, os desenvolvedores +dificilmente podem alegar que seu truque obscuro dá aos usuários a obrigação +moral de não cooperarem.</p> + +<p>No entanto, pensamos que o caminho verdadeiramente moral é rejeitar +cuidadosamente tais acordos.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2013, 2015, 2016, 2017 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2019.Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/java-trap.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/java-trap.html new file mode 100644 index 0000000..2367f09 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/java-trap.html @@ -0,0 +1,284 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/java-trap.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Livre, mas Algemado - A Armadilha do Java - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/java-trap.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Livre, mas Algemado - A Armadilha do Java</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></p> + + +<div class="announcement"><blockquote><h3>Nota introdutória</h3> +<p>Desde que este artigo foi publicado pela primeira vez, a Sun (agora parte da +Oracle) <a +href="http://www.fsf.org/news/fsf-welcomes-gpl-java.html">relicenciou</a> a +maioria das sua implementação de referência de plataforma Java sob a Licença +Pública Geral GNU, e agora existe um ambiente de desenvolvimento livre para +Java. Assim, a linguagem Java, como tal, não é mais uma armadilha.</p> + +<p>Você deve ter cuidado, no entanto, porque nem toda plataforma Java é +livre. A Sun continua a distribuir uma plataforma Java executável que não é +livre, e outras empresas também o fazem.</p> + +<p>O ambiente livre para Java é chamado IcedTea; o código-fonte que Sun liberou +está incluído nele. Então esse é o que você deve usar. Muitas distribuições +GNU/Linux vêm com o IcedTea, mas algumas incluem plataformas Java não +livres. (Nota, adicionada em 10/2015: A implementação livre de Java é +conhecida como OpenJDK em muitas distribuições GNU/Linux.)</p> + +<p>Para garantir que seus programas Java sejam executados corretamente em um +ambiente livre, você precisa desenvolvê-los usando o IcedTea. Teoricamente, +as plataformas Java devem ser compatíveis, mas não são totalmente +compatíveis.</p> + +<p>Além disso, existem programas não livres com o “Java” em seu nome, como o +JavaFX, e há pacotes Java não livres que você pode achar tentadores, mas +você precisa rejeitá-los. Portanto, verifique as licenças de todos os +pacotes que você planeja usar. Se você usa o Swing, certifique-se de usar a +versão livre, que vem com o IcedTea. (Nota, adicionada em 10/2015: Um +substituto livre para o JavaFX chamado OpenJFX foi lançado.)</p> + +<p>Além dessas especificidades de Java, a questão geral descrita aqui permanece +importante, porque qualquer biblioteca não livre ou plataforma de +programação pode causar um problema semelhante. Devemos aprender uma lição +com a história do Java, para que possamos evitar outras armadilhas no +futuro.</p> + +<p>Por favor, veja também: <a href="/philosophy/javascript-trap.html"> A +Armadilha do JavaScript</a>.</p> +</blockquote> +</div> + +<p>12 de abril de 2004</p> + +<p> + Se o seu programa é software livre, é basicamente ético – mas há uma +armadilha para a qual você deve estar atento. Seu programa, embora seja +livre, pode ser restrito por softwares não livres dos quais ele +depende. Como o problema é mais proeminente hoje em dia nos programas Java, +nós o chamamos de Armadilha do Java. +</p> + +<p> + Um programa é software livre se seus usuários tiverem certas liberdades +cruciais. A grosso modo, elas são: a liberdade de executar o programa, a +liberdade de estudar e alterar o fonte, a liberdade de redistribuir o fonte +e os binários e a liberdade de publicar versões aprimoradas. (Veja <a +href="/philosophy/free-sw.html">http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.html</a>.) +Se algum programa dado em forma de fonte é software livre depende unicamente +do significado de sua licença. +</p> + +<p> + Se o programa pode ser usado no mundo livre, usado por pessoas que querem +viver em liberdade, é uma questão mais complexa. Isso não é determinado +apenas pela própria licença do programa porque nenhum programa funciona +isoladamente. Todo programa depende de outros programas. Por exemplo, um +programa precisa ser compilado ou interpretado, então depende de um +compilador ou interpretador. Se compilado em código de byte, isso depende de +um interpretador de código de bytes. Além disso, ele precisa de bibliotecas +para ser executado e também pode chamar outros programas separados que são +executados em outros processos. Todos esses programas são +dependências. Dependências podem ser necessárias para o programa ser +executado, ou podem ser necessárias apenas para determinados recursos. De +qualquer maneira, todo ou parte do programa não pode operar sem as +dependências. +</p> + +<p> + Se algumas das dependências de um programa forem não livres, isso significa +que todo ou parte do programa não pode ser executado em um sistema +totalmente livre – é inutilizável no mundo livre. Claro, poderíamos +redistribuir o programa e ter cópias em nossas máquinas, mas isso não é +muito bom se não for executado. Esse programa é software livre, mas está +efetivamente preso por suas dependências não livres. +</p> + +<p> + Esse problema pode ocorrer em qualquer tipo de software, em qualquer +linguagem. Por exemplo, um programa livre que só funciona no Microsoft +Windows é claramente inútil no mundo livre. Mas o software que funciona no +GNU/Linux também pode ser inútil se depender de outro software não livre. No +passado, o Motif (antes de ter o LessTif) e o Qt (antes de seus +desenvolvedores o tornar software livre) eram as principais causas desse +problema. A maioria das placas de vídeo 3D funciona totalmente apenas com +drivers não livres, o que também causa esse problema. Mas a principal fonte +desse problema hoje é o Java, porque as pessoas que escrevem software livre +geralmente acham que o Java é sexy. Cegos por sua atração pela linguagem, +eles ignoram a questão das dependências e caem na Armadilha do Java. +</p> + +<p> + A implementação de Java da Sun não é livre. As bibliotecas padrão do Java +também são não livres. Nós temos implementações livres de Java, como o <a +href="http://gcc.gnu.org/java/">GNU Compiler for Java</a> (GCJ) e <a +href="/software/classpath">GNU Classpath</a>, mas elas não possuem suporte a +todos os recursos ainda. Nós ainda estamos trabalhando nisso. +</p> + +<p> + Se você desenvolver um programa Java na plataforma Java da Sun, será +necessário usar recursos exclusivos da Sun sem nem mesmo notar. No momento +em que você descobrir isso, você pode tê-los usado por meses, e refazer o +trabalho pode levar mais meses. Você pode dizer: “É muito trabalho para +recomeçar”. Então, seu programa terá caído na Armadilha do Java; será +inutilizável no mundo livre. +</p> + +<p> + A maneira confiável de evitar a Armadilha do Java é ter apenas uma +implementação livre do Java em seu sistema. Então, se você usar um recurso +ou biblioteca Java que o software livre ainda não possui suporte, você +descobrirá imediatamente e poderá reescrever esse código imediatamente. +</p> + +<p> + A Sun continua a desenvolver bibliotecas “padrão” adicionais para o Java e +quase todas elas são não livres; em muitos casos, até mesmo a especificação +de uma biblioteca é um segredo comercial, e a última licença da Sun para +essas especificações proíbe o lançamento de qualquer coisa menos que uma +implementação completa da especificação. (Consulte <a +href="http://jcp.org/aboutJava/communityprocess/JSPA2.pdf">http://jcp.org/aboutJava/communityprocess/JSPA2.pdf</a> +e <a +href="http://jcp.org/aboutJava/communityprocess/final/jsr129/j2me_pb-1_0-fr-spec-license.html">http://jcp.org/aboutJava/communityprocess/final/jsr129/j2me_pb-1_0-fr-spec-license.html</a> +para exemplos.) +</p> + +<p> + Felizmente, essa licença de especificação permite lançar uma implementação +como software livre; outros que recebem a biblioteca podem ter permissão +para alterá-la e não são obrigados a aderir à especificação. Mas o requisito +tem o efeito de proibir o uso de um modelo de desenvolvimento colaborativo +para produzir a implementação livre. O uso desse modelo implicaria a +publicação de versões incompletas, algo que aqueles que leram a +especificação não têm permissão para fazer. +</p> + +<p> + Nos primeiros dias do movimento do software livre, era impossível evitar +depender de programas não livres. Antes de termos o compilador C GNU, todo +programa C (livre ou não) dependia de um compilador C não livre. Antes de +termos a biblioteca GNU C, todo programa dependia de uma biblioteca C não +livre. Antes de termos o Linux, o primeiro kernel livre, todo programa +dependia de um kernel não livre. Antes de termos o BASH, todo script de +shell tinha que ser interpretado por um shell não livre. Era inevitável que +nossos primeiros programas fossem inicialmente prejudicados por essas +dependências, mas aceitamos isso porque nosso plano incluía salvá-los +posteriormente. Nosso objetivo geral, um sistema operacional GNU de +hospedagem própria, incluía substituições livre para todas essas +dependências; Se alcançássemos a meta, todos os nossos programas seriam +resgatados. Assim aconteceu: com o sistema GNU/Linux, agora podemos usar +esses programas em plataformas livres. +</p> + +<p> + A situação é diferente hoje. Agora temos sistemas operacionais poderosos e +livres e muitas ferramentas de programação livres. Qualquer que seja o +trabalho que você queira fazer, você pode fazê-lo em uma plataforma livre; +não há necessidade de aceitar uma dependência não livre, mesmo que +temporariamente. A principal razão pela qual as pessoas caem na armadilha +hoje é porque elas não estão pensando nisso. A solução mais fácil para o +problema é ensinar as pessoas a reconhecê-lo e não cair nele. +</p> + +<p> + Para manter seu código Java protegido da Armadilha do Java, instale um +ambiente de desenvolvimento Java livre e use-o. De forma mais genérica, seja +qual for a linguagem que você usa, mantenha os olhos abertos e verifique o +status de programas dos quais o seu código depende. A maneira mais fácil de +verificar se um programa é livre é procurá-lo no Diretório de Software Livre +(<a +href="http://www.fsf.org/directory">http://www.fsf.org/directory</a>). Se um +programa não estiver no diretório, você poderá verificar sua(s) licença(s) +com a lista de licenças de software livre (<a +href="/licenses/license-list.html">http://www.gnu.org/licenças/license-list.html</a>). +</p> + +<p> + Estamos tentando resgatar os programas Java que caíram nessa armadilha, +portanto, se você gosta da linguagem Java, nós o convidamos a ajudar no +desenvolvimento do GNU Classpath. Experimentar seus programas com o GCJ +Compiler e o GNU Classpath, e relatar quaisquer problemas que você encontre +em classes já implementadas, também é útil. No entanto, terminar o GNU +Classpath levará tempo; se mais bibliotecas não livres continuarem sendo +adicionadas, talvez nunca tenhamos todas as mais recentes. Então, por favor, +não coloque seu software livre em grilhões. Quando você escrever um programa +hoje, escreva-o para funcionar em instalações livres desde o início. +</p> + +<h3>Veja também:</h3> +<p><a href="/philosophy/sun-in-night-time.html">O curioso incidente da Sun no +período noturno</a></p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2004, 2010, 2015 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/javascript-trap.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/javascript-trap.html new file mode 100644 index 0000000..4141f1a --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/javascript-trap.html @@ -0,0 +1,323 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/javascript-trap.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>A Armadilha do JavaScript</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/javascript-trap.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>A Armadilha do JavaScript</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></p> + +<p><strong>Você pode estar executando programas não livres em seu computador +todo dia sem perceber – por meio de seu navegador web.</strong></p> + +<!-- any links that used to point to the appendices should point to + free-your-javascript.html instead. --> +<blockquote> +<p>Webmasters: há <a href="/software/librejs/free-your-javascript.html">várias +formas</a> de indicar a licença de programas JavaScript em um site.</p> +</blockquote> + +<p>Na comunidade de software livre, a ideia de que <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html"> qualquer +programas não livre maltrata seus usuários</a> é familiar. Alguns de nós +defendem nossa liberdade rejeitando todos os softwares proprietários em seus +computadores. Muitos outros reconhecem a falta de liberdade como uma afronta +ao programa.</p> + +<p>Muitos usuários estão cientes de que essa questão se aplica aos plug-ins que +navegadores oferecem para instalar, já que eles podem ser livres ou não +livres. Mas os navegadores executam outros programas não livres sem pedir +autorização e sem avisar – programas contidos ou vinculados em páginas +web. Esses programas são muito frequentemente escritos em JavaScript, porém +outros linguagens também são usados.</p> + +<p>JavaScript (oficialmente chamado de ECMAScript, mas poucos usam este nome) +foi, certa vez, usado para pequenas decorações estéticas em páginas web, tal +como recursos de exibição e navegação fofas, mas não essenciais. Era +aceitável considerá-los como mera extensões de marcação HTML, em vez de +verdadeiros softwares, e em desconsideração da questão.</p> + +<p>Alguns sites ainda usam JavaScript desta forma, mas muitos o usam para +programas maiores que fazem trabalhos maiores. Por exemplo, Google Docs +tenta baixar para sua máquina um programa JavaScript no tamanho de meio +megabyte, em uma forma compacta que poderíamos chamar de “Obfuscript”. Essa +forma compactada é feita a partir do código-fonte, excluindo os espaços +extras que tornam o código legível e as observações explicativas que o +tornam compreensível e substituindo cada nome significativo no código por um +nome arbitrário abreviado, para que seja possível dizer qual é seu suposto +significado.</p> + +<p>Parte do <a href="/philosophy/free-sw.html">significado do software +livre</a> é que os usuários têm acesso ao código-fonte do programa (seu +plano). O código-fonte de um programa significa a forma preferida para os +programadores modificarem – incluindo espaçamento útil, observações +explicativas e nomes significativos. Código compactado é um substituto falso +e inútil do código-fonte; o código-fonte real desses programas não está +disponível para os usuários, portanto os usuários não podem entendê-lo; +portanto, os programas são não livres.</p> + +<p>Além de ser não livre, muitos desses programas são <em>malwares</em> porque +eles <a +href="http://github.com/w3c/fingerprinting-guidance/issues/8">bisbilhotam o +usuário</a>. Ainda mais desagradável, alguns sites usam serviços que +registram <a +href="https://freedom-to-tinker.com/2017/11/15/no-boundaries-exfiltration-of-personal-data-by-session-replay-scripts/">todas +as ações do usuário enquanto olha para a página</a>. Os serviços +supostamente “redigem” os registros para excluir alguns dados confidenciais +que o site não deve obter. Mas mesmo que isso funcione de forma confiável, +todo o propósito desses serviços é fornecer ao site dados pessoais (de +outras pessoas) que ele não deveria obter.</p> + +<p>Navegadores normalmente não lhe informam quando eles carregaram programas +JavaScript. Alguns navegadores apresentam uma forma de desligar +completamente o JavaScript, mas mesmo se eles estiverem cientes desta +questão, você ainda teria um problema considerável para identificar +programas não livres e não triviais para, então, bloqueá-los. Porém, mesmo +na comunidade de software livre, a maioria dos usuários não estão cientes +desta questão, o silêncio dos navegadores tende a ocultar isso.</p> + +<p>É possível lançar um programa JavaScript como software livre, por meio da +distribuição do código-fonte sob uma licença de software livre. Se o +programa é independente – se sua funcionalidade e propósito são +independentes da página na qual ele veio – não há problema; você pode +copiá-lo para um arquivo em sua máquina, modificá-lo e visitar aquele +arquivo com um navegador para executá-lo. Mas este é um caso incomum.</p> + +<p>Geralmente, programas JavaScript são feitos para funcionar com uma página ou +site em particular, e a página ou site depende deles para funcionar. Então, +um outro problema surge: mesmo se o fonte do programa esteja disponível, +navegadores não oferecem uma forma de executar sua versão modificada em vez +do original ao visitar aquela página ou aquele site. O efeito é comparável à +tivoização, apesar de, em princípio, não ser tão difícil de superar.</p> + +<p>JavaScript não é a única linguagem que sites web usam para programas +enviados pelo usuários. O Flash oferece suporte a programação por meio de +uma variante estendida do JavaScript; se nós alguma vez tivermos um +reprodutor Flash livre suficientemente completo, ainda teremos que lidar com +a questão de programas Flash não livres. Silverlight parece criar um +problema similar ao Flash, só que pior, já que a Microsoft o usa como uma +plataforma para codecs não livres. Um substituto livre para o Silverlight +não faz o trabalho para o mundo livre a menos que venha codecs livres em +substituição.</p> + +<p>Os applets do Java também são executados no navegador, e trazem questões +similares. Em geral, qualquer forma de sistema de applets representa esse +tipo de problema. Tendo um ambiente de execução livre para um applet só nos +traz o suficiente para encontrar o problema.</p> + +<p>Teoricamente, é possível que programar em HTML e CSS, mas, na prática, essa +capacidade é limitada e inconveniente; para que seja possível que o programa +faça alguma coisa, é necessário um <cite>hack</cite> impressionante. Tais +programas devem ser livres, mas CSS não é um problema sério para a liberdade +dos usuários em 2019.</p> + +<p>Um movimento forte desenvolveu aquelas chamadas (“calls”) para sites web +para se comunicar apenas por meio de formatos e protocolos que são livres +(alguns dizem “abertos”); isto é, cuja documentação está publicada e a qual +qualquer um é livre para implementar. Porém, a presença de programas +JavaScript nas páginas web tornar aquele critério ineficiente. A linguagem +do JavaScript em si, como um formato, é livre, e o uso de JavaScript em um +site web não necessariamente é ruim. Porém, como já vimos acima, pode ser +ruim – se o programa JavaScript for não livre. Quando o site transmite +um programa para o usuário, não basta o programa estar escrito em uma +linguagem documentada e desembaraçada; aquele programa também deve ser +livre. “Transmita apenas programas livres para os usuários” deve se tornar +parte do critério site web ético.</p> + +<p>Carregar e executar silenciosamente programas não livres é uma dentre várias +questões levantadas por “aplicações web”. O termo “aplicações web” foi +atribuído em total desprezo à distinção fundamental entre software entregue +a usuários e software sendo executado em um servidor. Ele pode se referir a +um programa especializado para cliente ser executado em um navegador; ele +pode se referir a um software especializado para servidor; ele pode se +referir a um programa especializado para cliente que funciona de mãos dadas +com software especializado para servidor. Os lados de cliente e servidor +levantam questões éticas diferentes, mesmo se eles estiverem estritamente +integrados que eles indiscutivelmente formam partes de um único +programa. Esse artigo tem como escopo apenas a questão do software do +cliente. Nós vamos tratar da questão do servidor separadamente.</p> + +<p>Em termos práticos, como nós podemos lidar com o programa de programas +JavaScript não livres e não triviais em sites? O primeiro passo é evitar +executá-lo.</p> + +<p>O que nós queremos dizer por “não triviais”? É uma questão de grau, então +essa é uma questão de projetar um critério simples que fornece bons +resultados, em vez de encontrar a resposta correta.</p> +<p> +Nosso critério atual é considerar um programa JavaScript como não trivial se +qualquer uma dessas condições for atendida:</p> + +<ul> + <li>ele é referido como um script externo (de outra página).</li> + + <li>ele declara um vetor com mais de 50 elementos.</li> + + <li>ele define uma entidade dada (função ou método) que chama qualquer outra que +não seja a primitiva.</li> + + <li>ele define uma dada entidade com mais de três construtos condicionais e +construção de loop.</li> + + <li>um código fora das definições dadas chama qualquer coisa, exceto primitivas +e funções definidas anteriormente na página.</li> + + <li>um código fora das definições dadas contém mais mais de três construtos +condicionais e construção de loop, no total.</li> + + <li>ele chama <b>eval</b>.</li> + + <li>ele faz chamadas Ajax.</li> + + <li>ele usa a notação de colchetes para o acesso à propriedade de objeto +dinâmico, que se parece com <b><em>objeto</em>[<em>propriedade</em>]</b>.</li> + + <li>ele altera o DOM.</li> + + <li>ele usa construtos JavaScript dinâmicos que são difíceis de analisar sem +interpretar o programa, ou é carregado junto com scripts que usam tais +construtos. Especificamente, usando qualquer outra construtos que não uma +string literal com determinados métodos (<b>Obj.write</b>, +<b>Obj.createElement</b> e outros).</li> +</ul> + +<p>Como nós dizemos se o código JavaScript é livre? Em um <a +href="/licenses/javascript-labels.html">artigo separado</a>, propomos um +método por meio da qual um programa JavaScript não trivial em uma página +pode indicar a URL na qual seu código-fonte está localizado, e pode indicar +sua licença também, usando comentários estilizados.</p> + +<p>Finalmente, precisamos mudar navegadores livres para detectar e bloquear +JavaScript não livres e não triviais em páginas web. O programa <a +href="/software/librejs/">LibreJS</a> detecta JavaScript não trivial e não +livre em páginas que você visita, e os bloqueia. LibreJS está incluso no +IceCat e disponível como uma extensão para Firefox.</p> + +<p>Usuários do navegador também precisam de uma facilidade conveniente para +especificar um código JavaScript para usar <em>em vez</em> do JavaScript em +uma certa página. (O código especificado pode ser um substituto total, ou +uma versão modificada do programa JavaScript livre naquela página.) +Greasemonkey chega perto de ser capaz de fazer isso, mas não muito, já que +ele não garante modificar o código JavaScript em uma página antes daquele +programa iniciar a execução. Usar um proxy local funciona, mas é, agora, +inconveniente demais para ser uma solução real. Precisamos construir uma +solução que é confiável e conveniente, assim como um site para compartilhar +as alterações. O Projeto GNU gostaria de recomendar os sites que são +dedicados unicamente às alterações livres.</p> + +<p>Esses recursos possibilitarão para um programa JavaScript incluído em uma +página web ser livre em um senso real e prático. JavaScript não será mais um +obstáculo em especial para nossa liberdade – não mais que C e Java são +agora. Seremos capazes de rejeitar e até substituir os programas JavaScript +não triviais e não livres, assim como rejeitamos e substituímos pacotes não +livres que são oferecidos para instalação na forma comum. Nossa campanha +para sites tornarem livres os seus JavaScript pode, então, começar.</p> + +<p>Neste meio tempo, há um caso no qual é aceitável executar um programa +JavaScript não livre: para enviar uma reclamação para os operadores do site +dizendo que eles devem tornar livre ou remover o código JavaScript do +site. Por favor, não hesite em habilitar temporariamente JavaScript para +fazer isso – mas lembre-se de desabilitá-lo novamente em seguida.</p> + +<!-- any links that used to point to the appendices should point to + free-your-javascript.html instead. --> +<blockquote> +<p>Webmasters: há <a href="/software/librejs/free-your-javascript.html">várias +formas</a> de indicar a licença de programas JavaScript em um site.</p> +</blockquote> + +<p><strong>Agradecimentos:</strong> Obrigado a <a +href="/people/people.html#mattlee">Matt Lee</a> e <a +href="http://ejohn.org">John Resig</a> por ajudarem na definição de nosso +critério proposto e a David Parunakian por trazer o programa à minha +atenção.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2009-2013, 2016, 2017, 2018, 2019 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Rafael Fontenelle +<a href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2017-2019</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/keep-control-of-your-computing.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/keep-control-of-your-computing.html new file mode 100644 index 0000000..6fa9dcd --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/keep-control-of-your-computing.html @@ -0,0 +1,194 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/keep-control-of-your-computing.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Mantenha o controle de sua computação, senão ela vai controlar você! - +Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/keep-control-of-your-computing.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Mantenha o controle de sua computação, senão ela vai controlar você!</h2> + +<p>por Richard Stallman<br />Publicado originalmente em <cite>Der Spiegel Online</cite></p> + +<p>A World Wide Web, desenvolvida por Tim Berners-Lee em 1990 como um sistema +para publicação e visualização de informação, está sendo lentamente +transformada em um sistema de computação remota. Ele armazenará seus dados, +assim como dados sobre você, amiúde limitando seu acesso a ele, mas +permitindo ao FBI acessá-lo a qualquer momento. Ele fará sua computação +para você, mas sem que você possa controlar o que ele faz. Ele apresenta +várias atrações tentadoras, mas você deve resistir a elas.</p> + +<p>Na década de 1980, a maioria das pessoas não usava computadores; aquelas que +o faziam geralmente usavam computadores pessoais ou serviços de tempo +compartilhado. Ambos permitiam que os usuários tivessem pleno controle +sobre seus dados, embora não esteja claro que acesso os serviços de tempo +compartilhado davam ao FBI. De qualquer forma, a maioria dos serviços de +tempo compartilhado desapareceu nos anos 90.</p> + +<p>Isso não significa que aqueles usuários tivessem controle de sua +computação. Com software, ou os usuários controlam o programa (software +livre) ou o programa controla os usuários (software proprietário ou não +livre). Aqueles usuários estavam rodando software proprietário, pois era o +que havia na época. Os usuários não podiam modificá-lo, nem mesmo saber o +que ele realmente fazia.</p> + +<p>A abusividade do software proprietário tem se intensificado desde então; +hoje em dia, é provável que ele lhe espione, lhe restrinja intencionalmente +e/ou tenha portas dos fundos [<cite>back doors</cite>]. (Sabe-se que o +Windows faz essas três coisas, assim como o iPhone e o Kindle.) Mas, mesmo +quando não há tais abusos, não é correto que os usuários sejam controlados +pelo seu software.</p> + +<p>Foi por isso que lancei o movimento do software livre em 1983. Nós +decidimos desenvolver um sistema operacional e aplicações que fossem +inteiramente livres (<cite>libre, freie</cite>), de maneira que os usuários +pudessem ter controle sobre eles. Eu dei a esse sistema o nome de GNU. +(Provavelmente você já ouviu pessoas o chamarem de “Linux”, mas +isso é um erro.) As pessoas que mudam para esse sistema — e insistem em +usar somente software livre — estão em condições de controlar sua +computação. Nós só libertamos uma pequena parte do ciberespaço até agora, +mas essa é uma base de apoio para a liberdade.</p> + +<p>Desenvolvimentos na Web ameaçam anular essa realização. O primeiro problema +tem sido a utilização de referências invisíveis a sítios cuja missão é +vigilância (talvez para propaganda). Quando alguém visita os sítios A, B, X +e Z, não percebe que aquelas páginas contêm referências invisíveis a +euestouvigiandovocê.com; assim, cada visita é informada também a esse +sítio, que registra permanentemente que tal usuário visitou certas páginas.</p> + +<p>O JavaScript criou um problema adicional. Inicialmente usado para coisas +inofensivas como menus de aparência inusitada, seus recursos foram +estendidos até se tornar capaz de realizar computação não trivial. Serviços +como Google Docs instalam extensos programas em JavaScript no navegador do +usuário. Apesar de rodarem no seu computador, você não tem controle sobre o +que eles fazem nele.</p> + +<p>Por sua vez, há a questão do armazenamento de seus dados em servidores de +companhias. As maiores dessas companhias têm pouco respeito pela +privacidade dos usuários. Por exemplo, quando você entrega seus dados ao +Facebook, companhias pagam ao Facebook (mas não a você) para fazer uso +deles. Elas pagam ao Facebook (mas não a você) para usar o seu rosto em +propagandas.</p> + +<p>As companhias de serviços de tempo compartilhado dos anos 1980 geralmente +tratavam os dados de seus usuários com respeito (mesmo embora elas pudessem +ocasionalmente abusar deles), porque seus usuários eram clientes pagantes +que poderiam deixá-las. Usuários do Facebook não pagam, portanto não são +seus clientes. Eles são a mercadoria, que é vendida a outras empresas. +Quando a companhia está nos E.U.A., ou é subsidiária de uma companhia dos +E.U.A., o FBI pode coletar esses dados à vontade, sem precisar nem mesmo de +ordem judicial, devido a uma lei antiamericana dos E.U.A., denominada, no +mais puro negrobranco, de “Patriot Act” [Ato Patriota].</p> + +<p>Também são oferecidos serviços para operar sobre os dados dos usuários. Em +efeito, isso significa que os usuários fazem sua computação nos servidores e +que os servidores tomam controle total daquela computação.</p> + +<p>Existe uma campanha sistemática de <cite>marketing</cite> para conduzir +usuários a confiar sua computação e seus dados a companhias nas quais eles +não têm absolutamente nenhuma razão para confiar. O mote dessa campanha é +<cite>“cloud computing”</cite> (computação em nuvem) — um termo +usado para tantas estruturas computacionais diferentes que seu único +significado real é “aja sem refletir sobre o que você está +fazendo”.</p> + +<p>Existe até mesmo um produto, Google ChromeOS, projetado para armazenar dados +apenas remotamente e para que o usuário precise fazer remotamente sua +computação. Ironicamente, ele é um software livre, uma versão de +GNU/Linux. Usuários terão acesso ao código fonte e poderão modificá-lo para +suportar computação local e armazenamento local de dados — se a +máquina tiver memória suficiente para armazená-los e permitir aos usuários +instalar suas próprias versões do software. Se os telefones com Android +valem como guia, a maioria dos aparelhos com ChromeOS serão projetados para +impedir os usuários de fazê-lo.</p> + +<p>Isso não significa que usuários da internet não possam ter privacidade. +Isso não significa que usuários da internet não possam ter controle de sua +computação. O que isso significa é que, para tê-los, você precisará nadar +contra a corrente.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2011 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Hudson Flávio Meneses Lacerda (maio de 2013)</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> + +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/kind-communication.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/kind-communication.html new file mode 100644 index 0000000..9e15fe3 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/kind-communication.html @@ -0,0 +1,267 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/kind-communication.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Diretrizes de Comunicação Gentil do GNU - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> +<style type="text/css" media="print,screen"><!-- +@media (min-width: 57em) { + h2, h3, hr.thin, .byline { margin-left: -5% } +} +--> +</style> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/kind-communication.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<div class="reduced-width"> +<h2>Diretrizes de Comunicação Gentil do GNU</h2> + +<address class="byline">por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></address> +<hr class="thin" /> + +<div class="article"> +<h3>Propósito</h3> + +<p>O Projeto GNU incentiva contribuições de quem quer que deseje promover o +desenvolvimento do sistema GNU, independentemente de gênero, raça, grupo +étnico, aparência física, religião, formação cultural e quaisquer outras +características demográficas, bem como visões políticas pessoais.</p> + +<p>As pessoas às vezes são desencorajadas a participar do desenvolvimento do +GNU por causa de certos padrões de comunicação que lhes parecem inamistosos, +hostis, rejeitantes ou duros. Esse desencorajamento afeta particularmente +quem é parte de demografias desfavorecidas, mas não se limita a tais +grupos. Portanto, pedimos a todos os contribuidores que façam um esforço +consciente, nas discussões do Projeto GNU, para se comunicar de maneiras que +evitem esse resultado – para evitar práticas que previsível e +desnecessariamente arrisquem afastar alguns contribuintes.</p> + +<p>Essas diretrizes sugerem maneiras específicas de atingir esse objetivo.</p> + +<h3>Diretrizes</h3> + +<ul> + <li>Por favor, presuma que quem participa está publicando de boa-fé, mesmo se +você não concordar com o que dizem. Quando as pessoas apresentarem código ou +texto como seu próprio trabalho, aceite-o como seu trabalho. Por favor, não +critique as pessoas por erros que você apenas especula que elas podem ter +feito; atenha-se ao que elas realmente dizem e realmente fazem.</li> + + <li>Por favor, pense em como tratar demais participantes com respeito, +especialmente quando você tem opinião em discordância. Por exemplo, chame-os +pelos nomes que usam e honre suas preferências sobre sua identidade de +gênero<a href="#f1">[1]</a>.</li> + + <li>Por favor, não use um tom severo com demais participantes e, especialmente, +não faça ataques pessoais contra eles. Certifique-se de mostrar que você +está criticando uma declaração, não uma pessoa.</li> + + <li>Por favor, reconheça que as críticas às suas declarações não são um ataque +pessoal a você. Se você sentir que alguém lhe atacou ou ofendeu sua +dignidade pessoal, por favor, não “revide” com outro ataque pessoal. Isso +tende a iniciar um círculo vicioso de agressão verbal crescente. Uma +resposta privada, educadamente declarando seus sentimentos <em>como +sentimentos</em>, e pedindo paz, pode acalmar as coisas. Escreva-a, deixa-a +de lado por horas ou um dia, revise-a para remover a raiva e, só então, +envie-a.</li> + + <li>Por favor, evite declarações sobre os desejos, capacidades ou ações típicos +presumidos de algum grupo demográfico. Elas podem ofender as pessoas desse +grupo e estão sempre fora do tópico nas discussões do Projeto GNU.</li> + + <li>Por favor, seja especialmente gentil com outros contribuidores ao dizer que +cometeram um erro. Programação significa cometer muitos erros e todos nós +fazemos isso – é por isso que os testes de regressão são +úteis. Programadores conscientes cometem erros e os consertam. É útil +mostrar aos contribuidores que a imperfeição é normal, por isso não tomamos +isto contra eles e apreciamos suas contribuições imperfeitas, embora +esperemos que sigam resolvendo quaisquer problemas nelas.</li> + + <li>Da mesma forma, seja gentil ao apontar para demais contribuidores que devem +parar de usar certos softwares não livres. Para o seu próprio bem, eles +devem se libertar, mas nós damos as boas vindas às suas contribuições para +os nossos pacotes de software, mesmo que eles não façam isso. Portanto, +esses lembretes devem ser gentis e não muito frequentes – não +importune. + + <p>Em contrapartida, sugerir que outros usem um programa não livre se opõe aos +princípios básicos do GNU, por isso não é permitido nas discussões do +Projeto GNU.</p> + </li> + + <li>Por favor, responda ao que as pessoas realmente disseram, não a exageros de +suas opiniões. Sua crítica não será construtiva se for direcionada a um alvo +diferente de suas visões reais.</li> + + <li>Se em uma discussão alguém traz uma tangente ao tópico em questão, por +favor, mantenha a discussão no caminho, concentrando-se no tópico atual não +na tangente. Isso não quer dizer que a tangente seja ruim ou que não seja +interessante discutir – apenas que ela não deve interferir na +discussão do assunto em questão. Na maioria dos casos, também é fora do +assunto, então quem se interessar deve discuti-lo em outro lugar. + + <p>Se você acha que a tangente é uma questão importante e pertinente, por favor +traga-a como uma discussão à parte, com um campo Assunto para se adequar, e +considere esperar pelo fim da discussão atual.</p> + </li> + + <li>Em vez de tentar ter a última palavra, procure os momentos em que não há +necessidade de responder, talvez porque você já tenha deixado claro o ponto +relevante. Se você sabe alguma coisa sobre o jogo do Go, esta analogia pode +esclarecer que: quando o movimento do outro jogador não é forte o suficiente +para exigir uma resposta direta, é vantajoso não dá-la e em vez disso mudar +para outro lugar.</li> + + <li>Por favor, não argumente incessantemente o seu curso de ação preferido +quando uma decisão para algum outro curso já foi tomada. Isso tende a +bloquear o progresso da atividade.</li> + + <li>Se outras pessoas o irritarem, talvez por desconsiderar essas diretrizes, +por favor, não as censure e, especialmente, não guarde rancor delas. A +abordagem construtiva é incentivar e ajudar outras pessoas a fazerem +melhor. Quando elas estão tentando aprender a melhorar, dê a elas muitas +chances.</li> + + <li>Se outros participantes se queixarem da maneira como você expressa suas +ideias, faça um esforço para atendê-los. Você pode encontrar maneiras de +expressar os mesmos pontos enquanto deixa os outros mais à vontade. Você +provavelmente terá melhores chances de persuadir outros se não despertar a +ira por coisas secundárias.</li> + + <li>Por favor, não levante questões políticas não relacionadas nas discussões do +Projeto GNU, porque elas estão fora do tópico. As únicas posições políticas +que o Projeto GNU endossa são (1) que os usuários devem ter controle de sua +própria computação (por exemplo, através de software livre) e (2) apoiar os +direitos humanos básicos em computação. Não exigimos que você, como +contribuidor, concorde com esses dois pontos, mas precisa aceitar que nossas +decisões serão baseadas neles.</li> +</ul> + +<p>Ao fazer um esforço para seguir essas diretrizes, incentivaremos mais +contribuições aos nossos projetos e nossas discussões serão mais amigáveis e +chegarão a conclusões mais facilmente.</p> + +</div> + +<h3 style="font-size:1.1em">Nota de rodapé</h3> + +<ol> + <li id="f1"> + <p>Honrar as preferências das pessoas em relação à identidade de gênero inclui +não se referir a elas de maneira conflitante com essa identidade. Por +exemplo, não usar pronomes que lhes seja conflitante. Existem várias +maneiras de evitar isso. Uma maneira é usar pronomes de gênero neutro, uma +vez que eles não entram em conflito com nenhuma possível identidade de +gênero. Uma escolha é o uso singular de “they”, “them” e “theirs”. Outra +opção usa os pronomes singulares neutros em termos de gênero, “person”, +“per” e “pers” que são usados na <a +href="/prep/maintain/maintain.html#About-This-Document"> informações para +mantenedores de softwares GNU</a>. Outros pronomes de gênero neutro também +foram usados em inglês. + </p> + </li> +</ol> +</div> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ul> +<li> +Ao contrário da língua inglesa, a língua portuguesa não apresenta tantos +pronomes e outras palavras de gênero neutro, ao passo que representa um +desafio muito maior fazer uma tradução para português usando gênero +neutro. Dito isso, pode ter certeza que a equipe de traduções de páginas web +do GNU para o português brasileiro se esforça para, também nas traduções, +honrar as preferências das pessoas com palavras em relação à identidade de +gênero. Caso tenha sugestões de melhoria na redação de textos traduzidos, +não hesite em entrar em contato no endereço de e-mail relacionado logo +abaixo. +</li> +</ul></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2018, 2019, 2020 Free Software Foundation, Inc.</p> + + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2018-2020.<br/> +Revisado por: André N Batista <a +href="mailto:nandre@riseup.net"><nandre@riseup.net></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/10/06 08:42:12 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/komongistan.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/komongistan.html new file mode 100644 index 0000000..cbb97ff --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/komongistan.html @@ -0,0 +1,240 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/komongistan.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>A curiosa história de Comongistão (Detonando o termo “propriedade +intelectual”) - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/komongistan.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>A curiosa história de Comongistão (Detonando o termo “propriedade +intelectual”)</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard M. Stallman</a></p> + +<p>O objetivo desta parábola é ilustrar como o termo “propriedade intelectual” +é equivocado. Quando digo que <a href="/philosophy/not-ipr.html">o termo +“propriedade intelectual” é uma supergeneralização incoerente</a>, que reúne +leis que têm muito pouco em comum, e que seu uso é um obstáculo para +esclarecer o pensamento sobre qualquer uma dessas leis, muitos não podem +acreditar que eu realmente quero dizer o que digo. Tão certo é que essas +leis são relacionadas e similares, espécies do mesmo gênero que supõem que +estou fazendo um grande barulho sobre pequenas diferenças. Aqui pretendo +mostrar como são fundamentais as diferenças.</p> + +<p>Cinquenta anos atrás, todos costumavam reconhecer as nações da Coreia, +Mongólia e Paquistão como separadas e distintas. Na verdade, elas não têm +mais em comum do que quaisquer três partes escolhidas aleatoriamente do +mundo, já que têm diferentes geografias, diferentes culturas, diferentes +idiomas, diferentes religiões e histórias separadas. Hoje, no entanto, a sua +diferença é principalmente enterrada sob o rótulo comum de “Comongistão”.</p> + +<p>Poucos lembram hoje a campanha de marketing que cunhou esse nome: empresas +que negociam com a Coreia do Sul, Mongólia e Paquistão chamaram esses três +países de “Comongistão” como uma descrição simples de seu “campo” de +atividade. (Eles não se preocuparam com a divisão da Coreia ou se o +Paquistão deveria incluir o que hoje é Bangladesh.) Esse rótulo deu aos +potenciais investidores a sensação de que eles tinham uma visão mais clara +do que essas empresas faziam, além de tenderem a ficar em suas +mentes. Quando o público viu os anúncios, eles deram como certo que esses +países formavam uma unidade natural, que eles tinham algo importante em +comum. As primeiras obras acadêmicas, depois a literatura popular, começaram +a falar sobre o Comongistão.</p> + +<p>A maioria dos trabalhos em periódicos de prestígio dos Estudos do +Comongistão realmente tratam de algum aspecto de uma das três regiões do +Comongistão, usando o Comongistão apenas como um rótulo. Esses trabalhos não +são menos úteis do que seriam sem esse rótulo, para os leitores que têm o +cuidado de conectar o papel apenas com a “região” descreve.</p> + +<p>No entanto, os estudiosos anseiam generalizar, então eles frequentemente +escrevem de forma a estender suas conclusões para “mais” do Comongistão, que +introduz erro. Outros documentos comparam duas das regiões do +Comongistão. Esses documentos podem ser válidos também se entendidos como +comparações de países não relacionados. No entanto, o termo “Comongistão” +leva as pessoas a se concentrarem em comparar o Paquistão com a Mongólia e a +Coreia, em vez de se concentrar na vizinha Índia, no Afeganistão e no Irã, +com as quais teve relações históricas.</p> + +<p>Em contraste, a escrita popular sobre o Comongistão apresenta um quadro +unificado de sua história e cultura. Este quadro falso incentiva os leitores +a equiparar cada uma das três “regiões” com o todo de “Comongistão”. Eles +são fascinados por Gengis Khan, o grande conquistador comongistanês (na +verdade mongol). Eles aprendem como as fortunas do Comongistão diminuíram +desde então, como Comongistão (na verdade, o Paquistão) fazia parte do +Império Britânico até 1946; apenas quatro anos após a retirada dos +governantes coloniais britânicos, os exércitos dos EUA e da China entraram e +lutaram entre si (na verdade, na Coreia). Lendo sobre as relações do Talibã +afegão com o vizinho Comongistão (na verdade, o Paquistão), eles têm um +sentimento de compreensão mais profunda considerando o assunto no “contexto +comongistanês mais amplo”, mas esse suposto entendimento é espúrio.</p> + +<p>Algumas classes de língua coreana de nível iniciante começaram a escrever o +coreano em uma variante da escrita árabe, sob a orientação de educadores que +acham que é apropriado empregar o roteiro usado pela maioria dos +comongistaneses (na verdade, paquistaneses), mesmo que o coreano nunca tenha +sido escrito dessa maneira.</p> + +<p>Quando essas confusões são apontadas aos professores de Estudos do +Comongistão, eles respondem insistindo que o nome Comongistão é útil, +esclarecedor e justificado por várias características gerais compartilhadas +por todo o Comongistão, tais como:</p> + +<ul> + <li>Todos os comongistaneses estão na Ásia. (Verdade.)</li> + + <li>Todo o Comongistão tem sido palco de grandes rivalidades de +poder. (Verdadeiro mas equivocado, já que as três “partes” estavam +envolvidas em diferentes rivalidades entre diferentes poderes em diferentes +momentos.)</li> + + <li>Todo o Comongistão tem uma longa e importante relação com a China. (Falsa, +já que o Paquistão não tem.)</li> + + <li>Todo o Comongistão foi influenciado pelo budismo. (É verdade, mas há pouco +disso no Paquistão hoje.)</li> + + <li>Quase todo o Comongistão foi unificado pelos Khagan Mongke. (É verdade, mas +a maioria da Ásia também.)</li> + + <li>Todo o Comongistão estava sujeito à colonização ocidental. (Falsa, já que a +Coreia foi subjugada pelo Japão, não por um país europeu.)</li> + + <li>Todas as “regiões do Comongistão” têm armas nucleares. (Falsa, já que a +Mongólia não os tem, e nem a Coreia do Sul.)</li> + + <li>Cada “região” do Comongistão tem um “a” em seu nome. (Verdade.)</li> +</ul> + +<p>Os professores estão cientes dos fatos que tornam algumas dessas +generalizações falsas, mas, em seu anseio de justificar o termo, ignoram o +que sabem. Quando lembrados desses fatos, eles os chamam de pequenas +exceções.</p> + +<p>Eles também citam a ampla adoção social do nome Comongistão – os +Departamentos universitários de Estudos do Comongistão, as prateleiras +rotuladas Comongistão em livrarias e bibliotecas, os periódicos eruditos +como a Revisão Comongistana, o Subsecretário do Departamento de Estado para +Assuntos do Comongistão, os avisos de viagem para os visitantes ao +Comongistão, e muitos mais – como prova de que o nome Comongistão está +tão incorporado na sociedade que não poderíamos imaginar passar sem ele. No +entanto, essas práticas não tornam o termo válido, apenas mostram até que +ponto levou o pensamento e a sociedade ao erro.</p> + +<p>No final da discussão, eles decidem manter o nome confuso, mas se +comprometem a fazer mais para ensinar os alunos a notar as diferenças entre +as três “regiões” do Comongistão. Esses esforços não dão frutos, uma vez que +não podem impedir que os alunos se desviem da corrente que os une.</p> + +<p>Em 1995, sob pressão dos Estados Unidos e de outros estados que queriam ter +apenas uma embaixada para todo o Comongistão, os governos da Coreia do Norte +e do Sul, Mongólia e Paquistão começaram a negociar a união de seus +países. Mas essas negociações logo se sobrepuseram em questões como idioma, +religião e status relativo dos ditadores de alguns desses países. Há poucas +chances de que a realidade mude em breve para se assemelhar à ficção do +Comongistão.</p> + +<p>A parábola do Comongistão minimiza a extensão do termo “propriedade +intelectual”, que é usado para se referir a muito mais leis do que as três +que as pessoas mais pensam. Para fazer justiça ao nível de +supergeneralização do termo, precisaríamos lançar na Suíça, Cuba, Império +Inca, Gondor e na República Popular de Santa Mônica.</p> + +<p>Uma parábola como esta pode sugerir uma conclusão, mas não constitui uma +prova. Esta parábola não demonstra que há pouco que se possa dizer +validamente que se aplica à lei de patentes, lei de direitos autorais, lei +de marca registrada, lei de monopólio de variedade vegetal, lei de segredo +comercial, lei de monopólio de máscara IC, direitos de publicidade e algumas +outras leis, mas você pode verificar isso por si mesmo se você estudá-los.</p> + +<p>Entretanto, simplesmente considerar a possibilidade de que essas leis sejam +tão diferentes quanto esta parábola sugere é suficiente para mostrar que o +termo “propriedade intelectual” deve ser rejeitado, para que as pessoas +possam aprender e julgar cada uma dessas leis sem a suposição de que são +semelhantes. Veja <a href="/philosophy/not-ipr.html">Você Disse “Propriedade +Intelectual”? É uma Miragem Sedutora</a>, para mais explicações.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2015 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/latest-articles.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/latest-articles.html new file mode 100644 index 0000000..73346a3 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/latest-articles.html @@ -0,0 +1,149 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/latest-articles.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.85 --> +<!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="yes" --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Artigos mais recentes - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/latest-articles.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<div id="education-content"> + +<!--#include virtual="/philosophy/philosophy-menu.pt-br.html" --> +</div> + +<!-- id="education-content" --> +<!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE--> +<!--#if expr="$OUTDATED_SINCE" --> +<!--#else --> +<!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX" --> +<!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="no" --> +<!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" --> +<!--#endif --> +<!--#endif --> +<h2>Filosofia do Projeto GNU – Artigos mais recentes</h2> + +<p>Aqui estão os artigos publicados mais recentemente sobre software livre e o +projeto GNU.</p> + +<ul> + <li><a href="/philosophy/saying-no-even-once.html">Dizer não à computação +injusta mesmo uma vez é ajudar</a></li> + <li><a href="/philosophy/posting-videos.html">Publicando vídeos</a></li> + <li><a href="/philosophy/install-fest-devil.html">Festivais de Instalação: O que +fazer com o pacto com o diabo</a></li> + <li><a href="/philosophy/upgrade-windows.html">Qual é a forma correta de +atualizar uma instalação do Windows?</a></li> + <li><a href="/philosophy/phone-anonymous-payment.html">Pagamento anônimo por +telefone</a></li> + <li><a href="/philosophy/kind-communication.html">Diretrizes de Comunicação +Gentil do GNU</a></li> + <li><a href="/philosophy/surveillance-testimony.html">Testemunho de +vigilância</a></li> + <li><a href="/licenses/identify-licenses-clearly.html"> Por motivo de clareza, +por favor não diga “Licenciado sob GNU GPL2”!</a></li> + <li><a href="/philosophy/devils-advocate.html"> Por que o advogado do diabo não +ajuda a alcançar a verdade</a></li> + <li><a href="/philosophy/hackathons.html"> Por que os hackathons devem insistir +em Software Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/contradictory-support.html"> Cuidado com o “Suporte” +Contraditório</a></li> + <li><a href="/philosophy/when-free-depends-on-nonfree.html"> Quando software +livre depende de não livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/applying-free-sw-criteria.html"> Aplicando os critérios +de software livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/komongistan.html">A curiosa história de Comongistão +(Detonando o termo “propriedade intelectual”)</a></li> +<li><a href="/philosophy/free-hardware-designs.html"> Hardware livre e projetos +de hardware livre</a></li> +<li><a href="/philosophy/loyal-computers.html"> O que significa para você que +seu computador seja leal?</a></li> +</ul> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p> +Copyright © 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, +2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 +Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019-2020.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/linux-and-gnu.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/linux-and-gnu.html new file mode 100644 index 0000000..5ab4ab6 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/linux-and-gnu.html @@ -0,0 +1,335 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/linux-and-gnu.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Linux e GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> +<meta http-equiv="Keywords" content="GNU, FSF, Free Software Foundation, Linux, Emacs, GCC, Unix, Software Livre, +Sistema Operacional, Kernel GNU, HURD, GNU HURD, Hurd" /> +<meta http-equiv="Description" content="Desde 1983, desenvolvendo o GNU, sistema operacional livre tipo Unix, para +que usuários de computador possam ter a liberdade de compartilhar e melhorar +o software que usam." /> + +<!--#include virtual="/gnu/po/linux-and-gnu.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Linux e o Sistema GNU</h2> + +<p><strong>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></strong></p> + +<div class="announcement"> + <blockquote><p>Para mais informações, veja também <a +href="/gnu/gnu-linux-faq.html">Perguntas Frequentes sobre GNU/Linux</a> e <a +href="/gnu/why-gnu-linux.html">Por que GNU/Linux?</a></p> + </blockquote> +</div> + +<p> +Muitos usuários de computador utilizam uma versão modificada do <a +href="/philosophy/categories.html#TheGNUsystem">sistema GNU</a> todos os +dias, sem perceberem. Através de uma peculiar reviravolta dos fatos, a +versão do GNU que é largamente utilizada hoje é mais conhecida como “Linux”, +e muitos usuários <a href="/gnu/gnu-users-never-heard-of-gnu.html">não estão +a par</a> de sua conexão com o <a href="/gnu/gnu-history.html">Projeto +GNU</a>.</p> + +<p> +Há realmente um Linux, e essas pessoas estão usando-o, mas ele é apenas uma +parte do sistema que eles usam. Linux é o núcleo (kernel): o programa no +sistema que aloca os recursos do sistema para outros programas que você +utiliza. O núcleo é uma parte essencial de um sistema operacional, mas +inútil por si só; ele pode apenas funcionar no contexto de um sistema +operacional completo. Linux é normalmente usado em combinação com o sistema +operacional GNU: todo o sistema é basicamente GNU com Linux adicionado, ou +GNU/Linux. Todas as distribuições chamadas de “Linux” são, na verdade, +GNU/Linux.</p> + +<p> +Muitos usuários não estão totalmente a par da diferença entre o núcleo, que +é o Linux, e todo o sistema operacional, que eles também o chamam de +“Linux”. O uso ambíguo desse nome não promove o entendimento. Esses usuários +geralmente pensam que Linus Torvalds desenvolveu todo o sistema operacional +em 1991, com um pouco de ajuda.</p> + +<p> +Programadores geralmente sabem que Linux é o núcleo. Mas já que eles também +ouviram todo o sistema ser chamado “Linux”, eles muitas vezes visualizam uma +história que justificaria chamar todo o sistema pelo nome do núcleo. Por +exemplo, muitos acreditam que, assim que Linus Torvalds terminou de escrever +o Linux, que é o núcleo, seus usuários procuraram por outros softwares +livres e descobriram que (por nenhuma razão em particular) praticamente tudo +necessário para criar um sistema similar ao Unix já estava disponível.</p> + +<p> +O que eles acharam não foi nenhum acidente — foi o não exatamente-completo +sistema GNU. O <a href="/philosophy/free-sw.html">software livre</a> +disponível compôs um sistema completo porque o Projeto GNU já estava +trabalhando desde 1984 para criar um. No <a +href="/gnu/manifesto.html">Manifesto GNU</a> nós definimos o objetivo de +criar um sistema livre similar ao Unix, chamado GNU. O <a +href="/gnu/initial-announcement.html">Anúncio Oficial</a> do Projeto GNU +também ressalta alguns dos planos originais para o sistema GNU. Quando o +Linux iniciou, GNU já estava quase concluído.</p> + +<p> +A maioria dos projetos de software livre tem por objetivo desenvolver um +programa em particular para uma tarefa em particular. Por exemplo, Linus +Torvalds escreveu um núcleo similar ao Unix (Linux); Donald Knuth escreveu +um formatador de textos (TeX); Bob Scheifler escreveu um sistema de janelas +(o X Window System). É natural medir a contribuição deste tipo de projeto +pelos programas específicos que vieram daquele projeto.</p> + +<p> +Se tentássemos medir a contribuição do Projeto GNU dessa forma, o que +concluiríamos? Um distribuidor de CD-ROM percebeu que em sua “distribuição +Linux”, <a href="/philosophy/categories.html#GNUsoftware">software GNU</a> +era o maior contingente único, por volta de 28% de todo o código-fonte, e +isso incluía alguns dos componentes essenciais sem os quais não poderia +haver sistema. O Linux, por si só, representava por volta de 3%. (As +proporções em 2008 eram similares: no repositório “main” do gNewSense, Linux +era 1,5% e pacotes GNU eram 15%.) Assim, se você for escolher um nome para o +sistema baseado em quem escreveu os programas no sistema, a escolha simples +mais apropriada seria “GNU”.</p> + +<p> +Mas esta é a maneira correta de considerar a questão. O Projeto GNU não foi, +não é, um projeto para desenvolver pacotes específicos de software. Não foi +um projeto <a href="/software/gcc/">para desenvolver um compilador C</a>, +apesar de o termos feito. Não foi um projeto para desenvolver um editor de +texto, apesar de termos desenvolvido um. O objetivo do Projeto GNU era +desenvolver <em>um sistema operacional livre similar ao Unix</em>: GNU.</p> + +<p> +Muitas pessoas fizeram grandes contribuições para o software livre no +sistema, e todos eles merecem crédito por seus softwares. Mas a razão pela +qual temos um <em>sistema</em> — e não somente uma coleção de programas +úteis — é porque o Projeto GNU decidiu fazer um. Nós fizemos uma lista de +programas necessários para compor um sistema livre <em>completo</em>, e nós +sistematicamente achamos, escrevemos, ou encontramos pessoas para escrever +tudo na lista. Nós escrevemos componentes principais, essenciais mas não +excitantes<a href="#unexciting">(1)</a>, porque você não pode ter um sistema +sem eles. Alguns de nossos componentes, as ferramentas de sistema, se +tornaram populares por conta própria entre os programadores, mas nós +escrevemos muitos componentes que não são ferramentas<a +href="#nottools">(2)</a>. Nós desenvolvemos um jogo de xadrez, o GNU Chess, +porque um sistema completo precisa de jogos também.</p> + +<p> +Por volta do início dos anos 90, agrupamos todo o sistema à parte do +núcleo. Nós também tínhamos começado a desenvolver um núcleo, o <a +href="/software/hurd/hurd.html">GNU Hurd</a>, que funciona em cima do +Mach. Desenvolver esse núcleo tem sido bem mais difícil do que esperávamos; +<a href="/software/hurd/hurd-and-linux.html">o GNU Hurd começou a funcionar +de forma segura em 2001</a>, mas está longe de estar pronto para as pessoas +usarem, de forma geral.</p> + +<p> +Felizmente, não precisamos esperar pelo Hurd, por causa do Linux. Assim que +Torvalds escreveu o Linux, este preencheu a última grande lacuna no sistema +GNU. Pessoas puderam, então, <a +href="http://ftp.funet.fi/pub/linux/historical/kernel/old-versions/RELNOTES-0.01">combinar +o Linux com o sistema GNU</a> para compor um sistema livre completo – +uma versão do sistema GNU contendo também o Linux. O sistema GNU/Linux, em +outras palavras.</p> + +<p> +Fazer os dois funcionarem bem juntos não foi uma tarefa trivial. Alguns +componentes GNU<a href="#somecomponents">(3)</a> precisaram de alterações +substanciais para funcionar com o Linux. Integrar um sistema completo como +uma distribuição que funcionasse “fora da caixa” foi também um trabalho +grande. Foi necessário resolver o problema de como instalar e iniciar o +sistema (<i>boot</i>) – um problema que ainda não resolvemos porque +ainda não atingimos esse ponto. Portanto, as pessoas que desenvolveram as +várias distribuições de sistema fizeram um trabalho substancial. Mas foi um +trabalho que, naturalmente, seria feito por alguém.</p> + +<p> +O Projeto GNU oferece suporte para os sistemas GNU/Linux assim como para +<em>o</em> sistema GNU. A <a href="http://fsf.org/">FSF</a> financiou a +reescrita das extensões relacionadas ao Linux para a biblioteca C do GNU, de +forma que agora elas estão bem integradas, e os novos sistemas GNU/Linux +usam a versão corrente da biblioteca sem modificações. A FSF também +financiou um estágio inicial do desenvolvimento do Debian GNU/Linux.</p> + +<p> +Há hoje muitas variantes diferentes do sistema GNU/Linux (frequentemente +chamadas de “distros”). A maioria delas inclui software não livre – +seus desenvolvedores seguem a <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">filosofia do “código +aberto”</a> associada ao Linux em vez da <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">filosofia do +“software livre”</a> do GNU. Mas também há <a +href="/distros/distros.html">distros GNU/Linux completamente livres</a>. A +FSF oferece suporte a instalações de computador para algumas delas.</p> + +<p>Fazer uma distribuição GNU/Linux não é apenas uma questão de eliminar vários +programas não livres. Hoje em dia, a versão usual do Linux também possui +programas não livres. A intenção é esses programas serem carregados para os +dispositivos de E/S na inicialização do sistema, e eles são incluídos, como +longas séries de números, no “código fonte” do Linux. Portanto, manter +distribuições GNU/Linux livres agora significa manter uma <a +href="http://directory.fsf.org/project/linux">versão do Linux livre</a> +também.</p> + +<p>Você usando GNU/Linux ou não, por favor não confunda o público usando o nome +“Linux” de forma ambígua. Linux é o núcleo (kernel), um dos principais +componentes essenciais do sistema. O sistema como um todo é mais ou menos o +sistema GNU, com Linux adicionado. Quando você fala sobre essa combinação, +por favor chame-a de “GNU/Linux”.</p> + +<p> +Se você deseja fazer um link sobre “GNU/Linux” para posterior referência, +essa página e <a +href="/gnu/the-gnu-project.html">http://www.gnu.org/gnu/the-gnu-project.html</a> +são ótimas escolhas. Se você mencionar Linux, o núcleo (ou kernel) e deseja +adicionar um link para posterior referência, <a +href="http://foldoc.org/linux">http://foldoc.org/linux</a> é uma boa URL +para se usar.</p> + +<h3>Observações</h3> + +<p> +À parte do GNU, um outro projeto desenvolveu um sistema livre similar ao +Unix. Este sistema é conhecido como BSD, e foi desenvolvido na Universidade +da Califórnia em Berkeley. Ele era não livre nos anos 80, mas se tornou +livre no início dos 90. Um sistema operacional livre que existe hoje<a +href="#newersystems">(4)</a> é quase com certeza ou uma variante do sistema +GNU ou um tipo de sistema BSD.</p> + +<p> +Pessoas algumas vezes perguntam se BSD também é uma versão do GNU, como o +GNU/Linux. Os desenvolvedores do BSD se inspiraram para fazer o código de +seu software livre pelos exemplos do Projeto GNU, e apelos explícitos de +ativistas do GNU ajudaram a persuadi-los, mas o código teve uma pequena +mudança com GNU. Sistemas BSD de hoje usam alguns programas GNU, assim como +o sistema GNU e suas variantes usam alguns programas BSD; porém, como um +todo, eles são dois sistemas diferentes que evoluíram separadamente. Os +desenvolvedores do BSD não escreveram um núcleo e o adicionaram ao sistema +GNU, e um nome como GNU/BSD não se adequaria à situação.<a +href="#gnubsd">(5)</a></p> + +<h3>Notas:</h3> +<ol> +<li> +<a id="unexciting"></a>Esses componentes não excitantes, mas essenciais, +incluem o GNU assembler (GAS) e o linker (GLD), ambos agora parte do pacote +<a href="/software/binutils/">GNU Binutils</a>, <a href="/software/tar/">GNU +tar</a> e muito mais.</li> + +<li> +<a id="nottools"></a>Por exemplo, o Bourne Again SHell (BASH), o +interpretador de PostScript <a +href="/software/ghostscript/ghostscript.html">Ghostscript</a> e a <a +href="/software/libc/libc.html">biblioteca C do GNU</a> não são ferramentas +de programação. Nem o GNUCash, GNOME e GNU Chess.</li> + +<li> +<a id="somecomponents"></a>Por exemplo, a <a +href="/software/libc/libc.html">biblioteca C do GNU</a>.</li> + +<li> +<a id="newersystems"></a>Desde que foi escrito, um sistema quase-todo-livre +similar ao Windows foi desenvolvido, mas tecnicamente não é todo como o GNU +ou Unix, de forma que não exatamente afeta essa questão. A maioria do kernel +do Solaris foi feito livre, mas se você desejava fazer um sistema livre fora +disto, além de substituir as partes faltando do kernel, você também +precisaria colocá-la no GNU ou BSD.</li> + +<li> +<a id="gnubsd"></a>Por outro lado, nos anos que seguiram desde a escrita +deste artigo, a biblioteca C do GNU foi portada para várias versões do +núcleo do BSD, o que simplificou combinar o sistema GNU com aquele +núcleo. Assim como com o GNU/Linux, essas realmente são variantes do GNU e, +portanto, são chamadas, por exemplo, de GNU/kFreeBSD e GNU/kNetBSD +dependendo do núcleo do sistema. Usuários comuns em ambientes padrões mal +conseguem distinguir entre GNU/Linux e GNU/*BSD.</li> + +</ol> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2007, 2014, 2015, 2016, +2017, 2019 Richard M. Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Fernando Lozano <a +href="mailto:fernando@lozano.eti.br"><fernando@lozano.eti.br></a>, +2000 <br/> +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016, 2017, +2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/loyal-computers.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/loyal-computers.html new file mode 100644 index 0000000..ad040a1 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/loyal-computers.html @@ -0,0 +1,247 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/loyal-computers.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>O que significa para você que seu computador seja leal? - Projeto GNU - Free +Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/loyal-computers.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>O que significa para você que seu computador seja leal?</h2> + +<p>por <a href="https://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></p> + +<p>Dizemos que executar <a href="/philosophy/free-sw.html">software livre</a> +no seu computador significa que sua operação está <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">sob seu +controle</a>. Implicitamente, isso pressupõe que o seu computador fará o que +seus programas lhe dizem para fazer, e não mais. Em outras palavras, que seu +computador será leal a você.</p> + +<p>Em 1990, nós tomamos isso como uma coisa certa; hoje em dia, muitos +computadores são projetados para serem desleais com seus usuários. Tornou-se +necessário esclarecer o que significa o seu computador ser uma plataforma +leal que obedece às suas decisões, as quais você expressa dizendo a ele para +executar certos programas.</p> + +<p>Nossa tentativa de definição consiste nesses princípios.</p> + +<dl> +<dt>Instalabilidade</dt> + +<dd> +<p>Qualquer software que possa ser substituído por outra pessoa, o usuário deve +estar autorizado a substituí-lo.</p> + +<p>Assim, se o computador exigir uma senha ou algum outro segredo para +substituir alguns dos softwares nele contidos, quem lhe vender o computador +também deverá informar esse segredo.</p> +</dd> + +<dt>Neutralidade para softwares</dt> + +<dd> +<p>O computador executará, sem prejuízo, qualquer software que você instalar +nele, e permitirá que o software faça o que seu código disser.</p> + +<p>Um recurso para verificar assinaturas nos programas executados é compatível +com este princípio, desde que a verificação de assinatura esteja totalmente +sob o controle do usuário. Quando isso acontece, o recurso ajuda a +implementar as decisões do usuário sobre quais programas executar, em vez de +frustrar as decisões do usuário. Por outro lado, a verificação de assinatura +que não está totalmente sob o controle do usuário viola esse princípio.</p> +</dd> + +<dt>Neutralidade para protocolos</dt> + +<dd> +<p>O computador se comunicará, sem prejuízo, através de qualquer protocolo que +o software instalado implemente, com quaisquer usuários e quaisquer outros +computadores em rede com os quais você o direcione para se comunicar.</p> + +<p>Isso significa que o computador não impõe um serviço específico em vez de +outro, ou um protocolo em vez de outro. Ele não exige que o usuário obtenha +permissão de outra pessoa para se comunicar por meio de um determinado +protocolo.</p> +</dd> + +<dt>Neutralidade para implementações</dt> + +<dd> +<p>Quando o computador se comunica usando qualquer protocolo, ele terá suporte +a fazê-lo, sem prejuízo, através do código escolhido (presumindo que o +código implemente o protocolo pretendido) e não ajudará em nada a outra +parte da Internet a distinguir qual código você está usando ou quais +alterações você pode ter feito nele, ou discriminar com base em sua escolha.</p> + +<p>Isso implica que o computador rejeita a certificação remota, isto é, não +permite que outros computadores determinem através da rede se o seu +computador está executando uma carga de software específica. O atestado +remoto fornece aos sites da Web o poder de obrigá-lo a se conectar a eles +somente por meio de um aplicativo com DRM que você não pode violar, negando +a você um controle efetivo sobre o software usado para se comunicar com +eles.</p> + +<p>Podemos compreender certificação remota como um esquema geral para permitir +que qualquer site imponha <em>tivoização</em> ou “travamento” no software +local com o qual você se conecta. A simples <em>tivoização</em> de um +programa impede que as versões modificadas funcionem corretamente; isso faz +com que o programa seja não livre. A certificação remota por <em>sites +web</em>impede que versões modificadas funcionem com aqueles <em>sites</em> +que a usam, o que torna o programa efetivamente não livre quando usam estes +sites. Se um computador permite que <em>sites web</em> o impeçam de usar um +programa modificado com eles, ele será fiel a eles, não a você.</p> +</dd> + +<dt>Neutralidade para dados comunicados</dt> + +<dd> +<p>Quando o computador recebe dados usando qualquer protocolo, ele não limita o +que o programa pode fazer com os dados recebidos através dessa comunicação.</p> + +<p>Qualquer DRM no nível do hardware viola esse princípio. Por exemplo, o +hardware não deve fornecer fluxos de vídeo criptografados de forma que +somente o monitor possa descriptografá-los.</p> +</dd> + +<dt><em>Depurabilidade</em></dt> + +<dd> +<p>O computador sempre permite analisar a operação de um programa em execução.</p> +</dd> + +<dt>Completude</dt> + +<dd> +<p>Os princípios acima se aplicam a todas as interfaces de software do +computador e a toda comunicação que o computador faz. O computador não deve +ter nenhuma instalação programável desleal ou fazer qualquer comunicação +desleal.</p> + +<p>Por exemplo, a funcionalidade AMT em processadores Intel recentes executa +software não livre que pode conversar remotamente com a Intel. A menos que +seja desativado, isso torna o sistema desleal.</p> +</dd> +</dl> + +<p>Para que um computador esteja totalmente ao seu serviço, ele deve vir com a +documentação de todas as interfaces destinadas ao software em execução no +computador para usar no controle do computador. Uma lacuna na documentação +não significa que o computador seja ativamente desleal, mas significa que há +algum aspecto dele que não está a seu serviço. Dependendo de qual é esse +aspecto, isso pode ou não ser um problema real.</p> + +<p>Pedimos que os leitores enviem críticas e sugestões sobre essa definição +para <a href="mailto:computer-principles@gnu.org"> +<computer-principles@gnu.org></a>.</p> + +<p>A lealdade, como definida aqui, é o critério mais básico que podemos +imaginar como significativo. Não requer que todo o software do computador +seja livre. No entanto, a presença de <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">software não livre +no computador</a> é um obstáculo para verificar se o computador é leal ou +ter certeza de que ele assim permanecerá.</p> + +<h3 id="History">Histórico</h3> + +<p>Aqui está a lista de alterações substanciais nesta página.</p> + +<ul> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/loyal-computers.html?root=www&r1=1.5&r2=1.6">Versão +1.6</a>: Adiciona requisitos de instalabilidade. +</li> + +<li><a +href="http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/loyal-computers.html?root=www&r1=1.3&r2=1.4">Versão +1.4</a>: Documentação completa não é um requisito para lealdade. +</li> +</ul> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2015, 2019 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2019.Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/manifesto.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/manifesto.html new file mode 100644 index 0000000..4927439 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/manifesto.html @@ -0,0 +1,777 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/manifesto.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>O Manifesto GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/manifesto.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>O Manifesto GNU</h2> + +<p> O Manifesto GNU (que segue abaixo) foi escrito por <a +href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a> em 1985 para pedir +apoio no desenvolvimento do sistema operacional GNU. Parte do texto foi +tirada do anúncio original de 1983. Até 1987, ele foi atualizado em pequenas +partes para dar conta da evolução; desde então, parece ser melhor mantê-lo +inalterado.</p> + +<p>Desde aquele tempo, nós descobrimos certos mal-entendidos frequentes que +poderiam ter sido evitados por meio de uma escolha diferente de +palavras. Notas de rodapé adicionadas desde 1993 ajudam a clarear esses +pontos.</p> + +<p>Se você deseja instalar o sistema GNU/Linux, nós recomendamos que você use +uma das <a href="/distros">distribuições GNU/Linux feitas 100% de software +livre</a>. Para saber como contribuir, veja <a +href="/help/help.html">http://www.gnu.org/help</a>.</p> + +<p>O Projeto GNU é parte do Movimento Software Livre, uma campanha para a <a +href="/philosophy/free-sw.html">liberdade dos usuários de software</a>. É um +erro associar GNU com o termo “código aberto”—este termo foi criado em +1998 por pessoas que discordavam com os valores éticos do Movimento Software +Livre. Eles o usam para promover uma <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">abordagem imoral</a> +para o mesmo campo.</p> + +<h3 id="whats-gnu">O Que é o GNU? Gnu Não é Unix!</h3> + +<p> + GNU, que significa Gnu Não é Unix (“GNU's Not Unix”), é o nome para um +sistema de software completo e compatível com o Unix, que eu estou +escrevendo para que possa fornecê-lo gratuitamente para todos os que possam +utilizá-lo.<a href="#f1">(1)</a> Vários outros voluntários estão me +ajudando. Contribuições de tempo, dinheiro, programas e equipamentos são +bastante necessários.</p> + +<p> + Até o momento nós temos um editor de textos Emacs com Lisp para a escrita de +comandos do editor, um depurador de código-fonte, um gerador de compiladores +compatível com o yacc, um editor de vínculos e em torno de 35 +utilitários. Um shell (interpretador de comandos) está quase completo. Um +novo compilador C otimizador portável já compilou a si mesmo e deverá ser +liberado este ano. Um kernel inicial existe mas muitos recursos ainda são +necessários para emular o Unix. Quando o kernel e o compilador estiverem +finalizados, será possível distribuir um sistema GNU adequado para o +desenvolvimento de novos programas. Nós usaremos o TeX como nosso formatador +de textos, mas estamos trabalhando em um nroff. Nós também usaremos o X +Window System, que é livre e portável. Depois disso nós adicionaremos um +Common Lisp portável, um jogo do Império, uma planilha eletrônica, e +centenas de outras coisas, além de documentação on-line. Nós esperamos +fornecer, eventualmente, tudo de útil que normalmente vem com um sistema +Unix, e ainda mais.</p> + +<p> + GNU será capaz de executar programas do Unix, mas não será idêntico ao +Unix. Nós faremos todos os aperfeiçoamentos que forem convenientes, baseados +em nossa experiência com outros sistemas operacionais. Em particular, nós +planejamos adicionar nomes de arquivos longos, números de versão de +arquivos, um sistema de arquivos à prova de falhas, auto-geração de nomes de +arquivos, talvez, suporte de vídeo independente do terminal, e talvez um +sistema de janelas baseado no Lisp através do qual vários programas Lisp e +programas Unix comuns possam compartilhar uma tela. Tanto C quanto Lisp +estarão disponíveis como linguagens de programação de sistemas. Nós +tentaremos suportar UUCP, MIT Chaosnet, e protocolos da Internet para +comunicação.</p> + +<p> + GNU é inicialmente orientado para máquinas da classe 68000/16000 com memória +virtual porque essas são as máquinas mais fáceis de fazê-lo funcionar. O +esforço extra para fazê-lo funcionar em máquinas menores será deixado para +alguém que deseje utilizá-lo nelas.</p> + +<p> + Para evitar uma confusão horrível, por favor pronuncie a letra <em>g</em> na +palavra “GNU” quando ela for o nome deste projeto.</p> + +<h3 id="why-write">Por Que Eu Tenho que Escrever o GNU</h3> + +<p> + Eu acredito que a regra de ouro exige que, se eu gosto de um programa, eu +devo compartilhá-lo com outras pessoas que gostam dele. Vendedores de +Software querem dividir os usuários e conquistá-los, fazendo com que cada +usuário concorde em não compartilhar com os outros. Eu me recuso a quebrar a +solidariedade com os outros usuários deste modo. Eu não posso, com a +consciência limpa, assinar um termo de compromisso de não divulgação de +informações ou um contrato de licença de software. Por anos eu trabalhei no +Laboratório de Inteligência Artificial do MIT para resistir a estas +tendências e outras violações de hospitalidades, mas eventualmente elas +foram longe demais: eu não podia permanecer em uma instituição onde tais +coisas eram feitas a mim contra a minha vontade.</p> + +<p> + Portanto, de modo que eu possa continuar a usar computadores sem desonra, eu +decidi juntar uma quantidade de software livre suficiente para que eu possa +continuar sem nenhum software que não seja livre. Eu pedi demissão do +Laboratório de IA para impedir que o MIT tenha qualquer desculpa legal para +me impedir de fornecer o GNU livremente.<a href="#f2a">(2)</a></p> + +<h3 id="compatible">Por que o GNU Será Compatível com o Unix</h3> + +<p> + Unix não é o meu sistema ideal, mas ele não é tão ruim. Os recursos +essenciais do Unix parecem ser bons recursos, e eu penso que eu posso +fornecer o que falta no Unix sem comprometê-lo. E um sistema compatível com +o Unix seria conveniente para muitas pessoas adotarem.</p> + +<h3 id="available">Como o GNU Estará Disponível</h3> + +<p> + GNU não está no domínio público. Qualquer um terá permissão para modificar e +redistribuir o GNU, mas nenhum distribuidor terá permissão para restringir a +sua nova redistribuição. Ou seja, não será permitida nenhuma modificação <a +href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">proprietária</a>. Eu +quero ter certeza de que todas as versões do GNU permanecerão livres.</p> + +<h3 id="why-help">Por que Muitos Outros Programadores Desejam Ajudar</h3> + +<p> + Eu encontrei muitos outros programadores que estão excitados quanto ao GNU e +querem ajudar.</p> + +<p> + Muitos programadores estão descontentes quanto à comercialização de software +de sistema. Ela pode trazê-los dinheiro, mas ela requer que eles se +considerem em conflito com outros programadores de maneira geral em vez de +considerá-los como camaradas. O ato fundamental da amizade entre +programadores é o compartilhamento de programas; acordos comerciais usados +hoje em dia tipicamente proíbem programadores de se tratarem uns aos outros +como amigos. O comprador de software tem que escolher entre a amizade ou +obedecer à lei. Naturalmente, muitos decidem que a amizade é mais +importante. Mas aqueles que acreditam na lei frequentemente não se sentem à +vontade com nenhuma das escolhas. Eles se tornam cínicos e passam a +considerar que a programação é apenas uma maneira de ganhar dinheiro.</p> + +<p> + Trabalhando com e usando o GNU, em vez de programas proprietários, nós +podemos ser hospitaleiros para todos e obedecer a lei. Além disso, GNU serve +como um exemplo para inspirar e um chamariz para trazer outros para se +juntarem a nós e compartilhar programas. Isto pode nos dar um sentimento de +harmonia que é impossível se nós usarmos software que não seja livre. Para +aproximadamente metade dos programadores com quem eu falo, esta é uma +importante alegria que dinheiro não pode substituir.</p> + +<h3 id="contribute">Como Você Pode Contribuir</h3> + +<blockquote> +<p> +(Hoje em dia, para tarefas de softwares que estão precisando de ajuda, veja +a <a href="http://fsf.org/campaigns/priority-projects">lista de Projetos de +Alta Prioridade</a> e a <a +href="http://savannah.gnu.org/people/?type_id=1">lista GNU Help Wanted</a> +(“Ajuda Desejada do GNU”), que é a lista de tarefas geral para pacotes de +software do GNU. Para outras formas de ajudar, veja <a +href="/help/help.html">o guia de ajuda ao sistema operacional do GNU</a>.) +</p> +</blockquote> + +<p> + Eu estou pedindo aos fabricantes de computadores por doações de máquinas e +dinheiro. Eu estou pedindo às pessoas por doações de programas e de +trabalho.</p> + +<p> + Uma consequência que você pode esperar se você doar máquinas é que o GNU irá +funcionar nelas mais cedo. As máquinas devem ser sistemas completos, prontos +para uso, e aprovadas para utilização em áreas residenciais, e não devem +necessitar de sistemas sofisticados de refrigeração ou energia.</p> + +<p> + Eu encontrei muitos programadores dispostos a contribuir em tempo parcial +com o GNU. Para a maioria dos projetos, este trabalho distribuído em tempo +parcial seria bem difícil de coordenar; as partes escritas independentes uma +das outras não funcionariam juntas. Mas para a tarefa em particular de +substituir o Unix, este problema não existe. Um sistema Unix completo contém +centenas de programas utilitários, cada um documentado separadamente. A +maioria das especificações de interface são garantidas pela compatibilidade +com o Unix. Se cada contribuidor puder escrever um substituto compatível +para um único utilitário do Unix, e conseguir que ele trabalhe corretamente +no lugar do original em um sistema Unix, então estes utilitários irão +funcionar corretamente quando colocados juntos. Mesmo contanto que a Lei de +Murphy crie alguns problemas inesperados, juntar estes componentes será um +trabalho viável. (O kernel irá necessitar comunicação mais próxima e será +trabalhado por um grupo pequeno e coeso.)</p> + +<p> + Se eu receber doações de dinheiro, eu poderei contratar algumas pessoas em +tempo integral ou parcial. O salário não será alto para os padrões da +indústria, mas eu estou procurando por pessoas para as quais construir um +espírito de comunidade seja tão importante quanto ganhar dinheiro. Eu vejo +esta como uma maneira de habilitar pessoas dedicadas a focar todas suas +energias em trabalhar no GNU, sem que elas necessitem de uma outra maneira +de ganhar a vida.</p> + +<h3 id="benefit">Por que Todos os Usuários de Computadores Serão Beneficiados</h3> + +<p> + Uma vez que o GNU esteja pronto, todos poderão obter um bom software de +sistema, gratuitamente como o ar.<a href="#f2">(3)</a></p> + +<p> + Isto significa muito mais do que simplesmente o valor que todos economizarão +em uma licença do Unix. Isto significa que muita duplicação de programação +de sistemas será evitada. Este esforço poderá ser utilizado em avançar o +estado-da-arte.</p> + +<p> + O código-fonte completo do sistema estará disponível para todos. Como +resultado, um usuário que necessite de modificações no sistema será sempre +livre para realizá-las ele mesmo, ou para contratar qualquer programador +disponível ou empresa para realizá-las. Os usuários não estarão mais à mercê +do programador ou empresa que é dono dos fontes e é o único que pode +realizar mudanças.</p> + +<p> + Escolas poderão fornecer um ambiente educacional muito mais produtivo +encorajando todos os estudantes a estudar e aperfeiçoar o código do +sistema. O laboratório de computadores de Harvard tinha como política não +instalar nenhum programa se os seus fontes não estivessem disponíveis ao +público, e esta posição foi sustentada quando o laboratório se recusou a +instalar certos programas. Eu fui bastante inspirado por eles.</p> + +<p> + Finalmente, o esforço de localizar o dono do software de sistema e o que se +pode ou não se pode fazer com ele será aliviado.</p> + +<p> + Contratos que fazem as pessoas pagarem pelo uso de um programa, incluindo o +licenciamento de cópias, sempre trazem um custo tremendo para a sociedade +devido aos mecanismos obscuros necessários para se determinar quanto (ou +seja, por quais programas) uma pessoa tem que pagar. E somente a polícia do +estado tem poder para fazer com que todos obedeçam esses mecanismos. Imagine +uma estação espacial onde o ar tem que ser fabricado a um custo muito alto: +cobrar cada “respirador” por cada inspiração pode ser justo, mas usar a +máscara de gás com o medidor todo dia e toda noite seria intolerável mesmo +para os que pudessem pagar a taxa do ar. E presença de câmeras de TV por +todo lado para verificar se alguém tirar a máscara é ultrajante. É melhor +manter a fábrica de ar com uma taxa por pessoa e eliminar as máscaras.</p> + +<p> + Copiar todo ou parte de um programa é tão natural para um programador quanto +respirar, e tão produtivo quanto. Isto tem que ser livre.</p> + +<h3 id="rebutted-objections">Algumas Objeções Facilmente Refutadas aos Objetivos do GNU</h3> + +<p id="support"> +<strong>“Ninguém vai utilizá-lo se for livre porque isto significa que não +se pode contar com nenhum suporte.”</strong></p> + +<p> +<strong>“Você tem que cobrar pelo programa para pagar pelo +suporte.”</strong></p> + +<p> + Se as pessoas puderem em vez disso pagar pelo GNU mais pelos serviços em vez +de obter o GNU sem o serviço, uma empresa cujo objetivo seja somente +fornecer serviços para as pessoas que obtiveram o GNU gratuitamente será +rentável.<a href="#f3">(4)</a></p> + +<p> + Nós temos que diferenciar entre o suporte na forma de verdadeiro trabalho de +programação e simples ajuda. O primeiro é algo que ninguém pode realmente +contar em receber do vendedor de software. Se o seu problema não é o mesmo +de muitas outras pessoas, o vendedor irá ignorá-lo.</p> + +<p> + Se o seu negócio necessita contar com suporte, a única garantia é ter todos +os fontes e ferramentas necessários. Então você pode contratar qualquer +pessoa disponível para resolver o seu problema; você não depende de nenhum +indivíduo. Com o Unix, o preço dos fontes coloca isto fora de questão para a +maioria das empresas. Com GNU seria fácil. Ainda é possível que não haja uma +pessoa competente em disponibilidade, mas este problema não será causado por +contratos de distribuição. GNU não elimina todos os problemas do mundo, +somente alguns deles.</p> + +<p> + Enquanto isso, o usuário que não sabe nada sobre computadores necessita de +ajuda: fazer coisas para eles que eles poderiam facilmente fazer eles mesmos +mas eles não sabem como.</p> + +<p> + Este tipo de serviço poderia ser fornecido por empresas que vendem somente +serviços de ajuda e reparos. Se for verdade que os usuários preferem gastar +dinheiro e obter o produto com serviço, eles também estarão dispostos à +comprar o serviço tendo obtido o produto de graça. As empresas de serviços +irão competir em preço e qualidade, enquanto que os usuários não estarão +amarrados a nenhuma delas em particular. Enquanto isso, os usuários que não +necessitam do serviço poderão usar o programa sem ter que pagar pelo +serviço.</p> + +<p id="advertising"> +<strong>“Você não pode atingir muitas pessoas sem propaganda, e você tem que +cobrar pelo programa para pagar por isso.”</strong></p> + +<p> +<strong>“Não tem sentido anunciar um programa que as pessoas podem pegar de +graça.”</strong></p> + +<p> + Existem várias formas de publicidade gratuita ou muito baratas que podem ser +usadas para informar os usuários de computadores sobre algo como o GNU. Mas +pode ser verdade que nós atingiríamos mais usuários de computadores com +propaganda. Se isto for verdade, uma empresa que anuncia o serviço de copiar +e enviar GNU por uma taxa será bem-sucedida o suficiente para pagar pelos +seus anúncios e mais. Desta forma, somente os usuários que se beneficiam dos +anúncios pagam por eles.</p> + +<p> + Pelo outro lado, se muitas pessoas copiarem o GNU dos seus amigos, e tais +empresas não tiverem sucesso, isto mostra que a propaganda não era realmente +necessária para popularizar o GNU. Por que os advogados do mercado livre não +deixam o mercado decidir quanto a isso?<a href="#f4">(5)</a></p> + +<p id="competitive"> +<strong>“Minha empresa necessita de um sistema operacional proprietário para +obter uma vantagem competitiva.”</strong></p> + +<p> + O GNU irá remover o sistema operacional do escopo da competição. Você não +será capaz de obter uma vantagem nesta área, mas nenhum dos seus +competidores será capaz. Você e eles terão que competir em outras áreas, e +se beneficiarão mutuamente nesta área. Se o seu negócio é vender um sistema +operacional, você não irá gostar do GNU, mas isto é problema seu. Se o seu +negócio é outro, GNU pode poupá-lo de ser forçado para o negócio caro de +vender sistemas operacionais.</p> + +<p> + Eu gostaria de ver o desenvolvimento do GNU suportado por doações de várias +empresas e usuários, reduzindo o custo para todos.<a href="#f5">(6)</a></p> + +<p id="deserve"> +<strong>“Os programadores não merecem uma recompensa pela sua +criatividade?”</strong></p> + +<p> + Se alguma coisa realmente merece uma recompensa, é a sua contribuição +social. Criatividade pode ser uma contribuição social, mas somente na medida +em que a sociedade é livre para usufruir dos resultados. Se os programadores +merecem ser recompensados por criarem programas inovadores, da mesma forma +eles merecem ser punidos se eles restringem o uso destes programas.</p> + +<p id="reward"> +<strong>“Um programador não deveria poder pedir por uma recompensa pela sua +criatividade?”</strong></p> + +<p> + Não há nada errado em querer pagamento pelo trabalho, ou em procurar +maximizar a renda de uma pessoa, desde que não sejam utilizados meios +destrutivos. Mas os meios comuns hoje no campo de software são baseados em +destruição.</p> + +<p> + Extrair dinheiro dos usuários de um programa restringindo o seu uso é +destrutivo porque as restrições reduzem a quantidade de vezes e de modos em +que o programa pode ser utilizado. Isto reduz a quantidade de bem-estar que +a humanidade deriva do programa. Quando há uma escolha deliberada em +restringir, as consequências prejudiciais são destruição deliberada.</p> + +<p> + O motivo pelo qual um bom cidadão não utiliza tais meios destrutivos para se +tornar mais rico é porque, se todos fizessem assim, todos nós nos +tornaríamos mais pobres pela exploração mútua. Isto é ética Kantiana, ou a +Regra de Ouro. Já que eu não gosto das consequências que resultam se todos +restringirem a informação, eu tenho que considerar errado para alguém fazer +isso. Especificamente, o desejo de ser recompensado pela minha criatividade +não justifica privar o mundo em geral de tudo ou parte da minha +criatividade.</p> + +<p id="starve"> +<strong>“Os programadores não irão morrer de fome?”</strong></p> + +<p> + Eu poderia responder que ninguém é forçado a ser um programador. A maioria +de nós não conseguiria nenhum dinheiro pedindo na rua ou fazendo +caretas. Mas nós não estamos, como resultado, condenados a passar nossas +vidas pedindo na rua, fazendo caretas e passando fome. Nós fazemos outra +coisa.</p> + +<p> + Mas esta é a resposta errada porque ela aceita a afirmação implícita na +questão: que sem a propriedade do software, os programadores não têm como +receber um centavo. Supõe-se que seja tudo ou nada.</p> + +<p> + O motivo pelo qual os programadores não irão morrer de fome é que ainda será +possível para eles serem pagos para programar; somente não tão bem pagos +como o são hoje.</p> + +<p> + Restringir a cópia não é a única base para negócios com software. Ela é a +mais comum<a href="#f8">(7)</a> porque é a que traz mais dinheiro. Se ela +fosse proibida, ou rejeitada pelos consumidores, as empresas de software +moveriam suas bases para outras formas de organização que hoje são +utilizadas menos frequentemente. Existem várias formas de se organizar +qualquer tipo de negócios.</p> + +<p> + Provavelmente a programação não será tão lucrativa nas novas bases como ela +é agora. Mas este não é um argumento contra a mudança. Não é considerado uma +injustiça que caixas de lojas tenham os salários que eles tem hoje. Se com +os programadores acontecer o mesmo, também não será uma injustiça. (Na +prática eles ainda ganhariam consideravelmente mais do que os caixas.)</p> + +<p id="right-to-control"> +<strong>“As pessoas não têm o direito de controlar como a sua criatividade é +utilizada?”</strong></p> + +<p> +“Controle sobre o uso das ideias” é na verdade controle sobre as vidas das +pessoas; e isto em geral torna as vidas das pessoas mais difícil.</p> + +<p> + As pessoas que estudaram a questão da propriedade intelectual<a +href="#f6">(8)</a> cuidadosamente (como os advogados) dizem que não existe +direito intrínseco sobre a propriedade intelectual. Os tipos de suposta +propriedade intelectual que o governo reconhece foram criados por atos +específicos de legislação para propósitos específicos.</p> + +<p> + Por exemplo, o sistema de patentes foi criado para encorajar inventores a +divulgarem os detalhes de suas invenções. Seu propósito foi de ajudar à +sociedade e não os inventores. Naquela época, o tempo de vida de 17 anos de +uma patente era curto comparado com a taxa de avanços no +estado-da-arte. Como patentes são um problema somente entre fabricantes, +para os quais o custo e o esforço de um contrato de licença são pequenos se +comparados com o custo de se montar uma fábrica, a patente não causou muito +prejuízo. Elas não obstruíram a maioria das pessoas que utilizavam produtos +patenteados.</p> + +<p> + A ideia de copyright não existia nos tempos antigos, quando os autores +frequentemente copiavam outros autores extensamente em trabalhos de não +ficção. Esta prática era útil, e era a única maneira pela qual o trabalho de +muitos autores poderia ter sobrevivido pelo menos em parte. O sistema de +copyright foi criado expressamente com o propósito de encorajar a +autoria. No domínio para a qual ele foi inventado – livros que só podiam ser +copiados economicamente apenas pela prensa de uma gráfica – ele causou +poucos danos, e não obstruiu a maioria das pessoas que liam os livros.</p> + +<p> + Todos os direitos de propriedade intelectual são apenas licenças concedidas +pela sociedade porque se pensava, corretamente ou não, que a sociedade como +um todo se beneficiaria da concessão. Mas, em qualquer situação em +particular, temos que perguntar: nós estamos realmente melhor concedendo +esta licença? Que tipo de atos nós estamos autorizando uma pessoa a cometer?</p> + +<p> + A situação dos programas hoje é bastante diferente daquela dos livros um +século atrás. O fato de que o modo mais fácil de copiar um programa é de um +vizinho para o outro, o fato de que um programa tem tanto código-fonte +quanto código-objeto que são distintos, e o fato de que um programa é +utilizado em vez de lido e apreciado, se combinam para criar uma situação em +que uma pessoa que faz valer um copyright está prejudicando a sociedade como +um todo tanto material quanto espiritualmente; esta pessoa não deveria fazer +isso apesar ou mesmo que a lei permita que ela faça.</p> + +<p id="competition"> +<strong>“Competição faz com que as coisas sejam feitas melhor.”</strong></p> + +<p> + O paradigma da competição é uma corrida: recompensando o vencedor, nós +encorajamos todos a correr mais rápido. Quando o capitalismo realmente +funciona deste modo, ele faz um bom trabalho; mas os defensores estão +errados em assumir que as coisas sempre funcionam desta forma. Se os +corredores se esquecem do porquê da recompensa ser oferecida e buscarem +vencer, não importa como, eles podem encontrar outras estratégias – como, +por exemplo, atacar os outros corredores. Se os corredores se envolverem em +uma luta corpo-a-corpo, todos eles chegarão mais tarde.</p> + +<p> + Software proprietário e secreto é o equivalente moral aos corredores em uma +luta corpo-a-corpo. É triste dizer, mas o único juiz que nós conseguimos não +parece se opor às lutas; ele somente as regula (“para cada 10 metros, você +pode disparar um tiro”). Ele na verdade deveria encerrar com as lutas, e +penalizar os corredores que tentarem lutar.</p> + +<p id="stop-programming"> +<strong>“Não irão todos parar de programar sem um incentivo +monetário?”</strong></p> + +<p> + Na verdade, muitas pessoas irão programar sem absolutamente nenhum incentivo +monetário. A programação exerce uma fascinação incrível para algumas +pessoas, geralmente as pessoas que são melhores nisso. Não há falta de +músicos profissionais que se mantém na carreira mesmo quando não há +esperança de se ganhar a vida desta forma.</p> + +<p> + Mas na verdade esta questão, apesar de ser feita frequentemente, não é +adequada para a situação. Não se deixará de pagar para os programadores, +apenas se pagará menos. Então a questão é, alguém irá programar com um +incentivo monetário reduzido? Minha experiência mostra que sim.</p> + +<p> + Por mais de 10 anos, muitos dos melhores programadores do mundo trabalharam +no Laboratório de Inteligência Artificial do MIT por menos dinheiro que eles +poderiam receber em qualquer outro lugar. Eles receberam vários tipos de +recompensas não financeiras: fama e reconhecimento, por exemplo. E +criatividade também é um entretenimento, uma recompensa em si mesma.</p> + +<p> + Então a maioria deles saiu quando recebeu uma chance de fazer o mesmo +trabalho interessante recebendo bastante dinheiro.</p> + +<p> + Os fatos mostram que as pessoas irão programar por outros motivos além de +ficarem ricas; mas se for dada uma chance para além disso ganharem muito +dinheiro, elas irão aceitar e pedir por isso. Organizações que pagam pouco +se comparam fracamente com organizações que pagam bem, mas elas não tem que +se realizar seu trabalho de maneira ruim se as organizações que pagam bem +forem banidas.</p> + +<p id="desperate"> +<strong>“Nós necessitamos de programadores desesperadamente. Se eles exigem +que nós paremos de ajudar nossos semelhantes, nós temos que +obedecer.”</strong></p> + +<p> + Você nunca está tão desesperado que você tenha que atender a este tipo de +exigência. Lembre-se: milhões para a defesa, mas nenhum centavo como +tributo!</p> + +<p id="living"> +<strong>“Os programadores têm que ganhar a vida de algum jeito.”</strong></p> + +<p> + Avaliando superficialmente, isto é verdade. Entretanto, existem muitas +maneiras pelas quais um programador pode ganhar a vida sem vender o direito +de uso de um programa. Este modo é comum hoje porque ele traz aos +programadores e aos homens de negócios o máximo em dinheiro, não porque é o +único modo de se ganhar a vida. É fácil encontrar outros modos de ganhar a +vida se você deseja encontrá-los. Eis alguns exemplos.</p> + +<p> + Um fabricante lançando um novo computador irá pagar pelo porte do sistema +operacional para o novo hardware.</p> + +<p> + A venda de serviços de treinamento, ajuda e manutenção também poderia +empregar os programadores.</p> + +<p> + Pessoas com novas ideias poderiam distribuir programas como freeware<a +href="#f7">(9)</a>, pedindo por doações de usuários satisfeitos, ou vendendo +serviços de ajuda [no uso do software]. Eu encontrei pessoas que já +trabalham desta forma com sucesso.</p> + +<p> + Usuários com necessidades parecidas podem formar grupos de usuários, e pagar +anuidades. O grupo poderia contratar empresas de programação para escrever +programas que os membros do grupo desejariam usar.</p> + +<p> + Todos os tipos de desenvolvimento podem ser financiados com um Imposto de +Software:</p> + +<p> + Suponha que todos os que compram um computador tenham que pagar X por cento +do preço como um imposto de software. O governo daria este dinheiro a uma +agência como a NSF para gastar em desenvolvimento de software.</p> + +<p> + Mas, se um comprador de computadores realizar uma doação para o +desenvolvimento de software por conta própria, ele pode abater esta doação +do imposto. Ele pode doar para o projeto que ele escolher – frequentemente +escolhido porque ele pretende utilizar os resultados no final. Ele pode ter +um crédito por qualquer doação até o total do imposto que ele teria que +pagar.</p> + +<p> + O percentual do imposto poderia ser decidido por voto dos pagadores do +imposto, proporcionalmente à quantidade de dinheiro sobre a qual eles serão +taxados.</p> + +<p> + As consequências:</p> + +<ul> +<li>A comunidade de usuários de computadores apoiaria o desenvolvimento de +software.</li> +<li>Esta comunidade decidiria qual nível de suporte é necessário.</li> +<li>Usuários preocupados com quais projetos a sua parcela é gasta poderiam +escolher por eles mesmos.</li> +</ul> +<p> + À longo prazo, tornar os programas livres é um passo adiante na direção do +mundo pós-escassez, onde ninguém terá que trabalhar duro somente para ganhar +a vida. As pessoas serão livres para se dedicarem às atividades que são +agradáveis, como programação, depois de gastar as 10 horas semanais de +trabalho obrigatórias em atividades que são necessárias, como legislação, +aconselhamento de famílias, reparo de robôs e prospecção de asteroides. Eles +não terão necessidade de ganhar a vida programando.</p> + +<p> + Nós já reduzimos bastante a quantidade de trabalho que a sociedade como um +todo tem que realizar para a sua própria produtividade, mas somente um pouco +disso se transformou em lazer para os trabalhadores porque muita atividade +não produtiva é necessária para se acompanhar a atividade produtiva. As +principais causas disso são burocracia e medidas bitoladas contra a +competição. O software livre irá reduzir grandemente estes desperdícios na +área de produção de software. Nós temos que fazer isso, para que os ganhos +técnicos em produtividade sejam transformados em menos trabalho para nós.</p> + + +<h3 id="footnotes">Notas de rodapé</h3> + +<!-- The anchors do not match the actual footnote numbers because of + revisions over time. And if a new footnote is added, the references + to existing footnotes that follow the new one must be changed. --> +<ol> +<li id="f1">A escolha de palavras aqui foi descuidada. A intenção era de que ninguém +teria que pagar pela <b>permissão</b> para usar o sistema GNU. Mas as +palavras não deixam isso claro, e as pessoas frequentemente interpretam que +elas significam que as cópias do GNU têm sempre que serem distribuídas +gratuitamente ou por um valor simbólico. Esta nunca foi a intenção; +posteriormente, o manifesto menciona a possibilidade das empresas fornecerem +o serviço de distribuição objetivando o lucro. Subsequentemente eu aprendi a +distinguir cuidadosamente entre <cite>free</cite> no sentido de liberdade e +<cite>free</cite> no sentido de preço. O software livre <cite>(free +software)</cite> é o software que os usuários têm a liberdade distribuir e +modificar. Alguns usuários podem obter cópias sem custo, enquanto que outros +podem pagar para receber cópias – e se a receita ajuda a aperfeiçoar o +software, melhor ainda. O mais importante é que qualquer um que tenha uma +cópia tenha a liberdade de cooperar com outras pessoas utilizando o +software.</li> + +<li id="f2a">A expressão “dar software” é uma outra indicação de que eu não tinha ainda +separado a questão do preço e da liberdade. Nós agora recomendamos evitar +essa expressão ao falar sobre software livre. Veja “<a +href="/philosophy/words-to-avoid.html#GiveAwaySoftware">Palavras e Frases +Confusas</a>” para mais explicações.</li> + +<li id="f2">Este é outro lugar onde eu falhei em distinguir entre os dois significados +de <cite>free</cite>. A afirmação como está escrita não é falsa – você pode +obter cópias do GNU gratuitamente, dos seus amigos ou da Internet. Mas a +afirmação sugere a ideia errada.</li> + +<li id="f3">Várias dessas empresas existem hoje.</li> + +<li id="f4">Apesar dela ser uma instituição de caridade em vez de uma empresa, a Free +Software Foundation por dez anos levantou a maior parte dos seus fundos de +seu serviço de distribuição. Você pode <a href="/order/order.html">comprar +itens da FSF</a> para apoiar seu trabalho. +</li> + +<li id="f5">Um grupo de fabricantes de computadores ofereceu fundos por volta de 1991 +para apoiar a manutenção do Compilador C do GNU.</li> + +<li id="f8">Hoje penso que eu estava equivocado em dizer que software proprietário era a +forma mais comum de se fazer dinheiro com software. Parece que, na verdade, +a maioria dos modelos mais comuns de negócio era e ainda é o desenvolvimento +de software personalizado. Isso não oferece a possibilidade de obtenção de +renda, de forma que o negócio tem que continuar fazendo um ótimo trabalho +para manter a entrada de capital. O negócio de software personalizado +continuaria a existir, mais ou menos inalterado, em um mundo de software +livre. Portanto, eu não mais espero que os programadores mais bem pagos +ganhariam menos em um mundo de software livre.</li> + +<li id="f6">Em meados de 1980, eu ainda não tinha percebido o quão confuso era falar +sobre “a questão” da “propriedade intelectual”. Esse termo é obviamente +ambíguo; mais sutil é o fato de que ele engloba várias leis diferentes que +levantam questões muito diferentes. Hoje em dia, nós instamos as pessoas a +rejeitar totalmente o termo “propriedade intelectual”, para que ele não leve +outras pessoas a supor que aquelas leis formam uma questão coerente. A forma +de tornar isso mais claro é discutir patentes, copyrights e marcas +registradas separadamente. Veja uma <a +href="/philosophy/not-ipr.html">explicação mais aprofundada</a> sobre como +esse termo espalha confusão e distorcido.</li> + +<li id="f7">Subsequentemente, nós aprendemos a distinguir entre “software livre” e +“freeware”. O termo “freeware” significa software que você é livre para +redistribuir, mas que geralmente você não tem a liberdade de estudar e +alterar o código-fonte; então, basicamente, ele não é um software +livre. Veja “<a href="/philosophy/words-to-avoid.html#Freeware">Palavras e +Frases Confusas</a>” para mais explicação.</li> + +</ol> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1985, 1993, 2003, 2005, 2007, 2008, 2009, 2010, 2014, 2015 +Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p> +A cópia fiel e a distribuição deste artigo completo é permitida em qualquer +meio, desde que esta nota seja preservada e o distribuidor garanta aos +recipientes permissão para nova redistribuição como permitido por esta nota. +<br /> +Não podem ser feitas versões modificadas. +</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Fernando Lozano <a +href="mailto:fsl@centroin.com.br"><fsl@centroin.com.br></a>, 2004; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016, 2020.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/07/27 12:00:59 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/no-word-attachments.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/no-word-attachments.html new file mode 100644 index 0000000..05ff82d --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/no-word-attachments.html @@ -0,0 +1,373 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/no-word-attachments.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Nós Podemos Pôr um Fim aos Anexos do Word - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> +<meta http-equiv="keywords" content="GNU, FSF, Fundação para o Software Livre, Linux, geral, pública, licença, +gpl, licença pública geral GNU, liberdade, software, poder, direitos, word, +anexo, e-mail, anexo do word, microsoft" /> +<meta http-equiv="description" content="Esse ensaio explica o porquê de anexos de Microsoft Word para e-mail serem +ruins, e descreve o que você pode fazer para parar essa prática." /> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/no-word-attachments.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Nós Podemos Pôr um Fim aos Anexos [de e-mail] do Word</h2> + +<p>por <strong>Richard M. Stallman</strong> +</p> + +<p> +Você não odeia receber documentos do Word em mensagens de e-mail? Anexos do +Word não são apenas desagradáveis, mas ainda pior, eles impedem que as +pessoas mudem para software livre. Talvez nós possamos parar com este +costume com um pequeno esforço coletivo. Tudo o que nós temos que fazer é +pedir a cada pessoa que nos enviar em anexo um documento do Word que +reconsidere este modo de proceder.</p> + +<p> +A maioria dos usuários de computadores usam o Microsoft Word. Isto é ruim +para eles, pois o Word é software proprietário, negando às pessoas a +liberdade de estudar, modificar, copiar e redistribuí-lo. E, como a +Microsoft muda o formato dos arquivos do Word a cada nova versão, seus +usuários estão presos em um sistema que os obriga a comprar cada <i +lang="en">upgrade</i>, desejem eles ou não as mudanças. Eles podem até mesmo +descobrir, daqui a alguns anos, que os documentos Word que eles escrevem +hoje poderão não mais serem lidos pela versão que eles usarão então.</p> + +<p> +Mas isto também prejudica a nós, quando eles assumem que nós usamos o Word e +nos enviam (ou esperam que nós lhes enviemos) documentos no formato do +Word. Algumas pessoas publicam ou enviam documentos no formato do +Word. Algumas organizações irão aceitar somente arquivos no formato do Word: +uma pessoa que eu conheço foi impedida de se candidatar a um emprego porque +os currículos tinham que ser arquivos do Word. Até mesmo governos às vezes +impõem o formato do Word ao público, o que é verdadeiramente ultrajante.</p> + +<p> +Para nós usuários de sistemas operacionais livres, receber documentos do +Word é uma inconveniência. Mas o maior impacto do envio no formato do Word é +sobre as pessoas que poderiam mudar para sistemas livres: elas hesitam +porque elas sentem que necessitam ter o Word disponível para ler os arquivos +do Word que elas recebem. A prática de utilizar o formato secreto do Word +para intercâmbio impede o crescimento de nossa comunidade e que a liberdade +se espalhe. Enquanto nós notamos o distúrbio ocasional de receber um +documento do Word, este constante e persistente prejuízo à nossa comunidade +não é observado. Mas está acontecendo o tempo todo.</p> + +<p> +Muitos usuários do GNU que recebem documentos Word tentam encontrar modos de +lidar com eles. Você pode conseguir encontrar algum texto ASCII ofuscado no +arquivo ao percorrê-lo. O Software Livre de hoje pode ler a maioria dos +documentos Word, mas não todos — o formato é secreto e não foi +totalmente decodificado. Pior ainda: a Microsoft pode alterá-lo a qualquer +momento.</p> + +<p> +O pior de tudo é que isso já foi feito. O Microsoft Office 2007 usa, por +padrão, um formato baseado no formato patenteado OOXML. (Esse é aquele que a +Microsoft foi declarado como um “padrão aberto” por meio de manipulação +política e comitês de padronização de empacotamento.) O formato real não é +totalmente OOXML, e não está totalmente documentado. A Microsoft oferece uma +licença de patente grátis para OOXML em termos que não permite +implementações livres. Nós estamos, portanto, começando a receber arquivos +Word em um formato que programas livres não são se quer permitidos de ler.</p> + +<p> +Quando você recebe um arquivo Word, se você acha que o documento que você +recebeu é um evento isolado, é natural tentar lidar com isso encontrando uma +forma de lê-lo. Considerando como uma instância de uma prática perniciosa e +sistemática, se torna necessária uma abordagem diferente. Tentar ler o +arquivo é um sintoma de uma doença epidêmica; o que nós realmente queremos +fazer é impedir que essa doença se espalhe. Isso significa que devemos +convencer as pessoas a não enviar ou publicar documentos do Word.</p> + +<p> +Por isso, eu tenho a prática de responder aos anexos do Word com uma +mensagem educada explicando por que a prática de enviar arquivos do Word é +uma coisa ruim, e pedindo às pessoas para reenviar o material em algum +formato não secreto. Isto é bem menos trabalhoso do que tentar ler o texto +ASCII escondido no arquivo do Word. E eu descobri que as pessoas normalmente +entendem a questão, e muitas delas dizem que nunca mais irão enviar +documentos do Word para outras pessoas.</p> + +<p> +Se todos nós fizermos isto, conseguiremos um efeito bem maior. Pessoas que +ignorariam uma mensagem educada podem mudar suas práticas se elas receberem +muitas mensagens educadas de várias pessoas. Nós podemos ser capazes de +transformar o <em>não envie no formato do Word!</em> em parte da +“netiqueta”, se nós começarmos a sistematicamente levantar a questão com +todos os que nos enviarem arquivos do Word.</p> + +<p> +Para tornar este esforço eficiente, você provavelmente irá querer +desenvolver uma resposta padrão que você pode enviar toda vez que for +necessário. Eu incluí dois exemplos: a versão que eu estive usando +recentemente, seguida por uma nova versão que ensina um usuário do Word como +converter para outros formatos úteis. Eles são seguidos por várias sugestões +enviadas por outras pessoas.</p> + +<p> +Você pode utilizar estas respostas na forma como estão, se você assim +desejar, ou você pode personalizá-las ou escrever a sua própria. De todo +modo, construa uma resposta que se ajuste às suas ideias e à sua +personalidade — se as respostas forem pessoais em vez de todas iguais, +isto tornará a campanha mais efetiva.</p> + +<p> +Essas respostas são para pessoas que enviam arquivos do Word. Quando você +encontra uma organização que impõe o uso do formato do Word, isto chama por +um tipo diferente de resposta; neste caso, você pode levantar questões de +justiça que não se aplicariam às ações de um indivíduo.</p> + +<p> +Alguns recrutadores solicitam o currículo no formato Word. Curiosamente, +alguns recrutadores fazem isso até mesmo quando estão procurando alguém para +trabalhar com software livre. (Qualquer pessoa usando esses recrutadores +para trabalhar com software livre provavelmente não conseguirá um empregado +competente.) Para ajudar a mudar essa prática, você pode colocar um link +para essa página em seu currículo, próximo aos links para outros formatos do +currículo. Qualquer pessoa caçando uma versão do Word no currículo +provavelmente lerá essa página.</p> + +<p> +Essa página fala sobre anexos do Word, já que eles são em sua maioria o caso +mais comum. Porém, as mesmas questões se aplicam para outros formatos +proprietários, tal como o PowerPoint e Excel. Por favor, sinta-se à vontade +para adaptar respostas para também cobrir aquelas, se você quiser.</p> + +<p> +Dado o tamanho de nossa comunidade, apenas ao pedir nós podemos fazer a +diferença.</p> + +<hr /> + +<p> +<em>Você enviou o anexo no formato do Microsoft Word, um formato secreto e +proprietário, por isso eu não posso lê-lo. Se você me enviar texto puro, +HTML, ou PDF, então eu serei capaz de ler.</em></p> + +<p> +<em>Enviar para outras pessoas documentos no formato do Word tem efeitos +negativos porque esta prática coloca pressão sob elas para usar o software +da Microsoft. Na prática, você se torna um capanga do monopólio da +Microsoft. Este problema em específico é um dos maiores obstáculos à adoção +em larga escala do GNU/Linux. Você poderia reconsiderar o uso do formato do +Word em sua comunicação com outras pessoas?</em></p> + +<hr /> + +<p> +(Nota explicatória: Eu posso lidar com ODF também, mais não é muito +conveniente para mim, então eu não incluo-o na minha lista de sugestões.)</p> + +<hr /> + +<p> +<em>Você enviou o anexo no formato do Microsoft Word, um formato secreto e +proprietário, por isso eu não posso lê-lo. Se você me enviar texto puro, +HTML, ou PDF, então eu serei capaz de ler.</em></p> + +<p> +<em>Distribuir documentos no formato do Word é ruim para você e para outras +pessoas. Você não pode ter certeza de como eles serão formatados se alguém +utilizar uma versão diferente do Word; eles podem se tornar completamente +ilegíveis.</em></p> + +<p> +<em>Receber anexos do Word é ruim para você porque eles podem carregar vírus +(veja http://en.wikipedia.org/wiki/Macro_virus_(computing)). Enviar anexos +do Word é ruim para você porque um documento do Word normalmente inclui +informações escondidas sobre as atividades do autor (possivelmente sobre as +suas também). Texto que você removeu pode ser embaraçosamente +descoberto. Veja http://news.bbc.co.uk/2/hi/technology/3154479.stm para mais +informações.</em></p> + +<p> +<em>Mas acima de tudo, enviar às pessoas documentos do Word coloca pressão +sobre elas para utilizar software de Microsoft e ajuda a negar a elas +qualquer outra escolha. Em efeito, você se torna um capanga do monopólio da +Microsoft. Esta pressão é um dos principais obstáculos à maior adoção do +software livre.</em></p> + +<p> +<em>Você poderia por favor trocar para uma forma diferente de enviar +arquivos para outras pessoas, em vez do formato Word?</em></p> + +<p> +<em>Microsoft já começou a fazer os usuários do Word trocarem para uma nova +versão do formato Word, baseado no OOXML. Sua especificação possui 6000 +páginas – tão complexo que provavelmente ninguém mais poderá +implementá-lo por completo – e a Microsoft pode lhe processar por +violação de patente, se você tentar. Se você não deseja se juntar a este +ataque contra a interoperabilidade, a forma de evitar isso é decidindo por +não usar o formato Word para troca de arquivos.</em></p> + +<p> +<em>Ambas versões do formato do Word permitem <a +href="https://outflank.nl/blog/2019/05/05/evil-clippy-ms-office-maldoc-assistant/">incorporação +de malware</a>.</em></p> + +<p> +<em>É simples converter o arquivo para HTML usando Word. Abra o documento, +clique em “Arquivo”, então em “Salvar Como”, e na caixa “Tipo de arquivo”, +na parte inferior da janela, escolha “Documento HTML” ou “Página da +Web”. Então escolha “Salvar”. Você pode então anexar o novo documento HTML +em vez do seu documento Word. Note que o Word muda de maneiras +inconsistentes — você pode ter itens de menus um pouco diferentes, por +favor experimente com eles.</em></p> + +<p> +<em>A conversão em texto puro é tão simples quanto — em vez de +“Documento HTML”, escolha “Texto puro” ou “Documento de Texto” no tipo de +arquivo.</em></p> + +<p> +<em>Seu computador também pode ter um programa para converter para o formato +PDF. Selecione “Arquivo” e, então, “Imprimir”. Navegue pela lista de +impressoras disponíveis e selecione o conversor de PDF. Clique no botão +“Imprimir” e digite um nome para o arquivo PDF quando requisitado.</em></p> + +<p> +<em>Veja http://www.gnu.org/philosophy/no-word-attachments.html para mais +detalhes sobre essa questão.</em></p> + +<hr /> + +<p> +Eis outra abordagem, sugerida por Bob Chassell. Ela requer que você edite o +texto para o exemplo específico, e presume que você tem um meio de extrair o +conteúdo do texto e de mostrar o seu tamanho.</p> + +<hr /> + +<p> +<em>Eu estou perplexo. Você preferiu me enviar 876,377 bytes na sua última +mensagem quando o conteúdo tem apenas 27,133 bytes?</em></p> + +<p> +<em>Você me enviou cinco arquivos no formato inchado, não padronizado .doc +que é um segredo da Microsoft, em vez do formato internacional, público e +mais eficiente que é o texto puro.</em></p> + +<p> +<em>A Microsoft pode (e o fez recentemente no Quênia e no Brasil) fazer com +que a polícia local faça cumprir leis que proíbem estudantes de estudarem o +código, proíbe empresários de iniciar nova empresas, e proíbe profissionais +de oferecem os seus serviços. Por favor não dê a eles o seu apoio.</em></p> + +<hr /> + +<p> +John D. Ramsdell sugere que as pessoas desencorajam o uso de anexos +proprietários fazendo uma pequena declaração em seu arquivo +<kbd>.signature</kbd>:</p> + +<hr /> + +<p> +<em>Por favor, evite me enviar anexos do Word ou do PowerPoint.<br /> +Veja http://www.gnu.org/philosophy/no-word-attachments.html</em></p> + +<hr /> + +<p> +<a href="/philosophy/anonymous-response.html">Aqui está uma carta +resposta</a> a uma mensagem em e-mail com um anexo do Word.</p> + +<hr /> + +<p> +Kevin Cole da Universidade Gallaudet em Washington, DC, <a +href="/philosophy/kevin-cole-response.html">envia essa mensagem de resposta +automática</a> sempre que ele recebe um anexo do Word. (Eu penso que é +melhor enviar as respostas manualmente, e deixar claro que você o fez +porque, assim, as pessoas podem ter uma melhor recepção.)</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2002, 2007, 2019, 2020 Richard M. Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Fernando Lozano <a +href="mailto:fernando@lozano.eti.br"><fernando@lozano.eti.br></a>, +2002; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017-2020</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/not-ipr.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/not-ipr.html new file mode 100644 index 0000000..8a00818 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/not-ipr.html @@ -0,0 +1,354 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/not-ipr.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Você Disse “Propriedade Intelectual”? É uma Miragem Sedutora - Projeto GNU - +Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/not-ipr.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Você Disse “Propriedade Intelectual”? É uma Miragem Sedutora</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard M. Stallman</a></p> + +<p> +Virou moda atirar copyright, patentes e marcas — três entidades separadas e +diferentes envolvendo três conjuntos de leis separados e diferentes — dentro +da mesma panela e chamar isso de “Propriedade Intelectual”. O termo +distorcido e confuso não surgiu por acidente. São as empresas que lucram com +a confusão o promovem. E o meio mais claro para sair da confusão é rejeitar +inteiramente o termo. +</p> + +<p> +De acordo com o professor Mark Lemley, da Stanford Law School, o uso +generalizado do termo “propriedade intelectual” é uma moda que seguiu a +fundação da OMPI, a Organização Mundial de “Propriedade Intelectual” em +1967, mas apenas recentemente começou a ser comumente utilizado. (A OMPI é +formalmente uma organização das Nações Unidas, mas na verdade representa o +interesse de detentores de copyrights, patentes e marcas.) Uso generalizado +data <a +href="https://books.google.com/ngrams/graph?content=intellectual+property&year_start=1800&year_end=2008&corpus=15&smoothing=1&share=&direct_url=t1%3B%2Cintellectual%20property%3B%2Cc0">os +anos 1990</a>) (<a href="/graphics/seductivemirage.png">Cópia local da +imagem</a>) +</p> + +<p> +O termo carrega uma distorção que não é difícil de ver: sugere pensar sobre +copyright, patentes e marcas por analogia aos direitos de propriedade de +objetos físicos. (Tal analogia contraria a filosofia do direito da lei de +copyright, ou da lei de patentes e da lei de marcas, mas só os especialistas +sabem disso). Estas leis são, de fato, pouco semelhantes à lei de +propriedade sobre coisas físicas, mas o uso desse termo leva os legisladores +a alterá-las para ficarem mais parecidas. Uma vez que a alteração interessa +às empresas que exercem o poder de copyright, marcas e patentes, a distorção +da “propriedade intelectual” lhes serve bem. +</p> + +<p> +Esta distorção já daria motivos suficientes para rejeitar o termo e as +pessoas recorrentemente me pedem para propor algum outro nome para a +categoria geral — ou propõem suas próprias alternativas (geralmente +engraçadas). As sugestões incluem IMPs, de “Imposed Monopoly Privileges” (em +português, Privilégios de Monopólio Impostos) e GOLEMs, de +“Government-Originated Legally Enforced Monopolies” (Monopólios Legalmente +Sustentados Originados por Governos). Alguns falam de “regimes de direitos +exclusivos”, mas se referir à restrições como “direitos” é duplipensar +também. +</p> + +<p> +Alguns desses nomes alternativos seriam um avanço, mas é um engano +substituir “propriedade intelectual” por qualquer outro termo. Um nome +diferente não atingiria o problema profundo do conceito: sua +sobre-generalização. Não há uma coisa unificada tal como supõe “propriedade +intelectual” — isso é uma miragem. O único motivo pelo qual as pessoas +pensam que ele faz sentido, como uma categoria coerente, vem da impressão +gerada pela disseminação do uso do termo, no que se refere às leis em +questão. +</p> + +<p> +O termo “propriedade intelectual” é, na melhor das hipóteses, um apanhado +que embola leis díspares. Quem não é advogado e ouve esses termos, aplicados +a várias legislações, tende a supor que elas se baseiam em um princípio +comum e que funcionam de maneiras semelhantes. +</p> + +<p> +Nada poderia estar mais distante da verdade. Essas leis foram criadas +separadamente, desenvolveram-se diferentemente umas das outras, aplicam-se a +atividades distintas, têm regras diferentes e suscitam diferentes questões +de políticas públicas. +</p> + +<p> +Por exemplo, a lei de copyright foi projetada para promover a autoria e a +arte, e cobre os detalhes de expressão de um trabalho. A lei de patentes +visava favorecer a publicação de ideias úteis, ao preço de dar àquele que as +publica um monopólio temporário sobre elas — um preço que pode ser melhor +pagar em alguns campos, mas não em outros. +</p> + +<p> +A lei de marcas, ao contrário, não pretendia apoiar nenhuma maneira +particular de atuação, mas simplesmente permitir aos compradores saber o que +estão comprando. Os legisladores, sob a influência da “propriedade +intelectual”, porém, transformaram-na em um esquema para propiciar +incentivos à propaganda comercial. E estas são apenas três das várias leis +às quais o termo se refere. +</p> + +<p> +Já que as leis se desenvolveram independentemente, elas são diferentes em +cada detalhe, da mesma maneira que são diferentes em seus métodos e +propósitos básicos. Portanto, se você aprender algum fato sobre a lei do +copyright, você será sábio ao supor que a lei das patentes é diferente. Você +raramente estará errado! +</p> + +<p> +Na prática, quase todas afirmações genéricas que você encontra que são +formuladas usando “propriedade intelectual” serão falsas. Por exemplo, você +verá alegações de que “seu” propósito é “promover inovação”, mas apenas que +se adéque à lei de patentes e talvez plante monopólios variados. A lei de +copyright não está preocupada com inovação; uma música pop ou um romance +estão sob copyright mesmo se não houver nada de inovador neles. A lei de +marcas não está preocupada com inovação; se eu abro uma loja de chá e a +chamo de “rms chá”, esta não seria uma marca sólida mesmo se eu vendesse os +mesmos chás da mesma forma que as outros vendedores. A lei de segredo +comercial não está preocupada com inovação, exceto tangencialmente; minha +lista de consumidores de chá seria um segredo comercial com nada a ver com +inovação.</p> + +<p> +Você também verá afirmações de que “propriedade intelectual” está preocupada +com “criatividade”, mas, na verdade, isso se adéqua apenas à lei de +copyright. Mais do que criatividade é necessário fazer uma invenção +patenteável. A lei de marcas e a lei de segredo comercial têm nada a ver com +criatividade; o nome “rms chá”, assim como minha a lista secreta de +consumidores de chá, tem nada de criativo.</p> + +<p> +As pessoas geralmente dizem “propriedade intelectual” quando realmente se +referem a um conjunto maior ou menor de leis. Por exemplo, países ricos +frequentemente impõem leis injustas a países pobres para arrancar-lhes o +dinheiro. Algumas dessas leis estão entre as de “propriedade intelectual”, +algumas outras não; entretanto, críticos dessa prática geralmente se prendem +a esse termo porque este se tornou familiar a eles. Ao usá-lo, eles deturpam +a natureza da questão. Seria melhor utilizar um termo exato, como +“colonização legislativa”, que vai direto ao cerne da questão. +</p> + +<p> +Os leigos não estão sós quando se confundem com esse termo. Até mesmo +professores de direito que ensinam essas leis são atraídos e distraídos pela +sedução do termo “propriedade intelectual”, e fazem afirmações genéricas que +entram em conflito com fatos que eles próprios conhecem. Um professor, por +exemplo, escreveu em 2006: +</p> + +<blockquote><p> +Ao contrário de seus descendentes que agora trabalham a base da OMPI, os +formatadores da constituição estadunidense tinham uma atitude de princípios +e pró-competitiva para a propriedade intelectual. Eles sabiam que os +direitos poderiam ser necessários, mas... Eles ataram as mãos do congresso, +restringindo seu poder de várias maneiras. +</p></blockquote> + +<p> +Essa afirmação se refere ao artigo 1, seção 8, cláusula 8 da Constituição +dos EUA, que autoriza a lei do copyright e a lei das patentes. Essa +cláusula, entretanto, não tem nada a ver com a lei de marcas, lei de segredo +comercial ou tantas outras. O termo “propriedade intelectual” levou o +professor a uma falsa generalização. +</p> + +<p> +O termo “propriedade intelectual” também leva a um pensamento simplista. Ele +leva as pessoas a focarem em uma pobre similaridade que essas diferentes +leis têm em sua forma — elas criam privilégios artificiais para certas +partes — e não perceber os detalhes que formam sua substância: as restrições +específicas que cada lei impõe sobre o público, e as consequências que +resultam daí. O foco simplista na forma encoraja uma abordagem “economista” +para todas essas questões. +</p> + +<p> +A economia opera aqui, como geralmente o faz, como um veículo para +suposições não examinadas. Dentre estas estão incluídas suposições sobre +valores, como a de que a quantidade de produção conta, enquanto a liberdade +e o estilo de vida não, e suposições factuais que são em sua maioria falsas, +como a de que o copyright sobre música favorece os músicos, ou de que as +patentes de remédios apoiam a pesquisa para salvar vidas. +</p> + +<p> +Outro problema é que, no nível de detalhe de “propriedade intelectual”, os +assuntos específicos levantados pelas várias leis se tornam quase +invisíveis. Esses assuntos emergem das especificidades de cada lei — +precisamente o que o termo “propriedade intelectual” faz as pessoas +ignorarem. Por exemplo, uma questão relacionada a lei do copyright é se o +compartilhamento de música deve ser permitido. A lei de patentes não tem +nada a ver com isso. A lei de patentes traz questões como a de se deve +permitir a países pobres produzir drogas que salvam vidas e vendê-las a um +preço baixo para salvar vidas. A lei de copyright não tem nada a ver com +tais questões. +</p> + +<p> +Nenhuma dessas questões é puramente econômica em sua natureza, e seus +aspectos não econômicos são bem diferentes; usando a rasa +sobre-generalização econômica como a base para considerá-los significa +ignorar essas diferenças. Colocar as duas leis na panela da “propriedade +intelectual” obstrui o pensamento claro sobre cada uma. +</p> + +<p> +Portanto, qualquer opinião sobre “a questão da propriedade intelectual” e +qualquer generalização sobre essa suposta categoria são quase que certamente +tolas. Se você pensar que todas essas leis são uma só questão, você tenderá +a escolher suas opiniões de uma gama de generalizações excessivas, nenhuma +das quais de qualquer valor. +</p> + +<p> +A rejeição de “propriedade intelectual” não é uma mera recreação +filosofal. O termo causa danos reais. A Apple o usou para <a +href="https://www.theguardian.com/us-news/2017/mar/11/nebraska-farmers-right-to-repair-bill-stalls-apple">distorcer +o debate sobre o projeto de lei “direito de consertar”</a>. O conceito falso +deu à Apple uma forma de vestir sua preferência pelo sigilo, que conflita +com os direitos de seus consumidores, como um suposto princípio ao qual os +consumidores e o Estado devem se render.</p> + +<p> +Se você quer pensar claramente sobre as questões levantadas por patentes, +copyrights ou marcas, o primeiro passo é esquecer a ideia de embolá-los, e +tratá-los como tópicos separados. O segundo passo é rejeitar as perspectivas +estreitas e o quadro simplista que o termo “propriedade intelectual” +sugere. Considere cada uma dessas questões separadamente, em suas +totalidades, e você terá uma chance de considerá-las de maneira correta. +</p> + +<p>E quanto a reformar a OMPI, entre outras coisas, aqui está <a +href="http://fsfe.org/activities/wipo/wiwo.pt.html">uma proposta para mudar +seu nome e essência</a>. +</p> + +<hr /> + +<p> +Veja também <a href="/philosophy/komongistan.html">A Curiosa História de +Komongistan (Detonando o termo “propriedade intelectual”)</a>. +</p> + +<p> +Países na África são muito mais similares do que essas leis, e “África” é um +conceito geográfico coerente; mesmo assim, <a +href="http://www.theguardian.com/world/2014/jan/24/africa-clinton">falar +sobre a “África” em vez de um país específico causa muita confusão</a>. +</p> + +<p> +<a +href="http://torrentfreak.com/language-matters-framing-the-copyright-monopoly-so-we-can-keep-our-liberties-130714/">Rickard +Falkvinge ratifica a rejeição deste termo</a>.</p> + +<p><a +href="http://www.locusmag.com/Perspectives/2016/11/cory-doctorow-sole-and-despotic-dominion/"> +Cory Doctorow também condena</a> o termo “propriedade intelectual”.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. 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Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Rodrigo Macedo +<a href="mailto:rodrigomacedo@rmsolucoeseminformatica.com" +><rodrigomacedo@rmsolucoeseminformatica.com></a>, 2012.<br /> +Rafael Beraldo +<a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2012.<br /> +Rafael Fontenelle +<a href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016, +2017.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/open-source-misses-the-point.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/open-source-misses-the-point.html new file mode 100644 index 0000000..4487a4f --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/open-source-misses-the-point.html @@ -0,0 +1,514 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/open-source-misses-the-point.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Por que o Código Aberto não compartilha dos objetivos do Software Livre - +Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/open-source-misses-the-point.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por que o Código Aberto não compartilha dos objetivos do Software Livre</h2> + +<address class="byline">por Richard Stallman</address> + +<div class="article"> + +<blockquote class="comment"><p> +Os termos “software livre” e “código aberto” representam quase a mesma gama +de programas. No entanto, eles dizem coisas profundamente diferentes sobre +esses programas, com base em valores diferentes. O movimento do software +livre faz campanha pela liberdade para os usuários da computação; é um +movimento pela liberdade e pela justiça. Por outro lado, a ideia de código +aberto valoriza principalmente a vantagem prática e não faz campanha por +princípios. É por isso que não concordamos com o código aberto e não usamos +esse termo. +</p></blockquote> + +<p>Quando dizemos que um software é “livre”, queremos dizer que ele respeita as +<a href="/philosophy/free-sw.html">liberdades essenciais dos usuários</a>: a +liberdade de executá-lo, de estudá-lo e mudá-lo, e redistribuir cópias com +ou sem mudanças. Isso é uma questão de liberdade, não de preço – pense +em “liberdade de expressão”, não em “cerveja grátis”.</p> + +<p>Essas liberdades são vitalmente importantes. Elas são essenciais não apenas +para os propósitos individuais dos usuários, mas para a sociedade como um +todo, pois elas promovem solidariedade social – isto é, +compartilhamento e cooperação. Elas se tornam ainda mais importantes à +medida que nossa cultura e atividades cotidianas se tornam mais +digitalizadas. Num mundo de sons, imagens e palavras digitais, o software +livre se torna essencial para a liberdade em geral.</p> + +<p>Dezenas de milhões de pessoas no mundo atualmente usam software livre; as +escolas públicas de algumas regiões da Índia e da Espanha ensinam todos seus +estudantes a usar o <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">sistema operacional +livre GNU/Linux</a>. Muitos desses usuários, contudo, nunca ouviram sobre as +razões éticas pelas quais nós desenvolvemos esse sistema e construímos a +comunidade do software livre, devido ao fato de que hoje em dia esse sistema +e comunidade são muito frequentemente divulgados como “código aberto”, +atribuindo a eles uma filosofia diferente, na qual essas liberdades +dificilmente são mencionadas.</p> + +<p>O movimento do software livre tem lutado pela liberdade dos usuários de +computador desde 1983. Em 1984 nós iniciamos o desenvolvimento do sistema +operacional livre GNU para que pudéssemos evitar os sistemas operacionais +proprietários (não livres) que negam liberdade aos seus usuários. Durante os +anos 80, nós desenvolvemos boa parte dos componentes essenciais do sistema e +criamos a <a href="/licenses/gpl.html">Licença Pública Geral GNU</a> (GNU +GPL) para lançá-los – uma licença especificamente projetada para +proteger a liberdade de todos os usuários de um programa.</p> + +<p>Nem todos os usuários e desenvolvedores de software livre concordaram com os +objetivos do movimento do software livre. Em 1998, uma parte da comunidade +do software livre se separou e iniciou uma campanha em nome do “código +aberto”. O termo foi originalmente proposto com a finalidade de evitar uma +possível confusão com o termo “software livre”, porém logo se tornou +associado a visões filosóficas bem diferentes daquelas do movimento do +software livre.</p> + +<p>Alguns dos partidários do código aberto consideram o termo uma “campanha de +marketing pelo software livre”, que apela aos empresários ao salientar os +benefícios práticos do software, ao mesmo tempo que não levanta questões +sobre certo e errado que eles podem não querer ouvir. Outros partidários +rejeitam terminantemente os valores éticos e sociais do movimento do +software livre. Quaisquer que sejam seus pontos de vista, na campanha pelo +código aberto, eles não citam nem advogam esses valores. O termo “código +aberto” se tornou rapidamente associado a ideias e argumentos baseados +apenas em valores práticos, tais como criar ou ter software poderoso e +confiável. A maioria dos partidários do código aberto tem feito isso desde +então, e fazem a mesma associação. A maioria das discussões sobre “código +aberto” não presta atenção ao certo e ao errado, apenas à popularidade e ao +sucesso; aqui está um <a +href="http://www.linuxinsider.com/story/Open-Source-Is-Woven-Into-the-Latest-Hottest-Trends-78937.html">exemplo +típico</a>. Uma minoria de defensores do código aberto hoje em dia diz que a +liberdade é parte da questão, mas eles não são muito visíveis entre os +muitos que não o fazem.</p> + +<p>Os dois termos descrevem quase a mesma categoria de software, porém eles +referem-se a visões baseadas em valores fundamentalmente diferentes. Para o +movimento do software livre, o software livre é um imperativo ético, com +respeito essencial à liberdade dos usuários. Em contrapartida, a filosofia +do código aberto considera os problemas em termos de como tornar o software +“melhor” – e, um sentido prático apenas. Ela diz que o software não +livre é uma solução inferior para o problema prático em questão.</p> + +<p>Para o movimento do software livre, contudo, o software não livre é um +problema social e a solução é parar de usá-lo e migrar para o software +livre.</p> + +<p>“Software livre”. “Código aberto”. Se é o mesmo software (<a +href="/philosophy/free-open-overlap.html">ou quase</a>), realmente importa +que nome você usa? Sim, porque palavras diferentes exprimem ideias +diferentes. Embora um programa livre daria a você a mesma liberdade hoje por +qualquer outro nome, estabelecer a liberdade de forma duradoura depende +sobretudo de ensinar as pessoas a valorizar a liberdade. Se você quer ajudar +nesse sentido, é essencial falar em “software livre”.</p> + +<p>Nós do movimento do software livre não vemos o código aberto como um +empreendimento inimigo; o inimigo é o software (não livre) +proprietário. Porém, nós queremos que as pessoas saibam que apoiamos a +liberdade, por isso não aceitamos ser rotulados erroneamente como apoiadores +do código aberto. O que defendemos não é “código aberto” e o que nos opomos +não é “código fechado”. Para deixar isso claro, evitamos usar esses termos. +</p> + +<h3>Diferenças práticas entre Software Livre e Código Aberto</h3> + +<p>Na prática, o código aberto apoia critérios um pouco mais flexíveis que os +do software livre. Até onde sabemos, todos os códigos abertos de software +livre lançados se qualificariam como código aberto. Quase todos os softwares +de código aberto são software livre, mas há exceções. Primeiro, algumas +licenças de código aberto são restritivas demais, de forma que elas não se +qualificam como licenças livres. Por exemplo, a “Open Watcom” é não livre +porque sua licença não permite fazer uma versão modificada e usá-la +privativamente. Por sorte, poucos programas usam tais licenças.</p> + +<p>Em segundo lugar, quando o código-fonte de um programa carrega uma licença +fraca, uma sem copyleft, seus executáveis podem conter condições adicionais +não livres. <a href="https://code.visualstudio.com/License/">A Microsoft faz +isso com o Visual Studio</a>, por exemplo.</p> + +<p>Se esses executáveis corresponderem totalmente aos fontes lançados, eles se +qualificam como código aberto, mas não como software livre. No entanto, +nesse caso, os usuários podem compilar o código-fonte para criar e +distribuir executáveis livres.</p> + +<p>Finalmente, e mais importante na prática, muitos produtos contendo +computadores verificam assinaturas em seus programas executáveis para +bloquear usuários de instalar executáveis; apenas uma empresa privilegiada +pode fazer executáveis que funcionem no dispositivo e que possa acessar toda +sua capacidade. Nós chamamos esses dispositivos de “tiranos”, e a prática é +chamada de “tivoização” em referência ao produto (Tivo) através do qual nós +vimos isto pela primeira vez. Mesmo que o executável tenha sido feito de +código aberto, e nominalmente carrega uma licença livre, os usuários não +podem executar versões modificadas dele, motivo pelo qual o executável é não +livre de-facto.</p> + +<p>Muitos produtos Android contêm executáveis tivoizados não livres do Linux, +mesmo que seu código-fonte esteja sob a versão 2 da GNU GPL. Projetamos a +versão 3 da GNU GPL para proibir essa prática.</p> + +<p>Os critérios de código aberto se preocupam unicamente com o licenciamento do +código aberto. Então, esses executáveis não livres, quando feitos a partir +de código aberto como o Linux, que é um código aberto e livre, são códigos +abertos, porém não livres.</p> + +<h3>Enganos comuns em relação ao “Software Livre” e “Código Aberto”</h3> + +<p>O termo “software livre” está propenso a interpretação errada: o sentido não +intencional de “software que você pode adquirir a custo zero” se encaixa ao +termo tão bem quanto o sentido intencional, “software que dá ao usuário +certas liberdades”. Nós resolvemos esse problema ao publicarmos a definição +de software livre e ao dizer “Pense em ‘liberdade de expressão’, não em +‘cerveja grátis’”. Essa não é uma solução perfeita; ela não elimina +completamente o problema. Um termo não ambíguo e correto seria melhor, se +ele não apresentasse outros problemas.</p> + +<p>Infelizmente, todas as alternativas na língua inglesa têm problemas +próprios. Temos avaliado as muitas sugestões propostas pelas pessoas, mas +nenhuma é tão claramente “adequada” que mudar para ela seria uma boa +ideia. (Por exemplo, em alguns contexto, a palavra “libre” do Francês e do +Espanhol funciona bem, porém as pessoas da Índia não a reconhecem de forma +alguma.) Todas as substituições propostas para “software livre” trazem algum +tipo de problema semântico – e isso inclui “software de código +aberto”.</p> + +<p>A <a href="https://opensource.org/osd">definição oficial de “software de +código aberto”</a> (que foi publicada pela Open Source Initiative e é longa +demais para ser incluída aqui) foi indiretamente derivada dos nossos +critérios para o software livre. Ela não é igual; é um pouco mais ampla em +alguns aspectos. Não obstante, a definição deles concorda com a nossa na +maioria dos casos.</p> + +<p>Contudo, o sentido óbvio para a expressão “software de código aberto” +– e o único que boa parte das pessoas parece considerar — é +“Você pode dar uma olhada no código-fonte”. Esse critério é mais fraco do +que a definição de software livre e mais fraco também do que a definição +oficial de código aberto, pois isso inclui muitos programas que não são nem +livres nem código aberto.</p> + +<p>Visto que o sentido óbvio para “código aberto” não é o mesmo que seus +defensores intencionam, o resultado é que muitas pessoas interpretam mau o +termo. De acordo com o escritor Neal Stephenson, “o Linux é um software de +‘código aberto’, o que significa, simplesmente, que qualquer um pode obter +cópias de seus arquivos de código-fonte”. Eu não acho que ele +deliberadamente procurou rejeitar ou contestar a definição “oficial”. Eu +penso que ele simplesmente aplicou as convenções da língua inglesa para +encontrar um sentido para o termo. O <a +href="https://web.archive.org/web/20001011193422/http://da.state.ks.us/ITEC/TechArchPt6ver80.pdf">estado +do Kansas</a> publicou uma definição similar: “Fazer uso de software de +código-aberto (OSS). OSS é o software para o qual o código-fonte é livre e +disponibilizado publicamente, porém os acordos de licenciamento específicos +variam quanto ao que é permitido se fazer com o código”.</p> + +<p>O <i>New York Times</i> <a +href="http://www.nytimes.com/external/gigaom/2009/02/07/07gigaom-the-brave-new-world-of-open-source-game-design-37415.html">publicou +um artigo que estende o sentido do termo</a> para se referir a testes beta +de usuário – deixar que alguns usuários testem uma versão inicial e +enviem feedback confidencial — que os desenvolvedores de software +proprietário têm praticado por décadas.</p> + +<p>O termo foi estendido até mesmo para incluir projetos para equipamento que +estão <a +href="http://www.theguardian.com/sustainable-business/2015/aug/27/texas-teenager-water-purifier-toxic-e-waste-pollution">publicados +sem uma patente</a>. Projetos de equipamentos sem patentes podem ser +contribuições louváveis para a sociedade, porém o termo “código aberto” não +se aplica a eles.</p> + +<p>Os partidários do código aberto tentam lidar com isso chamando atenção para +sua definição oficial, mas essa abordagem corretiva é menos efetiva para +eles do que para nós. O termo “software livre” tem dois sentidos naturais, +um dos quais é o sentido intencional; assim uma pessoa que tenha captado a +ideia de “liberdade de expressão, não cerveja grátis” não errará +novamente. Porém, o termo “código aberto” tem apenas um sentido natural, que +é diferente do sentido que seus partidários tinham em mente. Assim, não há +modo sucinto de explicar e justificar sua definição oficial – o que +torna a confusão pior.</p> + +<p>Outro engano sobre o “código aberto” é a ideia que ele significa “não usando +a GNU GPL”. Esse engano tende a acompanhar outro mal-entendido que “software +livre” significa “software coberto pela GPL”. Ambos são equívocos, visto que +a GNU GPL qualifica-se como uma licença código aberto e a maioria das +licenças de código aberto qualificam-se como licenças de software livre. Há +<a href="/licenses/license-list.html">muitas licenças de software livre</a> +além da GNU GPL.</p> + +<p>O termo “código aberto” tem sido adicionalmente estendido por sua aplicação +a outras atividades, tais como governo, educação e ciência, onde não existe +código-fonte e onde os critérios para licenciamento de software são +simplesmente não pertinentes. A única coisa que essas atividades têm em +comum é que elas, de alguma forma, convidam as pessoas a participar. Eles +estenderam tanto o termo que ele apenas significa “participativo” ou +“transparente”, ou menos que isso. Na pior das hipóteses, ele se <a +href="http://www.nytimes.com/2013/03/17/opinion/sunday/morozov-open-and-closed.html">tornou +um termo vazio na moda</a>.</p> + +<h3>Valores diferentes podem levar a conclusões similares – mas nem sempre</h3> + +<p>Grupos radicais da década de 1960 tinham a reputação de faccionalistas: +algumas organizações dividiram-se devido a desacordos sobre detalhes de +estratégia e os dois grupos criados tratavam-se um ao outro como inimigos, a +despeito de terem valores e objetivos básicos similares. A ala direita fez +muito caso disso e usou isso para criticar toda a ala esquerda.</p> + +<p>Alguns tentam rebaixar o movimento do software livre ao comparar nosso +desacordo com o código aberto ao desacordo de outros grupos radicais, mas a +verdade é outra. Nós discordamos com a campanha do código aberto no que +concerne aos valores e objetivos básicos, mas tanto a visão deles quanto a +nossa, em muitos casos, levam ao mesmo comportamento prático – tal +como desenvolver software livre.</p> + +<p>Como consequência, pessoas do movimento do software livre e pessoas do +código aberto frequentemente trabalham juntas em projetos práticos, tal como +o desenvolvimento de software. É digno de nota que essas diferentes visões +filosóficas podem às vezes motivar diferentes pessoas a participar nos +mesmos projetos. No entanto, há situações em que essas visões +fundamentalmente diferentes levam a ações muito diferentes.</p> + +<p>A ideia do código aberto é que permitir aos usuários mudar e redistribuir o +software irá torná-lo mais poderoso e confiável. Porém, isso não é +garantido. Desenvolvedores de software proprietário não são necessariamente +incompetentes. Às vezes, eles produzem um programa que é poderoso e +confiável, ainda que ele não respeite a liberdade dos usuários. Os ativistas +do software livre e entusiastas do código aberto irão reagir de modo bem +diferente a isso.</p> + +<p>Um puro entusiasta do código aberto, alguém que absolutamente não é +influenciado pelos ideias do software livre, dirá: “Eu estou surpreso que +você conseguiu fazer um programa rodar tão bem sem usar nosso modelo de +desenvolvimento, mas você conseguiu. Como obtenho uma cópia?”. Essa atitude +recompensará esquemas que tiram nossa liberdade, levando à sua perda.</p> + +<p>Um ativista do software livre dirá: “Seu programa é muito atrativo, porém, +eu valorizo mais a minha liberdade. Sendo assim, eu rejeito seu programa. Eu +criarei minha obra de outra forma, e apoiarei um projeto para desenvolver um +substituto livre”. Se nós valorizamos nossa liberdade, nós podemos agir para +mantê-la e defendê-la.</p> + +<h3>Software poderoso e confiável pode ser ruim</h3> + +<p>A ideia que desejamos que o software seja poderoso e confiável advém da +suposição de que o software está designado para servir seus usuários. Se ele +é poderoso e confiável, isso significa que ele os serve melhor.</p> + +<p>Porém, pode-se dizer que o software serve aos seus usuários somente se +respeita sua liberdade. E se o software for projetado para acorrentar seus +usuários? Então, ser poderoso significa que as correntes são mais +constritivas e ser confiável significa que elas são mais difíceis de +remover. Características maliciosas, tais como espionar os usuários, +restringir os usuários, <i>backdoors</i>, e imposição de upgrades são comuns +no software proprietário, e alguns mantenedores do código aberto querem +implementá-los nos programas de código aberto.</p> + +<p>Sob pressão das companhias de cinema e gravadoras, o software para uso +pessoal é cada vez mais projetado especificamente para limitar os +usuários. Essa característica maliciosa é conhecida como Gestão de +Restrições Digitais (DRM – do inglês Digital Restrictions Management) +(veja <a href="http://defectivebydesign.org/">DefectiveByDesign.org</a>) e é +a antítese no espírito da liberdade que o software livre visa +proporcionar. E não apenas no espírito: visto que o objetivo do DRM é +esmagar sua liberdade, os desenvolvedores DRM tentam torná-lo mais difícil, +impossível ou ainda ilegal para você mudar o software que implementa o DRM.</p> + +<p>Ainda assim, alguns defensores do código aberto têm proposto software “DRM +código aberto”. Sua ideia é que, mediante a publicação do código-fonte dos +programas desenvolvidos para restringir seu acesso à mídia criptografada e +ao permitir que outros mudem o programa, irão produzir um software mais +poderoso e confiável para limitar usuários como você. O software seria então +distribuído a você em aparelhos que não lhe permitem modificações.</p> + +<p>Esse software pode ser de código aberto e usar o modelo de desenvolvimento +do código aberto, mas ele não será software livre, visto que ele não +respeitará a liberdade dos usuários que de fato o rodarão. Se o modelo de +desenvolvimento de código aberto obter êxito em tornar esse software mais +poderoso e confiável ao limitar você, isso o tornará ainda pior.</p> + +<h3>Medo da Liberdade</h3> + +<p>A principal motivação inicial daqueles que se desligaram do movimento do +software livre e criaram o empreendimento do código aberto era que as ideias +éticas de “software livre” deixavam algumas pessoas receosas. É verdade: +levantar questões éticas como liberdade e falar sobre responsabilidade, bem +como conveniência, é pedir às pessoas que pensem sobre coisas que elas podem +preferir ignorar, como, por exemplo, sobre se sua conduta é ética. Isso pode +desencadear desconforto e algumas pessoas poderão simplesmente fechar suas +mentes. Mas daí não resulta que devamos parar de falar dessas questões.</p> + +<p>Isso é, entretanto, o que os líderes do código aberto decidiram fazer. Eles +concluíram que calando-se a respeito da ética e da liberdade, e apenas +falando sobre os benefícios práticos imediatos de certo software livre, eles +poderiam “vender” o software de maneira mais eficaz a certos usuários, +especialmente a empresas.</p> + +<p>Quando proponentes de código aberto falam sobre qualquer coisa mais profunda +que isso, geralmente é a ideia de fazer do código-fonte um “presente” para a +humanidade. Apresentar isso como uma espécie de boa ação, além do que é +moralmente exigido, presume que distribuir software sem um código-fonte é +moralmente legítimo.</p> + +<p>Essa abordagem se mostrou efetiva, em seus próprios termos. A retórica do +código aberto tem convencido muitos empresários e indivíduos a usar, e ainda +desenvolver, software livre, o que tem estendido nossa comunidade – +porém, apenas em um nível superficial, prático. A filosofia do código +aberto, com seus valores puramente práticos, impede a compreensão das ideias +profundas do software livre; ela traz muitos pessoas à nossa comunidade, +porém não as ensina a defendê-la. Isso é bom até certo ponto, mas não é o +bastante para assegurar a liberdade. Atrair usuários para o software livre +os leva apenas até parte do caminho de se tornar defensores da própria +liberdade.</p> + +<p>Mais cedo ou mais tarde esses usuários serão convidados para voltar ao +software proprietário por alguma vantagem prática. Incontáveis companhias +procuram oferecer tal tentação, algumas até mesmo oferecendo cópias +grátis. Por que os usuários rejeitariam? Apenas se houvessem aprendido a +valorizar a liberdade que o software livre lhes dá, o valor da liberdade em +si mesma, ao invés de conveniência técnica e prática de softwares livres +específicos. Para espalhar essa ideia, nós temos que falar sobre +liberdade. Um pouco da abordagem “silenciosa” ao conversar com empresas pode +ser útil para a comunidade, mas é perigoso se ela se torne tão comum que o +amor pela liberdade passe a ser visto como uma excentricidade.</p> + +<p>Essa situação perigosa é exatamente o que temos. Muitas pessoas envolvidas +com software livre, especialmente seus distribuidores, falam muito pouco +sobre liberdade – geralmente porque eles visam ser “mais aceitáveis +para o comércio”. Quase todas as distribuições GNU/Linux adicionam pacotes +proprietários ao sistema livre básico, e eles convidam os usuários a +considerar isso uma vantagem, ao invés de uma falha.</p> + +<p>Software proprietário adicional e distribuições GNU/Linux parcialmente não +livres encontram campo fértil porque boa parte de nossa comunidade não +insiste na liberdade em seu software. Isso não é coincidência. A maioria dos +usuários GNU/Linux foram introduzidos ao sistema por meio da discussão do +“código aberto”, que não diz que a liberdade é um objetivo. As práticas que +não apoiam a liberdade e as palavras que não versam sobre liberdade estão de +mãos dadas, uma promovendo a outra. Para superar essa tendência, nós +precisamos de mais, não de menos, discussões sobre liberdade.</p> + +<h3>“FLOSS” e “FOSS”</h3> + +<p> Os termos “FLOSS” e “FOSS” costumavam ser <a +href="/philosophy/floss-and-foss.html">neutros entre software livre e código +aberto</a>. Se neutralidade é o objetivo, “FLOSS” é o melhor dos +dois. Porém, se você deseja apoiar a liberdade, usar um termo neutro não é o +caminho. Defender a liberdade significa mostrar para as pessoas que você +apoia a liberdade.</p> + +<h3>Rivais de ideias</h3> + +<p>“Livre” e “aberto” são rivais em ideias. “Software livre” e “código aberto” +são ideias diferentes mas, na forma que a maioria das pessoas estão vendo os +softwares, elas competem pelo mesmo espaço conceitual. Quando pessoas se +habituam a dizer e pensar “código aberto”, isso é um obstáculo para +compreender a filosofia do movimento de software livre e pensar sobre +isso. Se elas já nos associaram e nossos softwares com a palavra “aberto”, +nós podemos precisar dar um choque intelectual antes que eles reconheçam que +nós apoiamos alguma <em>outra</em> coisa. Qualquer atividade que promove a +palavra “aberto” tende a estender a cortina que oculta as ideias do +movimento de software livre.</p> + +<p>Então, ativistas de software livre são aconselhados a negar trabalhar em uma +atividade que se denomina “aberto”. Mesmo se a atividade seja boa, toda +contribuição que você faz prejudica um pouco no sentido de promover a ideia +de código aberto. Há muitas outras atividades boas que se autodenominam +“livre” ou “libre”. Cada contribuição para estes projetos faz um bem extra +neste sentido. Com tantos projetos úteis para escolher, por que não escolher +aqueles que fazem um bem extra?</p> + +<h3>Conclusão</h3> + +<p>Na medida em que os defensores do código aberto atraem novos usuários a +nossa comunidade, nós, ativistas do software livre, devemos assumir a tarefa +de trazer a questão da liberdade à sua atenção. Nós temos que dizer: “Isso é +software livre e dá a você liberdade”, mais e mais alto do que nunca. Toda +vez que você diz “software livre”, ao invés de “código aberto”, você ajuda +nossa causa.</p> + +</div> + +<h4>Nota</h4> + +<!-- The article is incomplete (#793776) as of 21st January 2013. +<p> + +Joe Barr's article, +<a href="http://www.itworld.com/LWD010523vcontrol4">“Live and +let license,”</a> gives his perspective on this issue.</p> +--> +<p> +O artigo de Lakhani e Wolf sobre <a +href="http://ocw.mit.edu/courses/sloan-school-of-management/15-352-managing-innovation-emerging-trends-spring-2005/readings/lakhaniwolf.pdf">a +motivação dos desenvolvedores de software livre</a> diz que uma fração +considerável é motivada pela visão de que o software deve ser livre, a +despeito do fato de que eles entrevistaram desenvolvedores no SourceForge, +um site que não defende a visão de que essa é uma questão ética.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> + +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2007, 2010, 2012, 2015, 2016, 2019, 2020 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Thiago Carreira <a +href="mailto:saycusca@gmail.com"><saycusca@gmail.com></a>, 2012; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016-2020;</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/10/06 08:42:12 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/philosophy.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/philosophy.html new file mode 100644 index 0000000..eb3631e --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/philosophy.html @@ -0,0 +1,186 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/philosophy.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> +<!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="yes" --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Filosofia do Projeto GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/philosophy.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<div id="education-content"> + +<!--#include virtual="/philosophy/philosophy-menu.pt-br.html" --> +</div> + +<!-- id="education-content" --> +<!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE--> +<!--#if expr="$OUTDATED_SINCE" --> +<!--#else --> +<!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX" --> +<!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="no" --> +<!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" --> +<!--#endif --> +<!--#endif --> +<h2>Filosofia do Projeto GNU</h2> + +<blockquote><p> +Acesse <a href="http://audio-video.gnu.org/">audio-video.gnu.org</a> para +gravações de discursos do Richard Stallman. +</p></blockquote> + +<p><em>Software livre</em> significa que os usuários do software têm +liberdade. (A questão não é sobre o preço.) Nós desenvolvemos o sistema +operacional GNU de modo que os usuários possam ter liberdade no uso do +computador.</p> + +<p>Especificamente, software livre significa que os usuários têm as <a +href="/philosophy/free-sw.html">quatro liberdades essenciais</a>: (0) para +executar o programa; (1) para estudar e mudar o código-fonte do programa; +(2) para redistribuir cópias exatas e (3) para distribuir versões +modificadas.</p> + +<p>O software difere dos objetos materiais — como cadeiras, sanduíches e +gasolina — porque ele pode ser copiado e modificado muito mais +facilmente. Essas facilidades são o motivo pelo qual o software é útil; nós +acreditamos que os usuários de um programa, e não somente seu desenvolvedor, +devem ser livres para aproveitá-las.</p> + +<p>Para demais leituras, por favor selecione uma seção no menu acima.</p> + +<p>Nós também mantemos uma lista dos <a +href="/philosophy/latest-articles.html">artigos mais recentes</a>.</p> + +<h3 id="introduction">Introdução</h3> + +<ul> + <li><a href = "/philosophy/free-sw.html">O que é Software Livre?</a></li> + <li><a href="/philosophy/free-software-even-more-important.html"> Porque nós +devemos insistir no software livre</a></li> + <li><a href="/proprietary/proprietary.html"> Software proprietário +frequentemente é malware</a></li> + <li><a href="/gnu/gnu.html">História do GNU/Linux</a></li> + <li><a href="/philosophy/pragmatic.html">Copyleft: Idealismo Pragmático</a></li> + <li><a href="/philosophy/free-doc.html">Por que o Software Livre Precisa de +Documentação Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/selling.html">Vender Software Livre</a> não tem +problema!</li> + <li><a href="/philosophy/fs-motives.html">Motivos para Escrever Software +Livre</a></li> + <li><a href="/philosophy/right-to-read.html">O Direito de Ler: Um Conto +Distópico</a> por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></li> + <li><a href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">Por que o “Código +Aberto” não compartilha dos objetivos do Software Livre</a></li> + <li><a +href="/philosophy/when-free-software-isnt-practically-superior.html">Quando +o Software Livre não é (na Prática) Superior</a></li> + <li><a href="/philosophy/government-free-software.html">Medidas que os governos +podem usar para promover o software livre</a></li> + <li><a href="/education/education.html">Software livre na educação</a></li> +</ul> + +<!-- please leave both these ID attributes here. ... --> +<!-- ... we removed this as an H$ section as it was duplicating the --> +<!-- same information on links.html, but it's possible that some users --> +<!-- have the URLs bookmarked or on their pages. -len --> +<div id="TOCFreedomOrganizations"> +<p id="FreedomOrganizations">Nós também mantemos uma lista de <a +href="/links/links.html#FreedomOrganizations">Organizações que Trabalham +pela Liberdade no Desenvolvimento da Computação e nas Comunicações +Eletrônicas</a>.</p> +</div> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2013, 2015, 2016, 2017, 2018 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<strong>Tradução</strong>: +Leandro Guimarães Faria Corcete Dutra +<a +href="mailto:leandro.gfc.dutra@gmail.co"><leandro.gfc.dutra@gmail.com></a>, +2009;<br/> +Rafael Beraldo +<a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2012; +Rafael Fontenelle +<a href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017, +2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/phone-anonymous-payment.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/phone-anonymous-payment.html new file mode 100644 index 0000000..992053e --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/phone-anonymous-payment.html @@ -0,0 +1,117 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/phone-anonymous-payment.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Pagamento anônimo por telefone - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/phone-anonymous-payment.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Pagamento anônimo por telefone</h2> + +<p>por Richard Stallman</p> + +<p>Aqui está uma ideia para um sistema de pagamento anônimo que seria útil para +alguns aplicativos.</p> + +<ul> +<li>O vendedor configura um número de telefone que cobra N dólares por minuto +para qualquer chamador.</li> + +<li>O cliente escolhe um código, chama esse número (que exige pagar N dólares) e +insere o código. Um sistema de geração de voz fala o código de volta para +que o cliente possa confirmá-lo.</li> + +<li>Esse código representa um pagamento de N dólares. O cliente entra em um site +ou quiosque e constitui um pagamento por qualquer coisa.</li> +</ul> + +<p>Deveria ser possível fazer isso usando um cartão telefônico em um telefone +público ou no telefone de outra pessoa.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2018, 2019 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.<br/> +Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/practical.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/practical.html new file mode 100644 index 0000000..7d4d23e --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/practical.html @@ -0,0 +1,119 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/practical.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>As Vantagens do Software Livre - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/practical.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>As Vantagens do Software Livre</h2> + +<p>por <strong>Richard Stallman</strong></p> + +<p><strong>Pessoas de fora do Movimento Software Livre frequentemente se +perguntam sobre as vantagens práticas do Software Livre. É uma pergunta +curiosa.</strong></p> + +<p>Software não livre é ruim porque nega sua liberdade. Então, perguntar sobre +as vantagens práticas do software livre é como perguntar sobre as vantagens +práticas de não estar algemado. De fato, há vantagens:</p> + +<ul> +<li>Você pode usar uma camisa normal.</li> +<li>Você pode passar por detectores de metal sem acioná-los.</li> +<li>Você pode manter uma mão no volante enquanto troca de marcha.</li> +<li>Você pode atirar uma bola de baseball.</li> +<li>Você pode carregar uma mochila.</li> +</ul> + +<p>Poderíamos encontrar mais, mas você precisa dessas vantagens para se +convencer a rejeitar algemas? Provavelmente não, porque você entende que é +sua liberdade que está em jogo.</p> + +<p>Quando você entender que isso é o que está em jogo com software não livre, +você não precisará perguntar quais vantagens práticas o software livre tem.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2010 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<strong>Tradutor</strong>: <a href="http://fsfla.org/~lxoliva/">Alexandre +Oliva</a>, 2012.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/pragmatic.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/pragmatic.html new file mode 100644 index 0000000..e0d5fff --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/pragmatic.html @@ -0,0 +1,245 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/pragmatic.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Copyleft: Idealismo Pragmático - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/pragmatic.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Copyleft: Idealismo pragmático</h2> + +<p> +por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> + +<p> +Todas as decisões tomadas pelas pessoas têm origem nos seus valores e +objetivos. As pessoas podem ter muitos objetivos e valores diferentes; +fama, lucro, amor, sobrevivência, diversão e liberdade são apenas alguns dos +valores que uma pessoa correta pode ter. Quando o objetivo é uma questão de +princípio, nós chamamos a isso idealismo.</p> + +<p> +Meu trabalho com software livre é motivado por um objetivo idealista: +espalhar a liberdade e cooperação. Eu quero <a +href="/philosophy/why-copyleft.html">encorajar a difusão do software +livre</a>, substituindo o software proprietário, que proíbe a cooperação, e +assim tornando nossa sociedade melhor.</p> +<p> +E esta é a razão principal pela qual a GNU GPL (Licença Pública Geral GNU) +foi escrita como foi — como <a href="/copyleft"> copyleft</a>. Todo +código-fonte adicionado a um programa coberto pela GPL tem que ser software +livre, mesmo se colocado em um arquivo separado. Eu torno o meu código +disponível para uso em software livre, e não em software proprietário, a fim +de encorajar outras pessoas que programam a deixar seu código livre também. +Acho que, já que desenvolvedores de software proprietário usam copyright a +fim de nos impedir compartilhar código, nós colaboradores podemos usar +copyright para dar uma vantagem a outros colaboradores: eles podem usar o +nosso código.</p> +<p> +Nem todos que usam a GNU GPL têm isso por objetivo. Há muitos anos atrás, +pediram a um amigo meu que relançasse um programa seu, com copyleft, sob +termos não copyleft, e ele respondeu mais ou menos assim:</p> +<blockquote><p> +“Às vezes eu trabalho desenvolvendo software livre, e às vezes eu trabalho +desenvolvendo software proprietário — mas quando eu desenvolvo software +proprietário, eu espero ser <em>pago</em>.” +</p></blockquote> + +<p> +Ele desejava compartilhar seu trabalho com uma comunidade que compartilha +software, mas não via motivo para ajudar a desenvolver produtos de grandes +empresas, o que estaria fora dos limites de nossa comunidade. Seu objetivo +era diferente do meu, mas ele decidiu que a GNU GPL era útil para o seu +objetivo também.</p> +<p> +Se você quer realizar algo, idealismo não é o bastante — você precisa +escolher um método que funcione de verdade para atingir o seu objetivo. Em +outras palavras, você precisa ser “pragmático”. E a GPL, é pragmática? +Vamos dar uma olhada em seus resultados.</p> +<p> +Considere o GNU C++. Por que nós temos um compilador C++ livre? Somente +porque a GNU GPL disse que ele teria que ser livre. O GNU C++ foi +desenvolvido por um consórcio de empresas, o MCC, começando a partir do +Compilador C GNU. O MCC normalmente lança seu trabalho como software +proprietário, tão proprietário quanto este possa ser. Mas eles fizeram a +interface para o C++ livre, porque a GNU GPL disse que esta era a única +forma de fazê-lo. A interface para C++ incluiu muitos arquivos novos, mas +já que eles seriam ligados ao GCC, a GPL se aplicava a eles. E o benefício +para a nossa comunidade é evidente.</p> +<p> +Considere o GNU Objective C. NeXT primeiramente quis fazer essa interface +proprietária; eles propuseram lançar isso como arquivos <samp>.o</samp>, e +deixar que os usuários conectassem-nos com o resto do GCC, pensando que isso +seria uma forma de burlar os requisitos impostos pela GPL. Mas nosso +advogado disse que isso não os isentaria desses requisitos, que isso não era +permitido. Então eles fizeram a interface para o Objective C ser software +livre.</p> +<p> +Estes exemplos aconteceram há anos atrás, mas a GNU GPL continua nos +trazendo mais software livre.</p> +<p> +Muitas bibliotecas do projeto GNU estão cobertas pela GNU LGPL (Licença +Pública Geral Menor), mas não todas. Uma biblioteca GNU que é coberta pela +GNU GPL é a Readline, que implementa edição pela linha de comando. Uma vez +eu descobri um programa proprietário que foi projetado para usar a Readline, +e avisei o desenvolvedor que isso não era permitido. Ele poderia ter tirado +a edição via linha de comando de seu programa, mas o que acabou acontecendo +foi ele relançá-lo sob a GNU GPL. Agora este programa é software livre.</p> +<p> +Os programadores que desenvolvem melhorias para o GCC (ou para o Emacs, ou +Bash, ou Linux, ou qualquer programa coberto pela GPL) são, muito +frequentemente, funcionários de empresas ou universidades. Quando o +programador quer devolver suas melhorias para a comunidade, e ver o seu +código na próxima versão do programa, seu chefe pode dizer, “Espere aí — seu +código pertence a nós! Não queremos compartilhá-lo; nós decidimos +transformar sua versão melhorada do programa em software proprietário.”</p> +<p> +E aqui a GNU GPL vem ajudar! O programador mostra ao seu chefe que lançar +este programa como software proprietário seria infringir direitos de +propriedade autoral, e o chefe percebe que ele tem apenas duas opções: +lançar o novo código como software livre ou simplesmente não lançá-lo. +Quase sempre ele permite ao programador fazer o que este sempre quis, e o +código é liberado na nova versão do programa.</p> +<p> +Mas veja bem: a GNU GPL não é o Sr. Bonzinho. Ela diz não a algumas das +coisas que as pessoas às vezes gostariam de fazer. Existem usuários que +dizem que esta é uma coisa ruim — que a GPL “exclui” alguns desenvolvedores +de software proprietário que “precisam ser trazidos à comunidade do software +livre.”</p> +<p> +Mas nós não estamos excluindo-os de nossa comunidade; eles estão escolhendo +não entrar. A sua decisão de desenvolver software proprietário é a decisão +de ficar de fora de nossa comunidade. Estar em nossa comunidade significa +se juntar e cooperar conosco; não podemos “trazê-los para nossa comunidade” +se eles não querem entrar.</p> +<p> +O que nós <em>podemos</em> fazer é convidá-los, induzi-los a entrar. A GNU +GPL foi projetada para isso, através do nosso software já existente: “Se +você for tornar o seu software livre, você pode usar esse código.” É claro, +isso não ganhará a todos, mas ganha em algumas vezes.</p> +<p> +O desenvolvimento de software proprietário não contribui com a nossa +comunidade, mas seus desenvolvedores frequentemente querem a nossa ajuda. +Usuários de software livre acabam motivando-nos através do nosso próprio ego +— dando-nos reconhecimento e gratidão — mas pode ser muito tentador quando +uma grande companhia lhe diz, “Apenas nos deixe colocar seu código em nosso +programa proprietário, e seu programa será usado por muitos milhares de +pessoas!” A tentação pode ser poderosa, mas a longo prazo estaremos melhor +se resistirmos a ela.</p> +<p> +A tentação e pressão ficam mais difíceis de serem reconhecidas quando vêm +indiretamente, através de organizações de software livre que adotaram a +política de fornecerem também software proprietário. O X Consortium (e seu +sucessor, o Open Group) nos dá um exemplo: fundado por empresas que +desenvolvem software proprietário, eles lutaram por uma década para +persuadir os programadores a não usarem copyleft. Agora que o Open Group +fez do <a href="/philosophy/x.html">X11R6.4 software não livre</a>, aqueles +de nós que resistiram a essa pressão estão felizes por tê-lo feito.</p> +<p> +Em Setembro de 1998, alguns meses depois do X11R6.4 ter sido lançado sob +termos não livres para distribuição, o Open Group voltou atrás em sua +decisão e o relançou sob a mesma licença de distribuição livre de software +não copyleft que era usada para o X11R6.3. Muito obrigado, Open Group — mas +a decisão destes de voltarem atrás não invalida as conclusões que tiramos, +do fato de que adicionar essas restrições era <em>possível</em>.</p> +<p> +Pragmaticamente falando, pensar em objetivos de mais longo prazo nos +fortalecerá para resistirmos a essa pressão. Se focarmos nossa mente na +liberdade e na comunidade que podemos construir ao permanecermos firmes, +encontraremos a força para fazermos isso. “Mantenha-se firme por alguma +coisa, ou você cairá por qualquer coisa.”</p> +<p> +E se cínicos ridicularizarem a liberdade, ridicularizarem a +comunidade… se “realistas” disserem que lucro é o único +objetivo… apenas os ignore, e use copyleft assim mesmo.</p> + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Free +Software, Free Society: The Selected Essays of Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1998, 2003 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Mirian Bruckschen <<a +href="mailto:cleo@sl-linux.org">cleo@sl-linux.org</a>></div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/pronunciation.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/pronunciation.html new file mode 100644 index 0000000..6fb1ad4 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/pronunciation.html @@ -0,0 +1,129 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/pronunciation.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/html5-header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Como pronunciar GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/pronunciation.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Como pronunciar GNU</h2> + +<p>O nome “GNU” é um acrônimo recursivo para “GNU's Not Unix!”, que, em +português, é traduzido como “GNU Não é Unix!”; ele é pronunciado como +“menu”, com “g” em vez de “me”, e como o herbívoro africano “gnu”.</p> + +<p> +Essa é uma gravação do <a href="http://www.stallman.org/">Richard +Stallman</a> dizendo “GNU” e outra com uma explicação curta sobre como GNU +recebeu o nome: +</p> + +<p><strong>Como dizer “GNU”:</strong></p> +<audio src="/audio/gnu-pronunciation.ogg" controls="controls"> +<a href="/audio/gnu-pronunciation.ogg">Como dizer GNU</a> +</audio> + +<p><strong>Como GNU recebeu o nome:</strong></p> +<audio src="/audio/how-gnu-was-named.ogg" controls="controls"> +<a href="/audio/how-gnu-was-named.ogg">Como GNU recebeu o nome</a> +</audio> + +<p>A combinação de <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU e Linux</a> é o +<strong>sistema operacional GNU/Linux</strong>, agora usado por milhões e, +por vezes, incorretamente chamado apenas de “Linux”.</p> +<p>Para mais informações detalhadas e histórico do Sistema Operacional GNU, +visite <a href="/gnu/">http://www.gnu.org/gnu/</a></p> + +<h3 id="license">Licença das gravações</h3> + +<p>Copyright (C) 2001 Richard M. Stallman</p> + +<p>Essas gravações estão licenciadas sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2010, 2013, 2014 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> + diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/protecting.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/protecting.html new file mode 100644 index 0000000..8fe1f0c --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/protecting.html @@ -0,0 +1,142 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/protecting.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Ajude a Proteger o Direito de Escrever Tanto Software Livre Quanto Não Livre +- Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/protecting.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Ajude a Proteger o Direito de Escrever Tanto Software Livre Quanto Não Livre</h2> + +<blockquote><p> +A Liga pela Liberdade da Programação está agora inativa e seu site está +arquivado. Junte-se a nossa campanha para <a +href="http://endsoftpatents.org">acabar com as patentes de software</a>. +</p></blockquote> + +<p> +O direito de se escrever tanto software não livre quando software livre está +ameaçado pelas <a +href="https://web.archive.org/web/20150329143651/http://progfree.org/Patents/patents.html">patentes +de software</a> e pelos <a +href="https://web.archive.org/web/20150329142315/http://progfree.org/Copyright/copyright.html">processos +relacionados com questões de “look-and-feel” da interface como usuário</a>.</p> + +<p> + A Free Software Foundation luta contra esses desafios de vários modos. Eles +includem apoiar e ser membro da <a +href="https://web.archive.org/web/20150329224604/http://www.progfree.org/">League +for Programming Freedom</a> (Liga pela Liberdade da Programação). +</p> + +<p> + A Liga é uma organização com raízes em professores, estudantes, homens de +negócios, programadores, usuários e mesmo empresas de software dedicada à +trazer de volta a liberdade de escrever programas. A Liga não é oposta ao +sistema legal que o Congresso utilizou — copyright sobre programas +individuais. A Liga tem por objetivo reverter mudanças recentes criadas por +juízes em resposta a interesses especiais. +</p> + +<p>A FSF conclama você a se juntar a nós na luta contra esses desafios, <a +href="https://web.archive.org/web/20150329142830/http://progfree.org/Help/help.html">ajudando +a Liga</a>.</p> + +<p> + <strong>A Liga não tem conexões com a Free Software Foundation, e não está +preocupada com a questão do software livre.</strong> A FSF apoia a Liga +porque, assim como qualquer outro desenvolvedor menor do que a Microsoft, +ela está sendo ameaçada pelas patentes de software, e pelo copyright sobre a +interface com o usuário. Você está em perigo, também! Pode parecer mais +fácil ignorar o problema até que você ou seu empregador seja processado, +entretanto é mais prudente se organizar antes que isto aconteça. +</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1996, 1997, 1998, 2007, 2008, 2013, 2015 Free Software +Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Fernando Lozano <a +href="mailto:fsl@centroin.com.br"><fsl@centroin.com.br></a>, 2001; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/right-to-read.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/right-to-read.html new file mode 100644 index 0000000..6cb7dd4 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/right-to-read.html @@ -0,0 +1,626 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/right-to-read.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>O Direito de Ler - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> +<style type="text/css" media="print,screen"><!-- +blockquote, .comment { + font-style: italic; +} +blockquote cite { + font-style: normal; +} +.announcement { + text-align: center; + background: #f5f5f5; + border-left: .3em solid #fc7; + border-right: .3em solid #fc7; + margin: 2.5em 0; +} +#AuthorsNote ul, #AuthorsNote li { + margin: 0; +} +#AuthorsNote li p { + margin: 1em 0; +} +.emph-box { + background: #f7f7f7; + border-color: #e74c3c; +} +#AuthorsNote p.emph-box { + margin: 1em 6%; +} +#BadNews li p { text-indent: -.8em; } +#BadNews li p:before { + content: "\021D2"; + display: inline; + position: relative; + right: .5em; +} +#BadNews p.emph-box { + margin: 2.5em 6% 1em; +} +#References { + margin: 3em 0 2em; +} +#References h3 { + font-size: 1.2em; +} +@media (min-width: 55em) { + #AuthorsNote .columns > + p:first-child, + #AuthorsNote li p.inline-block { + margin-top: 0; + } + .comment { text-align: center; } + .table { display: table; } + .table-cell { + display: table-cell; + width: 50%; + vertical-align: middle; + } + .left { padding-right: .75em; } + .right { padding-left: .75em; } + } +}--> +<!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX = /[.](ar|fa|he)/" --> +<!-- +@media (min-width: 55em) { + .left { padding-left: .75em; } + .right { padding-right: .75em; } + } +}--> +<!--#endif --> + + + + +</style> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/right-to-read.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2 class="center">O Direito de Ler</h2> + +<address class="byline center"> +por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></address> +<p class="center"> +<em>Este artigo foi publicado na edição de fevereiro de 1997 de +<cite>Communications of the ACM</cite> (Volume 40, Number 2).</em></p> +<hr class="thin" /> + +<div class="article"> +<blockquote class="center comment"><p> + De <cite>The Road to Tycho</cite>, uma coleção de artigos sobre os +antecedentes da Revolução Lunar, publicado em Luna City, em 2096. +</p></blockquote> + +<div class="columns"> +<p> +Para Dan Halbert, o caminho para Tycho começou na faculdade, quando Lissa +Lenz pediu seu computador emprestado. O dela havia quebrado e, a não ser que +conseguisse um outro emprestado, ela não conseguiria terminar seu projeto +bimestral. Não havia ninguém a quem ela ousasse pedir isso, exceto Dan.</p> + +<p> +Isso deixou Dan num dilema. Ele tinha que ajudá-la, mas se emprestasse seu +computador, ela poderia ler seus livros. Além do fato de que você pode ir +para a prisão por muitos anos por deixar alguém ler seus livros, a própria +ideia o chocou a princípio. Como a todos mais, tinham-lhe ensinado desde o +primário que emprestar livros era algo terrível e errado – algo que só +piratas fariam.</p> + +<p> +E não havia muita chance de que a SPA – <i lang="en">Software +Protection Authority</i> – não o descobrisse. Na aula de software, Dan +aprendera que cada livro tinha embutido um monitor de direitos autorais, que +informava quando e onde ele era lido, e por quem, para a Central de +Licenciamento. (Eles usavam essa informação para pegar piratas de leitura, +mas também para vender perfis de interesses pessoais a empresas.) Na próxima +vez em que seu computador estivesse conectado à rede, a Central de +Licenciamento iria saber. Ele, como dono do computador, receberia a mais +dura punição, por não ter feito os sacrifícios necessários para evitar o +crime.</p> + +<p> +Claro que Lissa não pretenderia, necessariamente, ler seus livros. Ela +poderia querer o computador apenas para escrever seu projeto. Mas Dan sabia +que ela vinha de uma família de classe média e mal podia arcar com as +mensalidades, quanto mais com suas taxas de leitura. Ler seus livros poderia +ser a única forma de ela terminar o curso. Dan compreendia a situação, pois +ele próprio precisou de empréstimo para pagar por todos os artigos +acadêmicos que lera. (Dez por cento dessas taxas iam para os pesquisadores +que escreveram os artigos; como Dan pensava em seguir carreira acadêmica, +tinha esperanças de que seus próprios artigos de pesquisa, caso citados +frequentemente, rendessem o suficiente para pagar seu financiamento).</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> + +<div class="columns"> +<p> +Mais tarde, Dan aprenderia que houve um tempo em que qualquer pessoa poderia +ir à biblioteca e ler artigos de periódicos, e até mesmo livros, sem ter que +pagar. Havia estudiosos independentes que liam milhares de páginas sem +precisar obter permissões governamentais para uso de biblioteca. Mas, nos +idos de 1990, editores de periódicos, tanto comerciais quanto +institucionais, começaram a cobrar pelo acesso. Em 2047, bibliotecas com +acesso público livre a artigos acadêmicos eram uma lembrança distante.</p> + +<p> +Havia formas, é claro, de contornar a SPA e a Central de Licenciamento. Elas +eram ilegais. Dan havia tido um colega na aula de software, Frank Martucci, +que obteve uma ferramenta ilegal de depuração, e a usava para pular o código +monitor de direitos autorais quando lia livros. Mas ele contou a muitos +amigos sobre isso, e um deles o entregou à SPA por uma recompensa +(estudantes afundados em dívidas eram facilmente tentados a trair). Em 2047, +Frank estava preso, não por leitura pirata, mas por possuir um depurador.</p> + +<p> +Dan ainda iria aprender que houve um tempo em que qualquer pessoa podia ter +ferramentas depuradoras. Existiam até mesmo ferramentas depuradoras +gratuitas disponíveis em CD, ou que podiam ser baixadas pela rede. Mas +usuários comuns começaram a usá-las para passar por cima dos monitores de +direitos autorais, e, eventualmente, um juiz declarou que esse havia se +tornado seu uso principal na prática. Isso significava que elas se tornaram +ilegais. Os desenvolvedores de ferramentas de depuração foram mandados para +a prisão.</p> + +<p> +Programadores ainda precisavam de ferramentas de depuração, é claro, mas +vendedores de depuradores em 2047 distribuíam apenas cópias numeradas, e +apenas para programadores oficialmente licenciados e juramentados. O +depurador que Dan usava na aula de software era mantido atrás de um +<em>firewall</em> especial, de forma que podia ser usado somente para os +exercícios da aula.</p> + +<p> +Também era possível passar por cima dos monitores de direitos autorais +instalando um <em>kernel</em> modificado no sistema operacional. Dan +eventualmente saberia sobre os <em>kernels</em> livres e até mesmo sistemas +operacionais inteiros livres que haviam existido por volta da virada do +século. Mas eles não apenas tinham se tornado ilegais, como os depuradores +– ainda que você tivesse um, não conseguiria instalá-lo sem saber a +senha do administrador do seu computador. E nem o FBI nem o Suporte da +Microsoft lhe diriam qual ela é.</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> + +<div class="columns"> +<p> +Dan concluiu que simplesmente não podia emprestar seu computador para +Lissa. Mas ele não podia se recusar a ajudá-la porque a amava. Cada chance +de falar com ela o deixava em êxtase. E já que ela o havia escolhido para +ajudá-la, isso poderia significar que ela o amava também.</p> + +<p> +Dan resolveu o dilema fazendo algo ainda mais impensável: ele emprestou seu +computador a ela, e lhe disse sua senha. Dessa forma, se Lissa lesse seus +livros, a Central de Licenciamento pensaria que ele os estava lendo. Isso +ainda era um crime, mas a SPA não ficaria sabendo automaticamente sobre +ele. Eles só saberiam se Lissa o entregasse.</p> + +<p> +Claro, se a faculdade descobrisse que ele tinha dado a Lissa sua própria +senha, seria o fim de ambos como estudantes, não importa para que ela +tivesse usado essa senha. A política da faculdade era que qualquer +interferência nas formas que ela tinha de monitorar o uso que os estudantes +faziam do computador era suficiente para uma ação disciplinar. Não importava +se você havia feito qualquer coisa danosa – a ofensa estava em +dificultar que os administradores verificassem o que você estava +fazendo. Eles assumiam que você estava fazendo alguma outra coisa que era +proibida, e não precisavam saber o que era.</p> + +<p> +Os alunos normalmente não eram expulsos por isso – não diretamente. +Eles eram banidos do sistema de computadores da faculdade, e assim, +inevitavelmente, acabariam reprovados em todas as disciplinas.</p> + +<p> +Depois, Dan aprenderia que esse tipo de política universitária havia +começado apenas por volta dos anos 1980, quando mais alunos começaram a usar +os computadores. Anteriormente, as universidades tinham uma abordagem +diferente para a disciplina; eles puniam atividades que eram danosas, não +aquelas que meramente levantavam suspeitas.</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> + +<div class="columns"> +<p> +Lissa não denunciou Dan para a SPA. Sua decisão de ajudá-la os levou a se +casar, e também os levou a questionar o que lhes fora ensinado sobre +pirataria quando crianças. O casal começou a ler sobre a história dos +direitos autorais, sobre a União Soviética e suas restrições sobre cópias, e +mesmo sobre a Constituição original dos Estados Unidos. Eles se mudaram para +Luna, onde encontraram outras pessoas que, da mesma forma, haviam gravitado +para longe do longo braço da SPA. Quando o Levante de Tycho começou em 2062, +o direito universal à leitura rapidamente se tornou um de seus objetivos +centrais.</p> +</div> + +<div class="reduced-width"> +<blockquote class="announcement"> +<p><a href="http://defectivebydesign.org/ebooks.html">Junte-se à nossa lista de +discussão sobre os perigos de e-books</a>.</p> +</blockquote> +</div> + +<div id="AuthorsNote"> +<h3>Notas do autor</h3> + +<ul class="no-bullet"> +<li> +<div class="reduced-width"> +<p>Essa estória é, supostamente, um artigo histórico que será escrito no futuro +por alguém, descrevendo a juventude de Dan Halbert sob uma sociedade +repressiva moldada pelas forças injustas que usam “pirata” como +propaganda. Então, ele usa a terminologia daquela sociedade. Eu tentei +projetá-la em algo visivelmente mais opressivo. Veja <a +href="/philosophy/words-to-avoid.html#Piracy">“Pirataria”</a>. +</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> +</li> + +<li> +<div class="reduced-width"> +<p>Restrições impostas por computador ao empréstimo e leitura de livros (e +outros tipos de obras publicadas) são conhecidas como DRM, abreviação para +“Gestão Digital de Restrições”. Para eliminar DRM, a Free Software +Foundation estabeleceu a campanha <a +href="http://DefectiveByDesign.org">Defective by Design</a>. Nós pedimos por +seu apoio.</p> + +<p>A Electronic Frontier Foundation, uma organização separada não relacionada +com a Free Software Foundation, também advoga contra DRM.</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> +</li> +</ul> + +<p class="comment"> +A nota a seguir foi atualizada várias vezes desde a primeira publicação da +estória.</p> + +<ul class="no-bullet"> +<li> +<div class="columns"> +<p> +A batalha pelo direito à leitura já está sendo travada. Embora ainda possa +levar 50 anos para nossa forma atual de vida desaparecer na obscuridade, a +maior parte das leis e práticas repressivas descritas acima já foram +propostas; algumas já foram aprovadas como leis nos Estados Unidos e em +outros lugares. Nos Estados Unidos, o <em>Digital Millennium Copyright +Act</em> (DMCA), de 1998, forneceu apoio governamental explícito às +restrições impostas por computador conhecidas como DRM, tornando um crime a +distribuição de programas que possa quebrar DRM. A União Europeia impôs +restrições similares em uma diretiva de copyright em 2001, em uma forma não +muito forte.</p> + +<p> +Os Estados Unidos fazem campanhas para impor tais regras no resto do mundo +por meio dos tão chamados tratados de “comércio livre”. <a +href="https://stallman.org/business-supremacy-treaties.html">Tratados de +supremacia dos negócios</a> (em inglês, <i lang="en">business-supremacy +treaties</i>) é um termo mais adequado para eles, já que são projetados para +dar domínio a negócios sobre estados nominalmente democráticos. A política +do DMCA de criminalizar programas que quebram DRM é uma das muitas políticas +injustas que esses tratados impõem por uma ampla gama de campos.</p> + +<p> +Os Estados Unidos impõem exigências do DMCA na Austrália, Panamá, Colômbia e +Coreia do Sul por meio de acordos bilaterais, e em países como Costa Rica +por meio de outro tratado, CAFTA. Obama escalou a campanha com dois novos +tratados propostos, o TPP e o TTIP. O TPP imporia o DMCA, junto com muitos +outros equívocos, em 12 países no Oceano Pacífico. O TTIP imporia estruturas +similares na Europa. Todos esses tratados devem ser destruídos ou abolidos.</p> + +<p> +Mesmo no Consórcio World Wide Web (W3C) se submeteu à sombra da indústria de +copyright; ele está à beira da aprovação do sistema de DRM como uma parte +oficial das especificações da web.</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> +</li> + +<li> +<div class="table"> +<div class="table-cell left"> +<p class="emph-box"> +O software não livre tende a ter <a href="/proprietary/">recursos abusivos +de diversos tipos</a>, que levam à conclusão do que <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">você nunca pode +confiar em um programa não livre</a>. Nós devemos insistir em software livre +(libre) apenas, e rejeitar programas não livres.</p> +</div> + +<p class="table-cell right"> +Com o Windows Vista, a Microsoft admitiu ter incorporado um <em>back +door</em>: a Microsoft pode usá-la para forçadamente instalar “atualizações” +de softwares, mesmo se usuários considerem estas serem um retrocesso +(downgrade). Ela pode também ordenar que todas as máquinas funcionando com o +Vista recusem executar um certo driver de dispositivo. O propósito central +da repressão do Vista sobre usuários era impor DRM, de forma que usuários +não poderiam evitar. É claro, Windows 10 não é melhor.</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> +</li> + +<li> +<div class="columns"> +<p> +Uma das ideias na estória não foi proposta na realidade até 2002. É a ideia +de que o FBI e a Microsoft teriam a senha de administrador (<em>root</em>) +dos computadores pessoais e não permitiriam que você a tivesse.</p> + +<p> +Os proponentes deste esquema deram às versões anteriores nomes como “trusted +computing” (computação confiável) e “Palladium” (paládio), mas, no final das +contas, passou a ser chamado de “secure boot” (inicialização segura).</p> + +<p> +O que a Microsoft guarda não é exatamente a senha no sentido tradicional; +ninguém nunca a digita em um terminal. Em vez disso, é uma assinatura e uma +chave criptográfica que corresponde a uma segunda chave armazenada em seu +computador. Isso possibilita que a Microsoft (e potencialmente qualquer <i +lang="en">web site</i> que coopere com ela) tenha o controle final sobre o +que o usuário possa fazer em cada computador. A Microsoft provavelmente usa +esse controle em prol do FBI, quando requisitado: ela já <a +href="/proprietary/malware-microsoft.html">mostra os bugs de segurança da +NSA no Windows</a> para exploração.</p> + +<p> +<i lang="en">Secure boot</i> pode ser implementado em uma forma que permite +ao usuário especificar a chave de assinatura e decide qual software para +assinar. Na prática, PCs projetados para Windows 10 carregam apenas a chave +da Microsoft, e se o dono da máquina pode instalar qualquer outro sistema +(tal como GNU/Linux) é algo sob controle da Microsoft. Nós chamamos de +<em>restricted boot</em> (inicialização restrita).</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> +</li> + +<li> +<div class="columns"> +<p> +Em 1997, quando essa estória foi escrita pela primeira vez, o SPA esteve +ameaçando pequenos provedores de internet, exigindo que eles permitissem que +o SPA monitorasse a todos os usuários. A maioria dos provedores se renderam +a ameaça porque não poderiam arcar com a batalha judicial. Pelo menos um +provedor, o Community ConneXion em Oakland, na Califórnia, recusou a +exigência e foi processado. Mais tarde, o SPA desistiu desse processo, mas o +DMCA lhes deu o poder que buscavam.</p> + +<p> +A SPA, que na verdade se chamava <i lang="en">“Software Publishers +Association”</i>, foi substituída em seu papel policialesco pela <i +lang="en">Business Software Alliance</i> (BSA). Hoje, a BSA não é uma força +policial; mas, extraoficialmente, ela age como uma. Usando métodos +reminiscentes da antiga União Soviética, ela incentiva as pessoas a +denunciarem seus colegas de trabalho e amigos. Uma campanha de terror da BSA +na Argentina em 2001 fazia ameaças levemente veladas de que as pessoas que +compartilhassem software poderiam ser violentadas na prisão.</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> +</li> + +<li> +<div class="reduced-width"> +<p> +As políticas de segurança de universidades descritas acima não são +imaginárias. Por exemplo, um computador numa universidade na área de Chicago +mostra a seguinte mensagem quando você efetua o <i lang="en">login</i>:</p> + +<blockquote><p> +Este sistema é para uso exclusivo de pessoas autorizadas. Indivíduos que +usarem este sistema computacional sem permissão, ou excederem sua permissão, +estarão sujeitos a ter todas as suas atividades neste sistema monitoradas e +gravadas pela administração. Durante o monitoramento de indivíduos que +fizerem uso impróprio desse sistema, ou durante a manutenção do sistema, as +atividades de usuários autorizados também poderão ser monitoradas. Qualquer +pessoa que utilizar este sistema expressamente consente com tal +monitoramento e é avisada de que se tal monitoramento revelar possível +evidência de atividade ilegal ou violação dos regulamentos da Universidade, +a administração poderá fornecer a evidência de tais atividades para +autoridades da Universidade e/ou oficiais da lei. +</p></blockquote> + +<p> +Esta é uma abordagem interessante para a Quarta Emenda [da constituição dos +EUA]: pressionar quase todas as pessoas a concordarem, antecipadamente, a +abdicar de seus direitos sob a mesma.</p> +</div> +</li> +</ul> +<div class="column-limit"></div> +</div> + +<div id="BadNews"> +<h3>Más notícias</h3> + +<p class="reduced-width"> +A batalha pelo direito de ler está contra nós. O inimigo está organizado, e +nós não. +</p> + +<div class="columns"> +<p>Os e-books comerciais de hoje <a +href="/philosophy/the-danger-of-ebooks.html">abolem as liberdades +tradicionais dos leitores</a>. O produto de leitura de e-books da Amazon, o +qual eu chamo de “<a href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">Amazon +Swindle</a>”<sup><a href="#TransNote1">1</a></sup> porque ele é projetado +para enganar os leitores retirando-lhes as liberdades traducionais de +leitores de livros, é executado por um software com várias <a +href="/proprietary/malware-kindle-swindle.html">funcionalidades +Owerllianas</a> demonstradas. Qualquer uma delas chamam por rejeitar o +produto completamente:</p> + +<ul class="no-bullet"> +<li><p>Ele espiona tudo que o usuário faz: ele relata qual livro o usuário está +lendo, e qual página, e ele relata quando o usuário realça um texto, e +qualquer notas que o usuário insere.</p></li> + +<li><p>Ele possui DRM, o que tem a intenção de bloquear usuários de compartilhar +cópias.</p></li> + +<li><p>Ele possui <em>back door</em> por meio do qual a Amazon pode apagar +remotamente qualquer livro. Em 2009, ela apagou milhares de cópias de 1984, +por George Orwell.</p></li> + +<li><p class="inline-block">No caso de todos aqueles que não sejam suficiente Orwellianos, há um +<em>back door</em> universal por meio do qual a Amazon pode alterar +remotamente o software e introduzir qualquer outra forma de sujeira.</p></li> +</ul> + +<p>A distribuição de e-book da Amazon também é opressiva. Ela identifica o +usuário e registra quais livros o usuário obtém. Ela também exige que os +usuários concordem com um contrato antissocial que eles não compartilham +cópias para outros. Minha consciência me diz que, se eu tivesse concordado +com tal contrato, seria um mal menor desafiá-lo e compartilhar cópias mesmo +assim; porém, para ser totalmente bom, eu devo não concordar com ele em +primeiro lugar. Portanto, eu me recuso a acreditar que tais contratos, seja +para softwares, para e-books, para músicas ou para qualquer outra coisa.</p> + +<p class="emph-box"> +Se você deseja parar as más notícias e criar alguma notícia boa, nós +precisamos organizar e lutar. Se inscreva na companha <a +href="http://defectivebydesign.org">Defective by Design</a> da FSF para +ajudar. Você pode <a href="http://www.fsf.org/associate">se juntar à FSF</a> +para apoiar nosso trabalho de forma mais geral. Há também uma <a +href="/help/help.html">lista de formas para participar em nosso +trabalho</a>. +</p> +</div> +</div> +<div class="column-limit"></div> +</div> + +<div id="References"> +<h3>Referências</h3> + +<ul> + <li>The administration's “White Paper”: Information Infrastructure Task Force, +Intellectual Property [<a href="/philosophy/not-ipr.html">sic</a>] and the +National Information Infrastructure: The Report of the Working Group on +Intellectual Property [sic] Rights (1995).</li> + + <li><a href="http://www.wired.com/wired/archive/4.01/white.paper_pr.html">An +explanation of the White Paper: The Copyright Grab</a>, Pamela Samuelson, +<cite>Wired</cite>, 1º de janeiro de 1996.</li> + + <li><a href="http://www.law.duke.edu/boylesite/sold_out.htm">Sold Out</a>, James +Boyle, <cite>New York Times</cite>, 31 de março de 1996.</li> + + <li><a +href="http://web.archive.org/web/20130508120533/http://www.interesting-people.org/archives/interesting-people/199611/msg00012.html">Public +Data or Private Data</a>, Dave Farber, <cite>Washington Post</cite>, 4 de +novembro de 1996.</li> + + <li><a +href="https://web.archive.org/web/20151113122141/http://public-domain.org/">Union +for the Public Domain</a>–uma nova organização que pretende resistir e +reverter a extensão exagerada dos poderes dos direitos autorais e patentes.</li> +</ul> +</div> + +<hr class="thin" /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este artigo foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Free +Software, Free Society: The Selected Essays of Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li id="TransNote1"><i>Swindle</i>, em “Amazon Swindle” é uma jogo de +palavras com “Amazon Kindle” e “swindle”, sendo que esta última palavra em +inglês poderia ser traduzida como fraude e trapaça ou ludibriar e +enganar.</li></ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. 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O. Bueno <a href="mailto:gwidion@mpc.com.br"> +<gwidion@mpc.com.br></a>; +Sérgio Vinícius <a +href="mailto:sergio@europanet.com.br"><sergio@europanet.com.br></a>; +Renato Candido, 2013; +Hudson Flávio Meneses Lacerda; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016-2020</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/10/06 08:42:12 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/rms-lisp.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/rms-lisp.html new file mode 100644 index 0000000..5ba052c --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/rms-lisp.html @@ -0,0 +1,599 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/rms-lisp.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Minhas experiências com Lisp e o desenvolvimento do GNU Emacs - Projeto GNU +- Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/rms-lisp.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Minhas experiências com Lisp e o desenvolvimento do GNU Emacs</h2> + +<blockquote><p>(Tradução da transcrição do discurso de Richard Stallman, 28 de outubro de +2002, na International Lisp Conference).</p></blockquote> + +<p>Como nenhum dos meus discursos habituais tem nada a ver com Lisp, nenhum +deles era apropriado para hoje. Então eu vou ter que improvisar. Desde que +fiz coisas suficientes em minha carreira conectadas com Lisp, eu deveria +poder dizer algo interessante.</p> + +<p>Minha primeira experiência com Lisp foi quando li o manual do Lisp 1.5 no +ensino médio. Foi quando tive a impressão de que poderia haver uma linguagem +de computação como essa. A primeira vez que tive a chance de fazer qualquer +coisa com Lisp foi quando eu era um calouro em Harvard e escrevi um +interpretador de Lisp para o <abbr title="Programmed Data +Processor">PDP</abbr>-11. Era uma máquina muito pequena – tinha algo +como 8k de memória – e consegui escrever o interpretador com mil +instruções. Isso me deu algum espaço para um pouco de dados. Isso foi antes +de eu ver como era o software real, que funcionava no sistema real.</p> + +<p>Comecei a trabalhar em uma implementação real do Lisp com JonL White quando +comecei a trabalhar no <abbr title="Massachusetts Institute of +Technology">MIT</abbr>. Fui contratado no Laboratório de Inteligência +Artificial (<abbr title="Artificial Intelligence Laboratory">AI Lab</abbr>) +não por JonL, mas por Russ Noftsker, o que foi muito irônico considerando o +que estava por vir – ele deve ter realmente se arrependido daquele +dia.</p> + +<p>Durante a década de 1970, antes de minha vida se tornar politizada por conta +de eventos horríveis, eu estava apenas fazendo uma extensão após a outra +para vários programas, e a maioria deles não tinha nada a ver com Lisp. Mas, +ao longo do caminho, escrevi um editor de texto, o Emacs. A ideia +interessante sobre o Emacs era que ele tinha uma linguagem de programação e +os comandos de edição do usuário seriam escritos naquela linguagem de +programação interpretada, para que você pudesse carregar novos comandos no +editor enquanto estava editando. Você poderia editar os programas que estava +usando e depois continuar editando com eles. Então, nós tínhamos um sistema +que era útil para outras coisas além de programação, e ainda assim você +poderia programá-lo enquanto você o estivesse usando. Não sei se foi o +primeiro deles, mas certamente foi o primeiro editor assim.</p> + +<p>Este espírito de construir programas gigantescos e complicados para usar em +sua própria edição e depois trocá-los com outras pessoas, alimentou o +espírito de cooperação livre que tivemos no AI Lab. A ideia era que você +pudesse dar uma cópia de qualquer programa que você tivesse para alguém que +quisesse uma cópia dele. Nós compartilhamos programas para quem quisesse +usá-los, eles eram conhecimento humano. Assim, embora não houvesse um +pensamento político organizado relacionando à forma como compartilhamos +software com o design do Emacs, estou convencido de que havia uma conexão +entre eles, talvez uma conexão inconsciente. Eu acho que é a natureza do +jeito que vivemos no AI Lab que levou ao Emacs e fez dele o que se tornou.</p> + +<p>O Emacs original não tinha Lisp nele. A linguagem de baixo nível, a +linguagem não interpretada – era o Assembler de PDP-10. O +interpretador que escrevemos na verdade não foi escrito para o Emacs, foi +escrito para o <abbr title="Text Editor and COrrector">TECO</abbr>. Era o +nosso editor de texto, e era uma linguagem de programação extremamente feia, +tão feia quanto poderia ser. O motivo foi que não foi projetado para ser uma +linguagem de programação, foi projetado para ser um editor e uma linguagem +de comando. Havia comandos como “5l”, significando “mover cinco linhas”, ou +“i” e, em seguida, uma sequência de caracteres e, em seguida, um ESC para +inserir essa sequência de caracteres. Você digitaria uma string que era uma +série de comandos, que era chamada de string de comando. Você terminaria com +ESC ESC, e o comando seria executado.</p> + +<p>Bem, as pessoas queriam estender essa linguagem com recursos de programação, +então elas adicionaram alguns. Por exemplo, um dos primeiros foi uma +construção em <i>loop</i>, que foi < >. Você colocaria essas coisas em +volta e os comandos dentro delas rodariam em <i>loop</i>. Havia outros +comandos enigmáticos que poderiam ser usados para sair condicionalmente do +<i>loop</i>. Para fazer o Emacs, nós <a href="#foot-1">(1)</a> adicionamos +recursos para termos sub-rotinas com nomes.Antes disso, era como o Basic, e +as sub-rotinas só podiam ter letras únicas como seus nomes. Foi difícil +desenvolver programas grandes, então adicionamos código para que eles +pudessem ter nomes mais longos. Na verdade, havia algumas instalações +bastante sofisticadas; eu acho que o Lisp obteve seu mecanismo de +<i>unwind-protect</i> do TECO.</p> + +<p>Começamos a colocar instalações bastante sofisticadas, todas com a sintaxe +mais feia que você poderia imaginar, e funcionou – as pessoas eram +capazes de escrever programas grandes de qualquer maneira. A lição óbvia foi +que uma linguagem como TECO, que não foi projetada para ser uma linguagem de +programação, era o caminho errado a seguir. A linguagem na qual você +constrói suas extensões não deve ser pensada como uma linguagem de +programação na reflexão posterior; deve ser projetada como uma linguagem de +programação. De fato, descobrimos que a melhor linguagem de programação para +esse propósito era Lisp.</p> + +<p>Foi Bernie Greenberg, que descobriu que ela era <a +href="#foot-2">(2)</a>. Ele escreveu uma versão do Emacs no Multics MacLisp +e escreveu seus comandos no MacLisp de maneira direta. O editor em si foi +escrito inteiramente em Lisp. Multics Emacs provou ser um grande sucesso +– programar novos comandos de edição era tão conveniente que até os +secretários de seu escritório começaram a aprender como usá-lo. Eles usaram +um manual que alguém escreveu que mostrava como estender o Emacs, mas não +disse que era uma programação. Então os secretários, que acreditavam que não +podiam programar, não ficaram assustados. Eles leram o manual, descobriram +que podiam fazer coisas úteis e aprenderam a programar.</p> + +<p>Então Bernie percebeu que um aplicativo – um programa que faz algo +útil para você – que tem Lisp dentro dele e que você poderia estender +reescrevendo os programas Lisp, é na verdade uma ótima maneira de as pessoas +aprenderem programação. Isso lhes dá a chance de escrever pequenos programas +que são úteis para eles, o que na maioria das arenas você não pode +fazer. Eles podem obter incentivo para seu próprio uso prático – na +fase em que é o mais difícil – onde eles não acreditam que podem +programar, até chegarem ao ponto em que são programadores.</p> + +<p>Nesse ponto, as pessoas começaram a se perguntar como poderiam obter algo +assim em uma plataforma em que não tivessem a implementação de Lisp de +serviço completo. Multics MacLisp tinha um compilador, bem como um +interpretador – era um sistema Lisp completo – mas as pessoas +queriam implementar algo assim em outros sistemas onde elas não tinham +escrito um compilador Lisp. Bem, se você não tivesse o compilador Lisp você +não poderia escrever o editor inteiro em Lisp – seria muito lento, +especialmente para reexibição de tela, se tivesse que executar Lisp +interpretado. Então nós desenvolvemos uma técnica híbrida. A ideia era +escrever um interpretador Lisp e as partes de baixo nível do editor juntos, +de modo que partes do editor fossem recursos Lisp embutidos. Essas seriam as +partes que sentimos que precisávamos otimizar. Esta foi uma técnica que já +tínhamos praticado conscientemente no Emacs original, porque havia certos +recursos de alto nível que reimplementamos em linguagem de máquina, +transformando-os em primitivas do TECO. Por exemplo, havia uma primitiva do +TECO para preencher um parágrafo (na verdade, para fazer a maior parte do +trabalho de preencher um parágrafo, porque algumas das partes menos +demoradas do trabalho seriam feitas em um nível mais alto por um programa do +TECO). Você poderia fazer o trabalho inteiro escrevendo um programa do TECO, +mas isso era muito lento, então otimizamos isso colocando parte dele em +linguagem de máquina. Usamos a mesma ideia aqui (na técnica híbrida), que a +maior parte do editor seria escrita em Lisp, mas certas partes dele que +tinham que rodar particularmente rápido seriam escritas em um nível mais +baixo.</p> + +<p>Portanto, quando escrevi minha segunda implementação do Emacs, segui o mesmo +tipo de design. A linguagem de baixo nível não era mais linguagem de +máquina, era C. C era uma linguagem boa e eficiente para programas portáveis +rodarem em um sistema operacional parecido com Unix. Havia um interpretador +Lisp, mas implementei recursos para trabalhos de edição para fins especiais +diretamente no C – manipulação de buffers do editor, inserção de texto +inicial, leitura e gravação de arquivos, exibição do buffer novamente na +tela, gerenciamento de janelas do editor.</p> + +<p>Agora, este não foi o primeiro Emacs que foi escrito em C e rodou no Unix. O +primeiro foi escrito por James Gosling e foi referido como GosMacs. Uma +coisa estranha aconteceu com ele. No começo, ele parecia influenciado pelo +mesmo espírito de compartilhamento e cooperação do Emacs original. Eu lancei +pela primeira vez o Emacs original ao público no MIT. Alguém queria portá-lo +para rodar no Twenex – originalmente rodava apenas no Sistema de +Compartilhamento de Tempo Incompatível (<abbr title="Incompatible +Timesharing System">ITS</abbr>) que usávamos no MIT. Eles o levaram para o +Twenex, o que significava que havia algumas centenas de instalações em todo +o mundo que poderiam usá-lo. Nós começamos a distribuí-lo para eles, com a +regra de que “você tinha que mandar de volta todos os seus aprimoramentos” +para que todos pudéssemos nos beneficiar. Ninguém nunca tentou impor isso, +mas até onde eu sei, as pessoas cooperaram.</p> + +<p>Gosling, a princípio, pareceu participar desse espírito. Ele escreveu em um +manual que ele chamou o programa Emacs, esperando que outros na comunidade o +melhorassem até que fosse digno desse nome. Essa é a abordagem correta a ser +adotada para com uma comunidade – pedir que participem e melhorem o +programa. Mas depois disso ele pareceu mudar o espírito e vendeu o programa +o vendeu para uma empresa.</p> + +<p>Naquela época, eu estava trabalhando no sistema GNU (um sistema operacional +similar ao Unix, de software livre, que muitas pessoas erroneamente chamam +de “Linux”). Não havia um editor Emacs de software livre que fosse executado +no Unix. Eu tinha, no entanto, um amigo que participou do desenvolvimento do +Emacs de Gosling. Gosling havia lhe dado, por e-mail, permissão para +distribuir sua própria versão. Ele propôs-me que eu usasse essa +versão. Então eu descobri que o Emacs de Gosling não tinha um Lisp real. Ele +tinha uma linguagem de programação que era conhecida como “mocklisp”, que se +parece sintaticamente com o Lisp, mas não possui as estruturas de dados do +Lisp. Então os programas não eram dados e os elementos vitais do Lisp +estavam faltando. Suas estruturas de dados eram sequências de caracteres, +números e algumas outras coisas especializadas.</p> + +<p>Eu concluí que não poderia usá-lo e tive que substituir tudo, o primeiro +passo foi escrever um interpretador Lisp. Gradualmente adaptei cada parte do +editor com base em estruturas de dados do Lisp real, em vez de estruturas de +dados <em>ad hoc</em>, tornando as estruturas de dados internas do editor +expostas e manipuláveis pelos programas Lisp do usuário.</p> + +<p>A única exceção foi a reexibição. Durante muito tempo, a reexibição era uma +espécie de mundo alternativo. O editor entraria no mundo da reexibição e as +coisas continuariam com estruturas de dados muito especiais que não eram +seguras para a coleta de lixo, não eram seguras para a interrupção, e você +não poderia executar nenhum programa Lisp durante isso. Nós mudamos isso +desde então – agora é possível executar o código Lisp durante a +reexibição. É uma coisa bastante conveniente.</p> + +<p>Este segundo programa Emacs era “software livre” no sentido moderno do termo +– foi parte de uma campanha política explícita para desenvolver +software livre. A essência dessa campanha era que todos deveriam ser livres +para fazer as coisas que fazíamos antigamente no MIT, trabalhando juntos em +software e trabalhando com quem quisesse trabalhar conosco. Essa é a base +para o movimento do software livre – a experiência que tive, a vida +que vivi no AI Lab do MIT de estar trabalhando no conhecimento humano, e não +estar no caminho impedindo as pessoas de usar e disseminar ainda mais o +conhecimento humano.</p> + +<p>Na época, você poderia construir um computador com a mesma faixa de preço de +outros computadores que não fossem feitos para rodar Lisp, exceto que ele +executaria o Lisp muito mais rápido do que os outros, e com a verificação de +tipo completa em todas as operações também. Computadores comuns normalmente +o forçavam a optar pela velocidade de execução e boa verificação da +digitação. Então, sim, você poderia ter um compilador Lisp e rodar seus +programas rapidamente, mas quando eles tentavam pegar o <code>car</code> de +um número, ele obtinha resultados absurdos e eventualmente falhava em algum +ponto.</p> + +<p>A máquina Lisp era capaz de executar instruções tão rápido quanto as outras +máquinas, mas cada instrução – uma instrução <code>car</code> – +faria uma verificação de tipo de dados de forma que quando se tentava obter +o <code>car</code> de um número em um programa compilado, ele causaria um +erro imediato. Nós construímos a máquina e tínhamos um sistema operacional +Lisp para ela. Ele foi escrito quase inteiramente em Lisp, as únicas +exceções sendo partes escritas no microcódigo. As pessoas ficaram +interessadas em fabricá-las, o que significava que deveriam abrir uma +empresa.</p> + +<p>Havia duas ideias diferentes sobre como essa empresa deveria ser. Greenblatt +queria começar o que ele chamou de um empresa “hacker”. Isso significava que +seria uma empresa administrada por hackers e funcionaria de maneira +favorável aos hackers. Outro objetivo era manter a cultura do AI Lab <a +href="#foot-3">(3)</a>. Infelizmente, o Greenblatt não tinha experiência em +negócios, então outras pessoas do grupo de máquinas Lisp disseram duvidar +que ele pudesse ter sucesso. Eles pensaram que seu plano para evitar +investimentos externos não funcionaria.</p> + +<p>Por que ele queria evitar investimentos externos? Porque quando uma empresa +tem investidores externos, eles assumem o controle e não deixam que você +tenha nenhum escrúpulo. E, eventualmente, se você tiver algum escrúpulo, +eles também o substituirão como administrador.</p> + +<p>Então, Greenblatt teve a ideia de que encontraria um cliente que pagaria +antecipadamente para comprar as peças. Eles construiriam máquinas e as +entregariam; com os lucros dessas partes, eles poderiam comprar peças para +mais algumas máquinas, vendê-las e então comprar peças para um número maior +de máquinas, e assim por diante. As outras pessoas do grupo acharam que isso +possivelmente não funcionaria.</p> + +<p>Greenblatt então recrutou Russell Noftsker, o homem que havia me contratado, +que posteriormente havia deixado o AI Lab e criado uma empresa de +sucesso. Acreditava-se que Russell tinha uma aptidão para negócios. Ele +demonstrou essa aptidão para os negócios, dizendo às outras pessoas do +grupo: “Vamos abandonar Greenblatt, esquecer suas ideias e faremos outra +empresa”. Esfaqueando pelas costas, claramente, um verdadeiro homem de +negócios. Essas pessoas decidiram que iriam formar uma empresa chamada +Symbolics. Eles obteriam investimento externo, não teriam escrúpulos e +fariam todo o possível para vencer.</p> + +<p>Mas Greenblatt não desistiu. Ele e as poucas pessoas leais a ele decidiram +começar a Lisp Machines Inc. de qualquer forma, e seguir em frente com seus +planos. E sabe que eles conseguiram! Eles conseguiram o primeiro cliente e +foram pagos antecipadamente. Eles construíram máquinas e as venderam e +construíram mais máquinas e mais máquinas. Eles realmente conseguiram, +apesar de não terem a ajuda da maioria das pessoas do grupo. A Symbolics +também teve um começo bem-sucedido, então você tinha duas empresas +concorrentes de máquinas Lisp. Quando a Symbolics viu que a LMI não ia cair +de cara no chão, eles começaram a procurar maneiras de destruí-la.</p> + +<p>Assim, o abandono do nosso laboratório foi seguido por uma “guerra” em nosso +laboratório. O abandono aconteceu quando a Symbolics contratou todos os +hackers, exceto eu e os poucos que trabalhavam na LMI em meio período. Então +eles invocaram uma regra e eliminaram pessoas que trabalhavam em meio +período para o MIT, então tiveram que sair completamente, restando apenas +eu. O AI Lab estava agora indefeso. E o MIT fez um acordo muito tolo com +essas duas empresas. Foi um contrato de três vias em que ambas as empresas +licenciaram o uso de fontes do sistema de máquinas Lisp. Essas empresas +foram obrigadas a deixar o MIT usar suas mudanças. Mas não disse no contrato +que o MIT tinha o direito de colocá-los nos sistemas de máquinas MIT Lisp +que ambas as empresas tinham licenciado. Ninguém previra que o grupo de +hackers do AI Lab seria aniquilado, mas foi.</p> + +<p> Então, a Symbolics criou um plano <a href="#foot-4">(4)</a>. Eles disseram +para o laboratório, “Continuaremos a disponibilizar nossas alterações no +sistema para você usar, mas você não pode colocá-las no sistema da máquina +Lisp do MIT. Em vez disso, daremos acesso ao sistema de máquina Lisp da +Symbolics e você poderá executá-lo, mas isso é tudo que você pode fazer.”</p> + +<p>Isso, na verdade, significava que eles precisavam escolher um lado e, ou +usar a versão MIT do sistema ou a versão da Symbolics. A depender da escolha +que fizéssemos, seria determinado para qual sistema nossas melhorias +iriam. Se trabalhássemos e melhorássemos a versão da Symbolics, estaríamos +apoiando a Symbolics sozinha. Se usássemos e melhorássemos a versão do +sistema do MIT, estaríamos disponibilizando o trabalho para ambas as +empresas, mas a Symbolics viu que estaríamos apoiando a LMI porque +estaríamos ajudando-a a continuar existindo. Então não nos permitiram mais +ser neutros.</p> + +<p>Até aquele momento, eu não havia tomado o lado de nenhuma das duas empresas, +embora isso me fizesse sentir infeliz ao ver o que havia acontecido com +nossa comunidade e com o software. Mas agora, a Symbolics tinha forçado a +barra. Então, em um esforço para ajudar a dar continuidade à Lisp Machines +Inc. <a href="#foot-5">(5)</a> – comecei a duplicar todas as melhorias +que a Symbolics tinha feito no sistema de máquinas Lisp. Escrevi as +melhorias equivalentes novamente (ou seja, o código era meu).</p> + +<p>Após algum tempo <a href="#foot-6">(6)</a>, cheguei à conclusão de que seria +melhor se eu nem olhasse para o código deles. Quando eles fizeram um anúncio +da versão beta que dava as notas de lançamento, eu veria quais eram os +recursos e depois os implementaria. No momento em que eles tinham um +lançamento real, eu também lançava.</p> + +<p>Desta forma, por dois anos, eu os impedi de eliminar a Lisp Machines +Incorporated, e as duas empresas sobreviveram. Mas eu não queria passar anos +e anos punindo alguém, apenas frustrando um ato maligno. Eu percebi que eles +tinham sido punidos muito bem porque estavam presos a uma competição que não +acabava e não ia desaparecer <a href="#foot-7">(7)</a>. Enquanto isso, era +hora de começar a construir uma nova comunidade para substituir aquela que +as ações da Symbolics e outros haviam eliminado.</p> + +<p>A comunidade Lisp nos anos 70 não se limitou ao AI Lab do MIT, e os hackers +não estavam todos no MIT. A guerra que a Symbolics iniciou foi o que acabou +com o MIT, mas havia outros eventos acontecendo na época. Havia pessoas +desistindo da cooperação, e juntos eles acabaram com a comunidade e não +sobrou muito.</p> + +<p>Quando parei de punir a Symbolics, tive que descobrir o que fazer em +seguida. Eu tinha que fazer um sistema operacional livre, isso estava claro +– a única maneira que as pessoas poderiam trabalhar juntas e +compartilhar era com um sistema operacional livre.</p> + +<p>No começo, pensei em criar um sistema baseado em Lisp, mas percebi que não +seria uma boa ideia tecnicamente. Para ter algo como o sistema da máquina +Lisp, você precisava de um microcódigo de propósito especial. Foi isso que +tornou possível rodar programas tão rápido quanto outros computadores e +ainda assim obter o benefício da verificação de tipo. Sem isso, você seria +reduzido a algo como os compiladores Lisp para outras máquinas. Os programas +seriam mais rápidos, mas instáveis. Agora, tudo bem se você estiver +executando um programa em um sistema de tempo compartilhado – se um +programa falhar, isso não é um desastre, isso é algo que seu programa +ocasionalmente faz. Mas isso não era bom em setratando de um sistema +operacional, então rejeitei a ideia de fazer um sistema como o da Lisp.</p> + +<p>Decidi, em vez disso, criar um sistema operacional semelhante ao Unix que +tivesse implementações Lisp para serem executadas como programas do +usuário. O kernel não seria escrito em Lisp, mas teríamos Lisp. Então o +desenvolvimento desse sistema operacional, o sistema operacional GNU, é o +que me levou a escrever o GNU Emacs. Ao fazer isso, meu objetivo era fazer a +implementação mínima possível do Lisp. O tamanho dos programas foi uma +tremenda preocupação.</p> + +<p>Havia pessoas naqueles dias, em 1985, que tinham máquinas de um megabyte sem +memória virtual. Eles queriam poder usar o GNU Emacs. Isso significava que +eu tinha que manter o programa o menor possível.</p> + +<p>Por exemplo, naquele momento a única construção em <em>loop</em> era o +<i>while</i>, o que era extremamente simples. Não havia maneira de sair da +declaração <i>while</i>, você tinha que fazer um <i>catch</i> e um +<i>throw</i>, ou testar uma variável que estava no <em>loop</em>. Isso +mostra até onde eu estava indo para manter as coisas pequenas. Nós não +tínhamos “caar” e “cadr” e assim por diante; “espremer tudo o que for +possível” era o espírito do GNU Emacs, o espírito do Emacs Lisp, desde o +começo.</p> + +<p>Obviamente, as máquinas são maiores agora, e nós não fazemos mais isso. Nós +colocamos em “caar” e “cadr” e assim por diante, e podemos colocar em outra +construção de <em>loop</em> um dia desses. Estamos dispostos a estendê-lo +agora, mas não queremos estendê-lo no nível do Lisp comum. Eu implementei o +Common Lisp uma vez na máquina Lisp, e não estou muito feliz com isso. Uma +coisa que eu não gosto muito é dos argumentos das palavras-chave <a +href="#foot-8">(8)</a>. Eles não se parecem muito com algo do Lisp para mim; +Às vezes faço isso, mas minimizo as vezes em que faço isso.</p> + +<p>Esse não foi o fim dos projetos GNU envolvidos com o Lisp. Mais tarde, por +volta de 1995, estávamos procurando iniciar um projeto de área de trabalho +gráfica. Ficou claro que, para os programas na área de trabalho, queríamos +que uma linguagem de programação escrevesse muito nela para torná-la +facilmente extensível, como o editor. A questão era o que deveria ser.</p> + +<p>Na época, a <abbr title="Tool Command Language">TCL</abbr> estava sendo +intensamente utilizada para essa finalidade. Eu tinha uma opinião muito ruim +sobre a TCL, basicamente porque não era Lisp. Se parece um pouco com Lisp, +mas semanticamente não é, e não é tão limpa. Então, alguém me mostrou um +anúncio em que a Sun estava tentando contratar alguém para trabalhar em TCL +para torná-la a “linguagem de extensão padrão de fato” do mundo. E eu +pensei: “Temos que impedir que isso aconteça”. Então começamos a fazer do +Scheme a linguagem de extensibilidade padrão do GNU. Não Common Lisp, porque +era muito grande. A ideia era que teríamos um interpretador Scheme projetado +para ser vinculado a aplicativos da mesma forma que a TCL estava vinculada a +aplicativos. Recomendaríamos então que ela fosse o pacote de extensibilidade +preferido para todos os programas GNU.</p> + +<p>Há um benefício interessante que você pode obter usando uma linguagem tão +poderosa quanto uma versão do Lisp como sua principal linguagem de +extensibilidade. Você pode implementar outras linguagens traduzindo-as em +sua linguagem principal. Se a sua linguagem principal é a TCL, você não pode +implementar facilmente o Lisp traduzindo-o para o TCL. Mas se a sua +linguagem principal é o Lisp, não é tão difícil implementar outras coisas +traduzindo-as. Nossa ideia era que, se cada aplicativo extensível suportasse +o Scheme, você poderia escrever uma implementação da TCL ou Python ou Perl +no Scheme que traduz esse programa em Scheme. Em seguida, você poderia +carregá-lo em qualquer aplicativo e personalizá-lo em seu idioma favorito e +também funcionaria com outras personalizações.</p> + +<p>Enquanto as linguagens de extensibilidade forem fracas, os usuários terão +que usar apenas a linguagem que você forneceu. O que significa que as +pessoas que gostam de determinada linguagem têm que competir pela escolha +dos desenvolvedores de aplicativos – dizendo “Por favor, desenvolvedor +do aplicativo, coloque minha linguagem em seu aplicativo e não em sua +linguagem”. Então, os usuários ficam sem escolhas – Qualquer +aplicativo que eles estejam usando vem com uma linguagem e eles estão presos +[a essa linguagem]. Mas quando você tem uma linguagem poderosa que pode +implementar outras traduzindo-as, então você dá ao usuário uma escolha de +linguagem e nós não precisamos mais ter uma guerra de linguagens. É o que +esperamos que “Guile”, nosso interpretador scheme, fará. Tivemos uma pessoa +trabalhando no último verão, terminando um tradutor do Python para o +Scheme. Eu não sei se está totalmente pronto ainda, mas para qualquer pessoa +interessada neste projeto, por favor entre em contato. Então esse é o plano +que temos para o futuro.</p> + +<p>Eu não tenho falado sobre software livre, mas deixe-me contar um pouco sobre +o que isso significa. Software livre não se refere ao preço; não significa +que você pode obtê-lo de graça. (Você pode ter pago por uma cópia ou obtido +uma cópia grátis.) Significa que você tem liberdade como usuário. O +importante é que você esteja livre para executar o programa, livre para +estudar o que ele faz, livre para mudá-lo para atender às suas necessidades, +livre para redistribuir as cópias de outros e livre para publicar versões +aprimoradas e estendidas. Isto é o que significa software livre. Se você +estiver usando um programa não livre, você perdeu a liberdade crucial, então +nunca faça isso.</p> + +<p>O objetivo do projeto GNU é facilitar para que as pessoas rejeitarem +softwares que dominam o usuário, não livres, que atropelam a liberdade, por +meio do fornecimento de software livre para substituí-los. Para aqueles que +não têm a coragem moral de rejeitar o software não livre, quando isso +significa algum inconveniente prático, o que tentamos fazer é dar uma +alternativa livre para que você possa se mover para a liberdade com menos +confusão e menos sacrifício em termos práticos. Quanto menos sacrifício, +melhor. Queremos que seja mais fácil viver em liberdade, cooperar.</p> + +<p>Cooperação é uma questão de liberdade. Estamos acostumados a pensar que +liberdade e cooperação na sociedade são coisas opostas. Mas elas estão do +mesmo lado. Com o software livre, você é livre para cooperar com outras +pessoas, bem como para ajudar a si mesmo. Com software não-livre, alguém +está dominando você e mantendo as pessoas divididas. Você não tem permissão +para compartilhar com as pessoas, você não está livre para cooperar ou +ajudar a sociedade, para ajudar a si mesmo. Divididos e desamparados são os +estados dos usuários que usam software não-livre.</p> + +<p>Nós produzimos uma tremenda variedade de software livre. Fizemos o que as +pessoas disseram que nunca poderíamos fazer; temos dois sistemas +operacionais de software livre. Temos muitos aplicativos e obviamente temos +muito mais caminhos para trilhar. Então precisamos da sua ajuda. Eu gostaria +de pedir para você ser voluntário no projeto GNU; Ajude-nos a desenvolver +software livre para mais tarefas. Dê uma olhada em <a +href="/help/">http://www.gnu.org/help</a> para encontrar sugestões de como +ajudar. Se você quiser encomendar coisas, há um <em>link</em> para isso na +página principal. Se você quiser ler sobre questões filosóficas, veja em +/philosophy. Se você está procurando por software livre para usar, veja em +/directory, que lista cerca de 1900 pacotes agora (o que é uma fração de +todo o software livre disponível). Por favor, escreva mais e contribua +conosco. Meu livro de ensaios, “Free Software and Free Society”, está à +venda e pode ser adquirido em <a +href="http://www.gnu.org/">www.gnu.org</a>. <i>Happy hacking</i>!</p> + +<ol> +<li id="foot-1">Guy Steele projetou o conjunto original de comandos simétrico do Emacs; +então ele e eu começamos a implementar o Emacs (sobre o TECO), mas depois de +uma longa sessão de desenvolvimento conjunto, Steele começou a se afastar, +então terminei o Emacs. Outros, particularmente incluindo Eugene +C. Cicciarelli e Mike McMahon contribuíram substancialmente mais tarde.</li> + +<li id="foot-2">Bernie Greenberg diz que a implementação de Dan Weinreb do Emacs para a +Máquina Lisp <i>(Lisp Machine)</i> veio antes da implementação de Greenberg +para o Multics. Peço desculpas pelo erro.</li> + +<li id="foot-3">O plano de Greenblatt, como eu entendia, era contratar pessoal de +laboratório em meio período, para que eles pudessem continuar trabalhando no +AI Lab. A Symbolics os contratou em tempo integral, então pararam de +trabalhar no MIT.</li> + +<li id="foot-4">O cenário por trás desse plano, que não mencionei explicitamente na +palestra, é que durante um período inicial os ex-hackers da AI Lab, seja na +Symbolics ou na LMI, continuaram contribuindo com suas mudanças no sistema +da Máquina Lisp do MIT – mesmo que o contrato não exigisse isso. O +plano da Symbolics era romper essa cooperação unilateralmente.</li> + +<li id="foot-5">Não era que eu me importasse particularmente com o destino da LMI, mas eu +não queria deixar a Symbolics ganhar através de sua agressão contra o AI +Lab.</li> + +<li id="foot-6">Esta declaração foi mal interpretada como dizendo que eu nunca olhei para o +código da Symbolics. Na verdade, diz que eu olhei, no começo. O código-fonte +da Symbolics estava disponível no MIT, onde eu tinha o direito de lê-lo e, a +princípio, foi assim que descobri suas mudanças. + +<p>Mas isso significava que eu tinha que fazer um esforço especial para +resolver cada problema de forma diferente, para evitar copiar o código da +Symbolics. Depois de um tempo, concluí que era melhor nem olhar. Dessa +forma, eu poderia escrever o código da maneira que fosse melhor, sem me +preocupar com o que poderia estar no código da Symbolics.</p></li> + +<li id="foot-7">A Symbolics, em certa altura, protestou ao MIT que meu trabalho, frustrando +o plano deles, havia custado à Symbolics um milhão de dólares.</li> + +<li id="foot-8">Não me importo se uma função muito complexa e pesada requer argumentos de +palavras-chave. O que me incomoda é fazer funções básicas simples, como +“member” usá-los.</li> +</ol> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2003, 2007, 2013, 2014, 2020 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2018-2020<br /> +Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@member.fsf.org"><caco@member.fsf.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/09/29 18:29:24 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/rtlinux-patent.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/rtlinux-patent.html new file mode 100644 index 0000000..37ee94b --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/rtlinux-patent.html @@ -0,0 +1,153 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/rtlinux-patent.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Está Sendo Trabalhada Uma Versão Compatível com a GNU GPL da Licença de +Patente Aberta do RTLinux - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> +<meta http-equiv="Keywords" content="GNU, FSF, Fundação para o Softwre Livre, Linux, RTLinux, violação, geral, +pública, licença, gpl, licença pública geral, GNU/Linux, Yodaiken, patente" /> +<meta http-equiv="Description" content="A Free Software Foundation e Finite State Machine Labs (FSMLAbs) chegaram a +um acordo sobre uma versão totalmente compatível com GPL da Licença de +Patente Aberta RTLinux do FSMLabs." /> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/rtlinux-patent.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Está Sendo Trabalhada Uma Versão Compatível com a GNU GPL da Licença de +Patente Aberta do RTLinux</h2> + +<p> +Aqui está o nosso novo anúncio a partir de 8 de outubro (sua publicação +atual foi adiada).</p> + +<p> + A Free Software Foundation e Finite State Machine Labs Inc. (FSMLabs) +anunciaram hoje o lançamento da licença de patente aberta do RTLinux, Versão +2, totalmente compatível com a Licença Pública Geral GNU (GNU GPL) da Free +Software Foundation. A Licença de Patente Aberta concede o direito de usar a +patente norte-americana nº 5.995.745 em software livre coberto pela GPL sem +pagamento de royalties. Esta licença protege o uso da GPL do processo +RTLinux. +</p> + +<p> + FSMLabs e FSF esperam que o lançamento desta licença acelere a taxa de +revolução do software livre nos campos de computação embarcada e em tempo +real. Essas áreas foram isoladas da linha central de progresso no +desenvolvimento de software por software proprietário baseado em segredos e +incompatibilidades projetados para bloquear os clientes em tecnologia +proprietária. A disponibilidade de software livre superior já levou muitos +projetos inovadores de grandes corporações, milhares de indivíduos e +pequenas empresas em todo o mundo. A FSF agradece a FSMLabs por suas +contínuas contribuições para a comunidade de software livre. +</p> + +<p> +Aqui está o anúncio anterior, que foi o assunto do nosso <a +href="/press/2001-09-18-RTLinux.html">comunicado de imprensa de 18 de +setembro</a>. +</p> + +<p> +A Fundação para o Software Livre e o Finite State Machine Labs (FSMLAbs) +chegaram a um acordo quanto a uma versão totalmente compatível e obediente à +GPL da Licença de Patente Aberta do RTLinux. A FSF eo FSMLabs estão +trabalhando para finalizar o texto da licença. O FSMLabs irá publicar em seu +site o texto desta licença, com uma declaração da FSF confirmando que ela é +conforme com a GPL, em um futuro próximo. A FSF já retirou a sua declaração +de 14 de setembro sobre os termos de licenciamento do RTLinux. Nossas +diferenças se mostraram como sendo em sua maioria resultado de infelizes +mal-entendidos e nós pedimos a todos que esqueçam esta disputa. A FSF e o +FSMLabs esperam continuar a sua cooperação para garantir a disponibilidade +da tecnologia patenteada do FSMLabs para uso em sistemas GNU/Linux. A FSF +agradece ao FSMLabs pela contribuição de sua licença de patentes para a +comunidade do software livre, e por seu constante suporte e publicação de +software livre sob a GPL.</p> + + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2001 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Fernando Lozano <a +href="mailto:fernando@lozano.eti.br"><fernando@lozano.eti.br></a>, +2001; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/selling.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/selling.html new file mode 100644 index 0000000..1d629c4 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/selling.html @@ -0,0 +1,270 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/selling.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Vender Software Livre - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/selling.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Vender Software Livre</h2> + +<p><em><a href="/philosophy/selling-exceptions.html">Algumas visões sobre as +ideias de exceções de venda para licenças de software livre, tais como a GNU +GPL</a> também estão disponíveis.</em></p> + +<p> +Muitas pessoas acreditam que o espírito do projeto GNU está em não cobrar +dinheiro para distribuir cópias de software ou cobrar o mínimo possível — +somente o suficiente para cobrir os custos. Isso é um equívoco.</p> + +<p> +Na verdade, nós incentivamos as pessoas que redistribuem <a +href="/philosophy/free-sw.html">software livre</a> a cobrar o quanto +desejarem ou puderem. Se uma licença não permitir que usuários façam cópias +e vendam-os, essa é uma licença não livre. Se isso parece surpreendente para +você, por favor, continue a leitura.</p> + +<p> +A palavra “free” tem dois significados válidos em inglês: ela pode se +referir tanto à liberdade quanto ao preço. Quando falamos de software livre +(“free software”, em inglês), estamos nos referindo à liberdade, e não ao +preço. (Pense em “liberdade de expressão” (“free speech”), não em “cerveja +grátis” (“free beer”).) Precisamente, isso significa que um usuário é livre +para executar, estudar e alterar, e redistribuir o programa com ou sem +alterações.</p> + +<p> +Algumas vezes, programas livres são distribuídos gratuitamente e, outras +vezes, por determinado preço. Frequentemente, o mesmo programa se encontra +disponível das duas maneiras, em locais diferentes. O programa é livre +independentemente do preço porque os usuários têm liberdade para usar o +mesmo.</p> + +<p> +<a href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">Programas não +livres</a> são comumente vendidos por um preço alto, mas, algumas vezes, uma +loja lhe dará uma cópia sem cobrar nada. Mas isso não faz com que tais +programas sejam software livre. Com ou sem preço, um programa como esse não +é livre porque a seus usuários é negada liberdade.</p> + +<p> +Uma vez que software livre não é uma questão de preço, um preço baixo não é +mais livre ou mais próximo de ser livre. Então, se você está redistribuindo +cópias de software livre, pode também cobrar uma taxa e <em>ganhar +dinheiro</em>. Redistribuir software livre é uma atividade boa e válida; se +você a efetua, pode também lucrar com a mesma.</p> + +<p> +Software livre é um projeto comunitário e quem depende do software livre +deve procurar maneiras de contribuir para a construção da comunidade. Para +um distribuidor, o modo de fazer isso é doando uma parcela de seu lucro para +projetos de desenvolvimento de software livre ou para a <a +href="/fsf/fsf.html">Free Software Foundation</a>. Desta forma, você pode +promover o mundo do software livre.</p> + +<p> +<strong>Distribuir software livre é uma oportunidade de levantar fundos para +o desenvolvimento. Não a desperdice!</strong></p> + +<p> +Para conseguir fundos, você precisa ter algum dinheiro extra. Cobrando taxas +muito baixas, não sobrará nada para ajudar o desenvolvimento.</p> + + +<h3>Preços maiores de distribuições agredirão alguns usuários?</h3> + +<p> +Algumas vezes, as pessoas se preocupam se uma taxa alta por uma distribuição +colocará o software livre fora do alcance de usuários que não têm muito +dinheiro. Com o <a +href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">software +proprietário</a>, um preço alto faz exatamente isso — mas com o software +livre é diferente.</p> + +<p> +A diferença é que o software livre naturalmente tende a se espalhar e há +diversas maneiras disso acontecer.</p> + +<p> +Retentores de software fazem de tudo para impedir você de executar um +programa proprietário sem o pagamento do preço de tabela. Se esse preço for +alto, será complicado para que algumas pessoas usem o programa.</p> + +<p> +Com o software livre, os usuários não <em>têm</em> que pagar a taxa da +distribuição a fim de usarem o software. Eles podem conseguir o programa de +um amigo que tenha uma cópia ou com a ajuda de um amigo que tenha acesso à +internet. Ou diversos usuários podem se unir, dividir o preço de um CD-ROM e +então cada um pode instalar o software para si. Um preço alto por um CD-ROM +não é um grande obstáculo quando o software é livre.</p> + + +<h3>Preços maiores de distribuições desmotivarão o uso de software livre?</h3> + +<p> +Outra preocupação comum é quanto à popularidade do software livre. As +pessoas pensam que preços altos de distribuições reduziriam o número de +usuários ou que preços baixos poderiam motivar os mesmos.</p> + +<p> +Isso é verdade para o software proprietário — mas para o software livre é +diferente. Com tantas maneiras de se conseguir cópias, o preço da +distribuição tem pouco efeito na popularidade.</p> + +<p> +A longo prazo, a quantidade de pessoas que usam software livre é determinada +principalmente pelo <em>quanto o software livre pode fazer</em> e pelo quão +simples é seu uso. Muitos usuários continuarão a usar software proprietário +se o software livre não puder fazer todas as tarefas que eles +querem. Portanto, se queremos aumentar o número de usuários a longo prazo, +deveríamos, acima de tudo, <em>desenvolver mais software livre</em>.</p> + +<p> +O modo mais direto de se fazer isso é escrevendo, por conta própria, <a +href="http://savannah.gnu.org/projects/tasklist">software livre</a> do qual +necessitam ou <a href="/doc/doc.html">manuais</a>. Mas se você distribui ao +invés de escrever, a melhor maneira de ajudar é levantando fundos para +aqueles que escrevem tais distribuições.</p> + + +<h3>A expressão “vender software” também pode ser confusa</h3> + +<p> +Estritamente falando, “vender” significa trocar produtos por +dinheiro. Vender uma cópia de um programa livre é válido e nós incentivamos +tal prática.</p> + +<p> +Entretanto, quando as pessoas pensam em “<a +href="/philosophy/words-to-avoid.html#SellSoftware">vender software</a>”, +elas comumente pensam em fazer isso como a maioria das empresas o fazem: +tornando-o software proprietário ao invés de livre.</p> + +<p> +Então, a menos que você faça distinções cuidadosamente, como faz esse +artigo, sugerimos que é melhor evitar o uso do termo “vender software” e +escolher alguma outra expressão no lugar. Por exemplo, você poderia dizer +“distribuir software livre por uma taxa” — isso não ficaria ambíguo.</p> + + +<h3>Taxas altas ou baixas e a GNU GPL</h3> + +<p> +Exceto para uma situação em especial, a <a href="/copyleft/gpl.html">Licença +Pública Geral GNU</a> (GNU GPL) não especifica o quanto pode ser cobrado +para distribuir uma cópia de software livre. Você pode cobrar nada, um +centavo, um dólar ou um bilhão de dólares. Depende de você e do mercado, +portanto não reclame conosco se ninguém quiser pagar um bilhão de dólares +por uma cópia.</p> + +<p> +A única exceção é o caso em que binários são distribuídos sem o +correspondente código fonte completo. Aqueles que fazem isso são obrigados, +pela GNU GPL, a fornecer o código fonte atendendo a pedidos posteriores. Sem +um limite para a taxa pelo código fonte, eles poderiam determinar uma taxa +tão grande a ser paga — como um bilhão de dólares — e, portanto, fingir que +disponibilizam o código fonte, enquanto que, na verdade, o escondem. Então, +<a href="/licenses/gpl.html#section6">nesse caso, devemos limitar a taxa</a> +pelo código, a fim de garantir a liberdade do usuário. Em situações comuns, +entretanto, não há motivos para limitar taxas de distribuições, portanto, +não as limitamos.</p> + +<p> +Algumas vezes, empresas cujas atividades desobedecem o que permite a GNU GPL +pedem permissão para isso, prometendo que “não cobrarão dinheiro por +software GNU” ou coisas parecidas. Elas não chegarão a lugar nenhum desse +modo. Software livre tem a ver com liberdade e fazer cumprir a GPL é +defender a liberdade. Quando defendemos a liberdade dos usuários, não somos +levados por questões como o quanto é cobrado por uma distribuição. Liberdade +é a questão, a única e exclusiva questão.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1996, 1997, 1998, 2001, 2007, 2015, 2016, 2017, 2018 Free +Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução</b>: Jotapê (João Paulo Domingos Silva) +<a href="mailto:joaopaulo.ds@gmail.com"><joaopaulo.ds@gmail.com></a>, +2005; +Rafael Fontenelle +<a href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016, +2017</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/shouldbefree.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/shouldbefree.html new file mode 100644 index 0000000..00339db --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/shouldbefree.html @@ -0,0 +1,908 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/shouldbefree.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Por que o Software Deveria Ser Livre - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/shouldbefree.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por que o Software Deveria Ser Livre</h2> + +<p> +por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> +<h3 id="introduction">Introdução</h3> +<p> +A existência do software inevitavelmente levanta questões a respeito de como +deveria ser feito seu uso. Por exemplo, suponha que um indivíduo que tem uma +cópia de um programa se encontre com outro que gostaria de ter uma cópia. É +possível a eles copiar o programa; quem deveria decidir se isto deve ser +feito ou não? Os indivíduos envolvidos? Ou outra parte, chamada de “o +proprietário”?</p> +<p> + Desenvolvedores de software tipicamente consideram estas questões assumindo +que o critério para a resposta seja maximizar os lucros dos +desenvolvedores. A força política do negócio tem levado à adoção, por parte +do governo, tanto deste critério quanto da resposta proposta pelos +desenvolvedores: o programa tem um proprietário, tipicamente uma empresa +associada ao seu desenvolvimento.</p> +<p> + Eu gostaria de considerar a mesma questão usando um critério diferente: a +prosperidade e liberdade do público em geral.</p> +<p> + Esta resposta não pode ser dada pela lei atual — a lei deveria agir em +conformidade com a ética, não o contrário. Nem a prática comum decide esta +questão, apesar de sugerir respostas possíveis. A única maneira de julgar é +ver quem é beneficiado e quem é prejudicado pelo reconhecimento dos +proprietários de software, porque, e quanto. Em outras palavras, nós +deveríamos fazer uma análise de custo-benefício tomando por base a sociedade +como um todo, levando em conta a liberdade individual bem como a produção de +bens materiais.</p> +<p> + Neste ensaio, eu irei descrever os efeitos de ter proprietários e mostrarei +que os resultados são malignos. Minha conclusão é que programadores têm a +responsabilidade de encorajar outros a compartilhar, redistribuir, estudar e +melhorar o software que nós escrevemos: em outras palavras, escrever <a +href="/philosophy/free-sw.html">software “livre”</a>.<a href="#f1">(1)</a></p> + +<h3 id="owner-justification">Como os Proprietários Justificam Seu Poder</h3> +<p> + Aqueles que se beneficiam do sistema atual onde programas são propriedade +oferecem dois argumentos em suporte à suas reivindicações: o argumento +emocional e o econômico.</p> +<p> + O argumento emocional é mais ou menos assim: “Eu coloquei meu suor, meu +coração, minha alma neste programa. Ele veio de <em>mim</em>, é +<em>meu</em>!”</p> +<p> + Este argumento não requer uma refutação pesada. O sentimento de ligação pode +ser cultivado pelos programadores quando lhes convém; não é +inevitável. Considere, por exemplo, quão sinceramente os mesmos +programadores transferem todos os seus direitos à uma grande empresa em +troca de um salário; a ligação emocional misteriosamente +desaparece. Contrastando, considere os grandes artistas e artesãos dos +tempos medievais, que nem mesmo assinavam seus nomes na sua obra. Para eles, +o nome do artista não era importante. O que importava era que o trabalho +havia sido feito — e o propósito ao qual ele serviria. Esta concepção +prevaleceu durante séculos.</p> +<p> + O argumento econômico se parece com: “Eu quero ficar rico (que via de regra +é descrito imprecisamente como ‘ganhar a vida’), e se você não +me permitir ficar rico programando, então eu não vou programar. Todos os +outros são como eu, sendo assim ninguém mais vai programar. E então você vai +acabar ficando sem programas!” Esta ameaça é normalmente velada, como um +conselho de amigo.</p> +<p> + Depois eu irei explicar que esta ameaça é um blefe. Primeiro eu quero focar +uma concepção que é mais visível em outra formulação do argumento.</p> +<p> + Esta formulação começa comparando a utilidade social de um programa +proprietário versus a da inexistência deste programa, e então conclui que o +desenvolvimento de software proprietário é, no todo, benéfico e deveria ser +encorajado. A falácia aqui está em comparar apenas dois pontos — software +proprietário versus inexistência do software — e assumir que não existem +outras possibilidades.</p> +<p> + Dado um sistema de copyright sobre programas, o desenvolvimento de software +comumente está ligado à existência de um proprietário que controla o uso do +software. Enquanto existe esta ligação, nós frequentemente nos deparamos com +a opção entre software proprietário ou nada. No entanto, esta ligação não é +natural ou inevitável; é uma consequência da escolha da política sócio-legal +que nós estamos questionando: a decisão de ter proprietários. Formular a +opção como sendo entre software proprietário versus software inexistente é +desvirtuar a questão.</p> + +<h3 id="against-having-owners">O Argumento Contra Ter Proprietários</h3> +<p> + A questão é: “O desenvolvimento de software deveria ser ligado a ter +proprietários para restringir sua utilização?”</p> +<p> + Para que nós possamos escolher, temos que julgar o efeito na sociedade de +cada uma destas duas atividades <em>independentemente</em>: o efeito de +desenvolver software (sem levar em consideração seus termos de +distribuição), e o efeito de restringir sua utilização (assumindo que o +software tenha sido desenvolvido). Se uma destas atividades ajuda e a outra +atrapalha, nós estaríamos melhor descartando esta ligação e fazendo apenas a +atividade que ajuda.</p> +<p> + Colocando em outras palavras, se a restrição da distribuição de um programa +já desenvolvido é prejudicial à sociedade como um todo, então um +desenvolvedor ético irá rejeitar a opção de trabalhar deste modo.</p> +<p> + Para determinar o efeito de restringir o compartilhamento, nós precisamos +comparar o valor para a sociedade de um programa restrito (por exemplo +proprietário) com o valor do mesmo programa, disponível para todos. Isto +significa comparar dois mundos possíveis.</p> +<p> + Esta análise também leva em consideração o contra-argumento feito às vezes +que “o benefício ao próximo de lhe dar uma cópia de um programa é cancelado +pelo dano feito ao proprietário.” Este contra-argumento assume que o dano e +o benefício são de igual grandeza. A análise envolve comparar estas duas +grandezas, e mostra que os benefícios são muito maiores.</p> +<p> + Para elucidar este argumento, vamos aplicá-lo a outra área: construção de +vias públicas.</p> +<p> + Seria possível financiar a construção de todas as vias com pedágios. Isto +iria exigir que houvesse postos de cobrança de pedágio em todas as +esquinas. Tal sistema produziria um grande incentivo para melhorar as +estradas. Teria também a virtude de fazer com que os usuários de qualquer +estrada pagassem por ela. No entanto, um posto de cobrança de pedágio é um +obstáculo artificial à condução suave de um veículo — artificial porque não +é uma consequência de como estradas ou carros funcionam.</p> +<p> + Comparando a utilidade das estradas gratuitas com a utilidade das estradas +onde há cobrança de pedágio, nós concluímos que (sendo igual todo o +restante) estradas sem pedágio são mais baratas de construir, mais baratas +para se usar, mais seguras e mais eficientes.<a href="#f2">(2)</a> Em uma +nação pobre, pedágios podem tornar as estradas proibitivas para muitos +cidadãos. As estradas sem pedágio oferecem assim mais benefícios à sociedade +a um custo menor; elas são preferíveis para a sociedade. Sendo assim, a +sociedade deveria se decidir por financiar as estradas de outra maneira, e +não por meio de pedágio. O uso das estradas, uma vez construídas, deveria +ser gratuito.</p> +<p> + Quando os defensores dos pedágios os propõem <em>meramente</em> como um modo +de levantar fundos, eles distorcem a opção que é disponível. Pedágios +arrecadam fundos, mas eles fazem algo além disso: em efeito, eles degradam a +estrada, no sentido de que a estrada com pedágio não é tão boa quanto a +gratuita; nos fornecer estradas em maior quantidade ou tecnicamente +superiores pode não ser uma melhoria se isto significa substituir as vias +gratuitas pelas vias com pedágio.</p> +<p> + É claro que a construção de uma estrada sem pedágio custa dinheiro, que o +público deve pagar de algum modo. No entanto, isto não implica +necessariamente na existência de postos de pedágio. Nós, que em qualquer dos +casos estaremos pagando, faremos melhor negócio adquirindo uma estrada livre +de pedágio.</p> +<p> + Eu não estou aqui dizendo que uma estrada com pedágio é pior que ficar sem +estrada. Isto seria verdade se a tarifa fosse tão alta que dificilmente +alguém usasse a estrada — mas isto é uma política pouco provável para um +arrecadador de impostos. No entanto, uma vez que os pedágios causem um +desperdício e inconveniência significativos, é melhor levantar fundos de um +modo menos perturbador.</p> +<p> + Para aplicar o mesmo argumento ao desenvolvimento de software, eu irei agora +mostrar que ter “pedágios” para programas úteis custa diariamente à +sociedade: torna os programas mais caros para construir, mais caros para +distribuir, e menos satisfatórios e eficientes para se usar. Segue que a +construção de programas deveria ser encorajada de algum outro modo. Então eu +irei explicar outros métodos de estímulo e (à medida do realmente +necessário) financiamento para o desenvolvimento de software.</p> + +<h4 id="harm-done">O Dano Causado por Software Obstruído</h4> +<p> + Considere por um momento que um programa tenha sido desenvolvido, e que +qualquer pagamentos necessários para seu desenvolvimento já tenham sido +feitos; agora a sociedade tem que decidir se deve torná-lo proprietário ou +se deve permitir seu livre uso e compartilhamento. Assuma que é desejável +que o programa exista e que esteja disponível.<a href="#f3">(3)</a></p> +<p> + Restrições na distribuição e modificação do programa não podem facilitar seu +uso. Só podem interferir. Sendo assim o efeito só pode ser negativo. Mas +quão negativo? E de que modo?</p> +<p> + Três níveis diferentes de danos materiais se originam desta obstrução:</p> + +<ul> +<li>Menos pessoas usam o programa.</li> + +<li>Nenhum dos usuários pode adaptar ou corrigir o programa.</li> + +<li>Outros desenvolvedores não podem aprender a partir do programa, ou basear um +novo trabalho nele.</li> +</ul> + +<p> + Cada nível de dano material tem uma forma concomitante de dano +psicossocial. Isto se refere ao efeito que as decisões das pessoas tem nos +seus sentimentos, atitudes e predisposições subsequentes. Estas alterações +na maneira de pensar das pessoas terão um efeito posterior no seu +relacionamento com seus concidadãos e podem ter consequências materiais.</p> +<p> + Os três níveis de danos materiais desperdiçam parte do valor que o programa +poderia prover, mas eles não podem reduzi-lo a zero. Se eles desperdiçassem +quase todo o valor do programa, então o programa causaria quase tanto dano à +sociedade quanto o esforço empregado para escrevê-lo. Pode-se dizer que um +programa que é lucrativo deveria prover algum benefício material líquido +direto.</p> +<p> + No entanto, levando em consideração o dano psicossocial concomitante, não +existe limite para os danos que o desenvolvimento de software proprietário +pode causar.</p> + +<h4 id="obstructing-use">Obstruindo O Uso de Programas</h4> +<p> + O primeiro nível de dano impede o simples uso de um programa. Uma cópia de +um programa tem um custo marginal de quase zero (e você pode pagar este +custo executando você mesmo a tarefa), sendo assim, num mercado livre, teria +um preço de quase zero. Uma taxa de licença é um desincentivo significativo +ao uso do programa. Se um programa de ampla utilidade é proprietário, muito +menos pessoas irão utilizá-lo.</p> +<p> + É fácil mostrar que a contribuição total de um programa para a sociedade é +reduzida atribuindo-se um proprietário a ele. Cada usuário potencial do +programa, deparado com a necessidade de pagar para utilizá-lo, pode escolher +pagar ou pode abrir mão do seu uso. Quando um usuário escolhe pagar, isto é +uma transferência de riqueza entre duas partes. Mas cada vez que alguém +escolhe abrir mão de usar o programa, isto causa um dano àquela pessoa sem +beneficiar ninguém. A soma dos números negativos e zeros deve ser negativa.</p> +<p> + Mas isto não reduz o montante de trabalho que é necessário para +<em>desenvolver</em> o programa. Como resultado, é reduzida a eficiência do +processo como um todo, em termos da satisfação de usuário proporcionada por +hora de trabalho.</p> +<p> + Isto traz à luz uma diferença crucial entre cópias de programas e carros, +cadeiras, ou sanduíches. Não existe máquina copiadora de objetos materiais, +a não ser em ficção científica. Mas programas são fáceis de copiar; qualquer +um pode produzir tantas cópias quantas quiser, com muito pouco esforço. Isto +não é verdade para objetos materiais porque a matéria é conservada: cada +nova cópia tem que ser construída de matéria-prima da mesma maneira que a +primeira cópia foi.</p> +<p> + Com objetos materiais, um desincentivo para utilizá-los faz sentido, porque +menos objetos comprados significa menos matéria-prima e trabalho necessários +para construí-los. É verdade que normalmente existe um custo inicial, um +custo de desenvolvimento, que é distribuído na produção em massa. Mas uma +vez que o custo de produção seja significativo, acrescentar uma parcela do +custo de desenvolvimento não faz uma diferença qualitativa. E não requer +restrições sobre a liberdade dos usuários comuns.</p> +<p> + No entanto, impor um preço em algo que de outro modo seria gratuito é uma +mudança qualitativa. Uma taxa centralmente imposta para a distribuição do +software se torna um desincentivo poderoso.</p> +<p> + E tem mais, a produção centralizada como é praticada atualmente é +ineficiente mesmo como meio de distribuição de cópias de software. Este +sistema envolve acomodar discos ou fitas em um empacotamento supérfluo, +enviando um grande número deles ao redor do mundo, e armazenando-os para a +venda. Este custo é apresentado como uma despesa de negócio; na verdade, é +parte do desperdício causado por ter proprietários.</p> + +<h4 id="damaging-social-cohesion">Prejudicando a União Social</h4> +<p> + Suponha que você e seu colega achassem útil rodar um certo programa. Num +consenso ético com seu colega você sente que a maneira apropriada de lidar +com a situação é permitir que ambos utilizem o programa. Uma proposta que +permitisse a somente um dos dois a utilização do programa excluindo o outro +causaria desarmonia; nem você nem seu colega achariam aceitável.</p> +<p> + Aceitar um típico acordo de licença de software significa trair seu colega: +“Eu prometo privar meu colega deste programa de modo que eu possa ter uma +cópia para mim.” As pessoas que fazem opções deste tipo sentem uma pressão +psicológica interna para se justificar, desmerecendo a importância da +cooperação mútua — assim o espírito público é prejudicado. Este é um dano +psicossocial associado com o dano material de desencorajar o uso do +programa.</p> +<p> + Muitos usuários inconscientemente reconhecem o erro de se recusar a +compartilhar, então eles decidem ignorar as licenças e as leis, e +compartilham programas de qualquer forma. Mas eles frequentemente se sentem +culpados por agirem assim. Eles sabem que devem quebrar as leis para serem +bons colegas, mas ainda assim reconhecem a autoridade das leis, então +concluem que ser um bom companheiro (que eles são) é perverso ou +vergonhoso. Isto também é um tipo de dano psicossocial, mas alguém pode +escapar disto decidindo que estas licenças e leis não têm força moral.</p> +<p> + Os programadores também sofrem dano psicossocial por saber que muitos +usuários não terão o direito de tirar proveito do seu trabalho. Isto leva a +uma atitude de cinismo ou negação. Um programador pode descrever +entusiasticamente o trabalho que ele acha tecnologicamente interessante; +então quando perguntado, “Eu vou poder usar isso?”, seu semblante cai e ele +admite que a resposta é não. Para evitar se sentir desestimulado, ele ou +ignora isso a maior parte do tempo ou adota uma postura cínica elaborada +para minimizar a relevância do fato.</p> +<p> + Desde a época do governo Reagan, a maior escassez nos Estados Unidos não é +inovação tecnológica e sim a disposição de trabalhar junto para o bem +público. Não faz sentido estimular o primeiro às custas do segundo.</p> + +<h4 id="custom-adaptation">Obstruindo a Adaptação Personalizada de Programas</h4> +<p> + O segundo nível de dano material é a impossibilidade de adaptar programas. A +facilidade de modificação do software é uma das suas grandes vantagens em +relação às tecnologias mais antigas. Mas a maior parte do software +disponível comercialmente não está disponível para modificação, mesmo depois +de você comprá-lo. Está disponível para você pegar ou largar, como uma caixa +preta — e isto é tudo.</p> +<p> + Um programa que você pode rodar consiste numa série de números cujo +significado é obscuro. Ninguém, nem mesmo um bom programador, pode +facilmente mudar os números para fazer com que o programa aja diferente.</p> +<p> + Programadores normalmente trabalham com o “código-fonte” do programa, que é +escrito numa linguagem de programação como Fortran ou C. Ela usa nomes para +designar os dados utilizados e as partes do programa, e representa operações +com símbolos como '+' para adição e '-' para subtração. Isto é feito para +auxiliar os programadores a ler e alterar programas. Aqui está um exemplo; +um programa para calcular a distância entre dois pontos num plano:</p> + +<pre> + float + distance (p0, p1) + struct point p0, p1; + { + float xdist = p1.x - p0.x; + float ydist = p1.y - p0.y; + return sqrt (xdist * xdist + ydist * ydist); + } +</pre> +<p> + O que o código-fonte precisamente significa não é o importante; o importante +é que isso se parece com álgebra, e uma pessoa que sabe essa linguagem de +programação vai entender seu significado e achar claro. Em contraste, aqui +está o mesmo programa na forma executável, no computador que eu normalmente +usava quando escrevi isso: +</p> + +<pre> + 1314258944 -232267772 -231844864 1634862 + 1411907592 -231844736 2159150 1420296208 + -234880989 -234879837 -234879966 -232295424 + 1644167167 -3214848 1090581031 1962942495 + 572518958 -803143692 1314803317 +</pre> + +<p> + Código-fonte é útil (no mínimo em potencial) para qualquer usuário de um +programa. Mas a maioria dos usuários não tem permissão para ter cópias do +código-fonte. Normalmente o código-fonte de um programa proprietário é +mantido em segredo pelo proprietário, evitando que qualquer pessoa possa +aprender a partir dele. Usuários recebem apenas os arquivos contendo números +incompreensíveis que o computador irá executar. Isto significa que somente o +proprietário do programa pode alterá-lo.</p> +<p> + Uma amiga me disse uma vez que ela estava trabalhando em um banco durante +aproximadamente seis meses, escrevendo um programa similar a algo que estava +disponível comercialmente. Ela acreditava que se pudesse ter acesso ao +código-fonte para aquele programa disponível comercialmente, ele poderia ter +sido adaptado facilmente às suas necessidades. O banco estava disposto a +pagar por isso, mas não lhe foi permitido — o código-fonte era um +segredo. Sendo assim ela teve que gastar seis meses nesta tarefa, trabalho +este que conta no Produto Interno Bruto (PIB) mas que na verdade foi +desperdício.</p> +<p> + O laboratório de Inteligência Artificial do <abbr title="Massachusetts +Institute of Technology">MIT</abbr> (laboratório de AI) recebeu uma +impressora gráfica como presente da Xerox por volta de 1977. Funcionava com +software livre ao qual nós adicionamos muitas funcionalidades +convenientes. Por exemplo, o software notificava um usuário imediatamente ao +término de uma impressão. Sempre que a impressora tinha algum problema, tal +como papel preso ou falta de papel, o software imediatamente notificava +todos os usuários que tinham impressões na fila. Estas funcionalidades +facilitavam a operação tranquila.</p> +<p> + Mais tarde a Xerox deu ao laboratório de AI uma impressora mais nova, mais +rápida, uma das primeiras impressoras a laser. Ela era controlada por um +software proprietário que rodava em um computador dedicado separado, sendo +assim nós não poderíamos acrescentar qualquer das nossas funcionalidades +favoritas. Nós poderíamos organizar as coisas de modo a enviar uma +notificação quando a tarefa de impressão fosse enviada ao computador +dedicado, mas não quando a impressão realmente fosse feita (e o atraso era +normalmente considerável). Não havia modo de saber quando a impressão era +realmente concluída; você poderia somente chutar. E ninguém era informado +quando havia um papel enroscado, de modo que a impressora frequentemente +ficava por uma hora parada.</p> +<p> + Os programadores de sistema do laboratório de AI eram capazes de corrigir +estes problemas, provavelmente tão capazes quanto os autores originais do +programa. A Xerox não estava interessada em corrigi-los no entanto, e +preferiu nos impedir, de modo que nós fomos forçados a aceitar os +problemas. Eles nunca foram corrigidos.</p> +<p> + A maioria dos bons programadores já passou por esta frustração. O banco pôde +se permitir resolver o problema escrevendo um novo programa do zero, mas um +usuário típico, não importa o quão conhecedor, não tem outra alternativa +senão desistir.</p> +<p> + Desistência causa dano psicossocial — ao espírito da autoconfiança. É +desmoralizante viver numa casa que você não pode reorganizar para satisfazer +as suas necessidades. Isto leva à resignação e desencorajamento, que pode se +espalhar e afetar outros aspectos da vida de uma pessoa. Pessoas que se +sentem assim são infelizes e não produzem um bom trabalho.</p> +<p> + Imagine o que aconteceria se receitas culinárias fossem entesouradas como o +software. Você poderia dizer, “Como eu mudo esta receita para tirar o sal?”, +e o grande chefe de cozinha te responderia, “Como ousa insultar minha +receita, o fruto do meu cérebro e do meu paladar, tentando mexer nela? Você +não tem conhecimento para alterar minha receita e fazê-la funcionar.”</p> +<p> + “Mas meu médico disse que eu não posso comer sal! O que eu posso fazer? Você +vai tirar o sal pra mim?”</p> +<p> + “Eu faria com muito prazer; meus honorários são de apenas $50.000.” Uma vez +que o proprietário tem o monopólio nas alterações, os honorários tendem a +ser grandes. “No entanto, justamente agora eu não tenho tempo. Estou ocupado +com uma comissão para projetar uma nova receita para o biscoito do navio +para o Departamento da Marinha. Posso te dar um retorno daqui a dois anos.”</p> + +<h4 id="software-development">Obstruindo Desenvolvimento de Software</h4> +<p> + O terceiro nível de dano material afeta o desenvolvimento de +software. Desenvolvimento de software costumava ser um processo +evolucionário, onde uma pessoa pegava um programa existente e reescrevia +partes dele para obter uma nova funcionalidade, e então outra pessoa iria +reescrever partes para adicionar outra funcionalidade; em alguns casos isso +continuava por um período de vinte anos. Neste meio-tempo, partes do +programa eram “canibalizadas” para formar o princípio de outros programas.</p> +<p> + A existência de proprietários impede este tipo de evolução, tornando +necessário começar do zero quando do desenvolvimento de um programa. Também +impede novos praticantes de estudar programas existentes para aprender +técnicas úteis ou mesmo como grandes programas podem ser estruturados.</p> +<p> + Proprietários também obstruem a educação. Eu tenho conhecido estudantes +brilhantes em ciência da computação que nunca viram o código-fonte de um +programa grande. Eles podem ser bons para escrever pequenos programas, mas +eles não podem começar a aprender os conhecimentos diferentes que são +necessários para a construção de grandes programas se eles não podem ver +como outros fizeram isto.</p> +<p> + Em qualquer área intelectual, uma pessoa pode alcançar maiores alturas +subindo nos ombros de outros. Mas geralmente isto não é mais permitido na +área de software — você pode somente subir nos ombros das outras pessoas +dentro <em>da sua empresa</em>.</p> +<p> + O dano psicossocial associado afeta o espírito da cooperação científica, que +costumava ser tão forte que cientistas cooperariam mesmo quando suas nações +estava em guerra. Imbuídos deste espírito, oceanógrafos japoneses +abandonando seu laboratório numa ilha do Pacífico cuidadosamente preservaram +seu trabalho para os soldados invasores dos Estados Unidos, e deixaram uma +nota pedindo que eles tomassem cuidado com aquilo.</p> +<p> + Conflitos por lucro têm destruído o que conflitos internacionais +pouparam. Hoje em dia cientistas em muitas áreas não publicam o suficiente +nos seus ensaios para permitir que outros reproduzam suas experiências. Eles +publicam somente o suficiente para permitir aos leitores maravilharem-se do +quanto eles foram capazes de fazer. Isto certamente é verdade em ciência da +computação, onde o código-fonte do programa relatado é normalmente secreto.</p> + +<h4 id="does-not-matter-how">Não Importa Como o Compartilhamento Seja Restringido</h4> +<p> + Eu discuti os efeitos de evitar que as pessoas copiem, alterem e construam +um programa. Eu não especifiquei como esta obstrução é feita, porque isto +não afeta a conclusão. Não importa se é feita através de proteção contra +cópia, copyright, licenças, criptografia, cartões <abbr title="Read-only +Memory">ROM</abbr>, números seriais de hardware, se é bem <em>sucedido</em> +então causa dano.</p> +<p> + Usuários consideram alguns destes métodos mais detestáveis que outros. Eu +sugiro que os métodos mais odiados são aqueles que atingem seu objetivo.</p> + +<h4 id="should-be-free">O Software Deveria ser Livre</h4> +<p> + Eu mostrei como a propriedade de um programa — o poder de restringir as +alterações ou a cópia dele — é obstrusivo. Seus efeitos negativos são +amplamente disseminados e importantes. Segue que a sociedade não deveria ter +proprietários para programas.</p> +<p> + Outra maneira de entender isto é ver que o que a sociedade precisa é de +software livre, e software proprietário é um substituto pobre. Encorajar o +substituto não é uma maneira racional de obter o que nós precisamos.</p> +<p> + Vaclav Havel nos aconselhou: “Trabalhe por algo porque é bom e não apenas +porque tem chance de sucesso.” Um negócio fazendo software proprietário tem +chance de sucesso dentro dos seus próprios termos limitados, mas não é o que +é bom para a sociedade.</p> + +<h3 id="why-develop">Por Que as Pessoas Irão Desenvolver Software</h3> +<p> + Se nós eliminarmos a copyright como meio de estimular pessoas a desenvolver +software, no início menos software será desenvolvido, mas este software será +mais útil. Não está claro se a satisfação geral proporcionada será menor; +mas se for, ou se de qualquer jeito nós quisermos aumentá-la, existem outras +maneiras de estimular desenvolvimento, assim como existem outras maneiras de +levantar fundos para estradas sem usar pedágios. Antes de falar a respeito +de como isso pode ser feito, primeiro eu gostaria de questionar o quanto de +incentivo artificial é realmente necessário.</p> + +<h4 id="fun">Programar é Divertido</h4> +<p> + Existem algumas linhas de trabalho em que poucos irão entrar exceto por +dinheiro; construção de rodovias, por exemplo. Existem outras áreas de +estudo e arte em que existe pouca chance de se tornar rico, em que pessoas +entram pela sua fascinação ou pelo percebido valor para a +sociedade. Exemplos incluem a lógica matemática, música clássica, +arqueologia e organização política entre trabalhadores. Pessoas competem por +novas vagas, nenhuma das quais é muito bem remunerada. Elas chegam até a +pagar pela chance de trabalhar na área, se elas têm condições para isso.</p> +<p> + Uma área assim pode se transformar do dia pra noite se começar a oferecer a +possibilidade de ficar rico. Quando um trabalhador fica rico, outros querem +a mesma oportunidade. Logo todos querem grandes somas em dinheiro para fazer +o que eles costumavam fazer por prazer. Quando se passam mais alguns anos, +todos ligados àquele campo irão ridicularizar a ideia que trabalho poderia +ser executado naquela área sem grandes retornos financeiros. Eles irão +aconselhar os planejadores sociais a assegurar que estes retornos sejam +possíveis, prescrevendo privilégios especiais, poderes e monopólios à medida +do necessário para que isto aconteça.</p> +<p> + Esta mudança aconteceu no campo da programação de computadores na década de +1980. Nos anos 70, havia artigos sobre “vício de computador”: usuários +estavam ficando “on-line” e tinham hábitos baratos. Era geralmente conhecido +que pessoas frequentemente amavam programação o suficiente para romper seus +casamentos. Hoje, é geralmente conhecido que ninguém iria programar exceto +por uma alta taxa de remuneração. As pessoas se esqueceram do que elas +sabiam naquela época.</p> +<p> + Quando é verdade em um determinado momento que a maioria das pessoas irão +trabalhar numa certa área por altos pagamentos, isto não precisa continuar +sendo verdade. A dinâmica da mudança pode acontecer ao contrário, se a +sociedade fornecer o ímpeto. Se nós tirarmos a possibilidade de grande +riqueza, então depois de um breve momento, quando as pessoas tiverem +reajustado suas atitudes, elas irão mais uma vez ansiar por trabalhar na +área pelo prazer da conquista.</p> +<p> + A questão “Como nós podemos pagar programadores?” se torna mais fácil quando +nós entendemos que não é uma questão de pagá-los uma fortuna. Um mero viver +é mais fácil de se conseguir.</p> + +<h4 id="funding">Financiando o Software Livre</h4> +<p> + Instituições que pagam programadores não têm que ser “software +houses”. Muitas outras instituições já existem que podem fazer isto.</p> +<p> + Fabricantes de equipamentos acham essencial suportar desenvolvimento de +software mesmo que eles não controlem o uso do software. Em 1970, muito do +seu software era livre porque eles não consideravam a possibilidade de +restringi-lo. Hoje, a sua crescente disposição para combinar consórcios +mostra seu entendimento que possuir o software não é o que é realmente +importante para eles.</p> +<p> + Universidades conduzem muitos projetos de programação. Hoje, elas +frequentemente vendem os resultados, mas nos anos 70, elas não +vendiam. Existe alguma dúvida de que as universidades iriam desenvolver +software livre se não lhes fosse permitido vender software? Estes projetos +poderiam ser financiados pelos mesmos contratos de governo e concessões que +agora financiam o desenvolvimento de software proprietário.</p> +<p> + É comum hoje para pesquisadores de universidade pegar concessão para +desenvolver um sistema, desenvolvê-lo até quase o término e dá-lo por +“terminado”, e então começar empresas onde eles realmente terminam o projeto +e o tornam útil. Às vezes eles declaram as versões inacabadas como +“gratuitas”; se eles são profundamente corruptos, eles em vez disso obtém +uma licença exclusiva da universidade. Isto não é nenhum segredo; é +abertamente admitido por todos os interessados. Já se os pesquisadores não +fossem expostos à tentação de fazer estas coisas, eles ainda assim fariam +suas pesquisas.</p> +<p> + Programadores que escrevem software livre podem ganhar a vida vendendo +serviços relacionados ao software. Eu tenho sido contratado para portar o <a +href="/software/gcc/">compilador C GNU</a> para novos equipamentos, e para +fazer extensões à interface do usuário no <a href="/software/emacs/">GNU +Emacs</a>. (Eu ofereço estas melhorias ao público uma vez que elas ficam +prontas.) Eu também ensino em salas de aula, pelo que eu sou pago.</p> +<p> + Eu não sou o único que trabalha desta forma; existe hoje uma empresa +crescente e bem sucedida que não faz outra coisa. Diversas outras empresas +também fornecem suporte comercial para software livre do sistema GNU. Isto é +o começo de uma indústria de suporte ao software independente — uma +indústria que poderia se tornar muito grande se o software livre se tornasse +predominante. Ela dá aos usuários uma opção geralmente não disponível para o +software proprietário, exceto para os muito ricos.</p> +<p> + Novas instituições tais como a <a href="/fsf/fsf.html">Free Software +Foundation</a> podem também pagar programadores. A maior parte dos fundos da +fundação vem de usuários comprarem fitas através do correio. O software nas +fitas é livre, o que significa que todo usuário tem a liberdade de copiá-lo +e alterá-lo, mas muitos apesar de tudo pagam para obter cópias. (Lembre-se +que “free software” se refere a liberdade e não preço). Alguns usuários +adquirem fitas para as quais eles já tem uma cópia, como uma maneira de +fazer uma contribuição que eles sentem que nós merecemos. A fundação também +recebe donativos consideráveis de fabricantes de computadores.</p> +<p> + A Free Software Foundation é uma entidade, e suas receitas são gastas +contratando tantos programadores quanto possível. Se ela tivesse sido feita +para ganhos financeiros, distribuindo o mesmo software livre ao público +pelos mesmos valores, daria agora uma vida muito boa ao seu fundador.</p> +<p> + Em virtude da fundação ser uma entidade, programadores frequentemente +trabalham pra ela por metade do que eles poderiam ganhar em outro +lugar. Eles fazem isto porque nós somos livres de burocracia, e porque eles +sentem satisfação em saber que seu trabalho não será obstruído. Acima de +tudo, eles fazem isso porque programar é divertido. Fora isso, voluntários +têm escrito muitos programas úteis para nós. (Recentemente mesmo escritores +técnicos começaram a se oferecer.)</p> +<p> + Isto confirma que programação está entre as áreas mais fascinantes de todas, +junto da música e da arte. Nós não temos medo que ninguém queira programar.</p> + +<h4 id="owe">O Que os Usuários Devem aos Desenvolvedores?</h4> +<p> + Existe uma boa razão para os usuários de software sentirem uma obrigação +moral de contribuir para seu suporte. Desenvolvedores de software livre +estão contribuindo para as atividades dos usuários, e é justo e a longo +prazo interessante para os usuários prover os fundos para continuar.</p> +<p> + No entanto, isto não se aplica a software proprietário, uma vez que o +obstrucionismo merece uma punição em vez de uma recompensa.</p> +<p> + Nós temos assim um paradoxo: o desenvolvedor de software útil tem direito ao +suporte dos usuários, mas qualquer tentativa de tornar esta obrigação moral +numa exigência destrói a base para a obrigação. Um desenvolvedor pode tanto +merecer a recompensa quanto exigi-la, mas não ambos.</p> +<p> + Eu acredito que um desenvolvedor ético defrontado com este paradoxo deve +agir de modo a merecer a recompensa, mas deveria também solicitar aos +usuários donativos voluntários. No final das contas os usuários irão +aprender a suportar os desenvolvedores sem coerção, assim como eles +aprenderam a suportar as estações públicas de rádio e televisão.</p> + +<h3 id="productivity">O Que É Produtividade De Software? </h3> +<p> + Se o software fosse livre, ainda assim existiriam programadores, mas talvez +um número menor deles. Seria isto ruim para a sociedade?</p> +<p> + Não necessariamente. Hoje as nações avançadas têm menos fazendeiros que em +1900, mas nós não achamos que isto seja ruim para a sociedade, porque os em +menor número fornecem mais comida aos consumidores do que os em maior número +faziam. Nós chamamos isso de produtividade melhorada. Software livre +exigiria muito menos programadores para satisfazer a demanda, por causa da +produtividade de software aumentada em todos os níveis:</p> + +<ul> +<li> Uso mais amplo de cada programa que é desenvolvido.</li> +<li> A habilidade de adaptar programas para personalização em vez de começar do +zero.</li> +<li> Melhor educação de programadores.</li> +<li> A eliminação de esforço de desenvolvimento duplicado.</li> +</ul> + +<p> + Aqueles que se opõem à cooperação porque isso resultaria no emprego de menos +programadores, estão na verdade se opondo à produtividade melhorada. Estas +mesmas pessoas normalmente concordam com a crença largamente aceita que a +indústria de software precisa de produtividade melhorada. Pode?</p> +<p> + “Produtividade de Software” pode significar duas coisas diferentes: a +produtividade geral de todo o desenvolvimento de software ou a produtividade +de projetos individuais. Produtividade geral é o que a sociedade gostaria de +ver melhorada e a maneira mais direta de fazer isto é eliminar os obstáculos +artificiais à cooperação que a reduzem. Mas pesquisadores que estudam a área +de “produtividade de software” focam somente no segundo, limitado, sentido +da frase, onde melhoria requer avanços tecnológicos difíceis.</p> + +<h3 id="competition">A Competição É Inevitável?</h3> +<p> + É inevitável que as pessoas tentem competir, sobrepujando seus rivais em +sociedade? Talvez sim. Mas competição por si só não é prejudicial; o que é +prejudicial é o <em>combate</em>.</p> +<p> + Existem maneiras de competir. Competição pode consistir de tentar alcançar +cada vez mais, exceder o que outros fizeram. Por exemplo, antigamente, +haviam competições entre magos da programação — competição para ver quem +poderia fazer o computador executar a coisa mais impressionante, ou fazer o +mais curto ou mais rápido programa para uma dada tarefa. Este tipo de +competição pode beneficiar a todos, <em>contanto que</em> o espírito +esportivo seja mantido.</p> +<p> + Competição construtiva é competição suficiente para motivar pessoas a +grandes esforços. Algumas pessoas estão competindo para ver quem será o +primeiro a ter visitado todos os países da Terra; alguns até mesmo já +gastaram fortunas tentando isso. Mas eles não subornam capitães de navio +para encalhar seus rivais em ilhas desertas. Eles estão satisfeitos em que +vença o melhor.</p> +<p> + Competição se torna combate quando os competidores começam a tentar impedir +um ao outro de avançar — quando o “que vença o melhor” dá lugar ao “que eu +vença, sendo ou não o melhor.” Software proprietário é prejudicial, não +porque seja uma forma de competição, mas porque é uma forma de combate entre +cidadãos da nossa sociedade.</p> +<p> + Competição em negócios não é necessariamente combate. Por exemplo, quando +duas mercearias competem, todo seu esforço é para melhorar as suas próprias +operações, não para sabotar a rival. Mas isto não demostra um compromisso +especial com a ética de negócios; em vez disso, há pouco espaço para combate +nesta linha de negócio a não ser violência física. Nem todas as áreas de +negócio compartilham esta característica. Ocultar informação que poderia +ajudar o avanço de todos é uma forma de combate.</p> +<p> + Ideologia de negócios não prepara pessoas para resistir à tentação de +combater na competição. Algumas formas de combate tem sido banidas com leis +antitruste, leis que exigem a verdade em anúncios, e assim por diante, mas +em vez de generalizar isto para obter um princípio de rejeição ao combate em +geral, executivos inventam outras formas de combate que não são +especificamente proibidas. Os recursos da sociedade são gastos no +equivalente econômico da guerra civil faccionária.</p> + +<h3 id="communism">“Por Que Você Não Se Muda Pra Rússia?”</h3> +<p> + Nos Estados Unidos, qualquer um que defenda outra coisa que não a mais +extrema forma de política egoísta de não intervencionismo tem ouvido +frequentemente esta acusação. Por exemplo, é dito isso aos que defendem um +sistema de saúde nacional, tal como os encontrados em todas as outras nações +industrializadas do mundo livre. Também dizem isso aos que defendem o +suporte público para as artes, também universal em nações desenvolvidas. A +ideia que cidadãos tenham qualquer obrigação para com o bem público é +identificada nos Estados Unidos como Comunismo. Mas quão similar são estas +ideias?</p> +<p> + Comunismo como praticado na União Soviética era um sistema de controle +central onde toda atividade era regimentada, supostamente para o bem comum, +mas na prática em prol dos membros do partido Comunista. E onde os +equipamentos de cópia eram guardados hermeticamente para evitar cópias +ilegais.</p> +<p> + O sistema Americano de copyright exerce um controle central sobre a +distribuição de um programa, e guarda os equipamentos de cópia com esquemas +de proteção contra cópia automáticos para evitar a cópia ilegal.</p> +<p> + Em contraste, eu estou trabalhando para construir um sistema onde pessoas +são livres para decidir suas própria ações; em particular, livres para +ajudar seus companheiros, e livres para alterar e melhorar as ferramentas +que elas usam no seu cotidiano. Um sistema baseado em cooperação voluntária +e decentralização.</p> +<p> + Assim, se nós temos que julgar pontos de vista pelas suas semelhanças com o +Comunismo Russo, são os proprietários de software que são os Comunistas.</p> + +<h3 id="premises">A Questão das Premissas</h3> +<p> + Eu assumo neste documento que um usuário de software não é menos importante +que um autor, ou até mesmo que o empregador de um autor. Em outras palavras, +seus interesses e necessidades têm igual peso, quando nós decidimos que +curso de ação é melhor.</p> +<p> + Esta premissa não é universalmente aceita. Muitos mantêm que um empregador +de autor é fundamentalmente mais importante que qualquer um. Eles dizem, por +exemplo, que o propósito de ter proprietários de software é dar ao +empregador do autor a vantagem que ele merece — sem levar em consideração +como isto pode afetar o público.</p> +<p> + Não é comum tentar provar ou desaprovar estas premissas. Prova requer +premissas compartilhadas. Sendo assim a maior parte do que eu disse é +somente para aqueles que compartilham as premissas que eu adoto, ou pelo +menos estão interessados em quais são suas consequências. Para aqueles que +acreditam que os proprietários são mais importantes que todos os demais, +este documento é irrelevante.</p> +<p> + Mas por que um grande número de Americanos iria aceitar uma premissa que +eleva certas pessoas em importância acima de todos os outros? Parcialmente +por causa do credo que esta premissa é parte das tradições legais da +sociedade Americana. Algumas pessoas sentem que duvidar da premissa +significa desafiar as bases da sociedade.</p> +<p> + É importante para estas pessoas saber que esta premissa não é parte da nossa +tradição legal. Nem nunca foi.</p> +<p> + Assim, a Constituição diz que o propósito do copyright é “promover o +progresso da ciência e das artes úteis.” A Suprema Corte foi além disso, +afirmando em <em>Fox Film vs. Doyal</em> que “O único interesse dos Estados +Unidos e o principal objetivo em conferir o monopólio [de copyright] reside +nos benefícios derivados pelo público a partir do trabalho dos autores.”</p> +<p> + Nós não temos que concordar com a Constituição ou com a Suprema Corte. (Uma +vez, ambas perdoaram a escravidão.) Sendo assim suas posições não desaprovam +a premissa da supremacia do proprietário. Mas eu espero que o anúncio que +isto é uma concepção radical direitista em vez de uma tradicionalmente +reconhecida venha enfraquecer seu apelo.</p> + +<h3 id="conclusion">Conclusão</h3> +<p> + Nós gostamos de pensar que nossa sociedade estimula o auxílio mútuo; mas +cada vez que nós recompensamos alguém pelo seu obstrucionismo, ou o +admiramos pela riqueza que ele ganhou deste modo, nós estamos enviando a +mensagem oposta.</p> +<p> + O entesouramento de software é uma faceta da nossa disposição geral de +desrespeitar o bem estar social em prol do ganho pessoal. Nós podemos vir +acompanhando este desrespeito desde Ronald Reagan a Dick Cheney, desde Exxon +a Enron, desde a falência dos bancos à falência das escolas. Podemos medir +isto pelo tamanho da população sem-teto e da população carcerária. Este +espírito antissocial alimenta a si mesmo; porque quanto mais nós vemos que +outras pessoas não irão nos ajudar, mais nos parece fútil ajudá-las. Assim a +sociedade vai decaindo até se tornar uma selva.</p> +<p> + Se nós não queremos viver numa selva, devemos mudar nossas atitudes. Devemos +começar enviando a mensagem que um bom cidadão é um que coopera quando +apropriado, não um que é bem sucedido tirando dos outros. Eu espero que o +movimento pelo software livre contribua para isto: pelo menos em uma área +nós iremos substituir a selva por um sistema mais eficiente que encoraja e +confia na cooperação voluntária.</p> + + +<h3 id="footnotes">Notas de Rodapé</h3> + +<ol> +<li id="f1">A palavra “free” em “free software” refere-se à liberdade, e não ao preço; o +preço pago por uma cópia de um “free software” pode ser zero, ou pequeno, ou +(raramente) bem grande.</li> + +<li id="f2">Os problemas da poluição e do congestionamento não alteram esta +conclusão. Se nós desejamos tornar o ato de guiar mais caro para +desencorajá-lo em geral, é desvantajoso fazer isto usando pedágios, que +contribuem tanto para a poluição quanto para o congestionamento. Um imposto +sobre a gasolina é muito melhor. Da mesma forma, um desejo de melhorar a +segurança limitando a velocidade máxima não é relevante; a via de acesso +livre melhora a velocidade média evitando paradas e atrasos, para qualquer +limite de velocidade dado.</li> + +<li id="f3">Alguém poderia observar que um programa de computador em particular é uma +coisa prejudicial e que não deveria estar disponível, como a base de dados +de informações pessoais Lotus Marketplace, que foi retirada de venda devido +à desaprovação pública. A maior parte do que eu digo não se aplica a este +caso, mas faz pouco sentido argumentar que seria bom ter um proprietário +porque ele tornaria o programa menos disponível. O proprietário não o +tornaria <em>completamente</em> não disponível, como seria desejável no caso +de um programa cujo uso fosse considerado destrutivo.</li> +</ol> + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Software +Livre, Sociedade Livre: Artigos selecionados de Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 1991, 1992, 1998, 2000, 2001, 2006, 2007, 2010, 2017, 2018, +2020 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Juciê Dias Andrade, 2001; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org">rafaelff@gnome.org</a>, 2017-2020</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/07/26 11:30:53 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/software-literary-patents.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/software-literary-patents.html new file mode 100644 index 0000000..7a294ad --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/software-literary-patents.html @@ -0,0 +1,305 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/software-literary-patents.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Patentes de Software e Patentes Literárias - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/software-literary-patents.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Patentes de Software e Patentes Literárias</h2> + +<p>por <strong><a href="http://stallman.org/">Richard Stallman</a></strong></p> + +<p> +<em>A primeira versão deste artigo foi publicada pela primeira vez em +<cite>The Guardian</cite>, de Londres, em 23 de junho de 2005. Ela focava +na diretiva proposta de patentes de software europeia.</em></p> + +<p> +Quando políticos consideram a questão de patentes de software, normalmente +estão votando às cegas; não sendo programadores, não entendem o que +realmente fazem as patentes de software. Normalmente pensam que patentes +são parecidas com a lei de copyright (“exceto por alguns detalhes”) — o que +não é o caso. Por exemplo, quando perguntei publicamente a Patrick +Devedjian, então Ministro da Indústria na França, como a França deveria +votar na questão de patentes de software, Devedjian respondeu com uma +apaixonada defesa da lei de direitos autorais, elogiando Victor Hugo por seu +papel na adoção do direito autoral. (O termo enganoso <a +href="/philosophy/not-ipr.html">“propriedade intelectual”</a> promove essa +confusão – uma razão pela qual não deve jamais ser usado.) +</p> + +<p> +Aqueles que imaginam que seus efeitos sejam similares àqueles de direito +autoral não compreendem os efeitos desastrosos de patentes de software. +Podemos usar Victor Hugo como um exemplo para ilustrar a diferença. +</p> + +<p> +Um romance e um programa moderno complexo têm certos pontos em comum: cada +um deles é grande e implementa diversas ideias em combinação. Então sigamos +a analogia, e suponhamos que lei de patentes houvessem sido aplicadas a +romances no século XIX; suponhamos que estados como a França houvessem +permitido a patente de ideias literárias. Como isso teria afetado a obra +autoral de Victor Hugo? Como isso os efeitos de patentes literárias se +comparariam com os efeitos de direito autoral literário? +</p> + +<p> +Considere o romance <cite>Les Misérables</cite>, de Victor Hugo. Como ele o +escreveu, o direito autoral pertencia somente a ele – ninguém mais. Ele não +precisava temer que algum estranho o processasse por infração de direito +autoral e vencesse. Isso era impossível, pois direito autoral cobre somente +os detalhes de uma obra autoral, não as ideias nela incorporadas, e somente +restringe a cópia. Hugo não havia copiado <cite>Les Misérables</cite>, +assim ele não estava ameaçado por direito autoral. +</p> + +<p> +Patentes funcionam de forma diferente. Patentes cobrem ideias; cada patente +é um monopólio na aplicação prática de uma ideia, que é descrita na própria +patente. Aqui está um exemplo de uma hipotética patente literária: +</p> + +<ul> + <li>Reivindicação 1: um processo de comunicação que representa na mente do +leitor o conceito de um personagem que ficou na cadeia por muito tempo e se +torna amargo em relação à sociedade e à humanidade.</li> + + <li>Reivindicação 2: um processo de comunicação de acordo com a reivindicação 1, +em que o dito personagem posteriormente encontra redenção moral através da +bondade de outro.</li> + + <li>Reivindicação 3: um processo de comunicação de acordo com as reivindicações +1 e 2, em que o dito personagem muda seu nome durante a história.</li> +</ul> + +<p> +Se essa patente houvesse existido em 1862, quando <cite>Les +Misérables</cite> foi publicado, o romance teria entrado em conflito com +todas essas três reivindicações, pois todas essas coisas aconteceram a Jean +Valjean no romance. Victor Hugo poderia ter sido processado e, se +processado, teria perdido. O romance poderia ter sido proibido – de fato, +censurado – pelo titular da patente. +</p> + +<p> +Agora considere esta hipotética patente literária: +</p> + +<ul> + <li>Reivindicação 1: um processo de comunicação que representa na mente de um +leitor o conceito de um personagem que ficou na cadeia por muito tempo e +posteriormente mudou seu nome.</li> +</ul> + +<p> +<cite>Les Misérables</cite> teria sido proibido por essa patente também, +porque essa descrição também se aplica à história de vida de Jean Valjean. +E aqui está outra patente hipotética: +</p> + +<ul> + <li>Reivindicação 1: um processo de comunicação que representa na mente de um +leitor o conceito de um personagem que encontra redenção moral e então muda +seu nome.</li> +</ul> + +<p> +Jean Valjean teria sido proibido por esta patente também. +</p> + +<p> +Todas essas três patentes teriam coberto e proibido a história de um dos +personagens do romance. Elas se sobrepõem, mas não duplicam exatamente uma +à outra, então todas poderiam ser válidas simultaneamente; todos os três +titulares das patentes poderiam ter processado Victor Hugo. Qualquer um +deles poderia ter proibido a publicação de <cite>Les Misérables</cite>. +</p> + +<p> +Essa patente também poderia ter sido violada: +</p> + +<ul> + <li>Reivindicação 1: um processo de comunicação que apresenta um personagem cujo +nome próprio é igual à última sílaba de seu sobrenome.</li> +</ul> + +<p> +pelo nome “Jean Valjean”, mas pelo menos essa patente seria fácil de evitar. +</p> + +<p> +Você pode imaginar que essas ideias são tão simples que nenhum escritório de +patentes as teria concedido. Nós programadores somos frequentemente +surpreendidos pela simplicidade das ideias que patentes de software reais +cobrem – por exemplo, o Escritório de Patentes Europeu concedeu uma patente +sobre a barra de progresso, e uma patente sobre aceitar pagamentos através +de cartões de crédito. Essas patentes seriam risíveis se não fossem tão +perigosas. +</p> + +<p> +Outro aspecto de <cite>Les Misérables</cite> também poderia ter ocasionado +problemas com patentes. Por exemplo, poderia existir uma patente numa +apresentação ficcional da Batalha de Waterloo, ou uma patente sobre usar +gírias parisienses em obras de ficção. Mais dois processos. De fato, não +há limite no número de patentes diferentes que poderiam ser aplicáveis para +processar o autor de uma obra como <cite>Les Misérables</cite>. Todos os +titulares de patentes poderiam dizer que merecem um prêmio pelo progresso +literário que suas ideias patenteadas representam, mas esses obstáculos não +promoveriam progresso na literatura, somente o obstruiriam. +</p> + +<p> +Porém, uma patente muito ampla poderia ter tornado todas essas questões +irrelevantes. Imagine uma patente com reivindicações amplas como estas: +</p> + +<ul> + <li>Um processo de comunicação estruturado como uma narrativa que se estende por +várias páginas.</li> + <li>Uma estrutura narrativa por vezes se assemelhando a uma fuga ou +improvisação.</li> + <li>Intriga articulada em torno do confronto entre personagens específicos, cada +um, por sua vez, preparando armadilhas para os demais.</li> + <li>Narrativa que apresenta várias camadas da sociedade.</li> + <li>Narrativa que mostra as entranhas de uma conspiração secreta.</li> + </ul> + + <p> Quem poderiam ter sido os titulares dessas patentes? Poderiam ter sido +outros romancistas, talvez Dumas ou Balzac, que escreveram romances assim – +mas não necessariamente. Não é necessário que se escreva um programa para +patentear uma ideia de software, então se nossas hipotéticas patentes +literárias seguissem o sistema de patentes real, esses titulares de patentes +não teriam de ter escrito romances, ou histórias, nada – exceto pedidos de +patentes. Companhias parasitas de patentes, empresas que nada produzem além +de ameaças e processos judiciais, estão efervescendo hoje em dia.</p> + + <p> Dadas essas amplas patentes, Victor Hugo poderia não ter chegado ao ponto de +perguntar quais patentes poderiam levá-lo a um processo por usar o +personagem Jean Valjean, porque ele não teria sequer considerado escrever um +romance desse tipo.</p> + +<p>Essa analogia pode ajudar não programadores a entender o que patentes de +software fazem. Patentes de software cobrem funcionalidades, como definir +abreviaturas num processador de texto, ou recálculo de planilhas na ordem +natural. Patentes cobrem algoritmos que programas precisam usar. Patentes +cobrem aspectos de formatos de arquivos, como o formato OOXML da Microsoft. +O formato de vídeo MPEG 2 é coberto por 39 patentes diferentes nos EUA.</p> + +<p>Assim como um único romance poderia ter incorrido em problemas com várias +patentes literárias diferentes ao mesmo tempo, um programa pode ser proibido +por muitas patentes diferentes ao mesmo tempo. É tanto trabalho identificar +todas as patentes que parecem se aplicar a um programa grande que somente um +estudo desse tipo foi feito. Um estudo de 2004 do Linux, o núcleo do +sistema operacional GNU/Linux, encontrou 283 patentes diferentes dos EUA que +pareciam cobri-lo. Isso quer dizer que cada uma dessas 283 patentes proíbe +algum processo computacional encontrado em algum lugar das milhares de +páginas do código fonte do Linux. À época, o Linux era cerca de um porcento +de todo o sistema GNU/Linux. Quantas patentes existem que podem ameaçar o +distribuidor de um sistema completo?</p> + +<p> +Um jeito de evitar que patentes de software prejudiquem o desenvolvimento de +software é simples: não as autorizem. Isso deve ser simples, já que a +maioria das leis de patentes têm provisões contra patentes de software. +Elas normalmente dizem que “software em si” não pode ser patenteado. Mas +escritórios de patentes ao redor do mundo vêm tentando distorcer as palavras +e conceder patentes sobre ideias implementadas em programas. A não ser que +isso seja bloqueado, o resultado deixará todos os desenvolvedores de +software em perigo. +</p> + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Software +Livre, Sociedade Livre: Artigos selecionados de Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2005, 2007, 2008 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<strong>Tradução</strong>: <a href="/people/speakers.html#Oliva">Alexandre +Oliva</a>, 2012</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/stallmans-law.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/stallmans-law.html new file mode 100644 index 0000000..7b9c227 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/stallmans-law.html @@ -0,0 +1,97 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/stallmans-law.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>A Lei de Stallman - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/stallmans-law.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>A Lei de Stallman</h2> + +<p>Agora que as corporações dominam a sociedade e escrevem as leis, cada avanço +ou alteração na tecnologia é uma oportunidade para que elas restrinjam ou +maltratem ainda mais seus usuários.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2012, 2016 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Hudson Flávio Meneses Lacerda (maio de 2013)</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/sun-in-night-time.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/sun-in-night-time.html new file mode 100644 index 0000000..28d2733 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/sun-in-night-time.html @@ -0,0 +1,167 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/sun-in-night-time.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>O curioso incidente da Sun no período noturno - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/sun-in-night-time.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>O curioso incidente da Sun no período noturno</h2> + +<p><i>Deixamos esta página no lugar por causa da história, mas até dezembro de +2006, a Sun está no meio de um <a +href="http://www.fsf.org/news/fsf-welcomes-gpl-java.html">relançamento de +sua plataforma Java sob a GNU GPL</a>. Quando esta alteração de licença for +concluída, esperamos que o Java da Sun seja software livre.</i></p> + + <p> + por <a href="http://www.stallman.org/">Richard M. Stallman</a><br /> + 24 de maio de 2006. + </p> + + <p> + Nossa comunidade tem ficado boquiaberta com o boato de que a Sun fez sua +implementação de software livre Java (ou “código aberto”). Os líderes +comunitários até agradeceram publicamente à Sun por sua contribuição. Qual é +a nova contribuição da Sun para a comunidade FLOSS? + </p> + + <p> + Nada. Absolutamente nada – e é isso que torna a resposta a esse não +incidente tão curiosa. + </p> + + <p> + A implementação Java da Sun continua sendo um software proprietário, +exatamente como antes. Não chega perto de atender aos critérios do <a +href="/philosophy/free-sw.html">software livre</a> ou dos critérios +semelhantes, mas um pouco mais frouxos, para o código aberto. Seu +código-fonte está disponível apenas sob um termo de confidencialidade. + </p> + + <p> + Então, o que a Sun realmente fez? Ela permitiu uma redistribuição mais +conveniente dos binários de sua plataforma Java. Com essa mudança, as +distribuições GNU/Linux podem incluir a plataforma Java não livre da Sun, +assim como algumas agora incluem o driver nVidia não livre. Mas o fazem +apenas ao custo de não estar livre. + </p> + + <p> + A licença da Sun tem uma restrição que pode ironicamente reduzir a tendência +dos usuários a aceitarem software não livre sem pensar duas vezes: ela +insiste que o distribuidor do sistema operacional obtenha o acordo explícito +do usuário para a licença antes de permitir que o usuário instale o +código. Isso significa que o sistema não pode instalar silenciosamente a +plataforma Java da Sun sem avisar aos usuários que eles têm software não +livre, já que alguns sistemas GNU/Linux instalam silenciosamente o driver da +nVidia. + </p> + + <p> + Se você olhar atentamente para o anúncio da Sun, verá que ele representa com +precisão esses fatos. Ele não diz que a plataforma Java da Sun é software +livre ou mesmo código aberto. Ele apenas prevê que a plataforma estará +“amplamente disponível” nas “principais plataformas de código +aberto”. Disponível, isto é, como software proprietário, em termos que negam +sua liberdade. + </p> + + <p> + Por que esse não-incidente gerou uma reação grande e confusa? Talvez porque +as pessoas não leiam esses anúncios com cuidado. Desde então, o termo +“código aberto” foi cunhado, vimos empresas encontrarem maneiras de usá-lo e +seu nome de produto na mesma frase. (Eles não parecem fazer isso com +“software livre”, embora pudessem se quisessem.) O leitor descuidado pode +notar os dois termos em proximidade e falsamente assumir que um fala sobre o +outro. + </p> + + <p> + Alguns acreditam que este incidente não representa os passos exploratórios +da Sun para eventualmente liberar sua plataforma Java como software +livre. Vamos torcer para que a Sun faça isso algum dia. Gostaríamos de +receber isso, mas devemos guardar nossa apreciação pelo dia que realmente +ocorre. Nesse meio tempo, a <a href="/philosophy/java-trap.html">Armadilha +do Java</a> ainda está aguardando o trabalho de programadores que não tomam +precauções para evitá-la. + </p> + + <p> + Nós do Projeto GNU continuamos desenvolvendo o <a +href="http://gcc.gnu.org/java/">Compilador GNU para Java e o GNU +Classpath</a>; fizemos um grande progresso no ano passado, então nossa +plataforma livre para Java está incluída em muitas das principais +distribuições GNU/Linux. Se você deseja usar o Java e ter liberdade, por +favor, entre e ajude. + </p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2006 Richard M. Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/surveillance-testimony.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/surveillance-testimony.html new file mode 100644 index 0000000..13cdecd --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/surveillance-testimony.html @@ -0,0 +1,151 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/surveillance-testimony.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Testemunho de vigilância - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/surveillance-testimony.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Testemunho de vigilância</h2> + +<p><em>Declaração do Richard Stallman para o Conselho da Cidade de Cambridge, +em 22 de janeiro de 2018, sobre a proposta de regulamento de vigilância de +Cambridge.</em></p> +<hr class="thin" /> + +<p><strong>Prefeito McGovern:</strong> Obrigado. Richard Stallman seguido por +Elaine DeRosa.</p> + +<p><strong>RMS:</strong> Estou aqui para falar sobre a proposta de regulamento +de vigilância. Eu tenho uma cópia que imprimi, e eu tenho algumas sugestões.</p> + +<p>Em primeiro lugar, existe uma Definição de “vigilância” que eu acho muito +restrita. Além de “movimentos, comportamentos e ações”, ela deveria incluir +comunicações.</p> + +<p>Além disso, em vez de apenas dizer “em uma questão que seja razoavelmente +susceptível de levantar preocupações”, qualquer gravação do que é observado +deve ser presumido como levantar preocupações para as liberdades civis.</p> + +<p>Há também uma definição de “tecnologia de vigilância”, que eu acho limitada +demais.</p> + +<p>Eu sugiro que qualquer dispositivo ou sistema físico, incluindo computadores +com software que tenha capacidade de vigilância, seja tecnologia de +vigilância. Qualquer tecnologia que possa fazer vigilância é a tecnologia de +vigilância.</p> + +<p>A definição de “capacidade de vigilância” eu achei muito boa.</p> + +<p>Além disso, quando se trata do que fazer sobre tecnologia de vigilância, a +Permissão de Emergência parece solta demais. Seria fácil interpretar isso de +tal forma que se poderia decidir que existe hoje algum tipo de ameaça, e +sempre haverá [essa ameaça], então a vigilância é permitida com base na +emergência para sempre.</p> + +<p>Bem, esse é o tipo de emergência falsa que não devemos aceitar. Este +requisito deve ser específico e claro o suficiente para que isso não possa +passar por baixo disso.</p> + +<p>Eu sugiro tratá-la como uma interceptação telefônica ou busca nas casas das +pessoas.</p> + +<p>Agora, há momentos em que é possível realizar uma busca na casa de alguém +com urgência. Isso é permitido. Mas, em geral, você precisa obter uma ordem +judicial [para fazer uma busca].</p> + +<p>E eu acho que esse mesmo requisito deve ser aplicado a qualquer tipo de +vigilância que não tenha passado pelo processo normal.</p> + +<p>[O item] número 9 fala sobre “pessoas feridas em violação do regulamento”, +mas não acho que haja uma definição do que significa se ferir.</p> + +<p>Eu gostaria de sugerir que ser vigiado é ser ferido.</p> + +<p>Obrigado.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2018 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/surveillance-vs-democracy.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/surveillance-vs-democracy.html new file mode 100644 index 0000000..79aab0d --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/surveillance-vs-democracy.html @@ -0,0 +1,717 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/surveillance-vs-democracy.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Qual o Nível de Vigilância Que a Democracia Pode Suportar? - Projeto GNU - +Free Software Foundation</title> +<style type="text/css" media="print,screen"><!-- +#intro { margin: 2em auto 1.5em; } +.pict.wide { width: 23em; } +.pict p { margin-top: .2em; } +@media (min-width: 55em) { + #intro { max-width: 55em; } + .pict.wide { margin-bottom: 0; } +} +--> +</style> + +<!-- GNUN: localize URL /graphics/dog.small.jpg --> +<!--#include virtual="/philosophy/po/surveillance-vs-democracy.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2 class="center">Qual o Nível de Vigilância Que a Democracia Pode Suportar?</h2> + +<address class="byline center">por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></address> + +<!-- rms: I deleted the link because of Wired's announced + anti-ad-block system --> +<blockquote class="center"><p><em>Uma versão deste artigo foi publicada primeiramente na +<cite>Wired</cite> em Outubro de 2013.<br /> +Também considere ler “<a +href="https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/apr/03/facebook-abusing-data-law-privacy-big-tech-surveillance">Uma +proposta radical para manter seus dados pessoais seguros</a>”, publicado no +<cite>The Guardian</cite> em Abril de 2018.</em></p></blockquote> + +<div class="article"> + +<div id="intro"> +<div class="pict wide"> +<a href="/graphics/dog.html"> +<img src="/graphics/dog.small.jpg" alt="Desenho de um cachorro, em dúvida sobre as três propagandas que apareceram +em sua tela..." /></a> +<p>“Como eles descobriram que eu sou um cachorro?”</p> +</div> + +<p>Graças às revelações de Edward Snowden, sabemos que o nível atual de +vigilância geral na sociedade é incompatível com os direitos humanos. A +atual perseguição e acusação de dissidentes, fontes e jornalistas nos EUA e +em outros lugares fornece a confirmação. Precisamos reduzir o nível geral de +vigilância, mas quanto? Qual exatamente é o <em>nível máximo de tolerância +de vigilância</em>, que devemos garantir que não seja excedido? É o nível +acima do qual a vigilância começa a interferir com o funcionamento da +democracia, na medida em que os denunciantes (como Snowden) são suscetíveis +de ser aprisionados.</p> +</div> +<div class="columns" style="clear:both"> +<p>Defrontados com segredos do governo, nós – o povo – dependemos +de denunciantes para <a +href="https://www.eff.org/deeplinks/2013/11/reddit-tpp-ama">nos dizer o que +o estado está fazendo</a>. (Nós fomos lembrados disto em 2019, pois vários +denunciantes forneceram ao público incrementos de <a +href="https://www.commondreams.org/views/2019/09/27/trumps-ukraine-scandal-shows-why-whistleblowers-are-so-vital-democracy">informações +sobre a tentativa do Trump para abalar o presidente da Ucrânia</a>.) Porém, +a vigilância dos dias atuais intimida potenciais denunciantes, o que +significa que são muitos. Para recuperar nosso controle democrático sobre o +estado, devemos reduzir a vigilância ao ponto que denunciantes saibam que +estarão seguros.</p> + +<p>Usar software livre, <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">como tenho +defendido desde 1983</a>, é o primeiro passo para tomar o controle de nossas +vidas digitais, e isso inclui prevenir vigilância. Não podemos confiar em +softwares não livres; a NSA <a +href="https://web.archive.org/web/20130622044225/http://blogs.computerworlduk.com/open-enterprise/2013/06/how-can-any-company-ever-trust-microsoft-again/index.htm">usa</a> +e até mesmo <a +href="http://www.theguardian.com/world/2013/sep/05/nsa-gchq-encryption-codes-security">cria</a> +falhas de segurança em softwares não livres para invadir nossos próprios +computadores e roteadores. Software livre nos dá controle sobre nossos +próprios computadores, mas <a +href="http://www.wired.com/opinion/2013/10/149481/">não protege nossa +privacidade quando utilizamos a Internet</a>.</p> + +<p><a +href="http://www.theguardian.com/world/2013/oct/10/nsa-surveillance-patriot-act-author-bill">Uma +legislação suprapartidária para “reduzir os poderes de vigilância doméstica +nos EUA”</a> está sendo elaborada, mas não estabelece o limite de acesso de +nossos dossiês virtuais pelo governo. Isso não será suficiente para proteger +denunciantes, se “pegar os denunciantes” é motivo suficiente para +identificá-lo ou identificá-la. Necessitamos ir além.</p> +</div> + +<h3 class="subheader" style="clear: both">O Limite Máximo de Vigilância em uma Democracia</h3> + +<div class="columns"> +<p>Se denunciantes não ousarem revelar crimes e mentiras, perderemos o último +pedaço de controle efetivo sobre nosso governo e instituições. Por essa +razão, a vigilância que permite ao Estado identificar quem se comunicou com +um jornalista é vigilância demais, uma vigilância que a democracia não pode +tolerar.</p> + +<p>Um oficial não identificado do governo dos EUA falou de forma ameaçadora a +jornalistas em 2011 que os <a +href="http://www.rcfp.org/browse-media-law-resources/news-media-law/news-media-and-law-summer-2011/lessons-wye-river">EUA +não iriam intimar repórteres porque “Nós sabemos com quem vocês estão +falando”</a>. Em alguns casos, <a +href="http://www.theguardian.com/media/2013/sep/24/yemen-leak-sachtleben-guilty-associated-press">registros +de ligações telefônicas de jornalistas são obtidos</a> para descobrir isso, +mas Snowden nos mostrou que na verdade eles obtêm todos os registros de +ligações telefônicas de todos nos EUA, o tempo todo, <a +href="https://www.theguardian.com/world/interactive/2013/jun/06/verizon-telephone-data-court-order">da +empresa Verizon</a> e <a +href="http://www.marketwatch.com/story/nsa-data-mining-digs-into-networks-beyond-verizon-2013-06-07">de +outras empresas operadoras de comunicação também</a>.</p> + +<p>Ativistas opositores e dissidentes devem manter segredo em relação ao +Estado, que está disposto a jogar um jogo sujo. A União Estadunidense pelas +Liberdades Civis (ACLU) demonstrou que o governo dos EUA adota a <a +href="http://www.aclu.org/files/assets/Spyfiles_2_0.pdf">prática sistemática +de infiltração em grupos dissidentes pacíficos</a> sob o pretexto de que +poderia haver terroristas entre eles. O ponto em que a vigilância é +excessiva é atingido quando o Estado pode identificar quem se comunicou com +um jornalista ou com um dissidente conhecido.</p> +</div> + +<h3 class="subheader">A Informação, Uma Vez Coletada, Será Utilizada de Modo Abusivo</h3> + +<div class="columns"> +<p id="willbemisused">Quando as pessoas reconhecem que o nível de vigilância está alto demais, a +primeira proposta é estabelecer limites no acesso aos dados acumulados. Isso +parece legal, mas não vai corrigir o problema, nem chega perto, mesmo +supondo que o governo obedeça as leis. (A NSA induziu a corte da Lei de +Vigilância de Inteligência Estrangeira - FISA <sup><a id="TransNote1-rev" +href="#TransNote1">1</a></sup> a erro, a qual declarou <a +href="http://www.wired.com/threatlevel/2013/09/nsa-violations/">não ser +possível responsabilizar a NSA</a>.) A suspeita de um crime seria fundamento +para o acesso, então uma vez que os denunciantes foram acusados de +“espionagem”, localizar o “espião” será uma desculpa para acessar o material +acumulado.</p> + +<p>Na prática, não podemos nem mesmo esperar que as agências estaduais criem +desculpas para satisfazer as regras para o uso de dados de vigilância +– porque as agências dos EUA já <a +href="https://theintercept.com/2018/01/09/dark-side-fbi-dea-illegal-searches-secret-evidence/"> +mentiram para encobrir a quebra das regras</a>. Essas regras não são +seriamente feitas para serem obedecidas; em vez disso, eles são um conto de +fadas que podemos acreditar se quisermos.</p> + +<p>Além disso, a equipe de vigilância do estado utilizará os dados para fins +pessoais. Alguns agentes da NSA <a +href="http://www.theguardian.com/world/2013/aug/24/nsa-analysts-abused-surveillance-systems">usaram +os sistemas de vigilância dos EUA para perseguir suas amantes</a> — +anteriores, atuais ou desejadas — em uma prática chamada de +<i>“LOVEINT”</i><sup><a id="TransNote2-rev" +href="#TransNote2">2</a></sup>. A NSA declara que identificou e puniu casos +assim algumas vezes. Não sabemos quantas vezes esses casos não foram +descobertos. Mas esses eventos não deveriam nos surpreender, pois a polícia +tem por muito tempo <a +href="https://web.archive.org/web/20160401102120/http://www.sweetliberty.org/issues/privacy/lein1.htm#.V_mKlYbb69I">usado +seu acesso aos registros de carteiras de motoristas para perseguir alguém +atraente</a>, uma prática conhecida como <i>“running a plate for a +date”</i>. Essa prática foi ampliada com os <a +href="https://theyarewatching.org/issues/risks-increase-once-data-shared">novos +sistemas digitais</a>. Em 2016, um promotor foi acusado de forjar as +assinaturas de juízes para obter autorização para <a +href="http://gizmodo.com/government-officials-cant-stop-spying-on-their-crushes-1789490933">grampear +uma pessoa que era objeto de uma obsessão romântica</a>. A AP sabe de <a +href="https://apnews.com/699236946e3140659fff8a2362e16f43">muitas outras +ocorrências nos EUA</a>. +</p> + +<p>Os dados de vigilância sempre serão usados para outros fins, ainda que isso +seja proibido. Uma vez que os dados foram acumulados e o estado tem a +possibilidade de acesso a eles, ele pode usar esses dados de maneira +terrível, como mostrado por exemplos da <a +href="http://falkvinge.net/2012/03/17/collected-personal-data-will-always-be-used-against-the-citizens/">Europa</a>, +<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Japanese_American_internment">dos +EUA</a> e, mais recentemente, <a +href="http://www.cbc.ca/news/world/terrifying-how-a-single-line-of-computer-code-put-thousands-of-innocent-turks-in-jail-1.4495021">Turquia</a>. +(A confusão da Turquia sobre quem realmente usou o programa Bylock só +exacerbou a injustiça básica e deliberada de punir arbitrariamente as +pessoas por terem usado.) +</p> + +<p>Dados pessoais coletados pelo Estado possivelmente também serão obtidos por +crackers, que quebram a segurança de servidores, ou inclusive por <a +href="https://www.techdirt.com/articles/20150612/16334231330/second-opm-hack-revealed-even-worse-than-first.shtml">crackers +trabalhando para Estados hostis</a>.</p> + +<p>Governos podem facilmente usar a capacidade de vigilância em massa para <a +href="http://www.nytimes.com/2015/06/22/world/europe/macedonia-government-is-blamed-for-wiretapping-scandal.html">subverter +diretamente a democracia</a>.</p> + +<p>A vigilância total que o Estado pode obter permite que o mesmo realize uma +perseguição indiscriminada, dirigida contra qualquer pessoa. Para tornar o +jornalismo e a democracia seguros, necessitamos limitar a acumulação de +dados que estão facilmente acessíveis ao Estado.</p> +</div> + +<h3 class="subheader">Proteção Robusta para a Privacidade Deve Ser Técnica</h3> + +<div class="columns"> +<p>A Electronic Frontier Foundation ou outras organizações propõem um conjunto +de princípios legais elaborados para <a +href="https://necessaryandproportionate.org">prevenir os abusos da +vigilância massiva</a>. Esses princípios incluem, crucialmente, proteção +legal explícita para denunciantes; como consequência, eles seriam adequados +para proteção das liberdades democráticas — se adotados completamente e +reforçados sem exceção para sempre.</p> + +<p>Porém, tais proteções legais são precárias: como a história recente mostra, +elas pode ser repelidas (como aconteceu com o <i>FISA Amendments Act</i>), +suspensas ou <a +href="http://www.nytimes.com/2009/04/16/us/16nsa.html">ignoradas</a>.</p> + +<p>Enquanto isso, demagogos vão citar as desculpas comuns como fundamentação +para a total vigilância; qualquer ataque terrorista, até mesmo que mata +apenas alguma pequena porção de pessoas, pode ser extravasada para fornecer +uma oportunidade.</p> + +<p>Se limites de acesso aos dados fossem deixados de lado, será como se tais +limites nem tivessem existidos: anos de dossiês de repente passariam a estar +disponíveis para mau uso pelo Estado e seus agentes e, se coletado por +empresas, também para mau uso privados. Se, porém, nós pararmos a coleta de +dossiês de todos, aqueles dossiês não existiriam e, portanto, não haveria +uma forma de compilá-los retroativamente. Uma novo regime iliberal teria que +implementar uma vigilância nova, e coletaria apenas dados a partir daquela +data. Quanto a suspender ou momentaneamente ignorar essa lei, a ideia +dificilmente faria sentido.</p> +</div> + +<h3 class="subheader">Primeiramente, Não Seja Tolo</h3> + +<div class="columns"> +<p>Para ter privacidade, você não deve jogá-la fora: o primeiro a ter que +proteger sua privacidade é você mesmo. Evite se identificar em sites, +contate-os com Tor, e use navegadores que bloqueiam esquemas usados para +rastrear visitantes. Use o GNU Privacy Guard (GPG) para criptografar os +conteúdos de seu e-mail. Pague por coisas com dinheiro.</p> + +<p>Mantenha seu próprios dados; não armazene seus dados no servidor +“conveniente” de uma empresa. É seguro, porém, confiar um backup de dados +para um serviço comercial, desde que você coloque os arquivos em um pacote e +criptografe todo o pacote, incluindo os nomes dos arquivos, com software +libre em seu próprio computadores antes de enviá-lo.</p> + +<p>Por uma questão de privacidade, você deve evitar softwares não livres; se +você der controle das operações do seu computador para empresas, elas <a +href="/malware/proprietary-surveillance.html">provavelmente vão lhe +espiar</a>. Evite <a +href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">serviços como um +substituto de softwares</a>; além de fornecer a outros o controle de seu +computador, isso requer que você entregue todos os dados pertinentes do +servidor da empresa.</p> + +<p>Proteja a privacidade de seus amigos e conhecidos também. <a +href="http://bits.blogs.nytimes.com/2014/05/21/in-cybersecurity-sometimes-the-weakest-link-is-a-family-member/">Não +forneça informação pessoal deles</a>, exceto como contatá-los, e nunca +forneça a qualquer site sua lista de contatos de e-mail e de telefones. Não +informe a uma empresa, como o Facebook, nada sobre seus amigos que eles +podem não desejar ser divulgado em um jornal. Melhor ainda, não use o +Facebook. Rejeite sistemas de comunicação que exigem que os usuários forneça +seus nomes reais, mesmo se você estiver feliz em divulgar o seu, já que eles +pressionam outras pessoas a abrir mão de sua privacidade.</p> + +<p>Autoproteção é essencial, mas mesmo a autoproteção mais rigorosa é +insuficiente para proteger sua privacidade em e de sistemas que não +pertencem a você. Quando nos comunicamos com outros e movemos pela cidade, +nossa privacidade depende das práticas da sociedade. Nós podemos evitar +alguns dos sistemas que vigiam nossas comunicações e movimentos, mas não +todos eles. Claramente, a melhor solução é fazer com que todos esses +sistemas parem de vigiar pessoas além dos legitimamente suspeitos.</p> +</div> + +<h3 class="subheader">Nós Devemos Projetar Todo Sistema para Privacidade</h3> + +<div class="columns"> +<p>Se nós não desejamos uma sociedade com vigilância total, devemos considerar +vigilância como uma forma de poluição social, e limitar o impacto da +vigilância de cada novo sistema digital da mesma forma que nós limitamos o +impacto ambiental de uma construção física.</p> + +<p>Por exemplo: medidores “inteligentes” para eletricidade são preparadas para +enviar para a companhia de energia elétrica, a cada período de tempo, os +dados sobre cada uso de eletricidade do consumidor, incluindo como o uso se +compara com o de outros usuários em geral. Isso é implementado com base em +vigilância em geral, mas não requer qualquer vigilância. Seria fácil para a +companhia de energia elétrica calcular o uso médio em um bairro residencial +dividindo o uso total pelo número de inscritos, e enviar aquilo para os +medidores. O medidor de cada cliente poderia comparar seu uso, sobre +qualquer período desejado de tempo, com o padrão de uso médio para aquele +período. O mesmo benefício, com nenhuma vigilância!</p> + +<p>Nós precisamos projetar tal privacidade em todos os nossos sistemas +digitais [<a href="#ambientprivacy">1</a>].</p> +</div> + +<h3 class="subheader">Remédio para Coleta de Dados: Deixá-los Dispersos</h3> + +<div class="columns"> +<p>Uma forma de tornar o monitoramento seguro para a privacidade é <a +name="dispersal">manter os dados dispersos e inconvenientes para +acesso</a>. As câmeras de segurança antigas não representavam ameaça à +privacidade (<a href="#privatespace">*</a>). A gravação era armazenada +localmente e mantida por algumas semanas, no máximo. Por causa da +inconveniência de acessar esses registros, isso nunca foi feito +massivamente; elas eram acessadas apenas nos locais onde alguém relatou um +crime. Não seria realizável coletar fisicamente milhões de fitas todo o dia +e assisti-las ou copiá-las.</p> + +<p>Atualmente, as câmeras de segurança se tornaram câmeras de vigilância: elas +estão conectadas à Internet para que as gravações possam ser coletadas em um +datacenter e salvas para sempre. Em Detroit, os policiais pressionam as +empresas a dar-lhes <a +href="https://eu.detroitnews.com/story/news/local/detroit-city/2018/01/23/detroit-green-light/109524794/">acesso +ilimitado às suas câmeras de vigilância</a> para que possam consultá-las a +qualquer momento. Isso já é perigoso, mas vai piorar. Avanços no +reconhecimento facial podem trazer o dia em que jornalistas suspeitos podem +ser rastreados nas ruas o tempo todo para ver com quem eles conversam.</p> + +<p>Câmeras conectadas à Internet geralmente possuem uma segurança digital +péssima, o que significa que <a +href="https://www.csoonline.com/article/2221934/cia-wants-to-spy-on-you-through-your-appliances.html">qualquer +um pode assistir o que aquelas câmeras veem</a>. Isso torna as câmeras +conectadas à Internet uma ameaça ainda maior à segurança, assim como à +privacidade. Por uma questão de privacidade, nós deveríamos banir o uso de +câmeras conectadas à Internet onde e quando o público é admitido, exceto +quando carregado por pessoas. Todo mundo deveria ser livre para publicar +fotos e gravações de vídeo ocasionalmente, mas a acumulação sistemática de +tais dados na Internet deve ser limitada.</p> + +<p><a name="privatespace"><b>*</b></a> Eu presumo aqui que a câmera de +segurança aponta para dentro de uma loja, ou para a rua. Qualquer câmera que +aponte para o espaço privado de alguém por outra pessoa está violando a +privacidade do primeiro, mas isto é uma outra questão.</p> +</div> + +<h3 id="digitalcash" class="subheader">Remédio para a Vigilância Comercial da Internet</h3> + +<div class="columns"> +<p>A maioria dos dados coletados vêm das atividades digital das próprias +pessoas. Geralmente, os dados são coletados primeiro por empresas. Mas +quando se trata de ameaça à privacidade e democracia, não faz diferença se a +vigilância é feita diretamente pelo Estado ou montado para um negócio, pois +os dados que as empresas coletam está sistematicamente disponível para o +Estado.</p> + +<p>A NSA, por meio do software de vigilância PRISM, <a +href="https://www.commondreams.org/headline/2013/08/23-2">conseguiu entrar +nas bases de dados de muitas grandes corporações da Internet</a>. AT&T +guardou todos os seus registros de chamada telefônica desde 1987 e <a +href="http://www.nytimes.com/2013/09/02/us/drug-agents-use-vast-phone-trove-eclipsing-nsas.html?_r=0">disponibiliza +para o DEA</a> para pesquisa sob demanda. Estritamente falando, o governo +dos EUA não possui aqueles dados, mas em termos práticos ele pode acessá-los +mesmo assim. Algumas empresas são elogiadas por <a +href="https://www.eff.org/who-has-your-back-government-data-requests-2015">resistirem +a requisições de dados do governo até a extensão limitada que eles +podem</a>, mas que pode apenas parcialmente compensar o dano que eles causam +por coletar tais dados, em primeiro lugar. Adicionalmente, muitas dessas +empresas fazem mau uso dos dados diretamente ou os fornecem para <i>data +brokers</i><sup><a id="TransNote3-rev" href="#TransNote3">3</a></sup>.</p> + +<p>O objetivo de tornar o jornalismo e a democracia seguros, portanto, requer +que nós reduzamos os dados coletados sobre pessoas por qualquer organização, +e não apenas pelo Estado. Nós devemos redesenhar os sistemas digitais de +forma que eles não acumulem dados sobre seus usuários. Se eles precisam de +dados digitais sobre nossas transações, eles não deveriam ter permissão para +mantê-los mais do que um curto período de tempo além do que é +intrinsecamente necessário para suas negociações conosco.</p> + +<p>Um dos motivos para o nível atual de vigilância da Internet é que os sites +são financiados por propagandas baseadas em rastreamento de atividades dos +usuários e tendências. Isso converte um mero incômodo — propaganda que nós +podemos aprender a ignorar — em um sistema de vigilância que nos prejudica, +nós sabendo ou não. Compras pela Internet também rastreiam seus usuários. E +todos nós estamos sabendo que “políticas de privacidade” são mais desculpas +para violação de privacidade do que compromisso de cumprimento.</p> + +<p>Nós poderíamos corrigir ambos problemas adotando um sistema de pagamentos +anônimos — anônimos para o pagador (não queremos ajudar o vendedor a se +esquivar das taxas). <a +href="http://www.wired.com/opinion/2013/05/lets-cut-through-the-bitcoin-hype/">Bitcoin +não é anônimo</a>, apesar de haver esforços para desenvolver formas de pagar +anonimamente com o Bitcoin. Porém, a tecnologia para <a +href="http://www.wired.com/wired/archive/2.12/emoney_pr.html">dinheiro +digital foi primeiramente nos anos 80s</a>; o software GNU para fazer isso é +chamado <a href="http://taler.net/">GNU Taler</a>. Agora, só precisamos +organizar um negócio adequado, e que o Estado não o obstrua.</p> + +<p>Um outro método possível para pagamentos anônimos seria usar <a +href="https://stallman.org/articles/anonymous-payments-thru-phones.html">cartões +pré-pagos de telefone</a>. É menos conveniente, mas muito fácil de +implementar.</p> + +<p>Uma ameaça ainda maior da coleção de dados pessoais dos sites é que crackers +podem quebrar a segurança e acessar, tomar e fazer mau uso deles. Isso +também inclui detalhes de cartão de crédito dos consumidores. Qualquer +sistema de pagamento anônimo exigiriam o fim desse perigo: um buraco de +segurança em um site não pode machucar se o site sabe nada sobre você.</p> +</div> + +<h3 class="subheader">Remédio para Vigilância em Viagens</h3> + +<div class="columns"> +<p>Nós devemos converter pagamento eletrônico de pedágios para pagamento +anônimo (usando dinheiro digital, por exemplo). Sistemas de reconhecimento +de placas <a +href="https://www.eff.org/deeplinks/2018/11/eff-and-muckrock-release-records-and-data-200-law-enforcement-agencies-automated"> +reconhecem todas as placas</a> e os <a +href="http://news.bbc.co.uk/2/hi/programmes/whos_watching_you/8064333.stm">dados +podem ser mantidos indefinidamente</a>; deveria haver obrigação legal de +avisar e armazenar apenas os números das licenças que estão em uma lista de +carros conforme ordens judiciais. Um alternativa menos segura seria +armazenar registro de todos os carros localmente, mas apenas por alguns +dias, para não deixar os dados todos disponíveis na Internet; acesso aos +dados deveria ser limitado a pesquisar por uma lista de números de placas +sob ordem judicial.</p> + +<p>A lista dos EUA de “proibidos de viajar” deve ser abolida porque ela é uma +<a +href="https://www.aclu.org/blog/national-security-technology-and-liberty-racial-justice/victory-federal-court-recognizes">punição +sem julgamento</a>.</p> + +<p>É aceitável ter uma lista de pessoas contendo pessoas e bagagens que serão +analisados com mais atenção, e passageiros anônimos em voos domésticos +poderiam ser ameaçados como se eles estivessem na lista. Também é aceitável +barrar não cidadãos, se eles não tiverem permissão para adentrar no país, de +voos desde o embarque até o país. Isso seria suficiente para todos +propósitos legítimos.</p> + +<p>Muitos sistemas de trânsito em massa usam alguns tipos de cartões +inteligentes ou RFIDs para pagamento. Esses sistemas acumulam dados +pessoais: se você alguma vez você cometer o erro de pagar com qualquer outra +coisa além de dinheiro, eles associam o cartão permanentemente a seu +nome. Além disso, eles registram todas as viagens associadas a cada +cartão. Juntando tudo, eles acumulam muito para a vigilância massiva. A +coleta desses dados deve ser reduzida.</p> + +<p>Serviços de navegação fazem vigilância: o computador do usuário informa ao +serviço de mapa a localização do usuário e onde ele deseja ir; então, o +servidor determina a rota e envia-a de volta para o computador do usuário, o +que exibe-a. Hoje em dia, o servidor provavelmente registra as localizações +do usuário, já que não há nada que os proibida de fazê-lo. Essa vigilância +não é intrinsecamente necessária, e seria possível evitá-las por meio de +novo design: software livre/libre nos computadores do usuário poderia baixar +os dados do mapa para as regiões pertinentes (se já não tiver baixado +anteriormente), computar a rota, e exibi-la, sem repassar a ninguém onde o +usuários está e aonde deseja ir.</p> + +<p>Sistemas para aluguel de bicicletas, etc. poderiam ser projetados de forma +que a identidade do locatário seja conhecida apenas dentro da estação onde o +item é alugado. Aluguel informaria todas as estações que o item está “fora”, +de forma que quando o usuário retorna-a em qualquer estação (em geral, uma +diferente), aquela estação saberá onde e quanto o item foi alugado. Esta +informará às outras estações que o item não mais está “fora”. Esta também +calculará a conta do usuário e a enviará (após esperar por um número +aleatório de minutos) para a central dentre uma rede de estações, de forma +que a central não saberia de qual estação a conta veio. Uma vez que isso é +feito, a estação de retorno esqueceria a transação. Se um item permanece +“fora” por muito tempo, a estação de onde ela foi alugada poderia informar à +central; neste caso, ela poderia enviar a identidade do locatário +imediatamente.</p> +</div> + +<h3 class="subheader">Remédio para Dossiês de Comunicação</h3> + +<div class="columns"> +<p>Provedores de serviços de Internet e de telefone mantém dados extensivos de +seus contatos de usuários (navegação, chamadas telefônicas etc.). Com +telefones móveis, eles também <a +href="http://www.zeit.de/digital/datenschutz/2011-03/data-protection-malte-spitz">registram +a localização física do usuário</a>. Eles mantêm esses dossiês por um longo +período de tempo: cerca de 30 anos, no caso da AT&T. Em breve, elas vão +até mesmo <a +href="http://www.wired.com/opinion/2013/10/the-trojan-horse-of-the-latest-iphone-with-the-m7-coprocessor-we-all-become-qs-activity-trackers/">registrar +as atividades corporais do usuário</a>. Parece que a <a +href="https://www.aclu.org/blog/national-security-technology-and-liberty/it-sure-sounds-nsa-tracking-your-location">NSA +coleta dados da localização de telefone celular</a> em massa.</p> + +<p>Comunicação não monitorada é impossível quando os sistemas criam tais +dossiês. Então, deveria ser ilegal criá-los ou mantê-los. ISPs e empresas de +telefonia devem não ser permitidas de manter essa informação por muito +tempo, na ausência de uma ordem judicial para vigiar uma determinada pessoa.</p> + +<p>Essa solução não é inteiramente satisfatória, pois ela não vai impedir +fisicamente o governo de coletar todas as informações imediatamente, pois +elas são geradas — que é o que os <a +href="http://www.guardian.co.uk/world/2013/jun/06/nsa-phone-records-verizon-court-order">EUA +fazem com algumas ou todas empresas de telefonia</a>. Nós teríamos que +confiar na proibição disto por lei. Porém, isso seria melhor do que a +situação atual, na qual a lei relevante (A <i>USA PAT RIOT Act</i><sup><a +id="TransNote5-rev" href="#TransNote5">5</a></sup>) não proíbe claramente a +prática. Além disso, se o governo voltasse a utilizar este tipo de +vigilância, não conseguiria obter dados de todo mundo sobre as chamadas +telefônicas feitas anteriormente a este período.</p> + +<p>Para privacidade sobre com quem você troca e-mails, uma solução parcial e +simples é você e outros usarem serviços de e-mail em um país que nunca +cooperaria com seu próprio governo, e que se comunica com outros usando +criptografia. Porém, Ladar Levison (dono do serviço de e-mail Lavabit, para +quem a vigilância dos EUA solicitou corromper completamente) possui uma +ideia mais sofisticada para um sistema de criptografia por meio do qual seu +serviço de e-mail, e meu serviço de e-mail, saberia apenas que eu recebi +e-mail de alguns de meus usuários de seu serviço de e-mail, mas que seria +difícil determinar que você enviou um e-mail para mim.</p> +</div> + +<h3 class="subheader">Mas Alguma Vigilância É Necessária</h3> + +<div class="columns"> +<p>Para o Estado localizar criminosos, é necessário ser capaz de investigar +crimes específicos, ou suspeitas específicas de crimes planejados, sob uma +ordem judicial. Com a Internet, o poder de interceptar conversas telefônicas +seriam naturalmente estendidas com o poder de interceptar as conexões com a +Internet. Esse poder é fácil de ser usado com abuso por razões políticas, +mas também é necessário. Por sorte, isso não torna possível localizar +denunciantes após o fato, se (como eu recomendo) nós proibirmos que os +sistemas digitais acumulem dossiês massivos antes do fato.</p> + +<p>Indivíduos com poderes especiais concedidos pelo Estado, como é o caso da +polícia, perdem seu direito a privacidade e devem ser monitorados. (Na +verdade, a polícia possui seu próprio jargão para perjúrio ou falso +testemunho, “<a +href="https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Police_perjury&oldid=552608302">testilying</a>”<sup><a +id="TransNote4-rev" href="#TransNote4">4</a></sup>, já que eles o fazem com +tanta frequência, em particular sobre protestantes e <a +href="https://web.archive.org/web/20131025014556/http://photographyisnotacrime.com/2013/10/23/jeff-gray-arrested-recording-cops-days-becoming-pinac-partner/">fotógrafos</a>.) +Uma cidade na Califórnia que exigiu que policiais utilizassem câmeras de +vídeo na farda todo o tempo, descobriu que <a +href="http://www.motherjones.com/kevin-drum/2013/08/ubiquitous-surveillance-police-edition">o +uso da força deles caiu em 60%</a>;. A ACLU concorda com isto.</p> + +<p><a +href="https://web.archive.org/web/20171019220057/http://action.citizen.org/p/dia/action3/common/public/?action_KEY=12266">Empresas +não são pessoas, e a elas não se aplicam diretos humanos</a>. É legítimo +requerer que negócios publiquem os detalhes dos processo que podem causar +desastres químicos, biológicos, nucleares, fiscais, computacionais (ex.: <a +href="http://DefectiveByDesign.org">DRM</a>) ou político (ex.: <i>lobby</i>) +para a sociedade, seja qual for o nível necessário para o bem público. O +perigo dessas operações (considerando o vazamento de óleo da petroleira BP, +colapsos de Fukushima e as crises fiscais em 2008) superam o terrorismo.</p> + +<p>Porém, jornalismo deve ser protegido da vigilância mesmo quando esta é parte +de um negócio.</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> + +<div class="reduced-width"> +<p>Tecnologia digital trouxe um aumento tremendo no nível de vigilância de +nossos movimentos, ações e comunicações. Ela é muito maior do que nós +experimentamos nos anos 90s, e <a +href="https://hbr.org/2013/06/your-iphone-works-for-the-secret-police">muito +mais do que as pessoas por traz da Cortina de Ferro experimentaram</a> nos +anos 80s, e os limites legais propostos para o uso do Estado dos dados +acumulados em nada alterariam.</p> + +<p>Empresas estão projetando vigilância ainda mais intrusiva. Alguns projetos +de vigilância invasiva, em parceria com empresas como o Facebook, poderiam +causar efeitos profundos em <a +href="https://www.theguardian.com/technology/2015/aug/10/internet-of-things-predictable-people">como +as pessoas pensam</a>. Tais possibilidades são imponderáveis; mas a ameaça à +democracia não é especulação. Ela existe e está visível hoje.</p> + +<p>A menos que nós acreditemos que nossos países livres anteriormente sofreram +de um grave deficit de vigilância, e deveria ser mais vigiado do que a União +Soviética e a Alemanha Ocidental eram, nós devemos voltar para +aumentar. Isso requer parar a acumulação de grandes dados sobre as pessoas.</p> +</div> +<div class="column-limit"></div> + +<h3 style="font-size: 1.2em">Nota final</h3> +<ol> +<li id="ambientprivacy">A condição de <em>não ser monitorado</em> tem sido referida como <a +href="https://idlewords.com/2019/06/the_new_wilderness.htm">privacidade do +ambiente</a> <i lang="en">(ambient privacy)</i>.</li> +</ol> +</div> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li> +<a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> +<i>FISA</i> é o acrônimo para <i>Foreign Intelligence Surveillance Act</i> +(<a +href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Vigil%C3%A2ncia_de_Intelig%C3%AAncia_Estrangeira">Lei +de Vigilância de Inteligência Estrangeira</a>), sendo que <i>FISA court</i>, +ou <i>FISC</i>, é a corte que supervisiona requerimentos relacionados ao uso +desta lei. (fonte: <a +href="https://en.wikipedia.org/wiki/Foreign_Intelligence_Surveillance_Act#FISA_court">Wikipédia</a>, +data: 04 de julho de 2016) +</li> +<li> +<a id="TransNote2" href="#TransNote2-rev" class="nounderline">↑</a> +<i>LOVEINT</i> é o nome dado à prática, pelos funcionários dos serviços de +inteligência americana de fazerem uso dos recursos de monitoramento da NSA +para espionar pessoas de seus interesses amorosos ou particulares. (fonte: +<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/LOVEINT">Wikipédia</a>, data: 04 de +Julho de 2016) +</li> +<li> +<a id="TransNote3" href="#TransNote3-rev" class="nounderline">↑</a> +Um <i>data broker</i> é uma entidade que se dedica a compilar e a vender +informação de consumidores na Internet, vendendo essa informação a outras +organizações. (fonte: <a +href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Data_broker">Wikipédia</a>, data: 04 de +julho de 2016). +</li> +<li> +<a id="TransNote4" href="#TransNote4-rev" class="nounderline">↑</a> +<i>testilying</i> é um jogo de palavras entre <i>testify</i> (testemunhar) e +<i>lying</i> (mentir), referindo-se à prática de falso testemunho utilizada +pelos policiais para criar provas contra o indivíduo (fonte: <a +href="https://en.wikipedia.org/wiki/Police_perjury">Wikipédia</a>, data: 05 +de julho de 2016) +</li> +<li> +<a id="TransNote5" href="#TransNote5-rev" class="nounderline">↑</a> +A explicação do espaço em branco em “PAT RIOT” foi dada por Richard Stallman +em sua entrevista em 12 de novembro de 2012 a Hacker Public Radio (Ver <a +href="/philosophy/speeches-and-interview.html">Discursos e +Entrevistas</a>). Exatamente aos 1h 13' 40“, ele deixou registrado o motivo +pelo qual não se pode chamar tal ato de “Ato Patriótico” (USA Patriot): o +título completo do Ato em questão é <i>Uniting and Strengthening America by +Providing Appropriate Tools Required to Intercept and Obstruct Terrorism +Act</i> (em português, ato de união e fortalecimento fornecendo ferramentas +necessárias e apropriadas para interceptar e obstruir terrorismo), abreviada +sob o acrônimo “USAPATRIOT Act”; por se tratar de um acrônimo, temos todo o +direito de dividir entre P.A.T. e R.I.O.T., o que muda a pronúncia e evita a +referência a patriotismo. Acrescentando que, <i>riot</i> significa “revolta” +e <i>Pat riot</i> faz referência ao grito da torcida da equipe de futebol +americano de Boston, os <i>Pats</i>.</li></ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a><br /> +<br /> +Revisado por: +Paulo Francisco Slomp <a +href="mailto:slomp@ufrgs.br"><slomp@ufrgs.br></a></div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/10/06 08:42:13 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/technological-neutrality.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/technological-neutrality.html new file mode 100644 index 0000000..fa90c7b --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/technological-neutrality.html @@ -0,0 +1,146 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/technological-neutrality.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Neutralidade tecnológica e Software Livre - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/technological-neutrality.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Neutralidade tecnológica e Software Livre</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></p> + +<p>Desenvolvedores proprietários que argumentam contra as leis avançarem em +direção ao software livre geralmente alegam que isso viola o princípio da +“neutralidade tecnológica”. A conclusão está errada, mas onde está o erro?</p> + +<p>A neutralidade tecnológica é o princípio de que o Estado não deve impor +preferências a favor ou contra tipos específicos de tecnologia. Por exemplo, +não deve haver uma regra que especifique se as agências estaduais devem usar +discos magnéticos ou memória de estado sólido, ou se devem usar o GNU/Linux +ou o BSD. Em vez disso, a agência deve permitir que os licitantes proponham +qualquer tecnologia aceitável como parte de suas soluções, e escolher a +melhor/mais barata oferta pelas regras usuais.</p> + +<p>O princípio da neutralidade tecnológica é válido, mas tem limites. Alguns +tipos de tecnologia são prejudiciais; eles podem poluir o ar ou a água, +estimular a resistência aos antibióticos, abusar de seus usuários, abusar +dos trabalhadores que os produzem ou causar desemprego em massa. Estes devem +ser tributados, regulamentados, desencorajados ou mesmo banidos.</p> + +<p>O princípio da neutralidade tecnológica aplica-se apenas a decisões +puramente técnicas. Não é “neutralidade ética” ou “neutralidade social”; não +se aplica a decisões sobre questões éticas e sociais – como a escolha +entre software livre e software proprietário.</p> + +<p>Por exemplo, quando o Estado adota uma política de migração para o software +livre, a fim de restaurar a soberania computacional do país e levar as +pessoas à liberdade e cooperação, isso não é uma preferência técnica. Esta é +uma política ética, social e política, não uma política tecnológica. O +Estado não deve ser neutro sobre manter a liberdade das pessoas ou +incentivar a cooperação. Não se deve ser neutro sobre manter ou recuperar +sua soberania.</p> + +<p>É dever do Estado insistir que o software em seus órgãos públicos respeite a +soberania computacional do país, e que o software ministrado em suas escolas +eduque seus alunos em liberdade e cooperação. O Estado deve insistir em +software livre, exclusivamente, em <a +href="/philosophy/government-free-software.html">agências públicas</a> e na +<a href="/education/edu-schools.html">educação</a>. O Estado tem a +responsabilidade de manter o controle de sua computação, portanto, não deve +renunciar a esse controle em favor de <a +href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">Serviço como +Substituto de Software</a>. Além disso, o <a +href="/philosophy/surveillance-vs-democracy.html">Estado não deve revelar às +empresas os dados pessoais</a> que mantém sobre os cidadãos.</p> + +<p>Quando nenhum imperativo ético se aplica a uma determinada decisão técnica, +pode ser deixado ao domínio da neutralidade tecnológica.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 3.0 US. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2014 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2019.Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/the-danger-of-ebooks.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/the-danger-of-ebooks.html new file mode 100644 index 0000000..da7f8aa --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/the-danger-of-ebooks.html @@ -0,0 +1,178 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/the-danger-of-ebooks.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>O perigo dos e-books - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/the-danger-of-ebooks.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>O perigo dos e-books</h2> + +<p class="comment">Em uma época na qual empresas dominam nossos governos e escrevem nossas +leis, cada avanço tecnológico oferece às empresas uma oportunidade para +impor novas restrições ao público. Tecnologias que poderiam nos dar poder +são usadas, ao contrário, para nos acorrentar.</p> + +<p>Com livros impressos,</p> +<ul> +<li>Você pode comprar um com dinheiro, anonimamente.</li> +<li>Então, você tem a posse dele.</li> +<li>Você não precisa assinar uma licença que restringe o seu uso dele.</li> +<li>O formato é conhecido, e nenhuma tecnologia proprietária é necessária para +ler o livro.</li> +<li>Você pode dar, emprestar ou vender o livro a alguém.</li> +<li>Você pode, fisicamente, digitalizar e copiar o livro, e isso em alguns casos +é permitido pela lei de direitos autorais.</li> +<li>Ninguém tem o poder de destruir o seu livro.</li> +</ul> + +<p>Contraste isso com os e-books da Amazon (que são bem típicos):</p> +<ul> +<li>Ela requer que os usuários se identifiquem para obter um e-book.</li> +<li>Em alguns países, nos EUA inclusive, a Amazon diz que o usuário não pode +possuir o e-book.</li> +<li>A Amazon requer que o usuário aceite uma licença restritiva sobre o uso do +e-book.</li> +<li>O formato é secreto e somente software proprietário, restritivo aos +usuários, é capaz de lê-lo.</li> +<li>Um substituto inferior do “empréstimo” é permitido para alguns livros por um +tempo limitado, mas somente especificando-se pelo nome algum outro usuário +do mesmo sistema. Não é permitido dar ou vender.</li> +<li>Copiar o e-book é impossível devido à <a +href="/philosophy/right-to-read.html">Gestão Digital de Restrições</a> no +leitor de e-books, além de ser proibido pela licença, que é mais restritiva +do que a lei de direitos autorais.</li> +<li>A Amazon pode apagar o e-book remotamente, usando um back door<sup><a +href="#TransNote1">1</a></sup>. Ela fez uso disso em 2009, para deletar +milhares de cópias de “1984”, de George Orwell.</li> +</ul> + +<p>Cada uma dessas infrações coloca os e-books um passo atrás em relação aos +livros impressos. Precisamos rejeitar os e-books até que eles respeitem a +nossa liberdade [<a href="#footnote2">2</a>].</p> + +<p>As companhias de e-books dizem que negar nossas liberdades tradicionais é +necessário para continuar a pagar os autores. O sistema atual de direitos +autorais auxiliam generosamente essas companhias, e de maneira ruim a +maioria dos autores. Nós podemos apoiar melhor os autores de outras maneiras +que não requeiram reduzir nossa liberdade e podem até mesmo mesmo legalizar +o compartilhamento. Dois métodos que tenho sugerido são:</p> + +<ul> +<li>Distribuir fundos de impostos a autores com base na raiz cúbica da +popularidade de cada autor [<a href="#footnote1">1</a>].</li> +<li>Projetar dispositivos leitores de e-book de modo que os usuários possam +enviar pagamentos voluntários anônimos aos autores.</li> +</ul> + +<p>E-books não precisam atacar nossa liberdade (os e-books do Projeto Gutenberg +não atacam), mas eles o farão se a decisão ficar nas mãos das +companhias. Cabe a nós impedi-las.</p> + +<blockquote class="announcement"> +<p>Junte-se à luta: subscreva-se em <a +href="http://DefectiveByDesign.org/ebooks.html">http://DefectiveByDesign.org/ebooks.html</a>.</p> +</blockquote> + +<div class="column-limit"></div> +<h3 style="font-size: 1.2em">Notas de rodapé</h3> +<ol> +<li id="footnote1">Veja minha fala <a +href="/philosophy/copyright-versus-community.html">"Copyright contra +Comunidade na Idade das Redes de Computadores"</a> e <a +href="http://stallman.org/articles/internet-sharing-license.en.html">minha +carta de abertura em 2012 para o presidente do Senado Federal +brasileiro</a>, Senadora José Sarney, para mais sobre isso.</li> +<li id="footnote2">[2019] Para mostrar nossa rejeição ao leitor de e-book da Amazon, nós o +chamamos de <a href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">o +Swindle</a>.</li> +</ol> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<h3>Notas do tradutor</h3> +<ol> +<li id="TransNote1">O termo <em>back door</em> (em português, “porta dos +fundos”) se refere a um recurso utilizado para ganhar acesso a um computador +ou outro sistema sem a autorização do seu dono ou administrador.</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2011, 2014, 2015, 2016, 2019 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Hudson Lacerda, 2014</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/the-root-of-this-problem.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/the-root-of-this-problem.html new file mode 100644 index 0000000..1287e09 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/the-root-of-this-problem.html @@ -0,0 +1,285 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/the-root-of-this-problem.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>O Problema é o Software Controlado pelo seu Desenvolvedor - Projeto GNU - +Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/the-root-of-this-problem.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>O Problema é o Software Controlado pelo seu Desenvolvedor</h2> + +<p class="byline">por Richard Stallman</p> + +<p> +Concordo plenamente com a conclusão de Jonathan Zittrain <a +href="#tf1">[1]</a> de que não devemos abandonar os computadores de uso +geral. Lamentavelmente, eu discordo por completo do caminho que o levou a +essa conclusão. Ele apresenta problemas de segurança sérios como uma crise +intolerável, mas não estou convencido disso. Então, ele prediz que usuários +entrarão em pânico e correrão apavorados para os computadores restritos (que +ele chama de “appliances” <a href="#tf2">[2]</a>), mas não há sinal de +que isso esteja ocorrendo.</p> + +<p> +Máquinas zumbis <a href="#tf3">[3]</a> são um problema, mas não uma +catástrofe. Além do mais, longe de entrar em pânico, a maioria dos usuários +ignora a questão. Hoje, as pessoas estão de fato preocupadas com o perigo de +<em>phishing</em> (mensagens e páginas de internet que solicitam informação +pessoal para fraude), mas usar um dispositivo que só navega, ao invés de um +computador de uso geral, não irá protegê-las disso.</p> + +<p> +Enquanto isso, a Apple reportou que 25% dos iPhones foram destravados. Com +certeza, pelo menos a mesma quantidade de usuários preferiria ter um iPhone +destravado, mas receia tentar consegui-lo através de um método +proibido. Isso refuta a ideia de que usuários prefiram dispositivos +travados.</p> + +<p> +É verdade que um computador de uso geral permite a execução de programas +projetados para <a href="/philosophy/proprietary.html">lhe espionar, +restringir, ou mesmo deixar que o desenvolvedor lhe ataque</a>. Tais +programas incluem KaZaA, RealPlayer, Adobe Flash Player, Windows Media +Player, Microsoft Windows e MacOS. Windows Vista faz todas essas três +coisas; ele também permite que a Microsoft altere software sem solicitação, +ou comande-o para permanentemente cessar seu funcionamento normal [<a +href="#note1">1</a>].</p> + +<p> +Mas os computadores restritos não ajudam, porque eles possuem o mesmo +problema, pela mesma razão.</p> + +<p> +O iPhone é projetado para ataque remoto pela Apple. Quando a Apple destrói +remotamente iPhones que usuários destravaram para habilitar outros usos, +isso não é melhor que quando a Microsoft sabota o Windows Vista +remotamente. O TiVo <a href="#tf4">[4]</a> é projetado para forçar +restrições sobre o acesso às gravações que você faz, e relata o que você +assiste. Leitores de livros eletrônicos <a href="#tf5">[5]</a> tais +como o Amazon “<a +href="/philosophy/why-call-it-the-swindle">Swindle</a>” <a +href="#tf6">[6]</a> são projetados para impedir que você compartilhe e +empreste seus livros. Tais recursos que artificialmente obstruem o uso de +seus dados são conhecidos como DRM, ou Gestão Digital de Restrições <a +href="#tf7">[7]</a>. (Nossos adversários chamam DRM de “Gestão Digital de +Direitos” <a href="#tf8">[8]</a>, porque eles consideram que seja um +direito deles aplicar restrições a você. Escolhendo um termo, você escolhe +seu lado.) Nossa campanha de protesto contra DRM fica hospedada em <a +href="http://defectivebydesign.org">http://DefectiveByDesign.org</a>.</p> + +<p> +Os mais detestáveis dos dispositivos restritos comuns são os telefones +celulares. Eles transmitem sinais para rastrear onde você está mesmo quando +“desligados”; a única maneira de fazê-los parar é removendo as +baterias. Muitos telefones celulares podem ser ativados remotamente, para +escuta, sem que você saiba. (O FBI já tira vantagem desse recurso, e o +Departamento de Comércio dos E.U.A. lista esse perigo em seu Guia de +Segurança.) Companhias de telefonia celular regularmente instalam software +nos telefones dos usuários, sem solicitação, para impor novas restrições de +uso.</p> + +<p> +Com um computador de uso geral, você pode escapar, rejeitando tais +programas. Você não precisa ter KaZaA, RealPlayer, Adobe Flash, Windows +Media Player, Microsoft Windows ou MacOS em seu computador (eu não +tenho). Em contraste, um computador restrito não dá a você nenhum meio de +escapar dos programas nele embutidos.</p> + +<p> +A raiz desse problema, tanto em computadores de uso geral como em +computadores restritos, é o software controlado pelo seu desenvolvedor. O +desenvolvedor (tipicamente uma corporação) controla o que o programa faz e +impede todos os outros de modificá-lo. Quando o desenvolvedor decide inserir +recursos maliciosos, nem mesmo um mestre da programação consegue removê-los +facilmente.</p> + +<p> +A solução é dar aos usuários mais controle, não menos. Nós precisamos +insistir em software livre, software cujos usuários sejam livres para +modificar e redistribuir. Software livre desenvolve-se sob o controle de +seus usuários: se eles não gostam de seus recursos, por qualquer razão, eles +podem modificá-los. Mesmo que você não seja um programador, você também se +beneficia do controle pelos usuários. Um programador pode fazer as melhorias +que você quer, e publicar a versão modificada. Então, você também pode +usá-la.</p> + +<p> +Com software livre, ninguém tem o poder de sustentar um recurso +malicioso. Já que o código fonte está disponível para os usuários, milhões +de programadores estão em posição de detectar e remover o recurso malicioso +e publicar uma versão melhorada; alguns deles certamente o farão. Outros +poderão comparar independentemente as duas versões para verificar qual delas +trata os usuários corretamente. Um fato prático é que software livre +geralmente é destituído de <em>malware</em> <a href="#tf9">[9]</a> em +seu projeto.</p> + +<p> +Muitas pessoas adquirem dispositivos restritos, mas não por motivos de +segurança. Por que as pessoas os escolhem?</p> + +<p> +Algumas vezes isso ocorre porque os dispositivos restritos são fisicamente +menores. Eu edito texto todos os dias (literalmente) e considero que o +teclado e a tela de um <em>laptop</em> justificam bem seu tamanho e seu +peso. Contudo, pessoas que usam computadores de maneira diferente podem +preferir algum que caiba dentro do bolso.No passado, esses dispositivos +tipicamente eram restritos, mas eles não eram escolhidos por essa razão.</p> + +<p> +Agora eles estão se tornando menos restritos. De fato, o telefone celular +OpenMoko apresenta um computador principal totalmente operado por software +livre, incluindo o sistema operacional GNU/Linux, que é normalmente +utilizado em computadores pessoais e servidores.</p> + +<p> +Um das principais causas da aquisição de certos computadores restritos é o +ilusionismo financeiro. Consoles de jogos <a href="#tf10">[10]</a>, +assim como o iPhone, são vendidos por um preço insustentavelmente baixo, e +seus fabricantes, então, cobram quando você os usa. Daí, desenvolvedores de +jogos precisam pagar ao fabricante do console para distribuir o jogo, e eles +repassam esse custo ao usuário. Do mesmo modo, a AT&T paga à Apple +quando um iPhone é usado como telefone. O aparente custo baixo ilude os +consumidores, fazendo-os pensar que estão economizando dinheiro.</p> + +<p> +Se nós estamos preocupados com a propagação dos computadores restritos, +precisamos atacar a dissimulação de preço que é usada para vendê-los. Se +estamos preocupados com malware, devemos insistir em software livre, que dá +aos usuários o controle.</p> + +<div class="column-limit"></div> +<h3 style="font-size: 1.2em">Post scriptum</h3> + +<p> +A sugestão de Zittrain de reduzir o estatuto de limitações sobre processos +judiciais de patentes de software é um pequenino passo na direção correta, +mas é muito mais fácil resolver o problema por inteiro. Patentes de software +são um perigo desnecessário e artificial, imposto a todos os desenvolvedores +e usuários de software nos E.U.A. Todo programa é uma combinação de muitos +métodos e técnicas – milhares deles, em um programa grande. Se o +patenteamento desses métodos é permitido, então centenas daqueles usados em +um dado programa provavelmente são patenteados. (Evitá-los não é viável; +pode não haver alternativas, ou as alternativas podem ser patenteadas +também.) Então, os desenvolvedores do programa encaram centenas de +potenciais processos judiciais vindos de desconhecidos, e os usuários também +podem ser processados.</p> + +<p> +A solução completa e simples é eliminar as patentes do campo do software. Já +que o sistema de patentes é criado por estatuto, eliminar patentes sobre +software será fácil, havendo suficiente vontade política. Veja <a +href="http://www.endsoftpatents.org">http://www.endsoftpatents.org</a>.</p> + +<h3 style="font-size: 1.2em">Nota de rodapé</h3> + +<p id="note1">1. Windows Vista inicialmente tinha um “interruptor” com o qual a Microsoft +poderia comandar remotamente o computador para fazê-lo parar de +funcionar. Posteriormente, a Microsoft <a +href="http://badvista.fsf.org/blog/windows-genuine-disadvantage">removeu +isso</a>, cedendo à pressão pública, mas reservou o “direito” de colocá-lo +de volta. +</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<h3>Notas de tradução</h3> +<ol> +<li id="tf1">ZITTRAIN, Jonathan. <em>Protecting the Internet Without +Wrecking It -- How to meet the security threat</em>. 2008. Disponível em: +http://www.bostonreview.net/BR33.2/contents.php.</li> +<li id="tf2"><span lang="en" xml:lang="en"><em>appliances</em></span> - +termo +geralmente usado para se referir a aparelhos domésticos com finalidades +definidas, como máquina de lavar ou aspirador de pó.</li> +<li id="tf3">Máquinas zumbis - computadores invadidos e utilizados +para envio de spam ou ataques a terceiros através da internet.</li> +<li id="tf4">TiVo - uma marca de gravador de vídeo digital que permite +agendar a gravação de programas da TV e da internet para visualização +posterior.</li> +<li id="tf5">Leitores de livros eletrônicos - original: +“<span lang="en" xml:lang="en"><em>e-book readers</em></span>”.</li> +<li id="tf6"><span lang="en" xml:lang="en">Amazon “Swindle”</span> +- trocadilho de Stallman com o nome do aparelho (“Kindle”) e a palavra +“<em>swindle</em>”, que significa fraude, embuste.</li> +<li id="tf7">Gestão Digital de Restrições - original: +“<span lang="en" xml:lang="en"><em>Digital Restrictions +Management</em></span>”. +</li> +<li id="tf8">Gestão Digital de Direitos - original: +“<span lang="en" xml:lang="en"><em>Digital Rights +Management</em></span>”.</li> +<li id="tf9"><em>malware</em> - programa malicioso.</li> +<li id="tf10">Consoles de jogos - aparelhos de videogame.</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2008, 2010, 2017, 2018, 2019 Richard M. Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Hudson Flávio Meneses Lacerda, 2013; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017, 2018 +<br/> +Revisado por: André Phellip Ferreira <a +href="mailto:werewolf@cyberdude.com"><email@andrephellip.com></a>, +2018</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/thegnuproject.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/thegnuproject.html new file mode 100644 index 0000000..e1ad52c --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/thegnuproject.html @@ -0,0 +1,1108 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/thegnuproject.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Sobre o Projeto GNU - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> +<meta http-equiv="Keywords" content="GNU, Projeto GNU, FSF, Software Livre, Free Software Foundation, História" /> + +<!--#include virtual="/gnu/po/thegnuproject.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>O Projeto GNU</h2> + +<p> +por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> + +<blockquote> +<p> +Originalmente publicado no livro <em>Open Sources</em>. Richard Stallman <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">nunca foi um apoiante +do “código aberto”</a>, mas contribuiu com este artigo para que as ideias do +movimento de software livre não estivessem totalmente ausentes naquele +livro. +</p> +<p> +Por que é mais importante do que nunca <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">insistir que o +software que usamos seja livre</a>. +</p> +</blockquote> + +<h3>A primeira comunidade de compartilhamento de software</h3> +<p> +Quando comecei a trabalhar no Laboratório de Inteligência Artificial do +<abbr title="Massachusetts Institute of Technology">MIT</abbr> (Instituto de +Tecnologia de Massachusetts) em 1971, tornei-me parte de uma comunidade de +compartilhamento de software que já existia há muitos anos. A partilha de +software não se limitava à nossa comunidade em particular; ela é tão antiga +quanto os computadores, assim como a partilha de receitas é tão antiga +quanto a culinária. Mas nós a fazíamos mais do que a maioria.</p> +<p> +O laboratório de IA usava um sistema operacional de tempo compartilhado +chamado <abbr title="Incompatible Timesharing System">ITS</abbr> (Sistema de +Compartilhamento de Tempo Incompatível) que a equipe de hackers do +laboratório (1) tinha concebido e escrito em linguagem de montagem para o +<abbr title="Programmed Data Processor">PDP</abbr>-10 da Digital, um dos +imensos computadores da época. Como um membro desta comunidade, um hacker de +sistemas da equipe do laboratório de IA, meu trabalho era melhorar este +sistema.</p> +<p> +Nós não chamávamos o nosso software de “software livre”, porque esse termo +ainda não existia; mas isso é o que era. Sempre que as pessoas de outra +universidade ou empresa queriam portar e usar um programa, tínhamos o prazer +de deixá-los. Se você visse alguém usando um programa desconhecido e +interessante, poderia sempre pedir para ver o código-fonte, para que pudesse +lê-lo, alterá-lo ou canibalizá-lo para fazer um novo programa.</p> +<p> +(1) O uso do termo “hacker” significando “violador de segurança” é uma +confusão causada pelos meios de comunicação de massa. Nós hackers nos +recusamos a reconhecer este significado, e continuamos usando a palavra com +o significado de alguém que ama programar, alguém que aprecia brincadeiras +inteligentes, ou a combinação dos dois. Veja meu artigo, <a +href="http://stallman.org/articles/on-hacking.html">On Hacking</a> (em +inglês).</p> + +<h3>O colapso da comunidade</h3> +<p> +A situação mudou drasticamente no início de 1980, quando a Digital +descontinuou a série PDP-10. Esta arquitetura, elegante e poderosa na década +de 60, não poderia ser estendida naturalmente para os espaços de endereços +maiores que estavam se tornando viáveis na década de 80. Isto significa que +praticamente todos os programas que compunham o ITS ficaram obsoletos.</p> +<p> +A comunidade hacker do laboratório de IA já havia entrado em colapso, não +muito antes. Em 1981, a empresa derivada Symbolics havia contratado quase +todos os hackers do laboratório de IA, e a comunidade desfalcada foi incapaz +de manter-se. (O livro Hackers, de Steve Levy, descreve esses eventos, bem +como dá uma imagem clara desta comunidade no seu apogeu). Quando o +laboratório de IA comprou um novo PDP-10 em 1982, seus administradores +decidiram usar o sistema de tempo compartilhado não livre da Digital em vez +do ITS.</p> +<p> +Os computadores modernos da época, como o VAX ou o 68020, tinham seus +próprios sistemas operacionais, mas nenhum deles era software livre: você +tinha de assinar um acordo de confidencialidade até mesmo para obter uma +cópia executável.</p> +<p> +Isto significava que o primeiro passo para usar um computador era prometer +não ajudar o seu próximo. Uma comunidade cooperativa era proibida. A regra +definida pelos donos do software privativo era, “Se você compartilha com seu +próximo, você é um pirata. Se você quer alterações, suplique-nos para +fazê-las”.</p> +<p> +A ideia de que o sistema social do software privativo — o sistema que diz +que você não tem permissão para compartilhar ou modificar o software — é +antissocial, antiético ou simplesmente errado, pode vir como uma surpresa +para alguns leitores. Mas o que mais poderíamos dizer sobre um sistema +baseado na divisão e impotência dos usuários? Os leitores que acham a ideia +surpreendente podem ter tomado por certo o sistema social do software +privativo, ou o julgaram nos termos sugeridos pelas empresas de software +privativo. Os publicantes de software têm trabalhado muito duro para +convencer as pessoas de que há apenas uma maneira de olhar para o problema.</p> +<p> +Quando os publicantes de software falam sobre “exercer” seus “direitos” ou +“acabar com a <a +href="/philosophy/words-to-avoid.html#Piracy">pirataria</a>”, o que eles +realmente estão <em>dizendo</em> é secundário. A mensagem real destas +declarações está nos pressupostos não declarados que eles tomam por certo, e +que o público é induzido a aceitar sem questionar. Vamos, portanto, +examiná-los.</p> +<p> +Um pressuposto é que as empresas de software têm um direito natural e +inquestionável de se apropriar do software e, portanto, têm poder sobre +todos os seus usuários. (Se este fosse um direito natural, então não +importaria quão danoso fosse ao público, não poderíamos +questionar). Curiosamente, a Constituição dos Estados Unidos e a tradição +legal rejeitam essa visão; o direito autoral não é um direito natural, mas +um monopólio artificial imposto pelo governo que limita o direito natural +dos usuários de copiar.</p> +<p> +Outro pressuposto não declarado é que a única coisa importante sobre +software é que tipo de trabalho ele nos permite fazer — que nós, usuários de +computador, não deveríamos nos importar com que tipo de sociedade estamos +autorizados a ter.</p> +<p> +Um terceiro pressuposto é que nós não teríamos nenhum software utilizável +(ou nunca teríamos um programa para fazer este ou aquele trabalho em +particular) se não oferecêssemos a uma empresa poder sobre os usuários do +programa. Esta suposição pode ter parecido plausível, antes do movimento do +software livre demonstrar que podemos fazer software útil em abundância sem +ter de acorrentá-los.</p> +<p> +Se nos recusarmos a aceitar esses pressupostos, e julgarmos estas questões +com base na moralidade ordinária de senso comum enquanto colocamos os +usuários em primeiro lugar, chegamos a conclusões muito diferentes. Os +usuários de computador devem ser livres para modificar os programas de forma +a atender às suas necessidades e devem ser livres para compartilhar o +software, porque ajudar outras pessoas é a base da sociedade.</p> +<p> +Não há espaço aqui para uma extensa declaração do raciocínio que por trás +dessa conclusão, portanto, remeto o leitor às páginas da web <a +href="/philosophy/why-free.html">http://www.gnu.org/philosophy/why-free.html</a> +e <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">http://www.gnu.org/philosophy/free-software-even-more-important.html</a>. +</p> + +<h3>Uma escolha moral difícil</h3> +<p> +Com a minha comunidade desfeita, continuar como antes era impossível. Em vez +disso, eu enfrentei uma escolha moral difícil.</p> +<p> +A escolha fácil era me juntar ao mundo do software privativo, assinando +acordos de confidencialidade e prometendo não ajudar os meus companheiros +hackers. O mais provável é que eu também estaria desenvolvendo software +liberado sob acordos de confidencialidade, assim aumentando a pressão sobre +outras pessoas para também trair seus companheiros.</p> +<p> +Eu poderia ter feito dinheiro desta forma e, talvez, me divertido escrevendo +código. Mas eu sabia que, no final da minha carreira, eu olharia para trás e +veria anos dedicados à construção de paredes que dividem pessoas, e sentiria +que eu tinha passado a minha vida fazendo do mundo um lugar pior.</p> +<p> +Eu já tinha experimentado os prejuízos de um acordo de confidencialidade +quando alguém se recusou a dar a mim e ao laboratório de IA do MIT, o +código-fonte do programa que controlava nossa impressora. (A falta de certas +funcionalidades neste programa fez o uso dela extremamente +frustrante). Então, eu não poderia me convencer de que acordos de +confidencialidade eram inofensivos. Fiquei muito irritado quando ele se +recusou a compartilhar conosco; eu não podia virar as costas e fazer a mesma +coisa com todos os outros.</p> +<p> +Outra escolha, simples mas desagradável, era deixar o campo da +computação. Dessa forma, minhas habilidades não seriam usadas para o mal, +mas ainda assim seriam desperdiçadas. Eu não seria culpado por dividir e +restringir os usuários de computador, mas tal divisão aconteceria de +qualquer forma.</p> +<p> +Então eu procurei por um jeito de fazer alguma coisa boa como +programador. Perguntei a mim mesmo: existe um programa ou conjunto de +programas que eu possa escrever para formar uma comunidade novamente?</p> +<p> +A resposta foi clara: em primeiro lugar, um sistema operacional era +necessário. Esse é o software crucial para começar a usar um computador. Com +um sistema operacional, você pode fazer muitas coisas; sem ele, o computador +mal funciona. Com um sistema operacional livre, poderíamos voltar a ter uma +comunidade de hackers que cooperam — e convidar qualquer pessoa para +participar — e todos seriam capazes de usar um computador sem ter que +conspirar para privar seus amigos.</p> +<p> +Como um desenvolvedor de sistema operacionais, eu tinha as habilidades +certas para este trabalho. Assim, ainda que eu não pudesse tomar o sucesso +como certo, eu percebi que havia sido eleito para realizar este trabalho. Eu +decidi fazer o sistema compatível com o Unix para que ele fosse portável, e +para que os usuários do Unix pudessem migrar para ele facilmente. O nome GNU +foi escolhido, seguindo uma tradição hacker, como um acrônimo recursivo para +“GNU Não é Unix” (do inglês “GNU’s Not Unix”). É pronunciado como <a +href="/gnu/pronunciation.html">uma sílaba com g forte</a>.</p> +<p> +Um sistema operacional não significa apenas um núcleo, que mal é suficiente +para executar outros programas. Na década de setenta, todos os sistemas +operacionais dignos de serem chamados assim incluíam processadores de +comando, montadores, compiladores, interpretadores, depuradores, editores de +texto, gerentes de correio e muito mais. ITS os tinham, Multics os tinham, +VMS os tinham, e Unix os tinham. O sistema operacional GNU iria incluí-los +também.</p> +<p> +Mais tarde, ouvi estas palavras, atribuídas a Hillel (1):</p> + +<blockquote><p> + Se eu não for por mim, quem será por mim?<br /> + Se eu for só por mim, o que eu sou?<br /> + Se não for agora, quando? +</p></blockquote> +<p> +A decisão de iniciar o projeto GNU foi baseada em um espírito semelhante.</p> +<p> +(1) Como um ateu eu não sigo líderes religiosos, mas às vezes eu percebo que +admiro algo que algum deles disse.</p> + +<h3>Livre como em liberdade</h3> +<p> +O termo “software livre” às vezes é mal interpretado — não tem nada a ver +com preço. É sobre liberdade. Aqui, portanto, está a definição de software +livre.</p> + +<p>Um programa é software livre, para você, um usuário em particular, se:</p> + +<ul> + <li>Você tem a liberdade para executar o programa como quiser, para qualquer +finalidade.</li> + + <li>Você tem a liberdade de modificar o programa para atender às suas +necessidades. (Para fazer esta liberdade efetiva na prática, você deve ter +acesso ao código-fonte, uma vez que fazer mudanças em um programa sem ter o +código fonte é extremamente difícil).</li> + + <li>Você tem a liberdade de redistribuir cópias, seja gratuitamente ou por uma +taxa.</li> + + <li>Você tem a liberdade de distribuir versões modificadas do programa, de modo +que a comunidade possa se beneficiar de suas melhorias.</li> +</ul> +<p> +Dado que “livre” refere-se à liberdade, não ao preço, não há contradição +entre a venda de cópias e software livre. Na verdade, a liberdade de vender +cópias é crucial: coleções de software livre vendido em CD-ROMs são +importantes para a comunidade, e vendê-los é uma forma importante para +levantar fundos para o desenvolvimento de software livre. Portanto, um +programa que as pessoas não são livres para incluir nessas coleções não é +software livre.</p> +<p> +Por causa da ambiguidade do termo “free”<sup><a +href="#TransNote1">1</a></sup> (do inglês “free software”, isto é, software +livre), as pessoas há muito tempo tem procurado por alternativas, mas +ninguém encontrou um termo melhor. A língua inglesa tem mais palavras e +nuances do que qualquer outro idioma, mas carece de uma palavra simples, +inequívoca, que signifique “livre”, como em “freedom” (liberdade) — +“unfettered” (irrestrito) é a palavra que mais se aproxima deste +significado. Outras alternativas como “liberated” (liberado), “freedom” +(liberdade) e “open” (aberto) tem ou o significado errado ou alguma outra +desvantagem.</p> + +<h3>Software GNU e o sistema GNU</h3> +<p> +Desenvolver um sistema inteiro é um projeto muito grande. Para torná-lo +viável, eu decidi adaptar e usar peças existentes de software livre onde +quer que fosse possível. Por exemplo, eu decidi bem no início usar TeX como +o principal formatador de textos; alguns anos mais tarde, eu decidi usar o X +Window System, em vez de escrever outro sistema de janelas para o GNU.</p> +<p> +Devido a estas decisões, e outras como elas, o sistema GNU não é o mesmo que +a coleção de todo o software GNU. O sistema GNU inclui programas que não são +software GNU, programas que foram desenvolvidos por outras pessoas e +projetos para seus próprios propósitos, mas que podemos usar, porque eles +são software livre.</p> + +<h3>Começando o projeto</h3> +<p> +Em janeiro de 1984 deixei o meu emprego no MIT e comecei a escrever software +GNU. Deixar o MIT era necessário para que eles não fossem capazes de +interferir com a distribuição do GNU como software livre. Se eu tivesse +permanecido na equipe, o MIT poderia ter reivindicado a titularidade do +trabalho, e poderia ter imposto seus próprios termos de distribuição, ou até +mesmo transformar o trabalho em um pacote de software privativo. Eu não +tinha a intenção de fazer uma grande quantidade de trabalho só para vê-lo +tornar-se inútil para a sua finalidade: a criação de uma nova comunidade de +compartilhamento de software.</p> +<p> +No entanto, o professor Winston, então chefe do laboratório de IA do MIT, +gentilmente me convidou para continuar usando as instalações do laboratório.</p> + +<h3>Os primeiros passos</h3> +<p> +Pouco antes do início do Projeto GNU, eu ouvi sobre o “Free University +Compiler Kit” (Kit de Compilador da Universidade Livre), também conhecido +como VUCK. (A palavra holandesa para “livre” é escrita com um +<em>v</em>). Este era um compilador projetado para lidar com múltiplas +linguagens, incluindo C e Pascal, e para suportar múltiplas máquinas de +destino. Eu escrevi ao seu autor perguntando se o GNU poderia usá-lo.</p> +<p> +Ele respondeu com ironia, afirmando que a universidade era livre, mas o +compilador não. Por isso, decidi que meu primeiro programa para o Projeto +GNU seria um compilador de múltiplas linguagens e plataformas.</p> +<p> +Na esperança de evitar a necessidade de escrever o compilador todo eu mesmo, +obtive o código fonte do compilador Pastel, que era um compilador +multiplataforma desenvolvido no “Lawrence Livermore Lab”. Ele suportava, e +havia sido escrito, em uma versão estendida da Pascal, projetada para ser +uma linguagem de programação de sistemas. Eu adicionei um front-end C, e +comecei a portá-la para o computador Motorola 68000. Mas eu tive que +desistir quando eu descobri que o compilador precisava de muitos megabytes +de espaço de pilha, e o sistema Unix 68000 disponível apenas permitia 64k.</p> +<p> +Eu então percebi que o compilador Pastel processava todo o arquivo de +entrada em uma árvore sintática, convertendo toda a árvore sintática em uma +cadeia de “instruções”, e em seguida gerando o arquivo de saída inteiro, sem +nunca liberar qualquer armazenamento. Neste ponto, eu concluí que eu teria +que escrever um novo compilador a partir do zero. Esse novo compilador é +agora conhecido como <abbr title="GNU Compiler Collection">GCC</abbr> +(Coleção de Compiladores GNU); nada do compilador Pastel é usado nele, mas +eu consegui adaptar e usar o front-end C que eu havia escrito. Mas isso foi +alguns anos mais tarde; primeiro, eu trabalhei no GNU Emacs.</p> + +<h3>GNU Emacs</h3> +<p> +Comecei a trabalhar no GNU Emacs em setembro de 1984, e no início de 1985 +ele estava começando a ficar usável. Isto permitiu-me começar a usar +sistemas Unix para fazer a edição; não tendo interesse em aprender a usar o +vi ou o ed, eu havia feito a minha edição em outros tipos de máquinas até +então.</p> +<p> +Neste ponto, as pessoas começaram a querer usar o GNU Emacs, o que levantou +a questão de como distribuí-lo. Claro, eu o coloquei no servidor de FTP +anônimo do computador MIT que eu usava. (Este computador, prep.ai.mit.edu, +assim tornou-se o principal local de distribuição ftp do GNU; quando foi +descomissionado alguns anos mais tarde, nós transferimos o nome para o nosso +novo servidor ftp). Mas naquele tempo, muitas pessoas interessadas não +estavam na Internet e não poderiam obter uma cópia por ftp. Portanto, a +pergunta era: o que eu diria a elas?</p> +<p> +Eu poderia ter dito, “Encontre um amigo que está na rede e que vai fazer uma +cópia para você”. Ou eu poderia ter feito o que eu fiz com o Emacs original +do PDP-10: dizer-lhes, “Envie-me uma fita e um <abbr title="Self-addressed +Stamped Envelope">SASE</abbr> (Envelope Autoendereçado e com Selo), e eu vou +enviá-lo de volta com uma cópia do Emacs”. Mas eu não tinha trabalho, e eu +estava procurando maneiras de ganhar dinheiro com software livre. Então eu +anunciei que iria enviar uma fita para quem quisesse, por uma taxa de US$ +150,00. Desta forma, eu comecei um negócio de distribuição de software +livre, o precursor das empresas que hoje distribuem sistemas GNU/Linux +completos.</p> + +<h3>Um programa é livre para qualquer usuário?</h3> +<p> +Se um programa é software livre quando deixa as mãos de seu autor, isso não +significa necessariamente que ele será software livre para todos que tem uma +cópia do mesmo. Por exemplo, <a +href="/philosophy/categories.html#PublicDomainSoftware">software de domínio +público</a> (software que não está sujeito a direitos autorais) é software +livre; mas qualquer pessoa pode fazer uma versão modificada e privativa +dele. Da mesma forma, muitos programas livres estão sujeitos a direitos +autorais, mas são distribuídos sob licenças permissivas simples que permitem +versões modificadas e privativas.</p> +<p> +O exemplo paradigmático desse problema é o X Window System. Desenvolvido no +MIT, e lançado como software livre com uma licença permissiva, logo foi +adotado por diversas empresas de informática. Eles acrescentaram X em seus +sistemas Unix privativos, apenas em forma binária, e abrangidos por um mesmo +contrato de confidencialidade. Estas cópias do X não eram mais software +livre do que o Unix era.</p> +<p> +Os desenvolvedores do X Window System não consideraram isso um problema — +eles esperavam e queriam que isso acontecesse. O objetivo deles não era a +liberdade, apenas “sucesso”, definido como “ter muitos usuários”. Eles não +se importavam se esses usuários teriam liberdade, só que eles deveriam ser +numerosos.</p> +<p> +Isso levou a uma situação paradoxal onde duas formas diferentes de contar a +quantidade de liberdade deram respostas diferentes à pergunta, “Este +programa é livre?”. Se você julgasse com base na liberdade proporcionada +pelos termos de distribuição da liberação do MIT, você diria que o X era +software livre. Mas se você medisse a liberdade do usuário médio do X, você +teria que dizer que era software privativo. A maioria dos usuários do X +estavam executando as versões privativas que vieram com sistemas Unix, e não +a versão livre.</p> + +<h3>O Copyleft e a GNU GPL</h3> +<p> +O objetivo do GNU era dar aos usuários liberdade, não apenas ser +popular. Portanto, nós precisávamos usar termos de distribuição que +impediriam o software GNU de ser transformado em software privativo. O +método que usamos é chamado de “copyleft”.(1)</p> +<p> +Copyleft usa a lei de direitos autorais, mas a inverte para servir ao oposto +do seu objetivo usual: em vez de um meio para restringir o programa, ela se +torna um meio para manter o programa livre.</p> +<p> +A ideia central do copyleft é que damos a todos a permissão para executar o +programa, copiar o programa, modificar o programa, e distribuir versões +modificadas — mas não a permissão para adicionar restrições por conta +própria. Assim, as liberdades fundamentais que definem o “software livre” +são garantidas a todos aqueles que tem uma cópia; elas se tornam direitos +inalienáveis.</p> +<p> +Para um copyleft efetivo, versões modificadas devem também ser livres. Isso +garante que trabalho baseado no nosso se torne disponível para nossa +comunidade se ele for publicado. Quando programadores que têm empregos de +programadores se voluntariam para melhorar o software GNU, é o copyleft que +impede os empregadores de dizer, “Você não pode compartilhar essas +alterações, porque vamos usá-las para fazer a nossa versão privativa do +programa”.</p> +<p> +A exigência de que as mudanças devem ser livres é essencial se quisermos +garantir a liberdade de todos os usuários do programa. As empresas que +privatizaram o X Window System normalmente fizeram algumas alterações para +portá-los para os seus sistemas e hardware. Essas mudanças foram pequenas em +comparação com a grande extensão do X, mas elas não foram triviais. Se fazer +mudanças fosse uma desculpa para negar liberdade aos usuários, seria fácil +para qualquer um tirar proveito dessa desculpa.</p> +<p> +Uma questão relacionada diz respeito a combinar um programa livre com código +não livre. Essa combinação seria inevitavelmente não livre; quaisquer +liberdades que faltam para a parte não livre estaria faltando para o todo +também. Permitir tais combinações abriria um buraco grande o suficiente para +afundar um navio. Portanto, um requisito fundamental para o copyleft é +tampar este buraco: o que for adicionado ou combinado com um programa sob +copyleft deve ser tal que a versão combinada total seja também livre e +esteja sob copyleft.</p> +<p> +A implementação específica de copyleft que usamos para a maioria do software +GNU é a Licença Pública Geral GNU (GNU General Public License), ou GNU GPL +para abreviar. Temos outros tipos de copyleft que são utilizados em +circunstâncias específicas. Manuais GNU estão sob copyleft também, mas usam +uma espécie de copyleft muito mais simples, porque a complexidade da GNU GPL +não é necessária para manuais.(2)</p> +<p> +(1) Em 1984 ou 1985, Don Hopkins (um companheiro muito imaginativo) +enviou-me uma carta. No envelope ele havia escrito vários dizeres +divertidos, incluindo este: “Copyleft — todos os direitos revertidos”. Eu +usei a palavra “copyleft” para nomear o conceito de distribuição que eu +estava desenvolvendo no momento.</p> + +<p> +(2) Agora usamos a <a href="/licenses/fdl.html">Licença de Documentação +Livre GNU</a> (GNU Free Documentation License) para documentação.</p> + +<h3>A Free Software Foundation</h3> + +<p>Como o interesse em usar o Emacs foi crescendo, outras pessoas se envolveram +no projeto GNU, e decidimos que era hora de buscar financiamento mais uma +vez. Assim, em 1985 foi criada a <a href="http://www.fsf.org/">Free Software +Foundation</a> (FSF), uma instituição de caridade isenta de impostos para o +desenvolvimento do software livre. A <abbr title="Free Software +Foundation">FSF</abbr> também assumiu o negócio de distribuição de fitas com +o Emacs; mais tarde isso foi estendido adicionando-se outros softwares +livres (tanto GNU quanto não GNU) à fita, e com a venda de manuais livres +também.</p> + +<p>A maior parte da renda da FSF costumava vir da venda de cópias de software +livre e de outros serviços relacionados (CD-ROMs com código-fonte, CD-ROMs +com binários, manuais bem impressos, todos com a liberdade de redistribuir e +modificar), e distribuições de luxo (distribuições para as quais +construíamos toda a coleção de software segundo a escolha de plataforma do +cliente). Hoje, a FSF ainda <a href="http://shop.fsf.org/">vende manuais e +outros apetrechos</a>, mas a maior parte do seu financiamento vem de doações +de seus membros. Você pode participar da FSF em <a +href="http://fsf.org/join">fsf.org</a>.</p> + +<p>Empregados da Free Software Foundation têm escrito e mantido vários pacotes +de software GNU. Os dois mais notáveis são a biblioteca C e o +interpretador de comandos. A biblioteca C GNU é o que todos os programas em +execução num sistema GNU/Linux usam para se comunicar com o Linux. Ela foi +desenvolvida por um membro da equipe da Free Software Foundation, Roland +McGrath. O interpretador de comandos usado na maioria dos sistemas GNU/Linux +é o <abbr title="Bourne Again Shell">BASH</abbr>, o Bourne Again Shell(1), +que foi desenvolvido pelo empregado da FSF, Brian Fox.</p> + +<p>Financiamos o desenvolvimento destes programas porque o Projeto GNU não +dizia respeito apenas a ferramentas ou um ambiente de desenvolvimento. Nosso +objetivo era um sistema operacional completo, e esses programas eram +necessários para atingir este objetivo.</p> + +<p>(1) “Bourne Again Shell” (Interpretador de Comandos “Renascido”) é um +trocadilho com o nome “Bourne Shell” (Interpretador de Comandos Bourne), que +era o interpretador de comandos costumário do Unix.</p> + +<h3>Suporte ao software livre</h3> + +<p>A filosofia do software livre rejeita uma prática específica e amplamente +difundida de negócios, mas não é contra os negócios. Quando as empresas +respeitam a liberdade dos usuários, desejamos-lhes sucesso.</p> + +<p>A venda de cópias do Emacs demonstra um tipo de negócio de software +livre. Quando a FSF assumiu esse negócio, eu precisava de uma outra maneira +de ganhar a vida. Eu a encontrei na venda de serviços relacionados ao +software livre que eu tinha desenvolvido. Isto incluía ensino, sobre os +temas de como programar o GNU Emacs e como personalizar o GCC, e +desenvolvimento de software, principalmente portando o GCC para novas +plataformas.</p> + +<p>Hoje cada um desses tipos de negócio de software livre é praticado por uma +série de empresas. Alguns distribuem coleções de software livre em CD-ROM; +outros vendem suporte em níveis que vão de responder perguntas dos usuários, +à correção de erros, à adição de importantes novas funcionalidades. Estamos +até mesmo começando a ver companhias de software livre baseadas no +lançamento de novos produtos de software livre.</p> + +<p>No entanto, tome cuidado — várias empresas que se associam ao termo “open +source” realmente baseiam seus negócios em software não livre que funciona +com software livre. Estas não são empresas de software livre, mas sim +empresas de software privativo cujos produtos seduzem os usuários para longe +da liberdade. Eles chamam esses programas “pacotes de valor agregado”, o que +mostra os valores que eles gostariam que adotássemos: conveniência acima da +liberdade. Se valorizamos mais a liberdade, devemos chamá-los “pacotes de +liberdade desagregada”.</p> + +<h3>Objetivos técnicos</h3> + +<p>O principal objetivo do GNU é ser software livre. Mesmo se o GNU não tivesse +nenhuma vantagem técnica sobre o Unix, teria uma vantagem social, permitindo +que os usuários cooperem, e uma vantagem ética, respeitando a liberdade dos +usuários.</p> + +<p>Mas era natural aplicar os padrões conhecidos de boas práticas ao nosso +trabalho — por exemplo, alocar dinamicamente estruturas de dados para evitar +limites de tamanho fixos arbitrários, e lidar com todos os possíveis códigos +de 8 bits onde quer que fizesse sentido.</p> + +<p>Além disso, rejeitamos o foco do Unix em memória reduzida, ao decidir +suportar máquinas de 16 bits (era claro que as máquinas de 32 bits seriam a +norma no momento em que o sistema GNU fosse terminado), e não fazer nenhum +esforço para reduzir o uso de memória a menos que excedesse um megabyte. Nos +programas para os quais lidar com arquivos muito grandes não era crucial, +nós encorajamos os programadores a ler um arquivo de entrada inteiro para a +memória, e então verificar o seu conteúdo sem ter que se preocupar com E/S +(do inglês “Input/Output”, isto é, Entrada/Saída).</p> + +<p>Estas decisões permitiram que muitos programas GNU superassem os seus +equivalentes Unix em confiabilidade e velocidade.</p> + +<h3>Computadores doados</h3> + +<p>Conforme a reputação do projeto GNU crescia, as pessoas começaram a se +oferecer para doar máquinas rodando Unix para o projeto. Estas ofertas eram +muito úteis, porque a maneira mais fácil de desenvolver componentes do GNU +era fazê-lo em um sistema Unix, e substituir os componentes desse sistema, +um a um. Mas eles levantaram uma questão ética: se para nós era correto ter +uma cópia do Unix.</p> + +<p>Unix era (e ainda é) software privativo, e a filosofia do Projeto GNU dizia +que não devíamos usar software privativo. Mas, aplicando o mesmo raciocínio +que leva à conclusão de que a violência em legítima defesa é justificada, +cheguei à conclusão de que era legítimo usar um pacote privativo quando isso +fosse crucial para o desenvolvimento de um substituto livre que ajudaria os +outros a parar de usar o pacote privativo.</p> + +<p>Mas, mesmo que isso fosse um mal justificável, ainda era um mal. Hoje não +temos mais nenhuma cópia do Unix, porque as substituímos por sistemas +operacionais livres. Se não pudéssemos substituir o sistema operacional de +uma máquina com um livre, substituíamos a máquina em vez disso.</p> + +<h3>A lista de tarefas GNU</h3> + +<p>Conforme o Projeto GNU prosseguia, e um número crescente de componentes do +sistema foram encontrados ou desenvolvidos, eventualmente, tornou-se útil +fazer uma lista das lacunas remanescentes. Costumávamos recrutar +desenvolvedores para escrever as peças que faltavam. Esta lista se tornou +conhecida como a lista de tarefas GNU. Além de componentes Unix que +faltavam, listávamos vários outros projetos úteis de softwares e +documentação que nós achávamos necessários a um sistema verdadeiramente +completo.</p> + +<p>Hoje (1), dificilmente um componente do Unix está na lista de tarefas GNU — +esse trabalho já foi feito, com exceção de uns poucos não essenciais. Mas a +lista está cheia de projetos que alguns poderiam chamar de +“aplicações”. Qualquer programa que agrada mais do que uma classe pequena de +usuários é uma coisa útil para se adicionar a um sistema operacional.</p> + +<p>Mesmo jogos estão incluídos na lista de tarefas — e estiveram desde o +início. Unix incluía jogos, então naturalmente o GNU também deveria. Mas a +compatibilidade não importa para os jogos, por isso não seguimos a lista de +jogos que o Unix tinha. Em vez disso, listamos um espectro de diferentes +tipos de jogos que os usuários poderiam gostar.</p> + +<p>(1) Isso foi escrito em 1998. Em 2009 já não mantemos uma longa lista de +tarefas. A comunidade desenvolve software livre tão rápido que nem sequer +podemos acompanhá-los. Em vez disso, nós temos uma lista de projetos de alta +prioridade, uma lista muito mais curta de projetos nos quais queremos +encorajar as pessoas a trabalhar.</p> + +<h3>A GNU GPL para Bibliotecas (GNU Library GPL)</h3> + +<p>A biblioteca C GNU usa um tipo especial de copyleft chamado Licença Pública +Geral GNU para Bibliotecas(1) (GNU Library General Public License), que dá +permissão para ligar software privativo à biblioteca. Por que fazer essa +exceção?</p> + +<p>Não é uma questão de princípio; não há um princípio que diz que os produtos +de software privativo têm o direito de incluir o nosso código. (Por que +contribuir com um projeto que se recusa a compartilhar conosco?) Usando a +LGPL para a biblioteca C, ou para qualquer biblioteca, é uma questão de +estratégia.</p> + +<p>A biblioteca C faz um trabalho genérico; cada sistema privativo ou +compilador vem com uma biblioteca C. Portanto, tornar nossa biblioteca C +disponível apenas para o software livre não teria sido qualquer vantagem — +isso só teria desencorajado o uso da nossa biblioteca.</p> + +<p>Um sistema é uma exceção a isto: no sistema GNU (e isso inclui o GNU/Linux), +a biblioteca C GNU é a única biblioteca C. Então, os termos de distribuição +da biblioteca C GNU determinam se é possível compilar um programa privativo +para o sistema GNU. Não há nenhuma razão ética para permitir aplicações +privativas no sistema GNU, mas estrategicamente, parece que não as permitir +acabaria mais por desencorajar o uso do sistema GNU do que encorajar o +desenvolvimento de aplicações livres. É por isso que usar a GPL para +Bibliotecas é uma boa estratégia para a biblioteca C.</p> + +<p>Para outras bibliotecas, a decisão estratégica precisa ser considerada caso +a caso. Quando uma biblioteca faz um trabalho especial que pode ajudar a +escrever certos tipos de programas, liberá-la sob a GPL, limitando-a apenas +a programas livres, é uma forma de ajudar outros desenvolvedores de software +livre, dando-lhes uma vantagem sobre o software privativo.</p> + +<p>Considere a GNU Readline, uma biblioteca que foi desenvolvida para fornecer +a edição de linha de comando para o BASH. Readline é distribuída sob a GNU +GPL comum, não a GPL para Bibliotecas. Isso provavelmente reduz o quanto a +Readline é usada, mas isso não nos representa perda. Por outro lado, pelo +menos uma aplicação útil foi feita software livre especificamente para que +ela pudesse usar a Readline, e isso é um ganho real para a comunidade.</p> + +<p>Desenvolvedores de software privativo têm as vantagens que o dinheiro +fornece; desenvolvedores de software livre precisam criar vantagens uns para +os outros. Eu espero que algum dia venhamos a ter uma grande coleção de +bibliotecas cobertas pela GPL que não têm equivalente disponível para o +software privativo, fornecendo módulos úteis para servir como blocos de +construção em novos pacotes de software livre, e agregando a uma grande +vantagem para o desenvolvimento subsequente do software livre.</p> + +<p>(1) Esta licença é agora chamada de Licença Pública Geral GNU Reduzida (GNU +Lesser General Public License), para evitar passar a ideia de que todas as +bibliotecas deveriam usá-la. Consulte <a +href="/philosophy/why-not-lgpl.html">Por que você não deve usar a GPL +Reduzida para a sua próxima biblioteca</a> para mais informações.</p> + +<h3>Colocar o dedo na ferida?</h3> +<p> +Eric Raymond diz que “Todo bom trabalho de software começa ao colocar-se o +dedo na ferida de um programador”. Talvez isso aconteça às vezes, mas muitas +peças essenciais de software GNU foram desenvolvidas a fim de se ter um +sistema operacional livre completo. Elas vêm de uma visão e um plano, não +por impulso.</p> +<p> +Por exemplo, desenvolvemos a biblioteca C GNU, porque um sistema semelhante +ao Unix precisa de uma biblioteca C, BASH porque um sistema do tipo Unix +precisa de um interpretador de comandos, e o GNU tar porque um sistema +parecido com Unix precisa de um programa tar. O mesmo é verdade para os meus +próprios programas — o compilador C GNU, GNU Emacs, GDB e GNU Make.</p> +<p> +Alguns programas GNU foram desenvolvidos para lidar com ameaças específicas +à nossa liberdade. Assim, desenvolvemos o gzip para substituir o programa +Compress, que havia sido perdido pela comunidade por causa das patentes +sobre o <abbr title="Lempel-Ziv-Welch">LZW</abbr>. Encontramos pessoas para +desenvolver a LessTif, e mais recentemente começamos o <abbr title="GNU +Network Object Model Environment">GNOME</abbr> e o Harmony, para resolver os +problemas causados por certas bibliotecas privativas (veja abaixo). Estamos +desenvolvendo o GNU Privacy Guard para substituir um software não livre de +criptografia popular, porque os usuários não deveriam ter que escolher entre +privacidade e liberdade.</p> +<p> +Claro, as pessoas que escrevem estes programas se interessaram pelo +trabalho, e muitos recursos foram adicionados a eles por várias pessoas por +causa de suas próprias necessidades e interesses. Mas não é por isso que +esses programas existem.</p> + +<h3>Desenvolvimentos inesperados</h3> +<p> +No início do Projeto GNU, eu imaginei que iríamos desenvolver todo o sistema +GNU e então liberá-lo como um todo. Não foi assim que aconteceu.</p> +<p> +Dado que cada componente do sistema GNU foi implementado em um sistema Unix, +cada componente podia ser executado em sistemas Unix muito antes de existir +um sistema GNU completo. Alguns desses programas se tornaram populares, e os +usuários começaram a estendê-los e portá-los — para as várias versões +incompatíveis do Unix, e às vezes para outros sistemas também.</p> +<p> +O processo fez esses programas muito mais poderoso, e atraiu tanto fundos +quanto contribuidores para o projeto GNU. Mas provavelmente também atrasou a +conclusão de um sistema funcional mínimo por vários anos, como o tempo dos +desenvolvedores GNU foi usado para manter essas portagens e adicionar +recursos aos componentes existentes, ao invés de continuar escrevendo os +componentes que faltavam, um após o outro.</p> + +<h3>O GNU Hurd</h3> +<p> +Em 1990, o sistema GNU estava quase completo; o único grande componente que +faltava era o núcleo. Havíamos decidido implementar nosso núcleo como uma +coleção de processos servidores rodando em cima do Mach. Mach é um +micronúcleo (microkernel) desenvolvido na Carnegie Mellon University e +depois na Universidade de Utah; o GNU Hurd é um conjunto de servidores (ou +seja, um rebanho de GNUs), que executam sobre o Mach, e proveem os vários +serviços atribuídos ao núcleo do Unix. O início do desenvolvimento foi +adiado enquanto esperávamos pelo lançamento do Mach como software livre, +como havia sido prometido.</p> +<p> +Uma das razões para escolher este design era evitar o que parecia ser a +parte mais difícil do trabalho: depurar o núcleo sem contar com um depurador +de código fonte para fazê-lo. Esta parte do trabalho já havia sido feita, no +Mach, e esperávamos para depurar os servidores do Hurd como programas de +usuário, com o GDB. Mas levou muito tempo para que isso seja possível, e os +servidores de múltiplas linhas de execução que enviam mensagens uns aos +outros acabaram por ser muito difíceis de se depurar. Fazer o Hurd funcionar +de maneira sólida demorou muitos anos.</p> + +<h3>Alix</h3> +<p> +O kernel do GNU não seria originalmente chamado de Hurd. Seu nome original +era Alix — o nome da mulher que era minha namorada na época. Ela, uma +administradora de sistemas Unix, nos fez notar como seu nome seguia o padrão +de nomenclatura comum para as versões do sistema Unix; como uma brincadeira, +ela disse aos seus amigos, “Alguém deveria dar meu nome a um núcleo”. Eu não +disse nada, mas decidi surpreendê-la com um núcleo chamado Alix.</p> +<p> +Mas isso não ficou assim. Michael (agora Thomas) Bushnell, o principal +desenvolvedor do kernel, preferiu o nome de Hurd, e redefiniu Alix para se +referir a uma determinada parte do kernel — a parte que intercepta as +chamadas de sistema e as trata através do envio de mensagens para os +servidores do Hurd.</p> +<p> +Mais tarde, Alix e eu terminamos, e ela mudou seu nome; de forma +independente, o design do Hurd foi alterado para que a biblioteca C enviasse +mensagens diretamente aos servidores, e isso fez com que o componente Alix +desaparecesse do design.</p> +<p> +Mas antes destas coisas acontecerem, um amigo dela se deparou com o nome +Alix no código-fonte do Hurd, e mencionou a ela. Então ela teve a chance de +encontrar um kernel com o seu nome.</p> + +<h3>Linux e GNU/Linux</h3> +<p> +O GNU Hurd não está pronto para o uso em produção, e não sabemos se um dia +estará. O design baseado em capacidade (capability-based design) tem +problemas que são resultados diretos da flexibilidade do design, e não está +claro se soluções existem.</p> + +<p> +Felizmente, outro núcleo está disponível. Em 1991, Linus Torvalds +desenvolveu um núcleo compatível com o Unix e o chamou Linux. Este era +privativo no início, mas em 1992, ele o tornou software livre; a combinação +do Linux com o não-exatamente-completo sistema GNU resultou em um sistema +operacional livre completo. (Combinar ambos era um trabalho substancial em +si mesmo, é claro). É graças ao Linux que podemos de fato executar uma +versão do sistema GNU hoje em dia.</p> +<p> +Nós chamamos esta versão do sistema <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>, para expressar sua composição +como a combinação do sistema GNU com o núcleo Linux. Por favor, não caia na +prática de chamar o sistema como um todo de “Linux”, já que isso significa a +atribuição do nosso trabalho à outra pessoa. Por favor, <a +href="/gnu/gnu-linux-faq.html">nos dê menção igual</a>.</p> + +<h3>Desafios para o futuro</h3> +<p> +Nós provamos nossa capacidade de desenvolver um amplo espectro de software +livre. Isso não significa que somos invencíveis e que não podemos ser +detidos. Vários desafios fazem com que o futuro do software livre seja +incerto; enfrentá-los vai exigir esforço firme e muita resistência, às vezes +durante anos. Exigirá o tipo de determinação que as pessoas mostram quando +elas valorizam a sua liberdade e não deixam ninguém levá-la embora.</p> +<p> +As quatro seções seguintes abordam esses desafios.</p> + +<h3>Hardware secreto</h3> +<p> +Os fabricantes de hardware tendem cada vez mais a manter as especificações +de hardware secretas. Isso torna difícil o desenvolvimento de controladores +livres para que o Linux e o XFree86 possam suportar novo hardware. Temos +sistemas livres completos hoje, mas não vamos tê-los amanhã, se não pudermos +dar suporte aos computadores do futuro.</p> +<p> +Há duas maneiras de lidar com este problema. Os programadores podem fazer +engenharia reversa para descobrir como suportar o hardware. O resto de nós +pode escolher o hardware que é suportado pelo software livre; conforme o +nosso número aumenta, o sigilo das especificações se tornará uma política de +auto-destrutiva.</p> +<p> +A engenharia reversa é um grande trabalho; teremos programadores com +determinação suficiente para realizá-lo? Sim — se nós construirmos um forte +sentimento de que o software livre é uma questão de princípios, e os +controladores não livres são intoleráveis. E irá um grande número de pessoas +gastar dinheiro extra, ou até mesmo um pouco de tempo extra, para que possam +usar controladores livres? Sim, se a determinação de ter liberdade for +generalizada.</p> +<p> +(nota de 2008: este problema estende-se também à BIOS. Há uma BIOS livre, <a +href="http://www.libreboot.org/">LibreBoot</a> (uma distribuição do +coreboot); o problema está em conseguir especificações para as máquinas de +modo que LibreBoot possa suportá-las sem “blobs” não livres).</p> + +<h3>Bibliotecas não livres</h3> +<p> +Uma biblioteca não livre que funciona em sistemas operacionais livres age +como uma armadilha para os desenvolvedores do software livre. Recursos +atraentes da biblioteca são a isca; se você usar a biblioteca, você cai na +armadilha, porque o programa não pode ser parte útil de um sistema +operacional livre. (Estritamente falando, poderíamos incluir o seu programa, +mas ele não <em>executaria</em> com a biblioteca em falta). Ainda pior, se +um programa que usa a biblioteca privativa se torna popular, ele pode atrair +outros programadores desavisados para a armadilha.</p> +<p> +A primeira instância desse problema era o kit de ferramentas Motif, nos anos +80. Embora ainda não houvesse sistemas operacionais livres, ficava claro o +problema que a Motif causaria para eles mais tarde. O Projeto GNU respondeu +de duas formas: pedindo aos projetos de software livre individuais para dar +suporte aos widgets do kit de ferramentas livre do X tão bem quanto a Motif, +e pedindo a alguém para escrever um substituto livre para a Motif. O +trabalho levou muitos anos; LessTif, desenvolvida pelos Hungry Programmers +(Programadores Famintos), tornou-se poderosa o suficiente para dar suporte a +maioria das aplicações Motif apenas em 1997.</p> +<p> +Entre 1996 e 1998, uma outra biblioteca não livre de kit de ferramentas para +<abbr title="Graphical User Interface">GUI</abbr>, chamada Qt, foi usada em +uma coleção substancial de software livre, o <abbr title="K Desktop +Environment">KDE</abbr>.</p> +<p> +Sistemas livres GNU/Linux foram incapazes de usar o KDE, porque não podíamos +usar a biblioteca. No entanto, alguns distribuidores comerciais do sistemas +GNU/Linux que não eram rigorosos a respeito do software livre adicionaram o +KDE aos seus sistemas − produzindo um sistema com mais recursos, mas menos +liberdade. O grupo KDE estava encorajando ativamente mais programadores a +usar Qt, e milhões de novos “usuários Linux” nunca tinham sido expostos à +ideia de que havia algum problema nisso. A situação era desesperadora.</p> +<p> +A comunidade do software livre respondeu ao problema de duas formas: GNOME e +Harmony (Harmonia).</p> +<p> +GNOME, o Ambiente de Modelos de Objetos de Rede GNU (GNU Network Object +Model Environment), é o projeto de área de trabalho do GNU. Iniciado em 1997 +por Miguel de Icaza, e desenvolvido com o apoio da Red Hat Software, o GNOME +busca fornecer instalações de área de trabalho semelhantes, mas usando +exclusivamente software livre. Ele tem vantagens técnicas também, tais como +suportar uma variedade de linguagens, não apenas C++. Mas o seu principal +objectivo era a liberdade: não exigir a utilização de qualquer software não +livre.</p> +<p> +Harmony é uma biblioteca substituta compatível, projetada para tornar +possível executar software KDE sem usar Qt.</p> +<p> +Em novembro de 1998, os desenvolvedores da Qt anunciaram uma mudança de +licença que, quando realizada, deverá fazer da Qt software livre. Não há +maneira de ter certeza, mas eu acho que isso foi em parte devido à resposta +firme da comunidade ao problema que a Qt causou quando era não livre. (A +nova licença é inconveniente e injusta, por isso, continua a ser desejável +evitar o uso da Qt).</p> +<p> +[Nota subsequente: em setembro de 2000, Qt foi relançada sob a GNU GPL, o +que essencialmente resolveu este problema].</p> +<p> +Como vamos responder à próxima tentadora biblioteca não livre? Irá toda a +comunidade entender a necessidade de ficar longe da armadilha? Ou será que +muitos de nós desistiremos da liberdade por conveniência, e produziremos um +problema maior? Nosso futuro depende de nossa filosofia.</p> + +<h3>As patentes de software</h3> +<p> +A pior ameaça que enfrentamos vem de patentes de software, que podem colocar +algoritmos e funcionalidades fora do alcance do software livre por até 20 +anos. As patentes do algoritmo de compressão LZW foram aplicadas em 1983, e +nós ainda não podemos liberar software livre que produza adequadamente <abbr +title="Graphics Interchange Format">GIF</abbr>s comprimidos. [Em 2009 elas +expiraram]. Em 1998, um programa livre para produzir áudio comprimido em +<abbr title="MPEG-1 Audio Layer 3">MP3</abbr> foi impedido de ser +distribuído sob a ameaça de um processo de patente. [Desde 2017, essas +patentes expiraram. Veja quanto tempo tivemos que esperar.] +</p> +<p> +Existem maneiras de lidar com as patentes: podemos procurar evidências de +que uma patente é inválida, e nós podemos procurar formas alternativas para +realizar uma tarefa. Mas esses métodos funcionam apenas algumas vezes; +quando ambos falham, uma patente pode forçar o software livre a deixar a +desejar com respeito a uma funcionalidade que os usuários querem. Após uma +longa espera, as patentes expiram, mas o que vamos fazer até então?</p> +<p> +Aqueles de nós que valorizam o software livre por amor à liberdade vão ficar +com software livre de qualquer maneira. Vamos conseguir realizar as tarefas +sem as funcionalidades patenteadas. Mas aqueles que valorizam o software +livre porque esperam que ele seja tecnicamente superior tendem a chamá-lo de +fracasso quando uma patente o detém. Assim, embora seja útil falar sobre a +eficácia prática do modelo de desenvolvimento “bazar”, bem como a +confiabilidade e poder de alguns softwares livres, não devemos parar por +aí. Temos que falar sobre liberdade e princípio.</p> + +<h3>Documentação livre</h3> +<p> +A maior deficiência nos sistemas operacionais livres não está no software — +é a falta de bons manuais livres que possamos incluir em nossos sistemas. A +documentação é uma parte essencial de qualquer pacote de software; quando um +importante pacote de software livre não vem com um bom manual livre, essa é +uma grande lacuna. Temos muitas dessas lacunas hoje.</p> +<p> +Documentação livre, como o software livre, é uma questão de liberdade, não +de preço. O critério para um manual livre é praticamente o mesmo que para o +software livre: é uma questão de dar a todos os usuários certas +liberdades. Redistribuição (incluindo a venda comercial) deve ser permitida, +on-line e em papel, de modo que o manual possa acompanhar cada cópia do +programa.</p> +<p> +Permissão para modificação também é crucial. Como regra geral, eu não +acredito que é essencial que as pessoas tenham permissão para modificar +todos os tipos de artigos e livros. Por exemplo, eu não acho que você ou eu +somos obrigados a dar permissão para modificação de artigos como este, que +descrevem as nossas ações e nossos pontos de vista.</p> +<p> +Mas há uma razão específica porque a liberdade de modificações é crucial +para a documentação do software livre. Quando as pessoas exercerem o seu +direito de modificar o software, e adicionar ou alterar as suas +funcionalidades, se eles forem sensatos irão mudar o manual também — para +que possam fornecer documentação precisa e usável com o programa +modificado. Um manual não livre, que não permite que os programadores sejam +sensatos e terminem o trabalho, não satisfaz as necessidades da nossa +comunidade.</p> +<p> +Alguns tipos de limites sobre como as modificações são feitas não +representam qualquer problema. Por exemplo, os requisitos para preservar +aviso de direitos autorais do autor original, os termos de distribuição, ou +a lista de autores, são aceitáveis. Também não é problema exigir que versões +modificadas incluam um aviso identificando-as como tal, ou mesmo ter seções +inteiras que não podem ser excluídas ou alteradas, desde que essas seções +lidem com tópicos não técnicos. Esses tipos de restrições não são um +problema, porque elas não impedem o programador consciente de adaptar o +manual para corresponder ao programa modificado. Em outras palavras, elas +não impedem a comunidade de software livre de fazer pleno uso do manual.</p> +<p> +No entanto, deve ser possível modificar todo o conteúdo <em>técnico</em> do +manual, e depois distribuir o resultado em todos os meios usuais, através de +todos os canais usuais; caso contrário, as restrições obstruem a comunidade, +o manual não é livre, e nós precisamos de outro manual.</p> +<p> +Terão os desenvolvedores de software livre a consciência e determinação para +produzir um espectro completo de manuais livres? Mais uma vez, o nosso +futuro depende da filosofia.</p> + +<h3>Devemos falar sobre liberdade</h3> +<p> +As estimativas atuais são de que existem dez milhões de usuários do sistemas +GNU/Linux, como Debian GNU/Linux e Red Hat “Linux”. O software livre tem +desenvolvido tamanhas vantagens práticas que os usuários estão migrando para +ele por razões puramente práticas.</p> +<p> +As boas consequências disto são evidentes: mais interesse no desenvolvimento +do software livre, mais clientes para as empresas do software livre, e mais +capacidade de incentivar as empresas a desenvolver software livre comercial, +em vez de produtos de software privativo.</p> +<p> +Mas o interesse no software está crescendo mais rápido do que a consciência +na filosofia sobre a qual ele se baseia, e isso leva a problemas. A nossa +capacidade para enfrentar os desafios e ameaças descritas acima depende da +vontade de defender firmemente a liberdade. Para nos certificarmos de que +nossa comunidade tem essa vontade, precisamos difundir a ideia para os novos +usuários conforme eles chegam à nossa comunidade.</p> +<p> +Mas não estamos conseguindo fazê-lo: os esforços para atrair novos usuários +para nossa comunidade estão superando de longe os esforços para ensiná-los a +educação cívica da nossa comunidade. Precisamos fazer as duas coisas, e +precisamos manter os dois esforços em equilíbrio.</p> + +<h3>“Código Aberto” (“Open Source”)</h3> +<p> +Ensinar novos usuários sobre a liberdade tornou-se mais difícil em 1998, +quando uma parte da comunidade decidiu parar de usar o termo “software +livre” (free software) e, em vez disso, começou a dizer “código aberto” +(open source).</p> +<p> +Alguns que favoreceram este termo visaram evitar a confusão de “livre” com +“grátis” — um objetivo válido. Outros, no entanto, com o objetivo de anular +os princípios que haviam motivado o movimento do software livre e o projeto +GNU, atraíram executivos e usuários de negócios, muitos dos quais carregam +uma ideologia que coloca o lucro acima da liberdade, acima da comunidade, +acima dos princípios. Assim, a retórica do “código aberto” incide sobre o +potencial de fazer software poderoso e de alta qualidade, mas evita as +ideias de liberdade, comunidade e princípios.</p> +<p> +As revistas do “Linux” são um exemplo claro disso — eles estão cheias de +anúncios de software privativo, que funciona com GNU/Linux. Quando a próxima +Motif ou Qt aparecer, irão essas revistas alertar os programadores, ou será +que vão exibir anúncios dela?</p> +<p> +Aparte dos demais fatores o apoio das empresas pode contribuir para a +comunidade de muitas maneiras e é útil. Mas ganhar o apoio deles, falando +menos ainda sobre liberdade e princípios pode ser desastroso; isso faz o +desequilíbrio entre divulgação e educação cívica ainda pior.</p> +<p> +“Software livre” e “código aberto” descrevem a mesma categoria de software, +mais ou menos, mas dizem coisas diferentes sobre o software, e sobre +valores. O Projeto GNU continua a usar o termo “software livre”, para +expressar a ideia de que liberdade, não apenas tecnologia, é importante.</p> + +<h3>Tente!</h3> +<p> +O aforismo de Yoda (“‘Tentar’ não há”) soa bem, mas ele não funciona para +mim. Eu tenho feito a maior parte do meu trabalho com a ansiedade de não +saber se eu teria sucesso, e sem a certeza de que ter sucessor seria +suficiente para atingir a meta. Mas eu tentei de qualquer maneira, porque +não havia ninguém além de mim entre o inimigo e minha cidade. Para minha +surpresa, algumas vezes eu tive sucesso.</p> +<p> +Algumas vezes eu falhei; e algumas das minhas cidades desmoronaram. Então eu +encontrava outra cidade ameaçada, e me preparava para outra batalha. Com o +tempo, aprendi a olhar para as ameaças e colocar-me entre elas e minha +cidade, convidando outros hackers para vir e se juntar a mim.</p> +<p> +Hoje em dia, muitas vezes eu não sou o único. É um alívio e uma alegria +quando vejo um regimento de hackers cavando para manter as trincheiras, e eu +percebo que esta cidade pode sobreviver — por enquanto. Mas os perigos são +maiores a cada ano, e agora a Microsoft está explicitamente alvejando nossa +comunidade. Nós não podemos tomar o futuro da liberdade por garantido. Não +tome por garantido! Se você quiser manter sua liberdade, você deve estar +preparado para defendê-la.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<h3>Notas do tradutor</h3> +<ol> +<li id="TransNote1">Em inglês a palavra “free” é ambígua e pode significar +tanto “livre” quanto “gratuito”.</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. 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Parece que a campanha de pressão lançada por esse artigo foi +parcialmente bem-sucedida. Mesmo assim, oferecer o recurso spyware de +pesquisa como uma opção ainda é um problema, como explicado abaixo. Ubuntu +deve tornar a pesquisa na rede um comando que usuários podem executar de +tempo em tempo, e não uma opção semipermanente para usuários habilitarem (e, +provavelmente, esquecer). +</p> + +<p>Ainda que a situação fática descrita no restante desta página tenha sido +parcialmente alterada, a página ainda é importante. Esse exemplo deve +ensinar a nossa comunidade a não fazer esse tipo de coisa novamente, mas +para que isso aconteça, devemos continuar a falar sobre isso.</p> +</blockquote> +<div class="column-limit"></div> + +<p>Uma das maiores vantagens do software livre é que a comunidade protege os +usuários contra software malicioso. Agora, o Ubuntu <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html"> GNU/Linux</a> tornou-se um contraexemplo. O +que devemos fazer?</p> + +<p>Software proprietário está associado a tratamento malicioso do usuário: +código para vigilância, algemas digitais (DRM ou Gestão Digital de +Restrições) para restringir usuários e portas dos fundos [back doors] que +podem fazer coisas detestáveis por controle remoto. Programas que fazem +qualquer uma dessas coisas são malware e devem ser tratados como +tal. Exemplos amplamente usados incluem Windows, os <a +href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">iCoisas</a> e o Amazon +“Kindle”, produto para queima virtual de livros<sup><a +href="#TransNote1">1</a></sup>, que fazem todas as três coisas; Macintosh e +Playstation III, que impõem DRM; a maioria dos telefones portáteis, que +praticam espionagem e contêm portas dos fundos; Adobe Flash Player, que faz +espionagem e executa DRM; e uma grande quantidade de aplicativos para +iCoisas e Android, que são culpáveis por uma ou mais dessas detestáveis +práticas.</p> + +<p><a href="/philosophy/free-software-even-more-important.html"> Software livre +dá aos usuários a chance de se protegerem contra comportamentos maliciosos +de softwares</a>. Ainda melhor, usualmente a comunidade protege a todos, e a +maioria dos usuários não precisa mover um músculo. Eis aqui como isso +funciona.</p> + +<p>De vez em quando, usuários que sabem programar descobrem que um programa +livre tem código malicioso. Geralmente a próxima coisa que eles fazem é +publicar uma versão corrigida do programa; com as quatro liberdades que +definem software livre (veja <a +href="/philosophy/free-sw.html">https://www.gnu.org/philosophy/free-sw.html</a>), +eles são livres para fazer isso. Isso é chamado de um “fork” do programa. Em +pouco tempo, a comunidade passa a usar o “fork” corrigido, e a versão +maliciosa é rejeitada. A perspectiva de uma rejeição ignominiosa não é muito +tentadora; daí, na maior parte das vezes, mesmo aqueles que não são contidos +por suas consciências ou pela pressão social desistem de colocar recursos +malignos em software livre.</p> + +<p>Mas nem sempre. Ubuntu, uma distribuição de <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> amplamente usada e influente, +instalou código para vigilância. Quando o usuário pesquisa seus próprios +arquivos locais por uma palavra ou expressão, usando o desktop do Ubuntu, o +Ubuntu envia o termo pesquisado para um dos servidores da +Canonical. (Canonical é a companhia que desenvolve o Ubuntu.)</p> + +<p>Isso é exatamente como a primeira prática de vigilância da qual tive notícia +no Windows. Meu antigo amigo Fravia me disse que quando ele pesquisava por +uma expressão nos arquivos do seu sistema Windows, um pacote era enviado +para algum servidor, o que foi detectado pelo seu firewall. Dado aquele +primeiro exemplo, eu prestei atenção e aprendi sobre a propensão de software +proprietário “conceituado” a ser malware. Talvez não seja por coincidência +que Ubuntu envie a mesma informação.</p> + +<p>Ubuntu usa informações sobre pesquisas para mostrar ao usuário anúncios para +comprar várias coisas da Amazon. <a +href="http://stallman.org/amazon.html">Amazon faz muitas coisas erradas</a>; +ao promover a Amazon, a Canonical contribui para isso. Contudo, os anúncios +não são o cerne do problema. A questão principal é a espionagem. A Canonical +diz que não repassa à Amazon quem pesquisou sobre o quê. No entanto, é tão +ruim a Canonical coletar suas informações pessoais quanto seria se a Amazon +as coletasse. A vigilância do Ubuntu <a +href="https://jagadees.wordpress.com/2014/08/27/ubuntu-dash-search-is-not-anonymous/">não +é anônima</a>.</p> + +<p>Com certeza, alguém fará uma versão modificada do Ubuntu sem essa +vigilância. De fato, várias distros GNU/Linux são versões modificadas do +Ubuntu. Quando elas se atualizarem para a última versão do Ubuntu como base, +espero que elas removam isso. A Canonical certamente espera por isso, +também.</p> + +<p>A maioria dos desenvolvedores de software livre abandonaria um tal plano +dada a perspectiva de uma mudança em massa para a versão corrigida feita por +outrem. Mas a Canonical não abandonou o spyware do Ubuntu. Talvez a +Canonical imagine que o nome “Ubuntu” tem tanto impulso e influência que ela +pode evitar as consequências usuais e seguir em frente com a vigilância.</p> + +<p>A Canonical diz que esse recurso pesquisa a internet de outras +maneiras. Dependendo dos detalhes, isso pode ou não tornar o problema ainda +maior, mas não menor.</p> + +<p>Ubuntu permite que os usuários desativem a vigilância. Claramente, a +Canonical pensa que muitos usuários de Ubuntu irão deixar essa configuração +no estado original (ligado). E muitos podem fazer isso porque não lhes +ocorre tentar fazer nada a respeito. Daí, a existência daquela possibilidade +de configuração não torna o recurso de vigilância aceitável.</p> + +<p>Mesmo se viesse originalmente desabilitado, o recurso ainda seria perigoso: +“ativação de uma vez por todas” como uma prática arriscada, na qual o risco +varia dependendo dos detalhes, é um convite ao descuido. Para proteger a +privacidade dos usuários, sistemas devem facilitar a prudência: quando um +programa de pesquisa local tem um recurso de rede, deve ser dada ao usuário +a escolha de pesquisar na rede explicitamente <em>a cada vez</em>. Isso é +fácil: tudo o que é preciso é ter botões separados para pesquisa na rede e +pesquisa local, como ocorria nas versões anteriores do Ubuntu. Um recurso de +pesquisa na rede também deve informar ao usuário claramente e concretamente +quem irá receber qual informação pessoal dele, quando e se ele usar o +recurso.</p> + +<p>Se uma parte suficiente dos formadores de opinião de nossa comunidade +enxergarem essa questão em termos pessoais apenas, se eles desativarem a +vigilância para si mesmos e continuarem a promover o Ubuntu, a Canonical +poderá mantê-la. Isso seria uma grande perda para a comunidade de software +livre.</p> + +<p>Nós que apresentamos software livre como uma defesa contra malware não +dizemos que a defesa seja perfeita. Não se conhece nenhuma defesa +perfeita. Nós não dizemos que a comunidade vai deter malware <em>sem +falhar</em>. Daí, estritamente falando, o exemplo do malware do Ubuntu não +significa que tenhamos que engolir nossas palavras.</p> + +<p>Mas há mais coisas em questão aqui do que alguns de nós termos que engolir +algumas palavras. O que está em questão é se nossa comunidade é efetivamente +capaz de usar o argumento baseado no spyware proprietário. Se nós pudermos +apenas dizer “software livre não espiona você, exceto o Ubuntu,” isso será +muito menos potente do que dizer “software livre não espiona você.”</p> + +<p>Cumpre a nós dar à Canonical o rechaço que for necessário para fazê-la parar +com isso. Qualquer desculpa que Canonical ofereça será inadequada; mesmo que +ela usasse todo o dinheiro recebido da Amazon para desenvolver software +livre, isso dificilmente compensaria o que o software livre vai perder se +ele cessar de oferecer uma maneira efetiva de evitar abusos contra os +usuários.</p> + +<p>Sempre que você for recomendar ou redistribuir GNU/Linux, por favor remova +Ubuntu da lista de distros que você recomenda ou redistribui. Se a prática +do Ubuntu de instalar e recomendar software não livre não o convencer a +parar, que isso o convença. Em seus festivais de instalação, em seus eventos +para o Dia da Liberdade de Software [Software Freedom Day], em seus eventos +do FLISOL, não instale nem recomende Ubuntu. Ao invés disso, diga às pessoas +que Ubuntu deve ser evitado por espionagem.</p> + +<p>Você também pode aproveitar a ocasião para dizer a elas que Ubuntu contém +programas não livres e sugere outros programas não livres. (Veja <a +href="/distros/common-distros.html">http://www.gnu.org/distros/common-distros.html</a>.) +Isso vai contrapor a outra forma de influência negativa que Ubuntu exerce na +comunidade de software livre: a legitimação de software não livre.</p> + +<blockquote class="important"> +<p> +A presença de software não livre no Ubuntu é uma questão ética +separada. Para que Ubuntu seja ético, isso também deve ser corrigido. +</p> +</blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li id="TransNote1"><em>kindle</em> significa acender, inflamar</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2012, 2016, 2017, 2018, 2019 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Hudson Flávio Meneses Lacerda, 2014; +Rafael Fontenelle +<a href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/university.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/university.html new file mode 100644 index 0000000..df2c9d3 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/university.html @@ -0,0 +1,206 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/university.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Lance Software Livre Caso Você Trabalhe em uma Universidade - Projeto GNU - +Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/university.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Lance Software Livre Caso Você Trabalhe em uma Universidade</h2> + +<p> +Nós, do movimento pelo software livre (“free software movement”), +acreditamos que os usuários de computador devem ter a liberdade de modificar +e redistribuir os softwares que eles usam. O “free” de “free software” +refere-se a liberdade: isso significa que os usuários têm a liberdade para +executar, modificar e redistribuir os softwares. O software livre contribui +para o aperfeiçoamento do conhecimento humano, ao contrário dos softwares +não livres. As universidades devem, portanto, encorajar o desenvolvimento de +software livre para o bem dos avanços do conhecimento humano, da mesma +maneira que eles encorajam seus cientistas e outros estudiosos a publicar +seus trabalhos.</p> + +<p> +Porém muitos administradores de universidades têm uma atitude conservadora +em relação ao software (e também em relação à ciência). Eles veem os +programas como uma oportunidade para obter lucro, não como uma oportunidade +para contribuir para o conhecimento humano. Os desenvolvedores de software +livre vêm lidando com essa situação nos últimos 20 anos.</p> + +<p> +Quando eu iniciei o desenvolvimento do <a +href="/gnu/thegnuproject.html">sistema operacional GNU</a>, em 1984, minha +primeira decisão foi pedir demissão de meu trabalho no MIT. Fiz isso +especificamente para que o escritório de licenciamento do MIT não +interferisse no lançamento do GNU como um software livre. Eu havia planejado +uma estratégia para licenciar os programas no GNU de modo que garantisse que +todas as versões modificadas também fossem software livre – uma +abordagem que se formalizou como a <a href="/licenses/gpl.html">Licença +Pública Geral GNU</a> (GNU GPL) – e eu não queria ter que implorar +para a administração do MIT para me deixar usá-la.</p> + +<p> +Ao longo dos anos, funcionários de várias universidades têm vindo à Free +Software Foundation para pedir conselhos de como evitar o controle dos +administradores que veem software apenas como algo para se vender. Um método +muito eficaz, aplicável também para projetos já em desenvolvimento, é basear +seu trabalho em um programa já existente e lançado sob a GNU GPL. Então, +você pode falar para os administradores: “Nós não temos permissão para +lançar uma versão modificada a menos que ela use a GNU GPL – qualquer +outra licença estaríamos infringindo o copyright”. Depois de ver os cifrões +de dólar desvanecerem na frente dos seus olhos, eles geralmente concordam em +lançar como um software livre.</p> + +<p> +Você também pode pedir ajuda ao financiador do seu projeto. Quando um grupo +da NYU (Universidade de Nova York) desenvolveu o GNU Ada Compiler, com o +financiamento da Força Aérea Americana, o contrato estabelecia que o código +resultante devia ser doado à Free Software Foundation. Primeiro estabeleça o +acordo com o financiador, depois mostre à administração da universidade que +isso não está aberto a negociação. Eles prefeririam ter um contrato para +desenvolver software livre do que não ter nenhum contrato, então eles muito +provavelmente aceitarão.</p> + +<p> +Seja lá como for, aborde o assunto logo cedo – bem antes do programa +estar quase pronto. Neste ponto, a universidade ainda vai precisar de você, +então você pode fazer jogo duro: diga à administração que você irá terminar +o programa, e torná-lo usável, apenas se eles concordarem em torná-lo um +software livre (e concordar com sua escolha de licença de software +livre). Caso contrário, você irá desenvolvê-lo até o ponto de poder escrever +um artigo científico sobre ele e nunca irá concluir uma versão boa o +suficiente para ser lançado comercialmente. Quando os administradores +perceberem que suas escolhas são ter um software livre com os créditos para +a universidade ou nada, eles irão escolher a primeira opção.</p> +<p> +A FSF algumas vezes consegue persuadir sua universidade a aceitar a Licença +Pública Geral GNU ou aceitar a GPL versão 3. Se você não conseguir fazer +sozinho, por favor nos dê uma chance de ajudá-lo. Envie um e-mail para +licensing@fsf.org e coloque “urgent” no campo de assunto.</p> + +<p> +Nem todas as universidades têm políticas restritivas. A Universidade do +Texas tem uma política que facilita o lançamento de softwares desenvolvidos +lá como software livre sob a Licença Pública Geral GNU. A Univates, no +Brasil, e o Instituto Internacional de Tecnologia da Informação, em +Hyderabad, Índia, têm políticas em favor do lançamento de software sob a +GPL. Tendo o apoio do corpo docente, você terá mais chance de instituir tal +política na sua universidade. Apresente a questão como um princípio: a +universidade tem como missão contribuir para o avanço do conhecimento humano +ou seu único propósito é perpetuar a si própria?</p> + +<p> +Na persuasão da universidade, ajuda abordar a questão com determinação e +baseado em uma perspectiva ética, como nós fazemos no movimento software +livre. Para tratar o público eticamente, os software devem ser livres para +todas as pessoas.</p> + +<p> +Muitos desenvolvedores de software livre apresentam argumentos estritamente +práticos para fazê-lo: eles defendem a permissão de outros compartilharem e +alterarem software como uma forma de torná-lo mais poderoso e confiável. Se +esses valores lhe motivarem a desenvolver software livre, tudo bem, +agradecemos sua contribuição. Mas esses valores não são suficientes para +manter sua posição firme quando os administradores da universidade lhe +pressionarem ou persuadirem a tornar seu programa não livre.</p> + +<p> +Por exemplo, eles podem argumentar que “nós podemos torná-lo ainda mais +poderoso e confiável com o dinheiro que vamos ganhar com ele”. Essa alegação +pode ou não se tornar realidade no final, mas é difícil provar o contrário +antecipadamente. Eles podem inclusive sugerir uma licença para oferecer +cópias “grátis, somente para uso acadêmico”, o que diria ao público geral +que eles não merecem liberdade e argumentaria que você obteria a cooperação +da academia, o que é tudo (segundo eles) que você precisa.</p> + +<p> +Se você partir de valores de apenas conveniência, é difícil dar uma boa +razão para rejeitar essas propostas, mas você poderá fazer isso com +facilidade se basear sua motivação em valores éticos e políticos. De que +vale desenvolver um programa poderoso e confiável aos custos da liberdade +dos usuários? A liberdade não deveria se aplicar fora da academia assim como +dentro dela? As respostas são óbvias se a liberdade e a comunidade forem os +seus objetivos. O software livre respeita a liberdade dos usuários, enquanto +softwares não livres a negam.</p> + +<p> +Nada fortalece mais sua posição do que saber que a liberdade de sua +comunidade depende, em alguma instância, de você.</p> + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Free +Software, Free Society: The Selected Essays of Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<p>Copyright © 2002 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Estados Unidos</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Cláudio Machado <a +href="mailto:claudio.machado@bol.com.br"><claudio.machado@bol.com.br></a>, +2002. Rafael Fontenelle <a href="mailto:rafaelff@gnome.org"> +<rafaelff@gnome.org></a>, 2018-2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/upgrade-windows.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/upgrade-windows.html new file mode 100644 index 0000000..cf93d37 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/upgrade-windows.html @@ -0,0 +1,131 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/upgrade-windows.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.87 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Qual é a forma correta de atualizar uma instalação do Windows? - GNU Project +- Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/upgrade-windows.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Qual é a forma correta de atualizar uma instalação do Windows?</h2> + +<p>por Richard Stallman</p> + +<p>É comum no campo da computação incitar os usuários a “atualizar” para +versões mais recentes do Windows (e outros programas não livres) para obter +correções de “segurança”. Esta conclusão se baseia na suposição de que esses +programas são softwares honestos, projetados para tratar o adequadamente do +usuário. Nós não esperamos que seja o caso, e sabemos que não é o caso do +Windows. Portanto, fazemos uma recomendação diferente.</p> + +<p>Na verdade, versões mais recentes do Windows têm <em>exploits</em> antes de +serem lançadas. Eles são projetados com vários tipos de funcionalidades +maliciosas; veja “<a href="/proprietary/malware-microsoft.html">O Software +da Microsoft é Malware</a>”.</p> + +<p>Versões mais recentes do Windows contêm funcionalidades maliciosas +adicionais; eles dão à Microsoft mais poder sobre os usuários. Essa é uma +razão para não mudar para uma versão mais recente. Para alguns usuários, a +mudança para uma versão mais nova pode exigir uma recompensa para a +Microsoft em dinheiro e até mesmo a compra de um novo computador. Nós +dificilmente queremos encorajar isso!</p> + +<p>Portanto, recusamos oferecer suporte à Microsoft, solicitando aos usuários +que migrem para versões mais recentes; nós não tratamos as falhas não +intencionais do Windows como mais importantes que as intencionais.</p> + +<p>Nosso conselho para aqueles que usam qualquer versão do Windows é para <a +href="https://upgradefromwindows.org">atualizar para o GNU/Linux</a>.</p> + +<p>O suporte a pacotes GNU em qualquer versão do Windows (ou em sistemas que +não sejam do tipo GNU) não faz parte da missão central do Projeto GNU. Nosso +slogan é “Funciona melhor no GNU/Linux”. Nós cooperamos com os usuários que +desejam manter esse suporte, porque também podemos cooperar quando não for +difícil. Não temos responsabilidade de continuar fazendo isso, mas enquanto +for viável e não nos atrasar, não temos motivos para parar.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2019 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/use-free-software.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/use-free-software.html new file mode 100644 index 0000000..5bd84d5 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/use-free-software.html @@ -0,0 +1,222 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/use-free-software.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>A comunidade do Software Livre após 20 anos - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/use-free-software.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>A comunidade do Software Livre após 20 anos: <br /> +Com grande sucesso, mas incompleto, e agora?</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> + +<p> +Foi em 5 de janeiro de 1984, vinte anos atrás, que eu larguei meu emprego no +MIT para começar a desenvolver um sistema operacional de software livre, o +<a href="/gnu/the-gnu-project.html">GNU</a>. Embora nunca tenhamos lançado +um sistema GNU completo adequado para uso em produção, uma variante do +sistema GNU é agora usada por dezenas de milhões de pessoas que na maioria +das vezes não sabem que é assim. Software livre não significa +“grátis”<sup><a id="TransNote1-rev" href="#TransNote1">1</a></sup>; +significa que os usuários são livres para executar o programa, estudar o +código-fonte, alterá-lo e redistribuí-lo com ou sem alterações, +gratuitamente ou por uma taxa.</p> + +<p> +Minha esperança era que um sistema operacional livre abrisse um caminho para +escapar para sempre do sistema de subjugação que é software proprietário. Eu +tinha experimentado a feiura do modo de vida que o software não livre impõe +aos seus usuários e eu estava determinado a escapar e dar aos outros uma +maneira de escapar.</p> + +<p> +O software não livre traz consigo um sistema antissocial que proíbe +cooperação e comunidade. Você normalmente não consegue ver o código-fonte; +você não pode dizer quais truques desagradáveis, ou quais erros tolos, ele +pode conter. Se você não gosta, você é incapaz de mudar isso. Pior de tudo, +você está proibido de compartilhá-lo com outras pessoas. Proibir o +compartilhamento de software é cortar os laços da sociedade.</p> + +<p> +Hoje temos uma grande comunidade de usuários que executam GNU, Linux e +outros softwares livres. Milhares de pessoas gostariam de estender isso e +adotaram o objetivo de convencer mais usuários de computadores a “usar +software livre”. Mas o que significa “usar software livre”? Isso significa +escapar do software proprietário ou simplesmente instalar programas livres +ao lado dele? Estamos com o objetivo de levar as pessoas à liberdade ou +apenas apresentá-las ao nosso código? Em outras palavras, estamos +trabalhando pela liberdade ou substituímos esse objetivo pelo objetivo +superficial da popularidade?</p> + +<p> +É fácil adquirir o hábito de ignorar essa distinção, porque em muitas +situações comuns não faz diferença. Quando você está tentando convencer uma +pessoa a experimentar um programa livre, ou para instalar o <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">sistema operacional GNU/Linux</a>, qualquer +objetivo levaria para a mesma conduta prática. No entanto, em outras +situações, os dois objetivos inspiram ações muito diferentes.</p> + +<p> +Por exemplo, o que devemos dizer quando o driver de vídeo não livre da +Invidious<sup><a id="TransNote2-rev" href="#TransNote2">2</a></sup>, o banco +de dados não livre da Prophecy<sup><a id="TransNote3-rev" +href="#TransNote3">3</a></sup> ou o interpretador e bibliotecas não livres +da linguagem Indonésia são lançados em uma versão que funciona no GNU/Linux? +Devemos agradecer aos desenvolvedores por este “apoio” para o nosso sistema +ou deveríamos considerar este programa não livre como qualquer outro – +como um incômodo atrativo, uma tentação de aceitar a servidão, um problema a +ser resolvido?</p> + +<p> +Se você tomar como objetivo o aumento da popularidade de certos softwares +livres, se você procurar convencer mais pessoas a usar alguns programas +livres o tempo todo, você pode pensar que esses programas não livres são +contribuições úteis para esse objetivo. É difícil contestar a alegação de +que sua disponibilidade ajuda a tornar o GNU/Linux mais popular. Se o uso +generalizado do GNU ou Linux é o objetivo final da nossa comunidade, devemos +aplaudir logicamente todos os aplicativos que são executados, sejam livres +ou não.</p> + +<p> +Mas se o nosso objetivo é a liberdade, isso muda tudo. Os usuários não podem +ser livres enquanto usarem de um programa não livre. Para libertar os +cidadãos do ciberespaço, temos que substituir os programas não livres, não +aceitá-los. Eles não são contribuições para a nossa comunidade, são +tentações para se contentar com a contínua falta de liberdade.</p> + +<p> +Existem duas motivações comuns para desenvolver um programa livre. Uma é que +não há programa para fazer o trabalho. Infelizmente, aceitar o uso de um +programa não livre elimina essa motivação. A outra é a vontade de ser livre, +o que motiva as pessoas a escreverem substitutos livres para programas não +livres. Em casos como esses, esse motivo é o único que pode fazer o +trabalho. Simplesmente usar uma substituição livre nova e inacabada, antes +de se comparar tecnicamente ao modelo não livre, você pode ajudar a +encorajar os desenvolvedores livres a perseverar até que se torne superior.</p> + +<p> +Esses programas não livres não são triviais. Desenvolver substitutos livres +para eles será um grande trabalho; isso pode levar anos. O trabalho pode +precisar da ajuda de futuros hackers, jovens de hoje, pessoas ainda a serem +inspiradas a participar do trabalho sobre software livre. O que podemos +fazer hoje para ajudar a convencer outras pessoas, no futuro, a manter a +determinação e a persistência necessárias para concluir este trabalho?</p> + +<p> +A maneira mais eficaz de fortalecer nossa comunidade para o futuro é +disseminar a compreensão do valor da liberdade – ensinar mais pessoas +a reconhecer a inaceitabilidade moral do software não livre. As pessoas que +valorizam a liberdade são, a longo prazo, sua melhor e essencial defesa.</p> + +<hr /> +<p><strong>Originalmente publicado na Newsforge.</strong></p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li> +<a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> +A palavra inglesa “free” tem dois significados comuns, “livre” e “gratuito” +(ou “grátis”), que podem causar confusão na interpretação do termo “free +software”. Por software livre não significar a mesma coisa que software +gratuito, é comum e necessária a desambiguação nas páginas do GNU em +inglês. Em português, provavelmente não ocorre tal ambiguidade, mas a +distinção permanece relevante. +</li> +<li> +<a id="TransNote2" href="#TransNote2-rev" class="nounderline">↑</a> +<cite>Invidious</cite> (do latim <cite>invidia</cite>, inveja) significa +“que causa ressentimento ou raiva”. Aqui é um jogo de palavras com “nVidia”. +</li> +<li> +<a id="TransNote3" href="#TransNote3-rev" class="nounderline">↑</a> +<cite>Prophecy</cite> (em inglês, profecia) significa “predição do +futuro”. Aqui é um jogo de palavras com “Oracle” (em português, oráculo), +que significa “a divindade consultada ou o sacerdote encarregado da consulta +à divindade e transmissão de suas respostas”. +</li></ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2004, 2017, 2018 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/when-free-depends-on-nonfree.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/when-free-depends-on-nonfree.html new file mode 100644 index 0000000..e8b2810 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/when-free-depends-on-nonfree.html @@ -0,0 +1,200 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/when-free-depends-on-nonfree.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Quando software livre depende de não livre - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/when-free-depends-on-nonfree.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Quando software livre depende de não livre</h2> + + <p>por <strong>Richard Stallman</strong></p> + +<p>Quando um programa é software livre (livre como em liberdade), isso +significa que ele dá a seus usuários as quatro liberdades (<a +href="/philosophy/free-sw.html">gnu.org/philosophy/free-sw.html</a>) para +que controlem o que o programa faz. Na maioria dos casos, isso é suficiente +para que a distribuição do programa seja ética; mas nem sempre. Existem +problemas adicionais que podem surgir em circunstâncias específicas. Este +artigo descreve um problema sutil, em que a atualização do programa livre +requer o uso de um programa não livre.</p> + +<p>Se o uso do programa livre depender inevitavelmente de outro programa que +não é livre, dizemos que o programa livre está “preso”. Seu código é +software livre e você pode copiar partes de seu código em outros programas +livre com resultados bons e éticos. Mas você não deve <em>executar</em> o +programa preso, porque isso implica entregar sua liberdade ao outro programa +não livre.</p> + +<p>Alguém que defende os princípios do software livre não faria conscientemente +um programa preso. No entanto, muitos programas livres são desenvolvidos por +pessoas ou empresas que não apoiam esses princípios ou que não entendem o +problema.</p> + +<p>Dependência de um programa não livre pode assumir várias formas. A forma +mais básica é quando a linguagem de programação usada não tem implementação +livre. Os primeiros programas que escrevi para o sistema GNU nos anos 80, +incluindo GNU Emacs, GDB e GNU Make, tiveram que ser compilados com o +compilador C não livre da AT&T, porque não havia compilador C livre até +que eu escrevesse o GCC. Felizmente, esse tipo de problema é principalmente +uma coisa do passado; agora temos compiladores e plataformas livres para +praticamente todas as linguagens que alguém usa para escrever software +livre.</p> + +<p>Podemos liberar o programa desse tipo de armadilha traduzindo-o para outra +linguagem ou lançando uma implementação livre da linguagem na qual ele está +escrito. Assim, quando uma implementação Java completa e livre tornou-se +disponível, isso liberou todos os programas livres em Java da <a +href="/philosophy/java-trap.html">Armadilha do Java</a>.</p> + +<p>Esse tipo de dependência é conceitualmente simples porque decorre da +situação em um determinado instante no tempo. No momento T, o programa livre +P não será executado sem a plataforma de programação não livre Q. Para +emprestar um termo da linguística, essa relação é “sincrônica”.</p> + +<p>Mais recentemente, vimos outro tipo de dependência em programas de banco de +dados, onde você pode compilar e executar qualquer versão do programa no +mundo livre, mas a atualização da versão N para a versão N+1 requer um +programa não livre.</p> + +<p>Isso acontece porque o formato interno do banco de dados muda da versão N +para a versão N+1. Se você estiver usando seriamente a versão N, +provavelmente terá um grande banco de dados existente no formato da versão +N. Para atualizar para a versão N+1 do software de banco de dados, você +precisa reformatar esse banco de dados.</p> + +<p>Se a maneira que você deve fazer isso é executando um programa proprietário +de reformatação de banco de dados ou usando o serviço do desenvolvedor que é +SaaSS (<a href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">Serviço +como Substituto de Software</a>), o software de banco de dados está preso +– mas de uma maneira mais sutil. Qualquer versão única do programa de +banco de dados pode ser usada sem software não livre ou SaaSS. O problema +surge quando você tenta continuar usando o programa a longo prazo, o que +implica atualizá-lo de tempos em tempos; você não pode usá-lo desta forma +sem algum software não livre ou equivalente. Este programa de banco de dados +está preso ao longo do tempo – podemos chamá-lo de “preso +diacronicamente”, pegando emprestado outro termo da linguística.</p> + +<p>Por exemplo, o programa OpenERP (desde que renomeado “Odoo”), embora livre, +está preso diacronicamente. O <a href="/software/health/">GNU Health</a>, +nosso pacote livre para administrar uma clínica médica, inicialmente usava o +OpenERP. Em 2011, o desenvolvedor do GNU Health, Luis Falcón, descobriu que +a atualização para a próxima versão do OpenERP exigia o envio do banco de +dados (cheio de dados médicos dos pacientes) para o servidor do OpenERP para +reformatação. Isto é SaaSS: requer que o usuário do GNU Health (uma clínica) +confie sua própria computação e seus dados ao desenvolvedor da empresa +OpenERP. Em vez de se curvar, Falcón reescreveu o GNU Health para usar o <a +href="http://www.tryton.org">Tryton</a>.</p> + +<p>O uso do SaaSS é inerentemente equivalente à execução de um programa +proprietário com funcionalidade bisbilhotar e uma <i lang="en">back door</i> +universal. O serviço pode manter uma cópia dos bancos de dados que os +usuários reformatam. Mesmo se pudermos confiar na empresa que administra o +serviço para nunca mostrar intencionalmente qualquer forma de dados a +ninguém, não podemos ter certeza de que ela não será acessada pelas <a +href="/philosophy/surveillance-vs-democracy.html">agências de inteligência +de vários países</a> ou crackers de segurança <a +href="http://stallman.org/articles/on-hacking.html">(por favor, não os chame +“hackers”)</a>.</p> + +<p>Quando um programa está preso diacronicamente, soltá-lo da armadilha requer +mais do que um trabalho de programação única. Em vez disso, o trabalho tem +que ser feito continuamente, sempre que houver uma mudança no formato dos +dados. Lançar um projeto com um compromisso de longo prazo para continuar +fazendo isso não é fácil. Pode ser mais fácil pressionar a empresa a parar +de tentar prender usuários – rejeitando o programa preso até que isso +aconteça. Dado o quão difícil é liberar o programa, é melhor você ficar +longe dele.</p> + +<p>É possível experimentar um programa livre preso diacronicamente sem software +não livre, mas se você vai fazer mais do que mexer, você deve evitar +usá-lo. Ambas as empresas e indivíduos encontrarão alternativas livres que +não apresentam esse problema; tudo o que é preciso para evitar a armadilha é +reconhecê-la.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2016, 2017, 2018 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/who-does-that-server-really-serve.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/who-does-that-server-really-serve.html new file mode 100644 index 0000000..6c4230f --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/who-does-that-server-really-serve.html @@ -0,0 +1,498 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>A Quem Aquele Servidor Realmente Serve? - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/who-does-that-server-really-serve.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>A Quem Aquele Servidor Realmente Serve?</h2> + +<p>por <strong>Richard Stallman</strong></p> + +<blockquote><p>(A primeira versão foi publicada no <a +href="http://www.bostonreview.net/richard-stallman-free-software-DRM">Boston +Review</a>.)</p></blockquote> + +<p><strong>Na internet, software proprietário não é a única maneira de você +perder a sua liberdade. Serviço como Substituto de Software [Service as a +Software Substitute], ou SaaSS, é outra forma de dar a alguém poder sobre +sua computação.</strong></p> + +<p>O ponto básico é que você pode ter controle sobre um programa que outra +pessoa escreveu (se ele é livre), mas você nunca pode ter controle sobre um +serviço executado por uma outra pessoa, então nunca use um serviço cuja +tarefa uma programa faria.</p> + + +<p>SaaSS significa usar um serviço, implementado por outra pessoa, como um +substituto da execução de sua própria cópia de um programa. O termo é nosso; +artigos e anúncios publicitários não irão usá-lo, e eles não vão contar a +você que um serviço é SaaSS. Ao invés disso, provavelmente usarão o termo +vago e elusivo “nuvem”, ou sua versão em inglês “cloud”, o qual mistura +SaaSS junto com várias outras práticas, algumas abusivas e algumas +aceitáveis. Com a explanação e os exemplos desta página, você poderá +determinar se um serviço é ou não SaaSS.</p> + +<h3>Plano de fundo: Como o Software Proprietário Toma a Sua Liberdade</h3> + +<p>Tecnologia digital pode dar a você liberdade; ela também pode tomar a sua +liberdade. A primeira ameaça ao nosso controle sobre a nossa computação veio +do <em>software proprietário</em>: softwares que os usuários não podem +controlar porque o fabricante (uma empresa como a Apple ou a Microsoft) o +controla. O dono com frequência tira vantagem desse poder injusto, inserindo +funcionalidades maliciosas tais como spyware, back doors e <a +href="http://DefectiveByDesign.org">Gestão Digital de Restrições (DRM)</a> +(referenciado como “Gestão de Direitos Digitais” [Digital Rights Management] +nas suas propagandas).</p> + +<p>Nossa solução para este problema é o desenvolvimento de <em>software +livre</em> e a rejeição de software proprietário. Software livre significa +que você, como um usuário, tem quatro liberdades essenciais: (0) de +executar o programa como você desejar, (1) de estudar e alterar o +código-fonte para que ele faça o que você desejar, (2) de redistribuir +cópias exatas e (3) de redistribuir cópias de suas versões +modificadas. (Veja a <a href="/philosophy/free-sw.html">definição de +software livre</a>.)</p> + +<p>Com software livre, nós, os usuários, tomamos de volta o controle sobre +nossa computação. Software proprietário ainda existe, mas nós podemos +excluí-lo de nossas vidas, e muitos de nós já o fizemos. Porém, agora a nós +é oferecida uma outra forma tentadora de ceder o controle de nossa +computação: Serviço como Substituto de Software (SaaSS). Para o bem de nossa +liberdade, temos que rejeitar isso também.</p> + +<h3>Como Serviço como substituto de Software Tira Sua Liberdade</h3> + +<p>Serviço como Substituto de Software (SaaSS) significa usar um serviço ao +invés de executar sua cópia de um programa. Concretamente, significa que +alguém configura um servidor de rede para realizar determinadas tarefas +computacionais — por exemplo, modificar uma fotografia, traduzir um +texto para outro idioma, etc. — e, então, convida usuários a usar os +serviços computacionais através daquele servidor. O usuário envia seus dados +para esse servidor, que faz <em>a computação do próprio usuário</em> sobre +os dados fornecidos, e então envia os resultados de volta, diretamente a +ele, ou em seu nome.</p> + +<p>A computação é <em>do próprio usuário</em> porque supõe-se que, em +princípio, ele poderia tê-la realizado usando um programa em seu próprio +computador (independentemente de o programa estar ou não disponível para ele +no momento). Nos casos em que essa suposição não se aplica, não se trata de +SaaSS.</p> + +<p>Esses servidores tiram o controle dos usuários de forma ainda mais +inexorável do que os softwares proprietários. Com software proprietário, os +usuários normalmente têm um arquivo executável, mas não o código-fonte. Isso +torna difícil estudar o código que está sendo executado e, portanto, é +difícil determinar o que o programa realmente faz, e é difícil alterá-lo.</p> + +<p>Com SaaSS, os usuários não têm nem mesmo o arquivo executável que realiza +sua computação: ele está no servidor de outra pessoa, onde os usuários não +podem vê-lo nem tocá-lo. Portanto, é impossível para eles ter certeza do que +o programa realmente faz, e é impossível modificá-lo.</p> + +<p>Além do mais, SaaSS automaticamente leva a consequências equivalentes aos +recursos maliciosos de certos programas proprietários.</p> + +<p> Por exemplo, alguns programas proprietários são “spyware”: o programa <a +href="/philosophy/proprietary-surveillance.html">envia dados sobre as +atividades computacionais dos usuários</a>. Microsoft Windows envia +informações das atividades do usuário para a Microsoft. Windows Media Player +relata o que cada usuário assiste ou ouve. O Amazon Kindle relata quais +páginas de quais livros o usuário vê, e quando. Angry Birds relata o +histórico de localização geográfica do usuário.</p> + +<p>Diferentemente do software proprietário, SaaSS não requer código oculto para +obter dados do usuário. Ao invés disso, os usuários devem enviar seus dados +para o servidor, para poderem usá-lo. Isso tem o mesmo efeito que o spyware: +o operador do servidor obtém os dados — sem nenhum esforço em +especial, pela própria natureza do SaaSS. Amy Webb, que nunca teve a +intenção de postar nenhuma foto de sua filha, cometeu o erro de usar SaaSS +(Instagram) para editar fotos dela. Eventualmente, <a +href="http://www.slate.com/articles/technology/data_mine_1/2013/09/privacy_facebook_kids_don_t_post_photos_of_your_kids_on_social_media.html">as +fotos vazaram de lá</a>. +</p> + +<p>Teoricamente, criptografia homomórfica pode, em algum dia, avançar até o +ponto em que serviços futuros de SaaSS poderem ser construídos com a +capacidade de entender alguns dados que usuários lhes enviam. Tais serviços +<em>poderiam</em> ser configurados para não bisbilhotar os usuários; isso +não significa que eles <em>não vão</em> bisbilhotar.</p> + +<p>Alguns sistemas operacionais proprietários têm uma porta dos fundos [back +door] universal, permitindo que alguém possa, remotamente, instalar +alterações nos programas. Por exemplo, Windows tem uma porta dos fundos +universal com a qual a Microsoft pode alterar à força qualquer software +naquela máquina. Praticamente todos os telefones portáteis as têm, +também. Algumas aplicações proprietárias também têm portas dos fundos +universais: por exemplo, o cliente Steam para GNU/Linux permite ao +desenvolvedor instalar versões modificadas à distância.</p> + +<p>Com SaaSS, o operador do servidor pode modificar o software usado no +servidor. Ele tem que ser capaz de fazer isso, já que o computador é dele; +mas o resultado [para o usuário] é o mesmo que usar programa aplicativo +proprietário com uma porta dos fundos universal: alguém tem o poder de, +silenciosamente, impor mudanças no modo com que a computação do usuário é +feita.</p> + +<p>Portanto, SaaSS é equivalente a executar software proprietário com spyware e +uma porta dos fundos [back door] universal. Ele concede ao operador do +servidor um poder injusto sobre o usuário, e esse poder é algo a que devemos +resistir.</p> + +<h3>SaaSS e SaaS</h3> + +<p>Originalmente, nós nos referíamos a essa prática problemática como “SaaS”, +que significa Software como Serviço [“Software as a Service”]. Trata-se de +um termo comumente usado para a configuração de software em um servidor, ao +invés da oferta de cópias dele aos usuários, e nós pensávamos que esse termo +descrevia com precisão os casos em que esse problema ocorre.</p> + +<p>Subsequentemente, tomamos consciência de que o termo SaaS algumas vezes é +usado para serviços de comunicação — atividades em que essa questão +não se aplica. Adicionalmente, o termo “Software como Serviço” não explica +<em>por que</em> a prática é ruim. Então, nós cunhamos o termo “Serviço como +Substituto de Software” [“Service as a Software Substitute”], que define a +má prática mais claramente e diz o que é ruim nela.</p> + +<h3>Separando a Questão do SaaSS da Questão do Software Proprietário</h3> + +<p>SaaSS e software proprietário levam a resultados similarmente danosos, mas +os mecanismos são diferentes. Com o software proprietário, o mecanismo é que +você tem e usa uma cópia que é difícil ou ilegal alterar. Com o SaaSS, o +mecanismo é que você não tem a cópia que executa sua computação.</p> + +<p>Essas duas questões são frequentemente confundidas, e não apenas por +acidente. Desenvolvedores web usam o termo vago “aplicação web” para +amontoar os softwares de servidor juntos com programas que executam no +navegador web da sua máquina. Algumas páginas web instalam programas +JavaScript não-triviais, ou por vezes grandes, em seu navegador, sem lhe +informar. <a href="/philosophy/javascript-trap.html">Quando esses programas +JavaScripts são não-livres</a>, eles podem ser tão ruins quanto qualquer +outro software não-livre. Aqui, porém, estamos tratando do problema do +software do servidor em si mesmo.</p> + +<p>Muitos apoiadores de software livre presumem que o problema do SaaSS vai ser +resolvido pelo desenvolvimento de software livre para servidores. Para o bem +dos operadores de servidor, é melhor que os programas no servidor sejam +livres; quando eles são proprietários, seus donos têm o poder sobre o +servidor. Isso é injusto com o operador e não ajuda os usuários em nada. Mas +se os programas no servidor são livres, isso não protege você <em>como +usuário do servidor</em> dos efeitos do SaaSS. Eles dão liberdade ao +operador, mas não aos usuários do servidor.</p> + +<p>Liberar o código-fonte de software para servidor beneficia a comunidade: +isso permite que usuários com as habilidades adequadas configurem servidores +similares, possivelmente alterando o software. <a +href="/licenses/license-recommendations.html">Recomendamos o uso da GNU +Affero GPL</a> como licença para os programas frequentemente usados em +servidores.</p> + +<p>Mas nenhum daqueles servidores daria a você o controle sobre a computação +que você faz nele, a não ser que seja o <em>seu</em> servidor (um daqueles +cuja carga de software você controla, independentemente da máquina ser de +sua propriedade). Pode ser aceitável confiar algumas tarefas a servidores de +amigos seus, assim como você poderia deixar um amigo seu configurar os +programas de seu próprio computador. Fora isso, todos aqueles servidores +serão SaaSS para você. SaaSS sempre lhe sujeita ao poder do operador do +servidor, e o único remédio é: <em>Não use SaaSS!</em> Não use um servidor +alheio para fazer suas próprias atividades computacionais sobre dados +fornecidos por você.</p> + +<p>Essa questão demonstra a profundidade da diferença entre “aberto” e +“livre”. Código-fonte que é um código aberto <a +href="/philosophy/free-open-overlap.html">é (quase sempre) livre</a>. Porém, +a ideia de um <a href="https://opendefinition.org/ossd/">serviço “software +aberto”</a>, referindo-se a um software de servidor ser código aberto e/ou +livre, falha em resolver a questão do SaaSS.</p> + +<p>Serviços são fundamentalmente diferentes de programas, e as questões éticas +que serviços levantam são fundamentalmente diferentes das questões que +programas levantam. Para evitar confusão, <a +href="/philosophy/network-services-arent-free-or-nonfree.html">evitamos +descrever algum serviço como “livre” ou “proprietário”</a>.</p> + +<h3>Diferenciando SaaSS de Outros Serviços de Rede</h3> + +<p>Quais serviços são SaaSS? O exemplo mais claro é um serviço de tradução, que +traduz (digamos) um texto de inglês para espanhol. A tradução de um texto +para você é uma tarefa computacional que é puramente sua. Você poderia +realizá-la executando um programa em seu próprio computador, se você +simplesmente tivesse o programa certo. (Para ser ético, esse programa deve +ser livre.) O serviço de tradução substitui esse programa, então trata-se de +Serviço como Substituto de Software, ou SaaSS. Por lhe negar o controle de +sua própria computação, ele é ruim para você.</p> + +<p>Outro exemplo claro é o uso de um serviço como Flickr ou Instagram para +modificar uma foto. Modificar fotos é uma atividade que as pessoas têm +feito em seus próprios computadores ao longo de décadas; fazê-la em um +servidor, ao invés de em seu próprio computador é SaaSS.</p> + +<p>Rejeitar SaaSS não significa se recusar a usar quaisquer servidores de rede +mantidos por qualquer pessoa além de você. A maioria dos servidores não são +SaaSS porque os trabalhos que eles fazem não são a computação do próprio +usuário.</p> + +<p>O propósito original de servidores web não era realizar atividades +computacionais por você, e sim publicar informações para você acessar. Mesmo +hoje em dia, é isso o que faz a maioria dos sites, sem que haja o problema +do SaaSS, pois acessar uma informação publicada por outra pessoa não é fazer +sua própria computação. Nem a publicação de seu próprio material através de +um site de blog ou serviço de microblog, como Twitter ou StatusNet. (Esses +serviços podem ter outros problemas, é claro.) O mesmo vale para outras +comunicações que não têm a intenção de ser privadas, como grupos de +bate-papo.</p> + +<p>Na sua essência, as redes sociais digitais são uma forma de comunicação e +publicação, não SaaSS. Entretanto, um serviço cuja principal função é a de +rede social pode ter recursos e extensões que são SaaSS.</p> + +<p>Se um serviço não é SaaSS, isso não significa que ele não apresente algum +problema. Há outras questões éticas sobre serviços. Por exemplo, Facebook +distribui vídeo em Flash, o que pressiona o usuário a usar software não +livre; o Facebook também requer a execução de código JavaScript não-livre; e +ele dá aos usuários uma impressão enganosa de privacidade, enquanto os induz +a desnudar suas vidas para o Facebook. Essas são questões importantes, +diversas da questão do SaaSS. +</p> + +<p>Serviços como mecanismos de pesquisa coletam dados de toda a web e permitem +que você os examine. Observar a coleção de dados deles não é fazer sua +própria atividade computacional, no sentido comum — você não forneceu +aquela coleção de dados —, então o uso de um tal serviço para +pesquisar a web não é SaaSS. Porém, usar o mecanismo de pesquisa alheio para +implementar um recurso de pesquisa em seu próprio site definitivamente +<em>é</em> SaaSS.</p> + +<p>Compras pela internet não é SaaSS, pois a computação não é <em>sua +própria</em> atividade; pelo contrário, ela é feita conjuntamente por você e +pela loja. O problema real nas compras pela internet é se você confia seu +dinheiro e outras informações pessoais (a começar pelo seu nome) à outra +parte.</p> + +<p>Sites de repositórios tais como Savannah e SourceForge não são inerentemente +SaaSS porque a tarefa de um repositório é publicar os dados a ele +fornecidos.</p> + +<p>Usar servidores de projeto conjunto não é SaaSS porque a atividade +computacional que você faz desta forma não é sua própria. Por exemplo, ao +editar páginas na Wikipédia, você não está fazendo sua própria computação; +ao invés disso, você está colaborando para a atividade computacional da +Wikipédia. A Wikipédia controla seus próprios servidores, mas organizações, +assim como indivíduos, encontram o problema do SaaSS quando fazem sua +própria computação em um servidor alheio.</p> + +<p>Alguns sites oferecem múltiplos serviços, e se um não é SaaSS, outro pode +ser SaaSS. Por exemplo, o serviço principal do Facebook é o de rede social, +e isso não é SaaSS; porém, ele possui suporte a aplicativos de terceiros, +alguns dos quais são SaaSS. O serviço principal do Flickr é a distribuição +de fotos, que não é SaaSS, mas ele também possui recursos para a edição de +fotos, que é SaaSS. Da mesma maneira, usar Instagram para postar uma foto +não é SaaSS, mas usá-lo para transformar uma foto é SaaSS.</p> + +<p>Google Docs mostra o quão complexa pode se tornar a avaliação de um único +serviço. Ele convida pessoas a editarem um documento através da execução de +um enorme <a href="/philosophy/javascript-trap.html">programa JavaScript +não-livre</a>, claramente mau. Contudo, oferece uma API para <em>upload</em> +e <em>download</em> de documentos em formatos padrão. Um software editor +livre pode fazer isso usando essa API. Esse cenário de uso não é SaaSS +porque usa Google Docs como um mero repositório. Mostrar todos os seus dados +para uma companhia é ruim, mas isso é um problema de privacidade, não de +SaaSS; depender de um serviço para acessar seus próprios dados é mau, porém +é um problema de risco, não de SaaSS. Por outro lado, usar o serviço para +converter documentos de um formato a outro <em>é</em> SaaSS, porque é algo +que poderia ser feito rodando um programa adequado (livre, espera-se) em seu +próprio computador.</p> + +<p>Usar Google Docs através de um editor livre é raro, é claro. Mais +frequentemente, as pessoas o usam através do programa JavaScript não-livre, +que é tão ruim quanto qualquer programa não-livre. Esse cenário poderia +envolver SaaSS, também; isso vai depender de que parte da edição é feita no +programa JavaScript e que parte é feita no servidor. Não sabemos como isso é +feito, mas, desde que SaaSS e software proprietário causam males parecidos +ao usuário, não é crucial saber como.</p> + +<p>A publicação através do repositório de outra pessoa não levanta problemas de +privacidade, mas publicar através do Google Docs tem um problema especial: é +impossível até mesmo <em>ver o texto</em> de um documento no Google Docs em +um navegador, sem executar o código JavaScript não-livre. Então, você não +deve usar Google Docs para publicar nada — mas a razão não é um +assunto de SaaSS.</p> + +<p>A indústria de TI desencoraja os usuários a considerarem essas diferenças. É +para isso que serve a expressão do momento “computação em nuvem” [“cloud +computing”]. Esse termo é tão nebuloso que pode referir-se a quase qualquer +uso da internet. Ele inclui SaaSS assim como muitas outras práticas de uso +de rede. Em qualquer dado contexto, um autor que escreve “nuvem” (se ele é +uma pessoa técnica) provavelmente tem um significado específico em mente, +mas usualmente não explica que em outros artigos o termo tem outros +significados específicos. O termo induz as pessoas a generalizarem sobre +práticas que elas deveriam considerar separadamente.</p> + +<p>Se “computação em nuvem” tem algum significado, não se trata de um jeito de +efetuar uma computação, mas de um jeito de pensar sobre computação. Uma +abordagem irresponsável, que diz: “Não façam perguntas. Não se preocupem com +quem controla sua computação ou quem detém seus dados. Não verifiquem se há +algum anzol escondido em nosso serviço antes de engoli-lo. Confiem em +companhias sem hesitar”. Em outras palavras, “Seja um otário”. Uma nuvem na +mente é um obstáculo ao pensamento claro. Em prol do pensamento claro, +evitemos o termo “nuvem”.</p> + +<h3 id="renting">Alugando um Servidor Diferente de SaaSS</h3> + +<p>Se você alugar um servidor (real ou virtual), cujo carregamento de software +você tem controle, isso não é SaaSS. No SaaSS, outra pessoa decide qual +software é usado no servidor e, portanto, controla a computador que ele faz +por você. No caso em que você instala o software no servidor, você controla +qual computação ele faz por você. Então, o servidor alugado é, virtualmente, +seu computador. Neste quesito, ele conta como seu próprio.</p> + +<p>Os <em>dados</em> no servidor remoto alugado são menos seguros do que se +você tivesse o servidor em casa, mas essa é uma questão separada do SaaSS.</p> + +<p>Esse tipo de aluguel de servidor às vezes é chamado de "IaaS", mas esse +termo se encaixa em uma estrutura conceitual que minimiza as questões que +consideramos importantes.</p> + +<h3>Lidando com o Problema do SaaSS</h3> + +<p>Somente uma pequena fração de todos os sítios web fazem SaaSS; a maioria não +apresenta esse problema. Mas o que nós devemos fazer quanto àqueles que o +apresentam?</p> + +<p>Para o simples caso em que você está fazendo sua própria atividade +computacional sobre dados que estão em suas próprias mãos, a solução é +simples: use sua própria cópia de um software livre. Faça sua edição de +texto com sua própria cópia de um editor de textos livre, como o GNU Emacs, +ou um processador de textos livre. Faça sua edição de fotos com sua cópia de +um software livre, como o GIMP. Mas, e se não houver nenhum programa livre à +disposição? Um programa proprietário ou um SaaSS tiraria sua liberdade, +portanto você não deve usá-los. Você pode contribuir com tempo ou dinheiro +para o desenvolvimento de um substituto livre.</p> + +<p>Mas, e sobre a colaboração com outras pessoas como um grupo? Isso pode ser +difícil de se fazer no momento sem usar um servidor, e seu grupo pode não +saber como rodar um servidor próprio. Se você usar um servidor alheio, pelo +menos não confie em um servidor mantido por uma empresa. Um mero contrato +como um cliente não é proteção, a não ser que você possa detectar falhas e +possa realmente processar a empresa, e provavelmente a empresa escreve seus +contratos de forma a permitir uma vasta gama de abusos. O Estado pode +apreender seus dados na empresa, junto com os dados de todos os demais, como +o Obama fez com companhias telefônicas que ilegalmente grampeavam seus +clientes para o Bush. Se você precisar usar um servidor, use um servidor +cujos operadores deem a você uma base para confiar além de um mero +relacionamento comercial.</p> + +<p>Porém, em uma escala a longo prazo, nós podemos criar alternativas ao uso de +servidores. Por exemplo, nós podemos criar um programa ponto-a-ponto +[peer-to-peer] através do qual colaboradores possam compartilhar dados +criptografados. A comunidade de software livre deve desenvolver substitutos +ponto-a-ponto distribuídos para “aplicações web” importantes. Pode ser sábio +disponibilizá-los sob a <a href="/licenses/why-affero-gpl.html">GNU +AGPL</a>, pois eles são prováveis candidatos a se converterem em programas +baseados em servidor por outra pessoa. O <a href="/">Projeto GNU</a> está +procurando voluntários para trabalhar em tais substitutos. Nós também +convidamos outros projetos de software livre a considerarem essa questão em +seu <em>design</em>.</p> + +<p>Enquanto isso, se uma empresa convidar você a usar o servidor dela para +fazer suas próprias tarefas computacionais, não se submeta. Não use +SaaSS. Não compre ou instale “thin clients”, que são apenas computadores tão +fracos que obrigam-lhe a fazer o trabalho real em um servidor, a não ser que +você vá usá-los em <em>seu próprio</em> servidor. Use um computador real e +mantenha seus dados nele. Faça sua própria computação com sua própria cópia +de programa livre, em prol da sua liberdade.</p> + +<h3>Veja também:</h3> +<p><a href="/philosophy/bug-nobody-allowed-to-understand.html">O Erro que +Ninguém Tem Permissão para Entender</a>.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do Tradutor:</b> O termo “thin client” foi mantido original dado seu +comum uso em português, mas uma tradução não tão comum seria “cliente +magro”.</div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2010, 2013, 2015, 2016, 2018 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Tradução:</b> Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2012, 2017, +2018; Hudson Flávio Meneses Lacerda, 2014</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-call-it-the-swindle.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-call-it-the-swindle.html new file mode 100644 index 0000000..6792f4a --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-call-it-the-swindle.html @@ -0,0 +1,201 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/why-call-it-the-swindle.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Por que chamá-lo de Swindle - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/why-call-it-the-swindle.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por que chamá-lo de Swindle?</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> + +<p>Eu sigo meu caminho para chamar coisas desagradáveis por nomes que as +criticam. Eu chamo os computadores de subjugação de usuários da Apple de <i +lang="en">“iThings”</i> e o e-reader abusivo da Amazon, o <i +lang="en">“Swindle”</i>. Às vezes, refiro-me ao sistema operacional da +Microsoft como <i lang="en">“Losedows”</i>. Eu me referi ao primeiro sistema +operacional da Microsoft como <i lang="en">“MS-Dog”</i>[<a +href="#f1">1</a>]. Claro, eu faço isso para desabafar meus sentimentos e me +divertir. Mas essa diversão é mais do que pessoal; serve a um propósito +importante. Zombar de nossos inimigos recruta o poder do humor em nossa +causa.</p> + +<p>Distorcer um nome é desrespeitoso. Se respeitássemos os fabricantes desses +produtos, usaríamos os nomes que eles escolhessem… e esse é exatamente o +ponto. Esses produtos nocivos merecem nosso desprezo, não nosso +respeito. Cada programa proprietário submete seus usuários ao poder de +algumas entidades, mas hoje em dia os mais utilizados vão além para espionar +os usuários, restringi-los e até mesmo empurrá-los: a tendência é que os +produtos fiquem cada vez mais desagradáveis. Esses produtos merecem ser +eliminados. Produtos com DRM devem ser ilegais.</p> + +<p>Quando os mencionamos, devemos mostrar que os condenamos, e que maneira mais +fácil do que distorcer seus nomes? Se não fizermos isso, é muito fácil +mencioná-los e deixar de apresentar a condenação. Quando o produto surge no +meio de algum outro tópico, por exemplo, explicar com mais detalhes que o +produto é ruim pode parecer uma longa digressão.</p> + +<p>Mencionar esses produtos pelo nome e não condená-los tem o efeito de +legitimá-los, o que é o oposto do que eles exigem.</p> + +<p>As empresas escolhem nomes de produtos como parte de um plano de +marketing. Escolhem nomes que elas acham que as pessoas provavelmente +repetirão e investem milhões de dólares em campanhas de marketing para fazer +com que as pessoas repitam e pensem nesses nomes. Normalmente, essas +campanhas de marketing visam convencer as pessoas a admirar os produtos com +base em suas atrações superficiais e ignorar o dano que causam.</p> + +<p>Toda vez que chamamos esses produtos pelos nomes que as empresas usam, +contribuímos com suas campanhas de marketing. Repetir esses nomes é o apoio +ativo aos produtos; distorcê-los nega aos produtos o nosso apoio.</p> + +<p>Outra terminologia além dos nomes de produtos pode levantar um problema +semelhante. Por exemplo, o DRM refere-se à criação de produtos de tecnologia +para restringir seus usuários em benefício de outra pessoa. Esta prática +indesculpável merece o nosso ódio ardente até acabarmos com +isso. Naturalmente, os responsáveis deram a ela um nome que enquadra a +questão do ponto de vista deles: “Gerenciamento de Direitos Digitais”. Esse +nome é a base de uma campanha de relações públicas que visa obter apoio de +entidades que vão desde governos até o W3C.[<a href="#f2">2</a>]</p> + +<p>Usar seu termo é ir para o lado deles. Se esse não é o seu lado, por que dar +o seu apoio implícito?</p> + +<p>Nós tomamos o lado dos usuários e, do ponto de vista dos usuários, o que +esses malfeitos gerenciam não são direitos, mas restrições. Então nós os +chamamos de “Gestão Digital de Restrições” (<i lang="en">Digital +Restrictions Management</i>, em inglês).</p> + +<p>Nenhum desses termos é neutro: escolha um termo e escolha um lado. Por +favor, escolha o lado dos usuários e, por favor, mostre.</p> + +<p>Certa vez, um homem na plateia disse que “Gestão de Direitos Digitais” era o +nome oficial de “DRM”, o único nome correto possível, porque era o primeiro +nome. Ele argumentou que, como consequência, era errado para nós dizer +“Gestão Digital de Restrições”.</p> + +<p>Aqueles que fazem um produto ou realizam uma prática de negócios normalmente +escolhem um nome para ele antes mesmo de sabermos que ele existe. Se sua +precedência temporal nos obrigasse a usar seu nome, eles teriam uma vantagem +automática adicional, além de seu dinheiro, sua influência na mídia e sua +posição tecnológica. Teríamos que combatê-los com nossas bocas amarradas nas +costas.</p> + +<p>Algumas pessoas sentem um desgosto por distorcer nomes e dizem que soa +“juvenil” ou “não profissional”. O que eles querem dizer é que não soa sem +humor e enfadonho – e isso é uma coisa boa, porque nós não riríamos do +nosso lado se tentássemos parecer “profissionais”. Lutar contra a opressão é +muito mais sério que o trabalho profissional, então temos que adicionar um +alívio cômico. Ela exige uma verdadeira maturidade, que inclui alguma +infantilidade, e não “agir como um adulto”.</p> + +<p>Se você não gosta da nossa escolha de paródias de nomes, você pode inventar +as suas próprias. Quanto mais melhor. Claro, existem outras maneiras de +expressar condenação. Se você quiser soar “profissional”, você pode mostrar +isso de outras formas. Eles podem mostrar o ponto, mas exigem mais tempo e +esforço, especialmente se você não fizer uso de zombaria. Tome cuidado para +que isso não o leve a poupar; não deixe que a pressão contra tal “digressão” +empurre-o para criticar insuficientemente as coisas desagradáveis que +menciona, porque isso teria o efeito de legitimá-las.</p> + +<h3>Notas de rodapé</h3> + +<ol> +<li id="f1">Entre em ação contra esses produtos: <a +href="https://u.fsf.org/ithings">u.fsf.org/ithings</a>, <a +href="https://u.fsf.org/swindle">u.fsf.org/swindle</a>, <a +href="https://u.fsf.org/ebookslist">u.fsf.org/ebookslist</a>, <a +href="https://upgradefromwindows.org">upgradefromwindows.org</a> +</li> +<li id="f2"><a href="https://u.fsf.org/drm">u.fsf.org/drm</a></li> +</ol> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor:</b> + +<p><i lang="en">Swindle</i> é uma palavra em inglês que significa furtar +dinheiro ou outro item, e também obter mediante fraude ou enganação.</p></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2013, 2018 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-copyleft.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-copyleft.html new file mode 100644 index 0000000..3791ce5 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-copyleft.html @@ -0,0 +1,157 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/why-copyleft.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.86 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Por que Copyleft? - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/why-copyleft.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por que Copyleft?</h2> + +<p> +<cite>“Quando se trata de defender a liberdade dos outros, ficar sentado e +fazer nada é um ato de fraqueza, e não de humildade.”</cite> +</p> + +<p> +No Projeto GNU, geralmente recomendamos que as pessoas usem licenças +protegidas por <a href="/licenses/copyleft.html">copyleft</a>, como a GNU +GPL, em vez de licenças de software livre sem copyleft. Não argumentamos +duramente contra as licenças sem copyleft – na verdade, ocasionalmente +nós as recomendamos em circunstâncias especiais –, mas os que advogam +por aquelas licenças mostram um padrão de argumentação dura contra a <abbr +title="Licença Pública Geral">GPL</abbr>. +</p> + +<p> +Em um de tais argumentos, uma pessoal declarou que seu uso de uma das +licenças BSD era um “ato de humildade”: “Eu peço nada daqueles que usam o +meu código, exceto me dar o crédito”. É um exagero descrever uma demanda +legal por crédito como “humildade”, mas há uma questão mais profunda a ser +considerada aqui. +</p> + +<p> +A humildade é em desconsideração a seu próprio interesse, mas o interesse +que você abandona quando não protege seu código com copyleft é muito maior +que o seu próprio. Alguém que usa seu código em um programa não livre está +negando a liberdade a outros e, se você permitir isso, você está falhando em +defender a liberdade dessas pessoas. Quando se trata de defender a liberdade +dos outros, ficar sentado e fazer nada é um ato de fraqueza, e não de +humildade. +</p> + +<p> +Lançar seu código sob <a href="/licenses/bsd.html"> uma das licenças +BSD</a>, ou alguma outra licença leniente e permissiva, não é incorreto; o +programa ainda é um software livre e ainda é uma contribuição para nossa +comunidade. Porém é fraco e, na maioria dos casos, não é a melhor forma de +promover a liberdade dos usuários de compartilhar e modificar softwares. +</p> + +<p> +Aqui estão exemplos específicos de versões não livres de programas livres +que causaram grandes danos ao mundo livre.</p> + +<ul> +<li>Aqueles que lançaram LLVM sob uma licença sem proteção de copyleft <a +href="https://www.anandtech.com/show/5238/nvidia-releases-cuda-41-cuda-goes-llvm-and-open-source-kind-of">permitiram +a nVidia a liberar um compilador não livre de alta qualidade</a> para suas +GPUs, mantendo seu conjunto de instruções em segredo. Assim, não podemos +escrever um compilador livre para essa plataforma sem um grande trabalho de +engenharia reversa. A adaptação não gratuita do LLVM é o único compilador +para essas máquinas e é provável assim que permaneça.</li> + +<li>A Intel usa <a +href="http://www.tomshardware.com/news/google-removing-minix-management-engine-intel,35876.html">uma +versão proprietária do sistema MINIX</a>, que é livre, mas sem proteção de +copyleft, no backdoor Mecanismo de Gerenciamento (Intel Management Engine) +em seus processadores modernos.</li> +</ul> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2003, 2007, 2008, 2013, 2017, 2018, 2020 Free Software +Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2017-2020</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/07/26 11:30:53 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-free.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-free.html new file mode 100644 index 0000000..458f8f4 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-free.html @@ -0,0 +1,398 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/why-free.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.77 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Por que o software não deve ter donos - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<meta name="Keywords" content="GNU, Projeto GNU, FSF, Software Livre, Free Software Foundation, Por que o +software não deve ter donos" /> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/why-free.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por Que o Software Não Deve Ter Donos</h2> + +<p>por <a href="http://www.stallman.org/"><strong>Richard Stallman</strong></a></p> + +<p> +A tecnologia da informação digital contribui para o mundo ao tornar mais +fácil copiar e modificar informação. Os computadores prometem facilitar +essas coisas para todos nós.</p> + +<p> +Nem todo mundo quer que isso seja mais fácil. O sistema de direitos autorais +atribui “proprietários” ao software, a maioria dos quais visam a reter os +benefícios potenciais do software do resto do público. Eles gostariam de ser +os únicos que podem copiar e modificar o software que usamos.</p> + +<p> +O sistema de copyright foi criado com a impressão — uma tecnologia +para produção em massa de cópias. O copyright se encaixa bem nessa +tecnologia porque ele restringe apenas os produtores de cópias em massa. Ele +não tirava a liberdade dos leitores de livros. Um leitor comum, que não +possuísse uma máquina impressora, poderia copiar livros apenas com caneta e +tinta, e poucos leitores foram processados por isso.</p> + +<p> +A tecnologia digital é mais flexível do que a imprensa: quando a informação +tem forma digital, você pode facilmente copiá-la para compartilhá-la com os +outros. Essa flexibilidade se encaixa mal num sistema como o copyright. Essa +é a razão para as medidas cada vez mais repulsivas e draconianas postas em +prática para aplicar os direitos autorais de software. Consideremos essas +quatro práticas da Software Publishers Association (SPA):</p> + +<ul> +<li>Propaganda massiva dizendo que é errado desobedecer aos donos para ajudar um +amigo.</li> + +<li>Solicitação aos dedos-duros que deem informações sobre seus colegas de +trabalho e amigos.</li> + +<li>Batidas (com ajuda policial) em escritórios e escolas, nas quais dizem às +pessoas que elas precisam provar que são inocentes de cópia ilegal.</li> + +<li>Acusação (pelo governo dos EUA, a pedido da SPA) de pessoas como David +LaMacchia, do <abbr title="Massachusetts Institute of +Technology">MIT</abbr>, não por copiar software (ele não é acusado de copiar +nada), mas simplesmente por deixar recursos de cópia desprotegidos e falhar +em censurar seu uso. <a href="#footnote1">[1]</a></li> +</ul> + +<p> +Todas essas quatro práticas lembram aquelas usadas na antiga União +Soviética, onde cada máquina copiadora tinha um guarda para prevenir cópias +ilegais, e onde os indivíduos tinham que copiar informação secretamente e +passá-la de mão em mão como samizdat. Há, evidentemente, uma diferença: o +motivo para o controle da informação na União Soviética era político; nos +EUA, o motivo é o lucro. Mas são as ações que nos afetam, e não os +motivos. Qualquer tentativa de bloquear o compartilhamento de informações, +não importa qual, leva aos mesmos métodos e à mesma truculência.</p> + +<p> +Proprietários têm vários argumentos para justificar o poder de controlar o +modo como usamos a informação:</p> + + +<ul> +<li id="name-calling">Insultos. + +<p> +Os proprietários usam palavras caluniosas como “pirataria” e “roubo”, bem +como terminologias de expert tais como “propriedade intelectual” e “dano”, +para sugerir uma certa linha de raciocínio para o público — uma +analogia simplista entre programas e objetos físicos.</p> + +<p> +Nossas ideias e intuições sobre a propriedade de objetos materiais são sobre +se é certo <em>tomar um objeto</em> de alguém. Eles não se aplicam +diretamente a <em>fazer uma cópia</em> de algo. Mas os donos nos pedem que +as apliquemos de qualquer maneira.</p></li> + +<li id="exaggeration">Exagero. + +<p> +Os donos dizem que sofrem “danos” ou “perdas econômicas” quando os usuários +copiam programas. Mas a cópia não tem efeito direto sobre o proprietário, e +não prejudica a ninguém. O proprietário pode perder apenas se a pessoa que +fez a cópia teria, em outras circunstâncias, pago por uma do proprietário.</p> + +<p> +Um pouco de reflexão mostra que a maioria dessas pessoas não teria comprado +cópias. No entanto, os donos computam suas “perdas” como se todos e cada um +deles teria comprado uma cópia. Isso é exagero — colocado gentilmente.</p></li> + +<li id="law">A lei. + +<p> +Os proprietários frequentemente descrevem o estado atual da lei, e das penas +severas com as quais nos podem ameaçar. Nesta abordagem está implícita a +sugestão de que a lei atual reflete um inquestionável ponto de vista moral +— mas, ao mesmo tempo, somos levados a enxergar essas penas como fatos +da natureza dos quais ninguém é culpado.</p> + +<p> +Essa linha de persuasão não é projetada para resistir ao pensamento crítico; +é projetada para reforçar um modo habitual de pensar.</p> + +<p> +É elementar que as leis não decidem o certo ou errado. Todos os americanos +devem saber que, na década de 1950, era contra a lei em muitos estados uma +pessoa negra sentar na frente de um ônibus, mas apenas os racistas diriam +que sentar lá era errado.</p></li> + +<li id="natural-rights">Direitos naturais. + +<p> +Os autores alegam ter uma ligação especial com os programas que escreveram e +afirmam que, como resultado, seus desejos e interesses relativamente aos +programas simplesmente importam mais que os de qualquer outra pessoa — +ou mesmo de todo o resto do mundo. (Normalmente as empresas, e não os +autores, têm os direitos autorais sobre software, mas espera-se que +ignoremos essa discrepância.)</p> + +<p> +Àqueles que propõem isso como um axioma ético — o autor é mais +importante que você — só posso dizer que eu, um notável autor de +software, chamo isso de sem noção.</p> + +<p> +Mas as pessoas em geral só tendem a sentir simpatia pelas alegações de +direitos naturais por duas razões.</p> + +<p> +Uma razão é a forçada analogia com objetos materiais. Quando eu faço +espaguete, realmente eu faço objeção se alguém quiser comê-lo, porque, +então, eu não posso comê-lo. Sua ação me atinge exatamente na mesma medida +em que o beneficia; só um de nós pode comer o espaguete, então a questão é, +quem? A menor distinção entre nós é suficiente para fazer pender a balança +ética.</p> + +<p> +Mas se você executa ou altera um programa que escrevi, isso afeta a você +diretamente e a mim, apenas indiretamente. Se você dá uma cópia ao seu +amigo, isso afeta você e ao seu amigo muito mais do que isso me afeta. Eu +não deveria ter o poder de lhe dizer para não fazer essas coisas. Ninguém +deveria.</p> + +<p> +A segunda razão é que têm-se dito às pessoas que os direitos naturais dos +autores são uma tradição aceita e inquestionável da nossa sociedade.</p> + +<p> +A verdade histórica é que o oposto é verdadeiro. A ideia de direitos +naturais dos autores foi proposta e decisivamente rejeitada quando a +Constituição dos EUA foi elaborada. É por isso que a Constituição apenas +<em>permite</em> um sistema de copyright e não <em>exige</em> um; é por isso +que diz que o copyright deve ser temporário. Ela também afirma que o +propósito do direito autoral é promover o progresso — não recompensar +o autor. O copyright realmente recompensa um pouco os autores, e mais às +editoras, mas foi projetado como um meio de modificar seu comportamento.</p> + +<p> +A tradição realmente estabelecida em nossa sociedade é que direito autoral +reduz os direitos naturais do público — e isso só pode ser justificado +por causa do público.</p></li> + +<li id="economics">Economia. + +<p> +O argumento final defendendo que o software tenha donos é que isso leva a +produção de mais software.</p> + +<p> +Ao contrário dos outros, este argumento, ao menos, tem uma abordagem +legítima do assunto. É baseado em uma meta válida — satisfazer os +usuários do software. E é empiricamente claro que as pessoas vão produzir +mais de alguma coisa se elas são bem pagas para isso.</p> + +<p> +Mas o argumento econômico tem uma falha: é baseada no pressuposto de que a +diferença é apenas uma questão de quanto dinheiro temos para +pagar. Presume-se que a <em>produção de software</em> é o que queremos, +tenha o software dono ou não.</p> + +<p> +As pessoas aceitam isso prontamente porque está de acordo com nossas +experiências com objetos materiais. Considere um sanduíche, por +exemplo. Você pode muito bem ser capaz de conseguir um sanduíche de graça ou +por um preço. Se assim for, o valor que você paga é a única +diferença. Independentemente de se você tem de comprá-lo, o sanduíche terá o +mesmo gosto, o mesmo valor nutricional, e em ambos os casos você só pode +comê-lo uma vez. Se você consegue o sanduíche de um dono ou não, isso não +afeta diretamente nada, apenas a quantidade de dinheiro que você tem depois.</p> + +<p> +Isto é verdade para qualquer tipo de objeto material — se ele tem ou +não um dono não afeta o que ele <em>é</em>, nem o que você pode fazer com o +objeto se você o comprar.</p> + +<p> +Mas se um programa tem um dono, isso afeta muito o que ele é, ou que você +pode fazer com uma cópia se você comprar uma. A diferença não é apenas uma +questão de dinheiro. O sistema de donos de software encoraja os donos de +software a produzir alguma coisa — mas não o que a sociedade realmente +necessita. E isso causa uma poluição ética que nos afeta a todos.</p></li> + +</ul> + +<p> +O que a sociedade necessita? Ela precisa de informação verdadeiramente +disponível para os cidadãos — por exemplo, programas que as pessoas +possam ler, corrigir, adaptar e melhorar, não apenas operar. Mas o que os +donos de software tipicamente fornecem é uma caixa preta que não podemos +estudar ou modificar.</p> + +<p> +A sociedade também precisa de liberdade. Quando um programa tem um dono, os +usuários perdem a liberdade de controlar uma parte de suas próprias vidas.</p> + +<p> +E, acima de tudo, a sociedade precisa encorajar o espírito de cooperação +voluntária em seus cidadãos. Quando os donos de software nos dizem que +ajudar nossos vizinhos de maneira natural é “pirataria”, eles poluem o +espírito cívico de nossa sociedade.</p> + +<p> +É por isso que dizemos que o <a href="/philosophy/free-sw.html">software +livre</a> é uma questão de liberdade, não preço.</p> + +<p> +O argumento econômico para a existência de proprietários é errôneo, mas a +questão econômica é real. Algumas pessoas escrevem software útil pelo prazer +de escrever e por admiração e amor, mas se queremos mais software dessas +pessoas, então precisamos levantar fundos.</p> + +<p> +Desde os anos 1980, os desenvolvedores de software livre têm tentado vários +métodos de encontrar fundos, com algum sucesso. Não há necessidade de tornar +ninguém rico, um rendimento típico é incentivo suficiente para fazer muitos +trabalhos que são menos satisfatórios que programar.</p> + +<p> +Por anos, até que uma bolsa de estudos tornou isso desnecessário, eu vivi +com melhorias personalizadas para o software livre que havia escrito. Cada +melhoria foi adicionada à versão padrão, e assim tornou-se disponível ao +público em geral. Os clientes me pagaram para que eu pudesse trabalhar nas +melhorias que eles desejavam, ao invés de trabalhar em recursos que eu +poderia ter considerado a prioridade mais alta.</p> + +<p> +Alguns desenvolvedores de software livre ganham dinheiro com a venda de +serviços de suporte. Em 1994, a Cygnus Support, com cerca de 50 +trabalhadores, estimou que cerca de 15 por cento da atividade do seu pessoal +era desenvolvimento de software livre — de uma porcentagem respeitável +para uma empresa de software.</p> + +<p> +No início de 1990, empresas como Intel, Motorola, Texas Instruments e Analog +Devices, combinaram-se para financiar o desenvolvimento continuado do +compilador GNU C. A maioria do desenvolvimento do GCC ainda é feito por +desenvolvedores pagos. O compilador GNU para a linguagem Ada foi financiado +na década de 90 pela Força Aérea dos EUA, e é continuado desde então por uma +empresa especialmente criada para este propósito.</p> + +<p> +O movimento do software livre ainda é pequeno, mas o exemplo da rádio +suportada por ouvintes nos EUA mostra que é possível suportar uma grande +atividade sem forçar todos os usuários a pagar.</p> + +<p> +Como um usuário de computador hoje em dia, você pode estar usando um <a +href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">programa +proprietário</a>. Se um amigo pedir para fazer uma cópia, seria errado +recusar. Cooperação é mais importante que direitos autorais. Mas a +cooperação clandestina, fechada, não torna a sociedade melhor. Uma pessoa +deve aspirar a viver uma vida justa, abertamente e com orgulho, e isso +significa dizer não ao software proprietário.</p> + +<p> +Você merece ser capaz de cooperar abertamente e livremente com outras +pessoas que usam software. Você merece ser capaz de aprender como funciona o +software e ensinar seus alunos com ele. Você merece poder contratar seu +programador preferido para consertá-lo quando ele quebra.</p> + +<p> +Você merece o software livre.</p> + +<h3>Notas de rodapé</h3> +<ol> +<li id="footnote1">As acusações foram posteriormente retiradas.</li> +</ol> + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Software +Livre, Sociedade Livre: Artigos selecionados de Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1994, 2009, 2020 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: +Aslan Carlos <a +href="mailto:aslancarlos@gmail.com"><aslancarlos@gmail.com></a>, 2012; + +Rafael Beraldo <a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2012; e +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2020</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/07/25 12:01:57 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-gnu-linux.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-gnu-linux.html new file mode 100644 index 0000000..b5f23e1 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-gnu-linux.html @@ -0,0 +1,286 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/why-gnu-linux.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.79 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Por que GNU/Linux? - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/why-gnu-linux.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Que há num nome?</h2> + +<p><strong>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></strong></p> + +<div class="announcement"> + <blockquote><p>Para aprender mais sobre essa questão, você pode ler nossas <a +href="/gnu/gnu-linux-faq.html">Perguntas mais Frequentes sobre +GNU/Linux</a>, nossa página sobre <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">o Linux +e o projeto GNU</a>, que conta a história do sistema GNU/Linux e se +relaciona a essa questão de nomenclatura, e nossa página sobre <a +href="/gnu/gnu-users-never-heard-of-gnu.html">Usuários do GNU que Nunca +Ouviram Falar sobre o GNU</a>. + +</p></blockquote> +</div> + +<p> +Nomes carregam significados; nossa escolha dos nomes determina o significado +daquilo que dizemos. Um nome inapropriado dá a ideia errada. Uma rosa, +qualquer que seja seu nome, terá um cheiro doce — mas se você chamá-la de +<em>caneta</em>, as pessoas ficarão um tanto desapontadas ao tentar escrever +com ela. E se você chamar as canetas de “rosas”, as pessoas podem não +entender para que elas servem. Se você chama seu sistema operacional de +Linux, dá uma ideia enganosa da origem, história e propósito do sistema. Se +você o chamar de <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>, isso +passará uma ideia correta (mesmo que não em detalhes).</p> +<p> +Será que isso realmente importa pra comunidade? Será que é muito importante +se as pessoas conhecem ou não a origem, história e propósito do sistema? Sim +— porque as pessoas que esquecem a história com frequência estão condenadas +a repeti-la. O Mundo Livre que se desenvolveu em torno do <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> não está seguro; os problemas +que nos levaram a desenvolver o GNU não está completamente erradicados, e +ameaçam retornar.</p> + +<p> +Quando eu explico porque é inapropriado chamar o sistema operacional +GNU/Linux ao invés de Linux, as pessoas às vezes respondem dessa maneira:</p> + +<blockquote><p> +<em>É certo que o Projeto GNU merece crédito pelo seu trabalho, mas vale a +pena fazer barulho quando as pessoas não lhe dão o crédito? O importante não +é que o trabalho está feito, e não quem o fez? Vocês deveriam relaxar e se +orgulhar do trabalho bem feito e não se preocupar com os créditos.</em> +</p></blockquote> +<p> +Esse seria um bom conselho, se a situação fosse essa — se o trabalho +estivesse pronto e fosse hora de relaxar. Quem dera isso fosse verdade! Mas +os desafios são muitos, e não estamos em condições de considerar o futuro +garantido. A força de nossa comunidade se baseia no compromisso com a +liberdade e com a cooperação. Utilizar o nome <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> é um modo de lembrar às pessoas +e informar a outras desses objetivos.</p> + +<p> +É possível escrever bom software livre sem pensar no GNU; muito trabalho bom +também foi feito apenas sob o nome Linux. Mas “Linux” tem sido associado +desde que ele foi criado com uma filosofia que não se compromete com a +liberdade de cooperar. À medida que o nome se torna cada vez mais utilizado +por empresas, teremos ainda mais trabalho em conectá-lo com o espírito da +comunidade.</p> + +<p> +Um grande desafio para o futuro do software livre vem com a tendência das +empresas de distribuições “Linux” de adicionar software não livre ao <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> em nome da conveniência e do +poder. Todos os desenvolvedores das principais distribuições comerciais +fazem isso; nenhuma se limita ao software livre. A maioria delas não +identificam claramente pacotes não livres em suas distribuições. Muitas +inclusive desenvolvem software não livre e adicionam ao sistema. Algumas +anunciam escandalosamente sistemas “Linux” que são licenciados +individualmente, dando ao usuário tanta liberdade quanto o Microsoft +Windows.</p> + +<p> +As pessoas tentam justificar a adição de software não livre em nome da +“popularidade do Linux” — com efeito, valorizando popularidade sobre +liberdade. Algumas vezes isso é admitido abertamente. Por exemplo, a Wired +Magazine disse que Robert McMillan, editor da Linux Magazine, “sente que o +movimento em direção do código aberto deve ser fomentado por decisões +técnicas, e não políticas”. E o <abbr title="Chief Executive +Officer">CEO</abbr> da Caldera pediu abertamente aos usuários para <a +href="http://www.zdnet.com/article/stallman-love-is-not-free/">abandonar o +objetivo da liberdade e trabalhar na “popularidade do Linux”</a>.</p> + +<p> +Adicionar software não livre ao sistema <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> pode aumentar a popularidade, +se nós entendermos por popularidade a quantidade de pessoas utilizando parte +do <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> em conjunto com software +não livre. Mas ao mesmo tempo, isto estimula a comunidade a aceitar software +não livre como uma coisa boa, e a esquecer a meta de liberdade. Não há +propósito em ir mais rápido se não formos capazes de nos manter no caminho.</p> + +<p> +Quando o “add-on” não livre é uma biblioteca ou ferramenta de +desenvolvimento, ela pode se tornar uma armadilha para os desenvolvedores de +software livre. Quando eles escrevem software livre que depende de um pacote +não livre, o seu software não pode ser parte de um sistema completamente +livre. O Motif e o Qt capturaram uma grande quantidade de software livre +desta forma no passado, criando problemas cujas soluções demoraram anos para +ficar prontas. O Motif continuou a ser um problema até ficar obsoleto e hoje +não é mais usado. Mais tarde, a implementação não livre do Java pela Sun +teve um efeito parecido: a <a href="/philosophy/java-trap.html">Armadilha do +Java</a>, felizmente hoje na maior parte corrigida.</p> + +<p> +Se nossa comunidade continuar a se mover nessa direção, pode redirecionar o +futuro do <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> num mosaico de +componentes livres e não livres. Daqui cinco anos, nós certamente teremos +software livre em abundância; mas, se não formos cuidadosos, ele será +dificilmente usável sem os programas não livre que os usuários esperam +encontrar junto. Se isso acontecer, nossa campanha pela liberdade terá +falhado.</p> + +<p> +Se a liberação de alternativas livres fosse apenas uma questão de +programação, a solução dos problemas no futuro se tornaria mais fácil à +medida que os recursos de desenvolvimento de nossa comunidade aumentam. Mas +nós enfrentamos obstáculos que ameaçam tornar tudo ainda mais difícil: leis +que proíbem software livre. À medida que patentes de software se acumulam e +que leis como o <abbr title="Digital Millennium Copyright Act">DMCA</abbr> +são utilizadas para proibir o desenvolvimento de software livre para tarefas +importantes como ver um DVD ou escutar um stream RealAudio, nós nos +encontramos sem nenhuma maneira clara de lutar contra os formatos de dados +secretos e patenteados exceto por <strong>rejeitar os programas não livres +que os utilizam</strong>.</p> + +<p> +Enfrentar esses desafios irá exigir muitos tipos diferentes de esforços. Mas +o que nós necessitamos, acima de tudo, para enfrentar qualquer tipo de +desafio, é nos lembrarmos do objetivo de ter liberdade para cooperar. Nós +não podemos esperar que apenas um mero desejo por software mais poderoso e +confiável motive as pessoas para realizar grandes esforços. Nós precisamos +do tipo de determinação que as pessoas encontram quando elas lutam pela sua +liberdade e pela sua comunidade — determinação de lutar por anos a fio e não +desistir.</p> + +<p> +Em nossa comunidade, esse objetivo e essa determinação emanam principalmente +do Projeto GNU. Nós somos os que falam de liberdade e comunidade como algo +pelo qual devemos lutar firmemente; as organizações que falam de “Linux” em +geral não dizem isso. As revistas sobre “Linux” são tipicamente cheias de +anúncios de software não livre; as empresas que empacotam “Linux” adicionam +software não livre ao sistema; outras empresas “suportam Linux” com +aplicações não livres; os grupos de usuários de “Linux” em geral convidam +vendedores a apresentar essas aplicações. O principal lugar em nossa +comunidade onde as pessoas podem encontrar a ideia de liberdade e +determinação é no Projeto GNU.</p> + +<p> +Mas quando as pessoas encontrarem essa ideia, elas irão sentir que isso tem +a ver com elas?</p> + +<p> +As pessoas que sabem que elas estão utilizando um sistema que surgiu do +Projeto GNU podem perceber uma relação direta entre elas e o GNU. Elas não +irão concordar automaticamente com a nossa filosofia, mas pelo menos elas +irão ver um motivo para pensar seriamente sobre ela. Ao contrário, as +pessoas que se consideram “usuárias de Linux”, e acreditam que o Projeto GNU +“desenvolveu ferramentas que foram úteis para o Linux”, em geral irão +enxergar apenas uma relação indireta entre elas e o GNU. Elas podem +simplesmente ignorar a filosofia do GNU quando elas a encontrarem.</p> + +<p> +O Projeto GNU é idealista, e qualquer pessoa que encoraje o idealismo hoje +encontra um grande obstáculo: a ideologia prevalecente que encoraja as +pessoas a reputar o idealismo como “impraticável”. Nosso idealismo tem sido +extremamente prático: ele é a razão pela qual nós temos um sistema +operacional livre <a href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>. As +pessoas que amam esse sistema devem saber que ele é nosso idealismo tornado +realidade.</p> + +<p> +Se “o trabalho” estivesse realmente acabado, não existiria nada em jogo a +não ser o crédito, e talvez fosse mais sábio esquecer o assunto. Mas nós não +estamos nessa posição. Para inspirar as pessoas a fazer o que precisa ser +feito, nós temos que ser reconhecidos pelo que já fizemos. Por favor nos +ajude, chamando o sistema de <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>.</p> + +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Software +Livre, Sociedade Livre: Artigos selecionados de Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2000, 2006, 2007, 2014, 2015, 2016, 2020 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: +Fernando Lozano <a +href="mailto:fernando@lozano.eti.br"><fernando@lozano.eti.br></a>, +2008; +Rafael Beraldo <a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2012; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018-2020</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/07/25 20:29:09 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-programs-should-be-shared.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-programs-should-be-shared.html new file mode 100644 index 0000000..ece6737 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/why-programs-should-be-shared.html @@ -0,0 +1,166 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/why-programs-should-be-shared.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.79 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Por que programas devem ser compartilhados - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/why-programs-should-be-shared.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Por que programas devem ser compartilhados</h2> + +<p><strong>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></strong></p> + + <blockquote> + <p>Richard Stallman escreveu este texto, que foi encontrado em um arquivo +datado de maio de 1983, embora não esteja claro se ele foi escrito na época +ou antes. Em maio de 1983, ele estava pensando em planos para desenvolver um +sistema operacional livre, mas ele ainda não havia decidido se ele seria +semelhante ao Unix, em vez de algo como a Máquina Lisp <i>(List Machine)</i> +do MIT.</p> + + <p>Ele ainda não havia distinguido conceitualmente os dois significados de +<i>“free”</i>; essa mensagem é formulada em termos de cópias gratuitas, mas +é garantido que isso significa que os usuários também têm liberdade.<sup><a +id="TransNote1-rev" href="#TransNote1">1</a></sup></p> + </blockquote> + +<p>Cinco anos atrás, podia-se supor que qualquer programa útil escrito em <abbr +title="Stanford Artificial Intelligence Laboratory">SAIL</abbr>, <abbr +title="Massachusetts Institute of Technology">MIT</abbr>, <abbr +title="Carnegie-Mellon University">CMU</abbr>, etc. seria +compartilhado. Desde então, essas universidades começaram a agir da mesma +forma que as empresas de desenvolvimento de software – tudo que é útil +será vendido por um braço e uma perna (geralmente depois de ter sido escrito +às custas do governo).</p> + +<p>As pessoas encontram todo tipo de desculpas para justificar como é +prejudicial distribuir software. Esses supostos problemas nunca nos +incomodaram quando <em>queríamos</em> compartilhar, e não afetaram o EMACS, +então eu suspeito que elas sejam falsas.</p> + +<p>Por exemplo, as pessoas dizem que as empresas irão “furtá-lo” e vendê-lo. Se +assim for, isso não seria pior do que Stanford vendê-lo! Pelo menos as +pessoas teriam a opção de obter uma cópia gratuita. Os usuários querem +comprar software mantido? Então, permita que as pessoas vendam contratos de +serviço, mas forneça o software gratuitamente.</p> + +<p>Eu acho que posso me livrar de quaisquer razões que você possa imaginar para +não compartilhar software. Mas o mais importante é a razão pela qual nós +<em>devemos</em> compartilhar:</p> + +<p>Nós faríamos mais com a mesma quantidade de trabalho, se os obstáculos +artificiais fossem removidos. E nos sentiríamos mais em harmonia com todos +os outros.</p> + +<p>O compartilhamento de software é a forma que a cooperação científica assume +no campo da ciência da computação. As universidades costumavam defender o +princípio da cooperação científica. É certo que elas joguem este princípio +fora pelo lucro?</p> + +<p>Devemos deixá-las?</p> + +<p>Agora os alunos de pós-graduação daqui estão trabalhando em projetos de +programação que são especificamente destinados à venda. Mas se criarmos um +clima de opinião como o de cinco anos atrás, a universidade não ousaria +fazer isso. E se você começar a compartilhar, outras pessoas poderão começar +a compartilhar com você.</p> + +<p>Então, vamos começar a compartilhar novamente.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li> +<a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> +A palavra inglesa “free” é ambígua, podendo significar tanto gratuidade/não +ter preço (<i>“free beer”</i>, cerveja grátis) ou livre como em liberdade +(<i>“free speech”</i>, liberdade de expressão). Para mais informações sobre +isso, é recomendado a leitura da <a +href="/philosophy/free-sw.html">definição de software livre</a>. +</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2015, 2016 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018.<br/> +Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posto.net></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/words-to-avoid.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/words-to-avoid.html new file mode 100644 index 0000000..c8d9b08 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/words-to-avoid.html @@ -0,0 +1,1452 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/words-to-avoid.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.90 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Palavras para Evitar (ou Usar com Cuidado) Porque São Carregadas de Sentido +ou Confusas - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/words-to-avoid.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Palavras para Evitar (ou Usar com Cuidado) Porque São Carregadas de Sentido +ou Confusas</h2> + +<p> +Existem várias palavras ou frases que recomendamos evitar completamente ou +evitar em alguns contextos e usos. Algumas são ambíguas ou enganosas; outras +pressupõe um ponto de vista com o qual discordamos e do qual esperamos que +você também discorde.</p> + +<div class="announcement"> +<blockquote><p>Observe também as <a href="/philosophy/categories.html">Categorias de +Software Livre</a>, <a href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">Por +Que Chamá-lo de Swindle?</a></p></blockquote> +</div> + +<p> <!-- GNUN-SORT-START --> +“<a href="#Open">Aberto</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Access">Acesso</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Ad-blocker">Ad-blocker</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Alternative">Alternativa</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Assets">Ativos</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#DigitalGoods">Bens Digitais</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#DigitalLocks">Cadeados Digitais</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Commercial">Comercial</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#SharingPersonalData">Compartilhar (dados pessoais)</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Compensation">Compensação</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#TrustedComputing">Computação Confiável</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#CloudComputing">Computação em Nuvem</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Consumer">Consumidor</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Consume">Consumo</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Content">Conteúdo</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Creator">Criador</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#GiveAwaySoftware">Dar software</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#ForFree">De graça</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#FreelyAvailable">Disponível livremente</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#BSD-style">do tipo BSD</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Ecosystem">Ecossistema</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Closed">Fechado</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#FLOSS">FLOSS</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#FOSS">FOSS</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Freeware">Freeware</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#DigitalRightsManagement">Gestão Digital de Direitos</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Google">Google</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Hacker">Hacker</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#SoftwareIndustry">Indústria do Software</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#InternetofThings">Internet das Coisas</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#CreativeCommonsLicensed">licenciado em Creative Commons</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Market">Mercado</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#SourceModel">Modelo da fonte</a>” | + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Modern">Moderno</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Monetize">Monetizar</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#MP3Player">MP3 player</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#PC">PC</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Photoshop">Photoshop</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Piracy">Pirataria</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#PowerPoint">PowerPoint</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Product">Produto</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#IntellectualProperty">Propriedade intelectual</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#CopyrightOwner">Proprietário do direito autoral</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Protection">Proteção</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#RAND">RAND</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Theft">Roubo</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#SaaS">SaaS</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#SharingEconomy">Sharing economy</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#LAMP">sistema LAMP</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Linux">sistema Linux</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Skype">Skype</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX = /^.(es)$/" --> +<!-- TRANSLATORS: translate if this word is used often in your + language to refer to mobile computers; otherwise, + fill the translation with a space. --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +“<a href="#Terminal">Terminal</a>” | <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<!--#endif + --> +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#Vendor">Vendedor</a>” | +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +“<a href="#SellSoftware">Vender software</a>” <!-- GNUN-SORT-STOP --> +</p> + +<!-- GNUN-SORT-START --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Open">“Aberto”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Por favor, evite usar o termo “aberto” ou “código aberto” como substitutos +para “software livre”. Esses termos referem a <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">pontos de vista +diferentes</a>, baseada em valores diferentes. O movimento do software livre +é uma campanha pela sua liberdade na computação, por uma questão de +justiça. O código aberto, que não é um movimento, não é uma campanha por +nada neste caminho.</p> + +<p>Ao se referir às visões do código aberto, é correto usar o nome, mas por +favor não use este termo ao falar sobre nós, nosso software ou nossas +visões—isto leva pessoas a presumir que nossas visões são similares às +deles.</p> + +<blockquote> +<p>Em vez de <b>código aberto</b>, nós dizemos <b>software livre</b> ou +<b>software libre</b>.</p> +</blockquote> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Access">“Acesso”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +É um equívoco comum pensar que software livre significa que o público tem +“acesso” a um programa. Isso não é o que software livre significa.</p> +<p> +O <a href="/philosophy/free-sw.html">critério do software livre</a> não é +sobre quem tem “acesso” ao programa; as quatro liberdades essenciais dizem +respeito ao que um usuário que tem uma cópia do programa é permitido fazer +com ela. Por exemplo, a liberdade 2 diz que esse usuário é livre para fazer +outra cópia e dar ou vendê-la a você. Mas nenhum usuário é <em>obrigado</em> +a fazer isso por você; você não tem o <em>direito</em> de exigir uma cópia +desse programa de nenhum usuário.</p> +<p> +Em particular, se você mesmo escrever um programa e nunca oferecer uma cópia +a qualquer outra pessoa, este programa é um software livre embora em uma +forma trivial, pois todo usuário que tenha uma cópia das quatro liberdades +essenciais (já que o único usuário é você).</p> +<p> +Na prática, quando muitos usuários têm cópias de um programa, certamente +alguém o colocará na internet, dando a todos o acesso a ele. Nós achamos que +as pessoas deveriam fazer isso, se o programa é útil. Mas este não é um +requisito do software livre.</p> +<p> +Há um ponto específico em que a questão de ter acesso é diretamente +pertinente ao software livre: a GNU GPL permite dar a um usuário específico +o acesso para baixar o código fonte de um programa em vez de dar a esse +usuário uma cópia física do código fonte. Isso se aplica ao caso especial em +que o usuário já possui uma cópia do programa mas não possui o fonte.</p> + +<blockquote><p>Em vez de <b>com software livre, o público tem acesso ao programa</b>, nós +dizemos <b>com software livre, os usuários têm as liberdades essenciais</b> +e <b>com software livre, os usuários têm controle do que o programa fazer +para eles</b>.</p> +</blockquote> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Ad-blocker">“Ad-blocker”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Quando o propósito de alguns programas é bloquear propagandas, “ad-blocker” +é um bom termo para ele. Porém, o navegador GNU IceCat bloqueia propagandas +que rastreiam o usuário como consequência de um grupo de medidas para +prevenir vigilância por sites. Isso não é um “ad-blocker”, isso é uma +<em>proteção contra vigilância</em>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Alternative">“Alternativa”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Não descrevemos o software livre como uma “alternativa” ao software +proprietário, pois a palavra presume que todas as “alternativas” são +legítimas e que cada nova “alternativa” disponível deixa os usuários numa +posição melhor. De fato, a palavra presume que o software livre deve +coexistir com aquele que não respeita a liberdade dos usuários.</p> +<p> +Acreditamos que a única maneira ética de disponibilizar software para outras +pessoas é sua distribuição como software livre. Os outros métodos, <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">software não +livre</a> e <a +href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">Serviço como +Substituto do Software</a> subjugam seus usuários. Não acreditamos que seja +bom oferecer aos usuários essas “alternativas” ao software livre. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Assets">“Ativos”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Para se referir a obras publicadas como “ativos”, ou “ativos digitais”, é +ainda pior que chamá-los de <a href="#Content">“conteúdo”</a> — ele +presume que eles tenham nenhum volume para a sociedade, exceto para um valor +comercial.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="DigitalGoods">“Bens Digitais”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “bens digitais”, quanto aplicado a obras autorais, as identifica com +bens físicos — que não podem ser copiados e tem, portanto, de ser +manufaturados em grande quantidade e vendidos. Essa metáfora incentiva o +julgamento das questões sobre software ou outras obras digitais baseado na +visão e intuições que as pessoas têm sobre bens físicos. Ela também enquadra +os problemas nos termos da economia, cujos valores superficiais e limitados +não incluem a liberdade e a comunidade.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="DigitalLocks">“Cadeados Digitais”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “cadeados digitais” é usado para se referir à Gestão Digital de +Restrições (em inglês, comumente DRM) por algumas pessoas que a criticam. O +problema desse termo é que ele não faz justiça à maldade do DRM. Quem o +adota não pensou direito sobre o assunto.</p> +<p> +Cadeados não são necessariamente opressivos ou maus. Você provavelmente +possui vários, e suas chaves ou códigos também; você pode achá-los úteis ou +problemáticos, mas eles não lhe oprimem, pois você pode abri-los e +fechá-los. Da mesma maneira, nós achamos que a <a +href="http://www.theguardian.com/technology/2015/may/01/encryption-wont-work-if-it-has-a-back-door-only-the-good-guys-have-keys-to-">criptografia</a> +é inestimável para a proteção dos nossos arquivos digitais. Esta também é +uma espécie de cadeado digital que você controla.</p> +<p> +O DRM é como um cadeado colocado em você por alguém que se recusa a lhe dar +a chave — em outras palavras, é como <em>algemas</em>. Assim, a metáfora +adequada para o DRM é “algemas digitais” e não “cadeados digitais”.</p> +<p> +Várias campanhas de oposição escolheram esse termo imprudente, “cadeados +digitais”; para colocar as coisas no trilho, devemos insistir firmemente na +correção desse erro. A FSF pode apoiar uma campanha que se opõe aos +“cadeados digitais” se concordarmos com sua essência; no entanto, quando +afirmarmos nosso apoio, manifestadamente substituiremos a palavra por +“algemas digitais” e explicaremos por quê.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Commercial">“Comercial”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Por favor, não use “comercial” como um sinônimo para “não livre.” Isso +confunde dois assuntos totalmente diferentes.</p> +<p> +Um programa é comercial se é desenvolvido como uma atividade de negócios. Um +programa comercial pode ser livre ou não livre, dependendo de sua maneira de +distribuição. Da mesma maneira, um software desenvolvido por uma +universidade ou um indivíduo pode ser livre ou não livre, dependendo de como +é distribuído. As duas questões — que tipo de entidade desenvolveu o +programa e que liberdades seu usuário tem — são independentes.</p> +<p> +Na primeira década do movimento do software livre, pacotes de software livre +eram quase sempre não comerciais; os componentes do sistema operacional +GNU/Linux foram desenvolvidos por individuais ou organizações com fins não +lucrativos como a FSF e universidades. Mais tarde, nos anos 90, software +livre comercial começou a aparecer.</p> +<p> +Software livre comercial é uma contribuição para nossa comunidade, portanto +devemos encorajá-lo. Mas pessoas que pensam que “comercial” significa “não +livre” tenderão a pensar que a combinação “livre e comercial” é +autocontraditória e descartarão a possibilidade. Sejamos cuidadosos para não +usar a palavra “comercial” dessa maneira.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="SharingPersonalData">“Compartilhar (dados pessoais)”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Quando empresas manipulam ou atraem pessoas para que estas revelem seus +dados pessoais e, dessa forma, cedam sua privacidade, por favor não se +refira a isso como “compartilhar”. Nós usamos o termo “compartilhar” +referindo à cooperação não comercial e dizemos que isso é <em>bom</em>. Por +favor, não faça uso daquela palavra para uma prática que é prejudicial e +perigosa.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Compensation">“Compensação”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Falar da “compensação do autor” em conexão com os direitos autorais presume +que (1) os direitos autorais existem para o bem dos autores e +(2) sempre que lemos algo, estamos em débito com o autor e devemos +reembolsá-lo. A primeira suposição é simplesmente <a +href="/philosophy/misinterpreting-copyright.html">falsa</a> e a segunda é +ultrajante. +</p> +<p> +A “compensação do titular dos direitos” adiciona uma outra cilada: você deve +acreditar que isso significa pagar os autores, e ocasionalmente isso é +verdade, mas na maior parte do tempo significa um subsídio para as mesmas +companhias de publicação que estão empurrando leis injustas para cima de +nós. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="TrustedComputing">“Computação Confiável”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +<a href="/philosophy/can-you-trust.html">“Computação Confiável”</a> é o nome +que os proponentes deram a um esquema para redesenhar os computadores de +maneira que os desenvolvedores de aplicações possam confiar no seu +computador para obedecer a eles, e não a você. Do ponto de vista deles, a +máquina é “confiável”; mas do seu ponto de vista, ele é “traiçoeiro.” +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="CloudComputing">“Computação em Nuvem”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p id="Cloud"> +O termo “computação em nuvem” (ou simplesmente “nuvem”, no contexto da +computação) é uma palavra da moda sem qualquer sentido coerente. Ela é usada +para designar uma série de atividades diferentes cuja única característica +comum é usar a Internet para algo além da transmissão de arquivos. Portanto, +o termo promove a confusão. Se você pensar baseando-se nela, seu pensamento +será confundido (ou, poderíamos dizer “nebuloso”?). +</p> + +<p> +Quando estiver respondendo a alguém que usou esse termo, o primeiro passo é +esclarecer o assunto. Sobre qual cenário ela estava falando? Qual é um termo +bom e claro para esse cenário? Uma vez que o tópico esteja claramente +formulado, um pensamento coerente sobre isto se torna possível. +</p> + +<p> +Um dos muitos significados de “computação em nuvem” é o armazenamento de +seus dados em serviços online. Na maior parte dos casos, isso é insensato, +pois te expõe à <a +href="http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2011/apr/25/hackers-spooks-cloud-antiauthoritarian-dream">vigilância</a>. +</p> + +<p> +Outro significado (que se sobrepõe ao anterior, mas não é a mesma coisa) é o +<a href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">Serviço como +Substituto do Software (Service as a Software Substitute)</a>, que nega seu +controle da computação realizada. Você nunca deve utilizar o SaaSS. +</p> + +<p> +Outro significado é a locação de um servidor físico remoto, ou de um +servidor virtual. Essas práticas são aceitáveis sob certas circunstâncias. +</p> + +<p> +Ainda outro significado é o acesso ao seu próprio servidor a partir do seu +próprio dispositivo móvel. Essa prática também não traz questões éticas em +particular. +</p> + +<p> +A <a href="https://csrc.nist.gov/publications/detail/sp/800-145/final"> +definição de “computação em nuvem” do NIST</a> menciona três cenários que +trazem diferentes questões éticas: Software como um Serviço, Plataforma como +Serviço e Infraestrutura como Serviço. No entanto, essa definição não +corresponde ao uso comum de “computação em nuvem”, uma vez que não inclui +serviços online de armazenamento de dados. A maneira como o NIST define +Software como Serviço se sobrepõe consideravelmente com o Serviço como +Substituto do Software, que maltrata o usuário, mas os dois conceitos não +são equivalentes. +</p> + +<p> +Essas diferentes práticas de computação nem mesmo pertencem à mesma +discussão. A melhor maneira de evitar a confusão que o termo “computação em +nuvem” promove é não usar “nuvem” em conexão à computação. Fale sobre o +cenário usando um termo específico. +</p> + +<p> +Curiosamente, Larry Ellison, um desenvolvedor de software proprietário, +também <a +href="http://www.cnet.com/news/oracles-ellison-nails-cloud-computing/">notou +a vacuidade do termo “computação em nuvem”</a>. Ele decidiu usar o termo +mesmo assim, pois, como um desenvolvedor de software proprietário, ele não é +motivado pelos mesmos ideais que nós. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Consumer">“Consumidor”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “consumidor” quando usado para se referir aos usuários de +computação, é carregado com os pressupostos que devemos rejeitar. Alguns vêm +da ideia de que usar um programa o “consome” (veja <a href="#Consume">a +entrada anterior</a>), o que leva as pessoas a impor sobre as obras digitais +copiáveis as conclusões econômicas que foram tiradas sobre os produtos +materiais não copiáveis.</p> +<p> +Além disso, a descrição de usuários de software como “consumidores” se +refere a uma mentalidade na qual pessoas são limitadas a escolher entre +qualquer “produto” que esteja disponível no “mercado”. Nessa mentalidade não +há lugar para a ideia de que os usuários possam <a +href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">exercer controle +direto sobre o que o programa faz</a>.</p> +<p> +Para descrever pessoas que não estão limitadas ao uso passivo de obras, +sugerimos os termos “indivíduos” e “cidadãos”, em vez de “consumidores”.</p> +<p> +O problema com a palavra “consumidor” já foi <a +href="http://www.theguardian.com/commentisfree/2013/aug/11/capitalism-language-raymond-williams">notado +anteriormente</a>. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Consume">“Consumo”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +“Consumo” refere-se ao que fazemos com os alimentos: nós os ingerimos, +depois disso a comida, como tal, não existe mais. Por analogia, podemos +empregar a mesma palavra para outros produtos cuja utilização os +<em>extingue</em>. Empregá-la a bens duráveis, como roupas ou aparelhos, é +um exagero. Empregá-la a obras publicadas (programas, gravações em discos ou +em um arquivos digitais, livros de papel ou digitais), cuja natureza é durar +indefinidamente e que podem ser executadas, reproduzidas ou lidas tanto +quanto se queira, é estender a palavra até aquela se encaixe. Reprodução de +uma gravação, ou a execução de um programa, não os consome.</p> + +<p> +Aqueles que usam “consumo” neste contexto vão dizer que eles não querem +dizer isso literalmente. Então, o que isso significa? Significa considerar +cópias de softwares e outras obras de um ponto de vista estritamente +econômico. “Consumo” está associado com as economias de materiais de +consumo, tal como o combustível e eletricidade que um carro usa. A gasolina +é uma mercadoria, assim como a eletricidade. Os materiais de consumo são +<em>fungíveis</em>: não há nada especial em uma gota de gasolina que seu +carro queima hoje em comparação com outra gota que foi queimada na semana +passada.</p> + +<p>O que significa pensar sobre obras de autoria como materiais de consumo, com +a suposição de que há nada especial sobre qualquer história, artigo, +programa ou música? Este é um ponto de vista distorcido do dono ou o +contador de uma empresa de publicidade. Não é surpresa que o software +proprietário queira que você pense no uso de software como um material de +consumo. Seu ponto de vista distorcido aparece claramente <a +href="http://www.businessinsider.com/former-google-exec-launches-sourcepoint-with-10-million-series-a-funding-2015-6">neste +artigo</a>, que também se refere a publicações como “<a +href="#Content">conteúdo</a>”.</p> + +<p> +O pensamento limitado associado com a ideia que nós “consumimos conteúdo” +abre caminho para leis como o DMCA que proíbe aos usuários de se livrarem +dos mecanismos de <a href="http://DefectiveByDesign.org/">Gestão Digital de +Restrições</a> (DRM<sup><a id="TransNote1-rev" +href="#TransNote1">1</a></sup>) nos dispositivos digitais. Se os usuários +pensarem que o que eles fazem com esses dispositivos é “consumo”, eles podem +considerar tais restrições como sendo naturais.</p> + +<p> +Isso também incentiva a aceitação dos serviços de “streaming”, que utilizam +DRM para perversamente criar limites a ouvir músicas, ou assistir vídeos, +para apertar aquelas atividades para caber na suposição da palavra +“consumo”.</p> + +<p> +Por que é que este uso perverso do termo vem se espalhando? Alguns podem +achar que o termo soa sofisticado, mas rejeitá-lo com razões convincentes +pode parecer ainda mais sofisticado. Alguns querem generalizar quase todos +os tipos de mídia, mas os verbos (“ler”, “ouvir”, “assistir”) não fazem +isso. Outros podem estar agindo sob interesses comerciais (os seus próprios, +ou dos seus empregadores). O uso por parte destes em fóruns de prestígio dá +a impressão de que o termo é “correto”.</p> + +<p> +Falar de “consumir” música, ficção ou outras obras artísticas é tratá-las +como material de consumo em vez de arte. Queremos pensar sobre obras +publicadas desta forma? Queremos encorajar o público a fazê-lo?</p> + +<p>Aqueles que respondem não, por favor juntem-se a mim evitando o termo +“consumo” para este sentido.</p> + +<p>O que usar em vez disso? Você pode usar verbos específicos, tal como “ler”, +“ouvir”, “assistir” ou “olhar”, já que eles ajudam a restringir a tendência +de excesso de generalização.</p> + +<p>Se você insiste em generalizar, você pode usar a expressão “atender a”, que +requer menos extensão do que “consumo”. Para uma obra destinada a um uso +prático, “usar” é melhor.</p> + +<p>Veja também a entrada a seguir.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Content">“Conteúdo”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Se você deseja descrever um sentimento de conforto e satisfação, você pode +com certeza dizer que você está “contente”<sup><a id="TransNote2-rev" +href="#TransNote2">2</a></sup>, mas usar a palavra “conteúdo” como um +substantivo para descrever publicações e obras autorais adota uma atitude +que você talvez prefira evitar: ela as trata como um material de consumo +cujo propósito é encher uma caixa e ganhar dinheiro. Na verdade, ela denigre +as próprias obras. Se você não concorda com essa atitude, você pode +chamá-las de “obras” ou “publicações”. +</p> +<p> +Os que usam o termo “conteúdo” geralmente são as editoras que empurram um +poder aumentado dos direitos autorais no nome dos autores (“criadores”, como +eles dizem) das obras. O termo “conteúdo” revela sua real atitude em relação +às obras e seus autores. isso também foi reconhecido por Tom Chatfield <a +href="https://www.theguardian.com/culture/2016/aug/02/how-to-deal-with-trump-trolls-online">no +Guardian</a>:</p> + +<blockquote><p> +O conteúdo por si só é irrelevante — como o próprio uso das palavras +tipo conteúdo sugere. O momento que você começar a rotular cada pedaço de +escrita de “conteúdo” do mundo, você concedeu sua intercambialidade: seu +propósito primário como mera munição para o moinho métrico. +</p></blockquote> + +<p> +Em outras palavras, “conteúdo” reduz publicações e escritas a uma espécie de +mistura a ser canalizada por meio de “tubos” da internet. +</p> + +<p>Veja também a <a href="http://www.salon.com/2000/06/14/love_7/">carta aberta +de Courtney Love para Steve Case</a> e pesquise por “content provider” nesta +página. Aliás, Sra. Love não tem ciência de que o termo “intellectual +property” (propriedade intelectual) também é um <a +href="#IntellectualProperty">ambíguo e confuso</a>.</p> +<p> +No entanto, enquanto outras pessoas usarem o termo “provedor de conteúdo”, +dissidentes políticos pode muito bem chamar a si mesmos de “provedores de +malconteúdo”<sup><a id="TransNote3-rev" href="#TransNote3">3</a></sup>.</p> +<p> +O termo “gestão de conteúdo” leva o prêmio de vacuidade. “Conteúdo” +significa “algum tipo de informação” e “gestão” nesse contexto significa +“fazer alguma coisa com ela.” Então, um “sistema de gestão de conteúdo” é um +sistema para fazer algo com algum tipo de informação. Quase todos os +programas encaixam nessa descrição.</p> + +<p> +Na maior parte dos casos, o termo na verdade se refere a um sistema para +atualizar páginas em um site. Para tanto, recomendamos o termo “sistema de +revisão de web sites” (do inglês “web site revision system” ou WRS).</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Creator">“Criador”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “criador” quando aplicado à autores, os compara implicitamente a uma +deidade (“o criador”). A palavra é usada pelas editoras para elevar a moral +dos autores acima daquela das pessoas normais, de maneira a justificar a +atribuição de maiores poderes dos direitos autorais, poderes estes que os +publicadores podem, então, exercer em nome dos autores. Recomendamos +chamá-los de “autores”. No entanto, em muitos casos “detentor dos direitos +autorais” é o que você realmente quer dizer. Esse dois termos não são +equivalentes: frequentemente, o detentor dos direitos autorais não é o +autor.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="ForFree">“De graça”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Se você quer dizer que um programa é software livre, por favor não diga que +ele está disponível “de graça”. Software livre é uma questão de liberdade, +não de preço<sup><a id="TransNote5-rev" href="#TransNote5">5</a></sup>.</p> +<p> +Cópias de software livre frequentemente estão disponíveis “gratuitamente” +— por exemplo, para download via FTP. Mas cópias de software livre +também estão disponíveis por um preço no formato de CD-ROMs, enquanto que +cópias de software proprietário estão ocasionalmente disponíveis +gratuitamente em promoções e alguns pacotes proprietários estão normalmente +disponíveis sem qualquer custo para certos usuários.</p> +<p> +Para evitar confusões, você pode dizer que um programa está disponível “como +software livre”.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="FreelyAvailable">“Disponível livremente”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Não use o termo “software disponível livremente” como um sinônimo de +“software livre”. Eles não são equivalentes. Software está “disponível +livremente” se é de fácil acesso. “Software livre” é definido pela liberdade +dos usuários de terem uma cópia. Essas são respostas para problemas +diferentes. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="GiveAwaySoftware">“Doar software”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +É enganoso usar os termos “doar software” ou “dar software de graça” quando +queremos dizer “distribuir um programa como software livre”: eles implicam +que a questão é o preço, não a liberdade. Uma das maneiras de evitar essa +confusão é dizer “publicado como software livre”.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="BSD-style">“do tipo BSD”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +A expressão “do tipo BSD” (do inglês “BSD-style”) leva à confusão, pois ela +<a href="/licenses/bsd.html">aglomera licenças que têm diferenças +importantes</a>. Por exemplo, a licença BSD original possui uma cláusula +advertindo que é incompatível com a Licença Pública Geral GNU, mas a licença +BSD revisada é compatível com a GPL.</p> +<p> +Para evitar confusões, é melhor nomear especificamente <a +href="/licenses/license-list.html">a licença em questão</a> e evitar o termo +vago “do tipo BSD”</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="SharingEconomy">“Economia compartilhada”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “economia compartilhada” ou “economia colaborativa”<sup><a +id="TransNote7-rev" href="#TransNote7">7</a></sup> não é uma boa maneira de +se referir a serviços como Uber e Airbnb que organizam transações comerciais +entre pessoas. Nós usamos o termo “compartilhamento” para nos referirmos à +cooperação não comercial, incluindo redistribuição não comercial de cópias +exatas de obras publicadas. Estender a palavra “compartilhada” para incluir +tais transações enfraquece seu significado, portanto não a usamos neste +contexto.</p> +<p> +Um termo mais adequado para negócios como o da Uber é “economia de serviço +por produção”.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Ecosystem">“Ecossistema”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Não é recomendado descrever a comunidade de software livre, ou qualquer +outra comunidade humana, como um “ecossistema”, pois a palavra implica a +ausência de julgamento moral.</p> + +<p> +O termo “ecossistema” sugere, implicitamente, uma atitude de observação +livre de julgamento: não pergunte como algo <em>deve</em> acontecer, apenas +estude e entenda o que <em>de fato</em> acontece. Em um ecossistema, alguns +organismos consomem outros organismos. Na ecologia, não perguntamos se é +certo ou errado que uma coruja coma um rato, ou que um rato coma uma +semente, apenas observamos que eles o fazem. A população das espécies cresce +ou diminui de acordo com as condições; isso não é nem certo nem errado, é +meramente um fenômeno ecológico, mesmo que ele leve à extinção de uma +espécie.</p> + +<p> +Por outro lado, seres que adotam uma postura ética perante aquilo que os +cerca podem decidir preservar coisas que, sem sua intervenção, poderiam +desaparecer — tais como a sociedade civil, a democracia, os direitos +humanos, a paz, a saúde pública, um clima estável, ar puro e água, as +espécies em perigo, as artes tradicionais… E as liberdades dos +usuários de computador. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Closed">“Fechado”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +A descrição do software não livre como “fechado” refere claramente ao termo +“código aberto”. No movimento do software livre, <a +href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">não queremos ser +confundidos com a turma do código aberto</a>, portanto temos o cuidado de +evitar dizer coisas que possam incentivar que sejamos agrupados com +eles. Por exemplo, evitamos descrever o software não livre como +“fechado”. Nós o chamamos de “não livre” ou <a +href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">“proprietário”</a>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="FLOSS">“FLOSS”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “FLOSS” (do inglês “Free/Libre and Open Source Software” ou +“Software Livre/Libre e de Código Aberto”) foi cunhado como uma maneira de +<a href="/philosophy/floss-and-foss.html">ser neutro entre o software livre +e o código aberto</a>. Se a neutralidade é seu objetivo, o termo “FLOSS” é a +melhor maneira de ser neutro. Mas se você quer mostrar que defende a +liberdade, não use um termo neutro.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="FOSS">“FOSS”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “FOSS”, que significa “Free and Open Source Software” (do inglês +“Software Livre e de Código Aberto”), foi cunhado como uma maneira de <a +href="/philosophy/floss-and-foss.html">ser neutro entre o software livre e o +código aberto</a>, mas na verdade não é. Se seu objetivo é a neutralidade, o +termo “FLOSS” é melhor. Mas se você quer mostrar que defende a liberdade, +não use um termo neutro.</p> + +<blockquote><p>Em vez de <b>FOSS</b>, nós dizemos <b>software livre</b> ou <b>software +libre</b>.</p> +</blockquote> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Freeware">“Freeware”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Por favor, não use o termo “freeware” como sinônimo de “software livre”. O +termo “freeware” era frequentemente usado nos anos 80 para programas +publicados apenas como executáveis cujo código fonte não estava +disponível. Hoje, ele não tem uma definição em particular com a qual todos +concordem.</p> +<p> +Quando usar uma língua diferente do inglês, por favor, evite emprestar +termos do inglês tais como “free software” ou “freeware.” O melhor é +traduzir o termo “free software” para <a +href="/philosophy/fs-translations.html">sua língua</a>.</p> + +<p> +Ao usar uma palavra em <a href="/philosophy/fs-translations.html">sua +própria língua</a>, você mostra que você está realmente se referindo à +liberdade e não apenas repetindo alguns conceitos misteriosos do marketing +estrangeiro. A referência à liberdade pode num primeiro momento parecer +estranha ou perturbadora aos seus compatriotas, mas uma vez que eles +entendam que ela significa exatamente o que diz, vão entender exatamente +qual é a questão. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="DigitalRightsManagement">“Gestão Digital de Direitos”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +A “Gestão Digital de Direitos”<sup><a id="TransNote4-rev" +href="#TransNote4">4</a></sup> (do inglês “Digital Rights Management”, +frequentemente abreviada como “DRM”) se refere a mecanismos técnicos +projetados para impor restrições à usuários de computador. A palavra +“direitos”, usada no termo, é propaganda arquitetada para pegar-lhe +desprevenido e direcionar sua visão para o ponto de vista daqueles poucos +que impõe tais restrições, ignorando os direitos do público em geral, sobre +o qual essas restrições são impostas.</p> +<p> +Entre boas alternativas estão as palavras “Gestão Digital de Restrições” e +“algemas digitais.”</p> +<p> +Por favor, registre-se para apoiar nossa <a +href="http://DefectiveByDesign.org/">campanha para abolir o DRM</a>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Google">“Google”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Por favor, evite usar o termo “google” como um verbo, com o significado de +procurar algo na internet. “Google” é apenas o nome de um determinado +mecanismo de pesquisa dentre outros. Em vez disso, sugerimos usar o termo +“pesquisar na web”. Tente usar um motor de busca que respeite sua +privacidade; <a href="https://duckduckgo.com/">DuckDuckGo</a> alega não +rastrear seus usuários. (Não há um meio para que pessoas de fora verifiquem +as alegações daquele tipo.)</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Hacker">“Hacker”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Um hacker é alguém que <a +href="http://stallman.org/articles/on-hacking.html">se diverte com a +engenhosidade lúdica</a> — não necessariamente com computadores. Os +programadores na antiga comunidade de software livre do <abbr +title="Massachusetts Institute of Technology">MIT</abbr> nos anos 60 e 70 +referiam a si mesmos como hackers. Por volta dos anos 80, os jornalistas que +descobriram a comunidade hacker entenderam o termo equivocadamente como +“transgressor de segurança”.</p> + +<p> +Por favor, não espalhe esse erro. Pessoas que burlam a segurança são +“crackers”.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="SoftwareIndustry">“Indústria do Software”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “indústria do software” incentiva as pessoas a imaginarem que o +software é sempre desenvolvido em uma espécie de fábrica e depois entregue +aos “consumidores.” A comunidade de software livre mostra que esse não é o +caso. Empresas de software existem, e várias delas desenvolvem software +livre e/ou não livre, mas aquelas que desenvolvem software livre não são +geridas como fábricas.</p> +<p> +O termo “indústria” está sendo usado como propaganda pelos defensores das +patentes de software. Eles chamam o desenvolvimento de software de uma +“indústria” e então tentam argumentar que isso significa que ele deveria +estar sujeito aos monopólios de patentes. <a +href="https://web.archive.org/web/20071215073111/http://eupat.ffii.org/papers/europarl0309/" +title="archived version of http://eupat.ffii.org/papers/europarl0309/">O +Parlamento Europeu, ao rejeitar as patentes de software em 2003, votou a +definição de “indústria” como “produção automatizada de bens materiais.”</a></p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="InternetofThings">“Internet das Coisas”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Quando as empresas decidiram fabricar aparelhos computadorizados que se +conectariam pela internet ao servidor do fabricante e, portanto, poderiam +facilmente espionar seus usuários, eles perceberam que isso não soaria muito +legal. Então, eles criaram um nome atraente e bonito: a “Internet das +Coisas” ou, em inglês, “Internet of Things”.</p> +<p> +A experiência mostra que esses produtos, de fato, costumam <a +href="http://www.locusmag.com/Perspectives/2015/09/cory-doctorow-what-if-people-were-sensors-not-things-to-be-sensed/">espionar +seus usuários</a>. Eles também são feitos sob medida para <a +href="http://ieet.org/index.php/IEET/more/rinesi20150806">dar conselhos +tendenciosos às pessoas</a>. Além disso, o fabricante pode <a +href="/proprietary/proprietary-sabotage.html">sabotar o produto</a> +desativando o servidor do qual depende.</p> +<p> +Nós chamamos de “Internet das Picadas” ou, em inglês, “Internet of Stings”. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="CreativeCommonsLicensed">“licenciado em Creative Commons”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +A característica mais importante do licenciamento de uma obra é se ela é +livre. A Creative Commons publica sete licenças; três são livres (CC BY, CC +BY-SA e CC0) e o resto é não livre. Portanto, a descrição de uma obra como +“licenciada em Creative Commons” fracassa em dizer se ela é livre ou não, e +sugere que essa questão não é importante. A frase pode ser verdade, mas a +omissão é nociva. +</p> + +<p> +Para incentivar que se preste atenção à distinção mais importante, sempre +especifique <em>qual</em> licença Creative Commons é usada, por exemplo +“licenciado sob CC BY-SA.” Se você não sabe qual licença foi usada, descubra +e depois faça sua declaração. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Market">“Mercado”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +É enganoso descrever usuários de software livre, ou usuários de software em +geral, como um “mercado”.</p> +<p> +Isso não quer dizer que não existe lugar para mercados na comunidade de +software livre. Se você tiver um negócio de suporte a software livre, por +consequência tem clientes e realiza trocas com eles em um mercado. Desde que +você respeite a liberdade de seus clientes, desejamos-lhe sucesso em seu +mercado.</p> +<p> +Mas o movimento do software livre é um movimento social, não um negócio, e o +sucesso que ele busca não é um sucesso de mercado. Estamos tentando servir o +público dando liberdade a ele — não competindo para tirar negócios de +um rival. Equiparar essa campanha pelo software livre com esforços de uma +empresa para atingir mero sucesso é negar a importância da liberdade e +legitimar o software proprietário.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="SourceModel">“Modelo da fonte”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +A Wikipédia usar o termo “modelo da fonte” de maneira confusa e +ambígua. Ostensivamente, ele se refere a como o código-fonte de um programa +é distribuído, mas o texto confunde isso com a metodologia de +desenvolvimento. Ele distingue “código aberto” e “código compartilhado” como +respostas, mas elas se sobrepõe — a Microsoft usa o último como um +termo de marketing para revestir uma série de práticas, algumas das quais +são “código aberto.” Assim, o termo na verdade não comunica nenhuma +informação coerente, mas provê uma oportunidade para dizer “código aberto” +em páginas descrevendo programas de software livre.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Modern">“Moderno”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “moderno” faz sentido a partir de uma perspectiva descritiva – +por exemplo, apenas para distinguir períodos e caminhos mais novos dos mais +antigos.</p> + +<p>Torna-se um problema quando carrega a presunção de que os modos mais antigos +são “antiquados”; isto é, presumivelmente pior. Nos campos tecnológicos em +que as empresas fazem as escolhas e as impõem aos usuários, o inverso é +frequentemente verdadeiro.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Monetize">“Monetizar”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +A definição correta de “monetizar” é “usar algo como moeda de troca”. Por +exemplo, sociedades humanas monetizaram o ouro, a prata, o cobre, o papel +impresso, tipos especiais de conchas e pedras grandes. No entanto, estamos +vendo uma tendência de usar a palavra de outra maneira, significando “usar +algo como uma base para lucro”.</p> +<p> +Esse uso coloca o lucro como primário e a coisa que é usada para obtê-lo +como secundária. Essa atitude, quando aplicada a um projeto de software, é +contestável, pois ela levaria os desenvolvedores a escreverem programas +proprietários, se concluírem que escrever programas livres não é +suficientemente lucrativo.</p> +<p> +Um negócio produtivo e ético pode dar dinheiro, mas se ele subordina tudo +mais ao lucro, é pouco provável que irá manter-se ético.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="MP3Player">“MP3 Player”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> + +<!-- The MP3 patents will reportedly expire by 2018. --> +No fim dos anos 90, tornou-se possível criar tocadores de áudio digital com +memória em estado sólido. A maior parte tinha suporte ao codec patenteado +MP3, e esse ainda é o caso. Alguns tinham suporte a codecs livres de +patentes, como o Ogg Vorbis e o FLAC, e outros nem mesmo tinham suporte a +arquivos codificados em MP3, pois seus desenvolvedores precisavam se +proteger das patentes do formato MP3.</p> + +<p>Usar o termo “MP3 players” (ou “tocadores de MP3”) para tocadores de áudio +tem o efeito de promover o formato MP3 e de desencorajar os outros formatos +(alguns dos quais também são tecnicamente superiores). Ainda que as patentes +do MP3 tenham expirado, ainda é indesejável fazer isso.</p> + +<p>Nós sugerimos o termo “tocador de áudio digital”, ou simplesmente “tocador +de áudio” ou “reprodutor de áudio” quando estiver claro o suficiente, em vez +de “MP3 player”.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="PC">“PC”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +É certo usar a abreviação “PC” para se referir a um certo tipo de hardware +de computador, mas por favor não a use com implicando que o computador está +rondando o Microsoft Windows. Se você instalar o GNU/Linux no mesmo +computador, ela ainda é um PC.</p> + +<p> +O termo “WC” já foi sugerido para um computador rodando Windows<sup><a +id="TransNote6-rev" href="#TransNote6">6</a></sup>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Photoshop">“Photoshop”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Por favor, evite o uso do termo “photoshop” como um verbo que significa +qualquer tipo de manipulação de fotos ou edição de imagens em geral. O +Photoshop é apenas o nome de um programa de edição de imagens específico que +deve ser evitado, já que é proprietário. Existem muitos outros programas +para a edição de imagens, como o <a href="/software/gimp">GIMP</a>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Piracy">“Pirataria”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Editoras de livros, filmes, música etc. frequentemente se referem às +reproduções que não aprovam como “pirataria”. Dessa maneira, eles sugerem +que esse ato é eticamente equivalente a atacar navios em alto mar e +sequestrar e assassinar a tripulação. Baseado nessa propaganda, elas têm +tentado passar leis ao redor do mundo para proibir reprodução na maioria +(algumas vezes todas) das circunstâncias. (Elas ainda estão fazendo pressão +para deixar essas proibições mais completas.) +</p> +<p> +Se você acredita que a cópia não aprovada pela editora não é a mesma coisa +que o sequestro e o assassinato, talvez prefira não usar a palavra +“pirataria” para descrevê-la. Termos neutros, como “cópia não autorizada” +(ou “cópia proibida”, quando ela é ilegal), estão disponíveis para o +uso. Alguns de nós podem até mesmo preferir o uso de um termo positivo, como +“compartilhar informações com seu vizinho.”</p> + +<p> +Um juiz americano, presidindo um julgamento por violação dos direitos +autorais, reconheceu que <a +href="http://torrentfreak.com/mpaa-banned-from-using-piracy-and-theft-terms-in-hotfile-trial-131129/">“pirataria” +e “roubo” são apenas palavras difamatórias</a>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="PowerPoint">“PowerPoint”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Por favor, evite uso o termo “PowerPoint” para indicar qualquer tipo de +apresentação de slides. “PowerPoint” é apenas o nome de um programa +proprietário para fazer apresentações específico. Para o bem de sua +liberdade, você deve usar apenas software livre para fazer suas +apresentações — o que significa <em>não PowerPoint</em>. Opções +recomendadas incluem a classe <code>beamer</code> do LaTeX e o LibreOffice +Impress.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Product">“Produto”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Se você está falando sobre um produto, por favor, chame assim. No entanto, +ao se referir a um serviço, não o chame de “produto”. Se um prestador de +serviços chamar o serviço de um “produto”, insista firmemente em chamá-lo de +“serviço”. Se um prestador de serviços chamar um acordo de “produto”, +insista firmemente em chamá-lo de “acordo”. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="IntellectualProperty">“Propriedade intelectual”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Editoras e advogados gostam de descrever os direitos autorais como +“propriedade intelectual” — um termo aplicado para as patentes, as +marcas registradas e outras áreas mais obscuras da lei. Essas leis têm tão +pouco em comum e são tão diferentes que é imprudente generalizá-las. É +melhor falar especificamente do “direitos autorais”, ou das “patentes”, ou +sobre as “marcas registradas”.</p> +<p> +O termo “propriedade intelectual” carrega um pressuposto escondido — +que devemos pensar sobre essas questões díspares baseado numa analogia com +objetos físicos e nossa concepção deles como propriedades físicas.</p> +<p> +Quanto se trata da cópia, essa analogia ignora a diferença crucial entre +objetos materiais e a informação: a informação pode ser copiada e +compartilhada quase sem esforços, já objetos materiais não podem.</p> +<p> +Para evitar a difusão da confusão e de uma tendência desnecessária, é melhor +adotar uma política firme de <a href="/philosophy/not-ipr.html">não se falar +ou sequer pensar em termos de “propriedade intelectual”</a>.</p> +<p> +A hipocrisia de chamar esses poderes de “direitos” está <a +href="/philosophy/wipo-PublicAwarenessOfCopyright-2002.html">começando a +deixar a Organização Mundial da “Propriedade Intelectual” envergonhada</a>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="CopyrightOwner">“Proprietário do direito autoral”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O direito autoral é um privilégio artificial, concedido pelo estado para +alcançar um interesse público e durar um período de tempo – não é um +direito natural como possuir uma casa ou uma camisa. Os advogados costumavam +reconhecer isso referindo-se ao destinatário desse privilégio como “detentor +dos direitos autorais”.</p> + +<p>Algumas décadas atrás, os detentores de direitos autorais começaram a tentar +reduzir a conscientização sobre esse ponto. Além de citar frequentemente o +conceito falso de <a href="#IntellectualProperty">“propriedade +intelectual”</a>, eles também começaram a se chamar de “proprietários de +direitos autorais”. Por favor, junte-se a nós para resistir usando o termo +tradicional “detentores de direitos autorais”.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Protection">“Proteção”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Advogados de editoras adoram usar o termo “proteção” para descrever os +direitos autorais. Essa palavra carrega o sentido da prevenção da destruição +ou do sofrimento; assim, ela incentiva que as pessoas se identifiquem com o +dono e editora que se beneficiam dos direitos autorais, e não com os +usuários que são restritos por ele.</p> +<p> +É fácil de evitar o termo “proteção” e usar termos neutros. Por exemplo, ao +invés de “A proteção dos direitos autorais dura muito tempo” você pode +dizer, “Os direitos autorais duram muito tempo”.</p> +<p> +Da mesma forma, ao invés de dizer “protegido por copyright”, você pode dizer +“abrangido pelo copyright” ou apenas “com copyright”.</p> +<p> +Caso deseje criticar os direitos autorais ao invés de ser neutro, você pode +usar o termo “restrições dos direitos autorais”. Assim, você pode dizer “As +restrições dos direitos autorais duram por muito tempo”.</p> + +<p> +O termo “proteção” também é usado para descrever recursos maliciosos. Por +exemplo, a “proteção contra cópia” é um recurso que interfere na +reprodução. Do ponto de vista do usuário, isso é uma obstrução. Portanto +podemos chamar esse recurso malicioso de “obstrução de cópia”. Mais +frequentemente ele é chamado de Gestão Digital de Restrições (comumente +usamos a sigla em inglês, DRM) — veja a campanha <a +href="http://DefectiveByDesign.org">Defective by Design</a> (em português, +“Deliberadamente Defeituoso”).</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="RAND">“RAND (Razoável e Não Discriminatório)”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Os órgãos de normatização que promulgam normas restritas por patentes que +proíbem software livre tipicamente têm uma política de obtenção de licenças +de patente que requer uma taxa fixa por cópia de um programa em +conformidade. Eles frequentemente se referem a essas licenças pelo termo +“RAND”, que significa “razoável e não discriminatório”.</p> +<p> +O termo mascara uma classe de licenças de patente que normalmente não são +nem razoáveis, nem não discriminatórias. É verdade que essas licenças não +discriminam qualquer pessoa específica, mas elas discriminam contra a +comunidade de software livre, o que as torna não razoáveis. Portanto, metade +do termo “RAND” é enganadora e a outra metade é preconceituosa.</p> +<p> +Os órgãos de normatização deveriam reconhecer que essas licenças são +descriminatórias e parar de usar o termo “razoável e não discriminatório” ou +“RAND” para descrevê-las. Até lá, escritores que não desejam participar +desse mascaramento fariam bem em rejeitar o termo. Aceitá-lo e usá-lo +meramente porque as companhias que detém as patentes o tornaram generalizado +é permitir que essas companhias ditem as opiniões que você expressa.</p> +<p> +Como substituto, sugerimos o termo “apenas taxa uniforme” ou “ATUN” (do +inglês “uniform fee only” ou “UFO”). Ele é acurado, pois a única condição +nessas licenças é uma taxa uniforme de royalty.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Theft">“Roubo”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Os apoiadores de uma forma de copyright demasiadamente restritiva e +repressiva geralmente usam palavras como “roubado” e “roubo” para se referir +à violação de copyright. Isso é uma manipulação da verdade, mas eles +gostariam que você a tomasse como verdade objetiva.</p> +<p> +No sistema legal estadunidense, a violação de copyright não é roubo. <a +href="http://caselaw.lp.findlaw.com/scripts/getcase.pl?court=us&vol=473&invol=207">As +leis sobre roubo não são aplicáveis a casos de violação de copyright</a>. Os +apoiadores do copyright repressivo estão recorrendo à autoridade — e +deturpando o que ela diz.</p> +<p> +Para refutá-los, você pode se referir a esse <a +href="http://www.guardian.co.uk/books/2013/may/04/harper-lee-kill-mockingbird-copyright">caso +real</a> que mostra o que pode ser propriamente descrito como “roubo de +copyright.”</p> +<p> +A cópia não autorizada é proibida pela lei do copyright em muitas +circunstâncias (nem todas!), mas algo não é errado só porque é proibido. Em +geral, as leis não definem o que é certo do que é errado. No melhor dos +casos, elas tentam implementar a justiça. Se as leis (a implementação) não +se encaixam nas nossas ideias de certo e errado (a especificação), elas é +que devem mudar.</p> + +<p> +Um juiz americano, presidindo um julgamento por violação de copyright, +reconheceu que <a +href="http://torrentfreak.com/mpaa-banned-from-using-piracy-and-theft-terms-in-hotfile-trial-131129/">“pirataria” +e “roubo” são apenas palavras difamatórias</a>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="SaaS">“SaaS” ou “Software como Serviço”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Costumávamos dizer que o SaaS (abreviação de “Software as a Service,” +“Software como Serviço” em português) é uma injustiça, mas então descobrimos +que existe uma grande variação no entendimento das pessoas de que atividades +contam como SaaS. Assim, passamos a usar um novo termo, “Serviço como +Substituto do Software” (do inglês “Service as a Software Substitute” ou +“SaaSS”). O termo tem duas vantagens: ele não tinha sido usado +anteriormente, então nossa definição é a única, e ele explica no que +consiste a injustiça.</p> +<p> +Veja <a href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">A Quem +Aquele Servidor Realmente Serve?</a> para uma discussão desse problema.</p> +<p> +Em espanhol, continuamos a usar o termo “software como servicio”, porque a +piada “software como ser vicio” é boa demais para ser perdida.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="LAMP">“Sistema LAMP”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +“LAMP” significa “Linux, Apache, MySQL e PHP” — uma combinação comum +de software usada em servidores web, com a exceção de que “Linux” nesse +contexto na verdade se refere ao sistema GNU/Linux. Assim, ao invés de +“LAMP”, o termo deveria ser “GLAMP”: “GNU, Linux, Apache, MySQL e PHP”. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Linux">“Sistema Linux”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Linux é o nome do kernel que Linus Torvalds desenvolveu a partir de 1991. O +sistema operacional no qual o Linux é usado é basicamente o GNU com o Linux +acrescentado. Chamar o sistema inteiro de “Linux” é tanto injusto quanto +confuso. Por favor, chame o sistema completo de <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>, tanto para dar crédito ao +Projeto GNU quanto para distinguir o sistema inteiro de apenas o kernel. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Skype">“Skype”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Por favor, evite usa o termo “skype” como um verbo que significa fazer +qualquer tipo de chamada telefônica ou de vídeo pela Internet. “Skype” é +apenas o nome de um programa privativo em particular, um que <a +href="/philosophy/proprietary/proprietary-surveillance.html#SpywareInSkype">espiona +seus usuários</a>. Se você quiser fazer chamadas de voz e vídeo através da +Internet de uma forma que respeite tanto sua liberdade quanto sua +privacidade, experimente um dos <a +href="https://libreplanet.org/wiki/Group:Skype_Replacement">inúmeros +substitutos livres do Skype</a>.</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX = /^.(es)$/" --> +<!-- TRANSLATORS: translate if this word is used often in your + language to refer to mobile computers; otherwise, + fill the translation with a space. --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Terminal">“Terminal”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p>Telefones celulares e tablets são computadores, e as pessoas devem ser +capazes de realizar a sua informática neles usando software livre. +Chamá-los de “terminais” pressupõe que tudo para o que eles servem é se +conectar a servidores, o que é uma maneira ruim de realizar a sua +informática pessoal.</p> + +<!--#endif --> +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="Vendor">“Vendedor”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +Por favor, não use o termo “vendedor” para se referir de maneira geral a +qualquer pessoa que desenvolve ou prepara software para distribuição. Muitos +programas são desenvolvidos para vender cópias, e seus desenvolvedores são +portanto seus vendedores; isso inclui até mesmo alguns pacotes de software +livre. No entanto, muitos programas são desenvolvidos por voluntários ou +organizações que não pretendem vender cópias. Esses desenvolvedores não são +vendedores. Da mesma maneira, apenas alguns dos empacotadores de +distribuições GNU/Linux são vendedores. Ao invés disso, recomendamos o termo +geral “fornecedor”. +</p> + +<!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> +<!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> +<h3 id="SellSoftware">“Vender software”</h3> + +<!-- GNUN-SORT-END-KEY --> +<p> +O termo “vender software” é ambíguo. Estritamente, trocar a cópia de um +programa livre por uma quantia de dinheiro é <a +href="/philosophy/selling.html">vender o programa</a>, e não há nada de +errado com isso. No entanto, as pessoas geralmente associam o termo “vender +software” com restrições proprietárias no uso subsequente do software. Você +pode ser claro e prevenir confusões dizendo tanto “distribuir cópias de um +programa por uma taxa” ou “impor restrições proprietárias no uso de um +programa.”</p> +<p> +Veja <a href="/philosophy/selling.html">Vendendo Software Livre</a> para uma +discussão mais aprofundada sobre o assunto.</p> + +<!-- GNUN-SORT-STOP --> +<hr /> +<blockquote id="fsfs"><p class="big">Este ensaio foi publicado em <a +href="http://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Software +Livre, Sociedade Livre: Artigos Selecionados de Richard +M. Stallman</cite></a>.</p></blockquote> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li> +<a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> +Do inglês: “Digital Restrictions Management”. +</li> +<li> +<a id="TransNote2" href="#TransNote2-rev" class="nounderline">↑</a> +Em inglês, a palavra “content” significa tanto “contente” quanto +“conteúdo”. Segue a piada original: <em>If you want to describe a feeling of +comfort and satisfaction, by all means say you are “content”</em> +</li> +<li> +<a id="TransNote3" href="#TransNote3-rev" class="nounderline">↑</a> +Em inglês, “malcontent” significa “descontente”. Preferi manter a +brincadeira de palavras ao invés de usar uma paráfrase, muito embora algum +sentido tenha sido perdido. +</li> +<li> +<a id="TransNote4" href="#TransNote4-rev" class="nounderline">↑</a> +A tradução “Gestão Digital de Direitos” para “Digital Rights Management” +segue as instruções do <a +href="/server/standards/README.translations.html#accuracy">guia de +tradução</a>, em que pese a tradução mais popular é “Gestão de Direitos +Digitais”. +</li> +<li> +<a id="TransNote5" href="#TransNote5-rev" class="nounderline">↑</a> +A motivação mais forte para não dizer “de graça” na verdade vem do fato de +que, em inglês, “free” significa tanto “gratuito” quanto “livre”. +</li> +<li> +<a id="TransNote6" href="#TransNote6-rev" class="nounderline">↑</a> +Em inglês, “WC” é uma abreviação cujo significado varia conforme +contexto. Neste contexto, poderia ser “Windows Computer” ou, quem sabe, +“water closet”, que significa privada, lavatório, sanitário. +</li> +<li> +<a id="TransNote7" href="#TransNote7-rev" class="nounderline">↑</a> +Do inglês “economy sharing”.</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007, 2008, +2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2016, 2017, 2018, 2020 Free Software +Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +<b>Traduzido por</b>: +Ricardo Grützmacher <a +href="mailto:grutz@terra.com.br"><grutz@terra.com.br></a>, 2002; +Rafael Beraldo <a +href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, +2015; +<a href="http://oitofelix.freeshell.org/">Bruno Félix Rezende Ribeiro</a> <a +href="mailto:oitofelix@gnu.org"><oitofelix@gnu.org></a>, 2015; +Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016-2020</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/07/26 11:59:36 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +<!-- for class="inner", starts in the banner include --> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/yes-give-it-away.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/yes-give-it-away.html new file mode 100644 index 0000000..1149968 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/yes-give-it-away.html @@ -0,0 +1,156 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/gnu/yes-give-it-away.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.79 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Sim, Doe - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> + +<!--#include virtual="/gnu/po/yes-give-it-away.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Sim, Doe</h2> + +<p><strong>por <a href="http://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></strong></p> + + <blockquote> + <p>Richard Stallman escreveu este texto, que foi encontrado em um arquivo +datado de maio de 1983, embora não esteja claro se ele foi escrito na época +ou antes. Em maio de 1983, ele estava pensando em planos para desenvolver um +sistema operacional livre, mas ele pode ainda não ter decidido torná-lo um +sistema semelhante ao Unix, em vez de algo como a Máquina Lisp <i>(Lisp +Machine)</i> do <abbr title="Massachusetts Institute of +Technology">MIT</abbr>.</p> + + <p>Ele ainda não havia distinguido conceitualmente os dois significados de +<i>“free”</i>; essa mensagem é formulada em termos de cópias gratuitas, mas +é assumido que isso significa que os usuários também têm liberdade.<sup><a +id="TransNote1-rev" href="#TransNote1">1</a></sup></p> + </blockquote> + +<p>Uma das razões importantes para fornecer software livremente é permitir que +usuários o modifiquem. Isso permite que façam um melhor uso dele, além de +encorajá-los e permitir que contribuam para o esforço. Mais ainda, eles +desenvolvem autossuficiência, confiança e senso de responsabilidade.</p> + +<p>Eu sempre ouvi dizer que os americanos pensarão que algo é sem valor se for +livre. Pode ser verdade, mas isso não é racional. As pessoas têm o direito +de serem neuróticas, mas não devemos encorajá-las. Enquanto isso, doar +software não é “tratá-lo como sem valor” só porque alguns masoquistas +poderiam concluir que não teria valor.</p> + +<p>Usuários não mudariam software se não tivesse valor; o contrário, porque +lhes vale mais modificado que antes. Alguma manutenção central também é +útil, mas existem outras maneiras de fornecer isso além de incomodar +usuários.</p> + +<p>Eu tenho muita experiência em compartilhar software e fazer com que usuários +o modifiquem. Eu acho que</p> + +<ol> + <li>há uma pequena tendência a acreditar que o EMACS não tem valor</li> + <li>usuários mudam muito o EMACS</li> + <li>mudanças dos usuários contribuem para o desenvolvimento do EMACS</li> + <li>manutenção centralizada do EMACS continua</li> +</ol> + +<p>Eu abordei usuários em um espírito cooperativo não-manipulativo e eles +reagiram com entusiasmo e cooperação. Quando informados de que restrições +estão sendo impostas para enganar suas neuroses ou porque se assume, com +antecedência, serem incompetentes, elas sentem um ressentimento +justificável. Eles também tendem a se tornar incompetentes e neuróticos como +resultado.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> +<b>Nota do tradutor</b>: +<ol> +<li> +<a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> +A palavra inglesa “free” é ambígua, podendo significar tanto gratuidade/não +ter preço (<i>“free beer”</i>, cerveja grátis) ou livre como em liberdade +(<i>“free speech”</i>, liberdade de expressão). Para mais informações sobre +isso, é recomendado a leitura da <a +href="/philosophy/free-sw.html">definição de software livre</a>. +</li> +</ol></div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2015, 2016 Free Software Foundation, Inc.</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2018.<br/> +Revisado por: André N Batista <a +href="mailto:nandre@riseup.net"><nandre@riseup.net></a>, 2018.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:08 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> diff --git a/talermerchantdemos/blog/articles/br/your-freedom-needs-free-software.html b/talermerchantdemos/blog/articles/br/your-freedom-needs-free-software.html new file mode 100644 index 0000000..6947f63 --- /dev/null +++ b/talermerchantdemos/blog/articles/br/your-freedom-needs-free-software.html @@ -0,0 +1,175 @@ +<!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/your-freedom-needs-free-software.en.html" --> + +<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> +<!-- Parent-Version: 1.84 --> + +<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> +<title>Sua liberdade precisa de software livre - Projeto GNU - Free Software +Foundation</title> + +<!--#include virtual="/philosophy/po/your-freedom-needs-free-software.translist" --> +<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> +<h2>Sua liberdade precisa de software livre</h2> + +<p>Muitos de nós sabemos que os governos podem ameaçar os direitos humanos dos +usuários de software por meio da censura e da vigilância da Internet. Muitos +não percebem que o software que executam em seus computadores domésticos ou +de trabalho pode ser uma ameaça ainda pior. Pensando em software como +“apenas uma ferramenta”, eles supõem que ela os obedece, quando, na verdade, +ela geralmente obedece aos outros.</p> + +<p>O software executado na maioria dos computadores é <a +href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">software proprietário +não livre</a>: controlado por empresas de software, não por seus +usuários. Os usuários não podem verificar o que esses programas fazem, nem +impedi-los de fazer o que não querem. A maioria das pessoas aceita isso +porque não enxerga outra maneira, mas é simplesmente errado dar aos +desenvolvedores poder sobre o computador dos usuários.</p> + +<p>Esse poder injusto, como de costume, instiga seus detentores a cometer mais +delitos. Se um computador fala com uma rede e você não controla o software +nele, ele pode facilmente espiar você. O Microsoft Windows espiona os +usuários; por exemplo, ele relata quais palavras um usuário procura em seus +próprios arquivos e quais outros programas estão instalados. O RealPlayer +também espiona; Ele relata o que o usuário joga. Os telefones celulares +estão cheios de software não livre, que espia. Os telefones celulares enviam +sinais de localização, mesmo quando “desligados”, muitos podem enviar sua +localização GPS precisa, quer você queira ou não, e alguns modelos podem ser +ligados remotamente como dispositivos de escuta. Os usuários não podem +corrigir esses recursos maliciosos porque eles não têm controle.</p> + +<p>Alguns softwares proprietários são projetados para restringir e atacar seus +usuários. O <a href="http://badvista.org/">Windows Vista</a> é um grande +avanço nesse campo; a razão pela qual é necessário substituir o hardware +antigo é que os novos modelos são projetados para suportar restrições +inquebráveis. A Microsoft exige, portanto, que os usuários paguem por novos +grilhões brilhantes. Ele também é projetado para permitir a atualização +forçada pela autoridade corporativa. Daí a campanha <a +href="http://badvista.org/">BadVista.org</a>, que insta os usuários do +Windows a não “atualizarem” para o Vista. (Para o igualmente malicioso +Windows 7 e Windows 8, agora temos <a +href="http://windows7sins.org/">Windows7Sins.org</a> e <a +href="http://upgradefromwindows8.org/">UpgradeFromWindows8.org</a>.) O Mac +OS também contém recursos projetados para restringir seus usuários.</p> + +<p>A Microsoft instalou <em>backdoors</em> para o uso do governo dos EUA no +passado (<a href="http://www.heise.de/tp/artikel/5/5263/1.html">relatado em +heise.de</a>). Não podemos verificar se eles têm sucessores hoje. Outros +programas proprietários podem ou não ter <em>backdoors</em>, mas como não +podemos verificá-los, não podemos confiar neles.</p> + +<p>A única maneira de garantir que o seu software esteja trabalhando para você +é insistir no software Livre/Libre. Isso significa que os usuários obtêm o +código-fonte, estejam livres para estudá-lo e alterá-lo, e estejam livres +para redistribuí-lo com ou sem alterações. O <a +href="/gnu/linux-and-gnu.html">sistema GNU/Linux</a>, desenvolvido <a +href="/gnu/gnu.html">especificamente para a liberdade dos usuários</a>, +inclui aplicativos de escritório, multimídia, jogos e tudo o que você +realmente precisa para executar um computador. Consulte <a +href="http://www.gnewsense.org/">gNewSense.org</a> para obter uma <a +href="/distros/distros.html">versão totalmente Livre/Libre do GNU/Linux</a>.</p> + +<p>Um problema especial ocorre quando ativistas de mudança social usam software +proprietário, porque seus desenvolvedores, que o controlam, podem ser +empresas que estes ativistas estejam a protestar – ou que trabalham +lado a lado com os estados cujas políticas se opõem. O controle de nosso +software por uma empresa proprietária de software, seja Microsoft, Apple, +Adobe ou Skype, significa controle do que podemos dizer e para quem. Isso +ameaça nossa liberdade em todas as áreas da vida.</p> + +<p>Há também o perigo de usar o servidor de uma empresa para fazer seu +processamento de texto ou e-mail – e não apenas se você estiver na +China, como o advogado americano Michael Springmann descobriu. Em 2003, a +AOL não apenas entregou à polícia suas discussões confidenciais com os +clientes, como também fez com que seu e-mail e sua lista de endereços +desaparecessem, e não admitiu que isso fosse intencional até que um de seus +funcionários delatou. Springmann desistiu de recuperar seus dados.</p> + +<p>Os EUA não são o único estado que não respeita os direitos humanos, +portanto, mantenha seus dados em seu próprio computador e seus backups sob +sua guarda – e use seu computador com software Livre/Libre.</p> + +<div class="translators-notes"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> + </div> +</div> + +<!-- for id="content", starts in the include above --> +<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> +<div id="footer"> +<div class="unprintable"> + +<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a +href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a +href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e +outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a +href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> + +<p> +<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, + replace it with the translation of these two: + + We work hard and do our best to provide accurate, good quality + translations. However, we are not exempt from imperfection. + Please send your comments and general suggestions in this regard + to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> + + <web-translators@gnu.org></a>.</p> + + <p>For information on coordinating and submitting translations of + our web pages, see <a + href="/server/standards/README.translations.html">Translations + README</a>. --> +A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer +traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por +favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para +<a +href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. +</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia +para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e o envio de +traduções das páginas deste site.</p> +</div> + +<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to + files generated as part of manuals) on the GNU web server should + be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this + without talking with the webmasters or licensing team first. + Please make sure the copyright date is consistent with the + document. For web pages, it is ok to list just the latest year the + document was modified, or published. + + If you wish to list earlier years, that is ok too. + Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying + years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable + year, i.e., a year in which the document was published (including + being publicly visible on the web or in a revision control system). + + There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers + Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> +<p>Copyright © 2007, 2017 Richard Stallman</p> + +<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" +href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative +Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> + +<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> +<div class="translators-credits"> + +<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> +Traduzido por: Rafael Fontenelle <a +href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, +2019.Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a +href="mailto:caco@posteo.net"><caco@posteo.net></a>, 2019.</div> + +<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> +Última atualização: + +$Date: 2020/05/22 22:05:25 $ + +<!-- timestamp end --> +</p> +</div> +</div> +</body> +</html> |