words-to-avoid.html (69466B)
1 <!--#set var="PO_FILE" 2 value='<a href="/philosophy/po/words-to-avoid.pt-br.po"> 3 https://www.gnu.org/philosophy/po/words-to-avoid.pt-br.po</a>' 4 --><!--#set var="ORIGINAL_FILE" value="/philosophy/words-to-avoid.html" 5 --><!--#set var="DIFF_FILE" value="/philosophy/po/words-to-avoid.pt-br-diff.html" 6 --><!--#set var="OUTDATED_SINCE" value="2021-09-12" --> 7 8 <!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> 9 <!-- Parent-Version: 1.96 --> 10 <!-- This page is derived from /server/standards/boilerplate.html --> 11 <!--#set var="TAGS" value="essays term" --> 12 <!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="yes" --> 13 14 <!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> 15 <title>Palavras para Evitar (ou Usar com Cuidado) Porque São Carregadas de Sentido 16 ou Confusas - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> 17 <style type="text/css" media="print,screen"><!-- 18 #word-list a { line-height: 1.8em; text-decoration: none; } 19 --> 20 21 </style> 22 23 <!--#include virtual="/philosophy/po/words-to-avoid.translist" --> 24 <!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> 25 <!--#include virtual="/philosophy/ph-breadcrumb.pt-br.html" --> 26 <!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE--> 27 <!--#include virtual="/server/outdated.pt-br.html" --> 28 <!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" --> 29 <div class="article reduced-width"> 30 <h2>Palavras para Evitar (ou Usar com Cuidado) Porque São Carregadas de Sentido 31 ou Confusas</h2> 32 <div class="thin"></div> 33 34 <p> 35 Existem várias palavras ou frases que recomendamos evitar completamente ou 36 evitar em alguns contextos e usos. Algumas são ambíguas ou enganosas; outras 37 pressupõe um ponto de vista com o qual discordamos e do qual esperamos que 38 você também discorde.</p> 39 40 <div id="word-list" class="emph-box"> 41 <p> <!-- GNUN-SORT-START --> 42 “<a href="#OptOut">Opt out</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 43 “<a href="#Open">Aberto</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 44 “<a href="#Access">Acesso</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 45 “<a href="#Ad-blocker">Ad-blocker</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 46 “<a href="#Alternative">Alternativa</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 47 “<a href="#Assets">Ativos</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 48 “<a href="#DigitalGoods">Bens Digitais</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 49 “<a href="#DigitalLocks">Cadeados Digitais</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 50 “<a href="#Commercial">Comercial</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 51 “<a href="#SharingPersonalData">Compartilhar (dados pessoais)</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 52 “<a href="#Compensation">Compensação</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 53 “<a href="#TrustedComputing">Computação Confiável</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 54 “<a href="#CloudComputing">Computação em Nuvem</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 55 “<a href="#Consumer">Consumidor</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 56 “<a href="#Consume">Consumo</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 57 “<a href="#Content">Conteúdo</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 58 “<a href="#Creator">Criador</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 59 “<a href="#GiveAwaySoftware">Dar software</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 60 “<a href="#ForFree">De graça</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 61 “<a href="#FreelyAvailable">Disponível livremente</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 62 “<a href="#CopyrightOwner">Dono do direito autoral</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 63 “<a href="#Ecosystem">Ecossistema</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 64 “<a href="#FLOSS">FLOSS</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 65 “<a href="#FOSS">FOSS</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 66 “<a href="#Closed">Fechado</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 67 “<a href="#Freeware">Freeware</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 68 “<a href="#DigitalRightsManagement">Gestão Digital de Direitos</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 69 “<a href="#Google">Google</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 70 “<a href="#Hacker">Hacker</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 71 “<a href="#SoftwareIndustry">Indústria do Software</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 72 “<a href="#InternetofThings">Internet das Coisas</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 73 “<a href="#MP3Player">MP3 player</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 74 “<a href="#Market">Mercado</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 75 “<a href="#SourceModel">Modelo da fonte</a>” | 76 77 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 78 “<a href="#Modern">Moderno</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 79 “<a href="#Monetize">Monetizar</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 80 “<a href="#PC">PC</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 81 “<a href="#Photoshop">Photoshop</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 82 “<a href="#Piracy">Pirataria</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 83 “<a href="#PowerPoint">PowerPoint</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 84 “<a href="#Product">Produto</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 85 “<a href="#IntellectualProperty">Propriedade intelectual</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 86 “<a href="#Protection">Proteção</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 87 “<a href="#RAND">RAND</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 88 “<a href="#Theft">Roubo</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 89 “<a href="#SaaS">SaaS</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 90 “<a href="#SharingEconomy">Sharing economy</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 91 “<a href="#Skype">Skype</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 92 <!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX = /^.(es)$/" --> 93 <!-- TRANSLATORS: translate if this word is used often in your 94 language to refer to mobile computers; otherwise, 95 fill the translation with a space. --> 96 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 97 “<a href="#Terminal">Terminal</a>” | <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 98 <!--#endif 99 --> 100 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 101 “<a href="#Vendor">Vendedor</a>” | 102 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 103 “<a href="#SellSoftware">Vender software</a>” <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 104 “<a href="#BSD-style">do tipo BSD</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 105 “<a href="#CreativeCommonsLicensed">licenciado em Creative Commons</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 106 “<a href="#LAMP">sistema LAMP</a>” | <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 107 “<a href="#Linux">sistema Linux</a>” | <!-- GNUN-SORT-STOP --> 108 </p> 109 </div> 110 111 <hr class="no-display" /> 112 <div class="announcement"> 113 <p>Observe também as <a href="/philosophy/categories.html">Categorias de 114 Software Livre</a>, <a href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">Por 115 Que Chamá-lo de Swindle?</a></p> 116 </div> 117 <hr class="no-display" /> 118 119 <!-- GNUN-SORT-START --> 120 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 121 <h3 id="Open">“Aberto”</h3> 122 123 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 124 <p> 125 Por favor, evite usar o termo “aberto” ou “código aberto” como substitutos 126 para “software livre”. Esses termos referem a <a 127 href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">pontos de vista 128 diferentes</a>, baseada em valores diferentes. O movimento do software livre 129 é uma campanha pela sua liberdade na computação, por uma questão de 130 justiça. O código aberto, que não é um movimento, não é uma campanha por 131 nada neste caminho.</p> 132 133 <p>Ao se referir às visões do código aberto, é correto usar o nome, mas por 134 favor não use este termo ao falar sobre nós, nosso software ou nossas 135 visões—isto leva pessoas a presumir que nossas visões são similares às 136 deles.</p> 137 138 <blockquote> 139 <p>Em vez de <b>código aberto</b>, nós dizemos <b>software livre</b> ou 140 <b>software libre</b>.</p> 141 </blockquote> 142 143 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 144 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 145 <h3 id="Access">“Acesso”</h3> 146 147 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 148 <p> 149 É um equívoco comum pensar que software livre significa que o público tem 150 “acesso” a um programa. Isso não é o que software livre significa.</p> 151 <p> 152 O <a href="/philosophy/free-sw.html">critério do software livre</a> não é 153 sobre quem tem “acesso” ao programa; as quatro liberdades essenciais dizem 154 respeito ao que um usuário que tem uma cópia do programa é permitido fazer 155 com ela. Por exemplo, a liberdade 2 diz que esse usuário é livre para fazer 156 outra cópia e dar ou vendê-la a você. Mas nenhum usuário é <em>obrigado</em> 157 a fazer isso por você; você não tem o <em>direito</em> de exigir uma cópia 158 desse programa de nenhum usuário.</p> 159 <p> 160 Em particular, se você mesmo escrever um programa e nunca oferecer uma cópia 161 a qualquer outra pessoa, este programa é um software livre embora em uma 162 forma trivial, pois todo usuário que tenha uma cópia das quatro liberdades 163 essenciais (já que o único usuário é você).</p> 164 <p> 165 Na prática, quando muitos usuários têm cópias de um programa, certamente 166 alguém o colocará na internet, dando a todos o acesso a ele. Nós achamos que 167 as pessoas deveriam fazer isso, se o programa é útil. Mas este não é um 168 requisito do software livre.</p> 169 <p> 170 Há um ponto específico em que a questão de ter acesso é diretamente 171 pertinente ao software livre: a GNU GPL permite dar a um usuário específico 172 o acesso para baixar o código fonte de um programa em vez de dar a esse 173 usuário uma cópia física do código fonte. Isso se aplica ao caso especial em 174 que o usuário já possui uma cópia do programa mas não possui o fonte.</p> 175 176 <blockquote><p>Em vez de <b>com software livre, o público tem acesso ao programa</b>, nós 177 dizemos <b>com software livre, os usuários têm as liberdades essenciais</b> 178 e <b>com software livre, os usuários têm controle do que o programa fazer 179 para eles</b>.</p> 180 </blockquote> 181 182 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 183 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 184 <h3 id="Ad-blocker">“Ad-blocker”</h3> 185 186 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 187 <p> 188 Quando o propósito de alguns programas é bloquear propagandas, “ad-blocker” 189 é um bom termo para ele. Porém, o navegador GNU IceCat bloqueia propagandas 190 que rastreiam o usuário como consequência de um grupo de medidas para 191 prevenir vigilância por sites. Isso não é um “ad-blocker”, isso é uma 192 <em>proteção contra vigilância</em>.</p> 193 194 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 195 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 196 <h3 id="Alternative">“Alternativa”</h3> 197 198 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 199 <p> 200 Não descrevemos o software livre em geral como uma “alternativa” ao software 201 privativo, pois tal palavra presume que todas as “alternativas” são 202 legítimas e que cada “alternativa” adicional deixa os usuários numa posição 203 melhor. De fato, a palavra presume que o software livre deve coexistir com 204 aquele que não respeita a liberdade dos usuários.</p> 205 <p> 206 Acreditamos que a única maneira ética de disponibilizar software para outras 207 pessoas é sua distribuição como software livre. Os outros métodos, <a 208 href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">software não 209 livre</a> e <a 210 href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">Serviço como 211 Substituto do Software</a> subjugam seus usuários. Não acreditamos que seja 212 bom oferecer aos usuários essas “alternativas” ao software livre.</p> 213 <p> 214 Circunstâncias especiais podem levar os usuários a executar um programa 215 específico para um determinado trabalho. Por exemplo, quando uma página web 216 envia o código JavaScript cliente para o navegador do usuário, isso leva os 217 usuários a executar aquele programa cliente específico em vez de qualquer 218 outro possível. Nesse caso, há um motivo para descrever qualquer outro 219 código para esse trabalho como alternativa. 220 </p> 221 222 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 223 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 224 <h3 id="Assets">“Ativos”</h3> 225 226 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 227 <p> 228 Para se referir a obras publicadas como “ativos”, ou “ativos digitais”, é 229 ainda pior que chamá-los de <a href="#Content">“conteúdo”</a> — ele 230 presume que eles tenham nenhum volume para a sociedade, exceto para um valor 231 comercial.</p> 232 233 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 234 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 235 <h3 id="DigitalGoods">“Bens Digitais”</h3> 236 237 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 238 <p> 239 O termo “bens digitais”, quanto aplicado a obras autorais, as identifica com 240 bens físicos — que não podem ser copiados e tem, portanto, de ser 241 manufaturados em grande quantidade e vendidos. Essa metáfora incentiva o 242 julgamento das questões sobre software ou outras obras digitais baseado na 243 visão e intuições que as pessoas têm sobre bens físicos. Ela também enquadra 244 os problemas nos termos da economia, cujos valores superficiais e limitados 245 não incluem a liberdade e a comunidade.</p> 246 247 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 248 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 249 <h3 id="DigitalLocks">“Cadeados Digitais”</h3> 250 251 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 252 <p> 253 O termo “cadeados digitais” é usado para se referir à Gestão Digital de 254 Restrições (em inglês, comumente DRM) por algumas pessoas que a criticam. O 255 problema desse termo é que ele não faz justiça à maldade do DRM. Quem o 256 adota não pensou direito sobre o assunto.</p> 257 <p> 258 Cadeados não são necessariamente opressivos ou maus. Você provavelmente 259 possui vários, e suas chaves ou códigos também; você pode achá-los úteis ou 260 problemáticos, mas eles não lhe oprimem, pois você pode abri-los e 261 fechá-los. Da mesma maneira, nós achamos que a <a 262 href="https://www.theguardian.com/technology/2015/may/01/encryption-wont-work-if-it-has-a-back-door-only-the-good-guys-have-keys-to-">criptografia</a> 263 é inestimável para a proteção dos nossos arquivos digitais. Esta também é 264 uma espécie de cadeado digital que você controla.</p> 265 <p> 266 O DRM é como um cadeado colocado em você por alguém que se recusa a lhe dar 267 a chave — em outras palavras, é como <em>algemas</em>. Assim, a metáfora 268 adequada para o DRM é “algemas digitais” e não “cadeados digitais”.</p> 269 <p> 270 Várias campanhas de oposição escolheram esse termo imprudente, “cadeados 271 digitais”; para colocar as coisas no trilho, devemos insistir firmemente na 272 correção desse erro. A FSF pode apoiar uma campanha que se opõe aos 273 “cadeados digitais” se concordarmos com sua essência; no entanto, quando 274 afirmarmos nosso apoio, manifestadamente substituiremos a palavra por 275 “algemas digitais” e explicaremos por quê.</p> 276 277 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 278 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 279 <h3 id="Commercial">“Comercial”</h3> 280 281 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 282 <p> 283 Por favor, não use “comercial” como um sinônimo para “não livre.” Isso 284 confunde dois assuntos totalmente diferentes.</p> 285 <p> 286 Um programa é comercial se é desenvolvido como uma atividade de negócios. Um 287 programa comercial pode ser livre ou não livre, dependendo de sua maneira de 288 distribuição. Da mesma maneira, um software desenvolvido por uma 289 universidade ou um indivíduo pode ser livre ou não livre, dependendo de como 290 é distribuído. As duas questões — que tipo de entidade desenvolveu o 291 programa e que liberdades seu usuário tem — são independentes.</p> 292 <p> 293 Na primeira década do movimento do software livre, pacotes de software livre 294 eram quase sempre não comerciais; os componentes do sistema operacional 295 GNU/Linux foram desenvolvidos por individuais ou organizações com fins não 296 lucrativos como a FSF e universidades. Mais tarde, nos anos 90, software 297 livre comercial começou a aparecer.</p> 298 <p> 299 Software livre comercial é uma contribuição para nossa comunidade, portanto 300 devemos encorajá-lo. Mas pessoas que pensam que “comercial” significa “não 301 livre” tenderão a pensar que a combinação “livre e comercial” é 302 autocontraditória e descartarão a possibilidade. Sejamos cuidadosos para não 303 usar a palavra “comercial” dessa maneira.</p> 304 305 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 306 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 307 <h3 id="SharingPersonalData">“Compartilhar (dados pessoais)”</h3> 308 309 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 310 <p> 311 Quando empresas manipulam ou atraem pessoas para que estas revelem seus 312 dados pessoais e, dessa forma, cedam sua privacidade, por favor não se 313 refira a isso como “compartilhar”. Nós usamos o termo “compartilhar” 314 referindo à cooperação não comercial e dizemos que isso é <em>bom</em>. Por 315 favor, não faça uso daquela palavra para uma prática que é prejudicial e 316 perigosa.</p> 317 318 <p>Quando uma empresa redistribui dados pessoais coletados para outra empresa, 319 que é ainda menos merecedor do termo “compartilhar”.</p> 320 321 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 322 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 323 <h3 id="Compensation">“Compensação”</h3> 324 325 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 326 <p> 327 Falar da “compensação do autor” em conexão com os direitos autorais presume 328 que (1) os direitos autorais existem para o bem dos autores e 329 (2) sempre que lemos algo, estamos em débito com o autor e devemos 330 reembolsá-lo. A primeira suposição é simplesmente <a 331 href="/philosophy/misinterpreting-copyright.html">falsa</a> e a segunda é 332 ultrajante. 333 </p> 334 <p> 335 A “compensação do titular dos direitos” adiciona uma outra cilada: você deve 336 acreditar que isso significa pagar os autores, e ocasionalmente isso é 337 verdade, mas na maior parte do tempo significa um subsídio para as mesmas 338 companhias de publicação que estão empurrando leis injustas para cima de 339 nós. 340 </p> 341 342 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 343 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 344 <h3 id="TrustedComputing">“Computação Confiável”</h3> 345 346 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 347 <p> 348 <a href="/philosophy/can-you-trust.html">“Computação Confiável”</a> é o nome 349 que os proponentes deram a um esquema para redesenhar os computadores de 350 maneira que os desenvolvedores de aplicações possam confiar no seu 351 computador para obedecer a eles, e não a você. Do ponto de vista deles, a 352 máquina é “confiável”; mas do seu ponto de vista, ele é “traiçoeiro.” 353 </p> 354 355 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 356 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 357 <h3 id="CloudComputing">“Computação em Nuvem”</h3> 358 359 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 360 <p id="Cloud"> 361 O termo “computação em nuvem” (ou simplesmente “nuvem”, no contexto da 362 computação) é uma palavra da moda sem qualquer sentido coerente. Ela é usada 363 para designar uma série de atividades diferentes cuja única característica 364 comum é usar a Internet para algo além da transmissão de arquivos. Portanto, 365 o termo promove a confusão. Se você pensar baseando-se nela, seu pensamento 366 será confundido (ou, poderíamos dizer “nebuloso”?). 367 </p> 368 369 <p> 370 Quando estiver respondendo a alguém que usou esse termo, o primeiro passo é 371 esclarecer o assunto. Sobre qual cenário ela estava falando? Qual é um termo 372 bom e claro para esse cenário? Uma vez que o tópico esteja claramente 373 formulado, um pensamento coerente sobre isto se torna possível. 374 </p> 375 376 <p> 377 Um dos muitos significados de “computação em nuvem” é o armazenamento de 378 seus dados em serviços online. Na maior parte dos casos, isso é insensato, 379 pois te expõe à <a 380 href="https://www.guardian.co.uk/commentisfree/2011/apr/25/hackers-spooks-cloud-antiauthoritarian-dream">vigilância</a>. 381 </p> 382 383 <p> 384 Outro significado (que se sobrepõe ao anterior, mas não é a mesma coisa) é o 385 <a href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">Serviço como 386 Substituto do Software (Service as a Software Substitute)</a>, que nega seu 387 controle da computação realizada. Você nunca deve utilizar o SaaSS. 388 </p> 389 390 <p> 391 Outro significado é a locação de um servidor físico remoto, ou de um 392 servidor virtual. Essas práticas são aceitáveis sob certas circunstâncias. 393 </p> 394 395 <p> 396 Ainda outro significado é o acesso ao seu próprio servidor a partir do seu 397 próprio dispositivo móvel. Essa prática também não traz questões éticas em 398 particular. 399 </p> 400 401 <p> 402 A <a href="https://csrc.nist.gov/publications/detail/sp/800-145/final"> 403 definição de “computação em nuvem” do NIST</a> menciona três cenários que 404 trazem diferentes questões éticas: Software como um Serviço, Plataforma como 405 Serviço e Infraestrutura como Serviço. No entanto, essa definição não 406 corresponde ao uso comum de “computação em nuvem”, uma vez que não inclui 407 serviços online de armazenamento de dados. A maneira como o NIST define 408 Software como Serviço se sobrepõe consideravelmente com o Serviço como 409 Substituto do Software, que maltrata o usuário, mas os dois conceitos não 410 são equivalentes. 411 </p> 412 413 <p> 414 Essas diferentes práticas de computação nem mesmo pertencem à mesma 415 discussão. A melhor maneira de evitar a confusão que o termo “computação em 416 nuvem” promove é não usar “nuvem” em conexão à computação. Fale sobre o 417 cenário usando um termo específico. 418 </p> 419 420 <p> 421 Curiosamente, Larry Ellison, um desenvolvedor de software privativo, também 422 <a href="https://www.cnet.com/news/oracles-ellison-nails-cloud-computing/"> 423 notou a vacuidade do termo “computação em nuvem”</a>. Ele decidiu usar o 424 termo mesmo assim, pois, como um desenvolvedor de software privativo, ele 425 não é motivado pelos mesmos ideais que nós. 426 </p> 427 428 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 429 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 430 <h3 id="Consumer">“Consumidor”</h3> 431 432 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 433 <p> 434 O termo “consumidor” quando usado para se referir aos usuários de 435 computação, é carregado com os pressupostos que devemos rejeitar. Alguns vêm 436 da ideia de que usar um programa o “consome” (veja <a href="#Consume">a 437 entrada anterior</a>), o que leva as pessoas a impor sobre as obras digitais 438 copiáveis as conclusões econômicas que foram tiradas sobre os produtos 439 materiais não copiáveis.</p> 440 <p> 441 Além disso, a descrição de usuários de software como “consumidores” se 442 refere a uma mentalidade na qual pessoas são limitadas a escolher entre 443 qualquer “produto” que esteja disponível no “mercado”. Nessa mentalidade não 444 há lugar para a ideia de que os usuários possam <a 445 href="/philosophy/free-software-even-more-important.html">exercer controle 446 direto sobre o que o programa faz</a>.</p> 447 <p> 448 Para descrever pessoas que não estão limitadas ao uso passivo de obras, 449 sugerimos os termos “indivíduos” e “cidadãos”, em vez de “consumidores”.</p> 450 <p> 451 O problema com a palavra “consumidor” já foi <a 452 href="https://www.theguardian.com/commentisfree/2013/aug/11/capitalism-language-raymond-williams">notado 453 anteriormente</a>. 454 </p> 455 456 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 457 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 458 <h3 id="Consume">“Consumo”</h3> 459 460 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 461 <p> 462 “Consumo” refere-se ao que fazemos com os alimentos: nós os ingerimos, 463 depois disso a comida, como tal, não existe mais. Por analogia, podemos 464 empregar a mesma palavra para outros produtos cuja utilização os 465 <em>extingue</em>. Empregá-la a bens duráveis, como roupas ou aparelhos, é 466 um exagero. Empregá-la a obras publicadas (programas, gravações em discos ou 467 em um arquivos digitais, livros de papel ou digitais), cuja natureza é durar 468 indefinidamente e que podem ser executadas, reproduzidas ou lidas tanto 469 quanto se queira, é estender a palavra até aquela se encaixe. Reprodução de 470 uma gravação, ou a execução de um programa, não os consome.</p> 471 472 <p> 473 Aqueles que usam “consumo” neste contexto vão dizer que eles não querem 474 dizer isso literalmente. Então, o que isso significa? Significa considerar 475 cópias de softwares e outras obras de um ponto de vista estritamente 476 econômico. “Consumo” está associado com as economias de materiais de 477 consumo, tal como o combustível e eletricidade que um carro usa. A gasolina 478 é uma mercadoria, assim como a eletricidade. Os materiais de consumo são 479 <em>fungíveis</em>: não há nada especial em uma gota de gasolina que seu 480 carro queima hoje em comparação com outra gota que foi queimada na semana 481 passada.</p> 482 483 <p>O que significa pensar sobre obras de autoria como materiais de consumo, com 484 a suposição de que há nada especial sobre qualquer história, artigo, 485 programa ou música? Este é um ponto de vista distorcido do dono ou o 486 contador de uma empresa de publicidade. Não é surpresa que o software 487 privativo queira que você pense no uso de software como um material de 488 consumo. Seu ponto de vista distorcido aparece claramente <a 489 href="https://www.businessinsider.com/former-google-exec-launches-sourcepoint-with-10-million-series-a-funding-2015-6">neste 490 artigo</a>, que também se refere a publicações como “<a 491 href="#Content">conteúdo</a>”.</p> 492 493 <p> 494 O pensamento limitado associado com a ideia que nós “consumimos conteúdo” 495 abre caminho para leis como o DMCA que proíbe aos usuários de se livrarem 496 dos mecanismos de <a href="https://DefectiveByDesign.org/">Gestão Digital de 497 Restrições</a> (DRM<sup><a id="TransNote1-rev" 498 href="#TransNote1">1</a></sup>) nos dispositivos digitais. Se os usuários 499 pensarem que o que eles fazem com esses dispositivos é “consumo”, eles podem 500 considerar tais restrições como sendo naturais.</p> 501 502 <p> 503 Isso também incentiva a aceitação dos serviços de “streaming”, que utilizam 504 DRM para perversamente criar limites a ouvir músicas, ou assistir vídeos, 505 para apertar aquelas atividades para caber na suposição da palavra 506 “consumo”.</p> 507 508 <p> 509 Por que é que este uso perverso do termo vem se espalhando? Alguns podem 510 achar que o termo soa sofisticado, mas rejeitá-lo com razões convincentes 511 pode parecer ainda mais sofisticado. Alguns querem generalizar quase todos 512 os tipos de mídia, mas os verbos (“ler”, “ouvir”, “assistir”) não fazem 513 isso. Outros podem estar agindo sob interesses comerciais (os seus próprios, 514 ou dos seus empregadores). O uso por parte destes em fóruns de prestígio dá 515 a impressão de que o termo é “correto”.</p> 516 517 <p> 518 Falar de “consumir” música, ficção ou outras obras artísticas é tratá-las 519 como material de consumo em vez de arte. Queremos pensar sobre obras 520 publicadas desta forma? Queremos encorajar o público a fazê-lo?</p> 521 522 <p>Aqueles que respondem não, por favor juntem-se a mim evitando o termo 523 “consumo” para este sentido.</p> 524 525 <p>O que usar em vez disso? Você pode usar verbos específicos, tal como “ler”, 526 “ouvir”, “assistir” ou “olhar”, já que eles ajudam a restringir a tendência 527 de excesso de generalização.</p> 528 529 <p>Se você insiste em generalizar, você pode usar a expressão “atender a”, que 530 requer menos extensão do que “consumo”. Para uma obra destinada a um uso 531 prático, “usar” é melhor.</p> 532 533 <p>Veja também a entrada a seguir.</p> 534 535 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 536 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 537 <h3 id="Content">“Conteúdo”</h3> 538 539 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 540 <p> 541 Se você deseja descrever um sentimento de conforto e satisfação, você pode 542 com certeza dizer que você está “contente”<sup><a id="TransNote2-rev" 543 href="#TransNote2">2</a></sup>, mas usar a palavra “conteúdo” como um 544 substantivo para descrever publicações e obras autorais adota uma atitude 545 que você talvez prefira evitar: ela as trata como um material de consumo 546 cujo propósito é encher uma caixa e ganhar dinheiro. Na verdade, ela denigre 547 as próprias obras. Se você não concorda com essa atitude, você pode 548 chamá-las de “obras” ou “publicações”. 549 </p> 550 <p> 551 Os que usam o termo “conteúdo” geralmente são as editoras que empurram um 552 poder aumentado dos direitos autorais no nome dos autores (“criadores”, como 553 eles dizem) das obras. O termo “conteúdo” revela sua real atitude em relação 554 às obras e seus autores. isso também foi reconhecido por Tom Chatfield <a 555 href="https://www.theguardian.com/culture/2016/aug/02/how-to-deal-with-trump-trolls-online">no 556 Guardian</a>:</p> 557 558 <blockquote><p> 559 O conteúdo por si só é irrelevante — como o próprio uso das palavras 560 tipo conteúdo sugere. O momento que você começar a rotular cada pedaço de 561 escrita de “conteúdo” do mundo, você concedeu sua intercambialidade: seu 562 propósito primário como mera munição para o moinho métrico. 563 </p></blockquote> 564 565 <p> 566 Em outras palavras, “conteúdo” reduz publicações e escritas a uma espécie de 567 mistura a ser canalizada por meio de “tubos” da internet. 568 </p> 569 570 <p>Veja também a <a href="https://www.salon.com/2000/06/14/love_7/">carta 571 aberta de Courtney Love para Steve Case</a> e pesquise por “content 572 provider” nesta página. Aliás, Sra. Love não tem ciência de que o termo 573 “intellectual property” (propriedade intelectual) também é um <a 574 href="#IntellectualProperty">ambíguo e confuso</a>.</p> 575 <p> 576 No entanto, enquanto outras pessoas usarem o termo “provedor de conteúdo”, 577 dissidentes políticos pode muito bem chamar a si mesmos de “provedores de 578 malconteúdo”<sup><a id="TransNote3-rev" href="#TransNote3">3</a></sup>.</p> 579 <p> 580 O termo “gestão de conteúdo” leva o prêmio de vacuidade. “Conteúdo” 581 significa “algum tipo de informação” e “gestão” nesse contexto significa 582 “fazer alguma coisa com ela.” Então, um “sistema de gestão de conteúdo” é um 583 sistema para fazer algo com algum tipo de informação. Quase todos os 584 programas encaixam nessa descrição.</p> 585 586 <p> 587 Na maior parte dos casos, o termo na verdade se refere a um sistema para 588 atualizar páginas em um site. Para tanto, recomendamos o termo “sistema de 589 revisão de web sites” (do inglês “web site revision system” ou WRS).</p> 590 591 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 592 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 593 <h3 id="Creator">“Criador”</h3> 594 595 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 596 <p> 597 O termo “criador” quando aplicado à autores, os compara implicitamente a uma 598 deidade (“o criador”). A palavra é usada pelas editoras para elevar a moral 599 dos autores acima daquela das pessoas normais, de maneira a justificar a 600 atribuição de maiores poderes dos direitos autorais, poderes estes que os 601 publicadores podem, então, exercer em nome dos autores. Recomendamos 602 chamá-los de “autores”. No entanto, em muitos casos “detentor dos direitos 603 autorais” é o que você realmente quer dizer. Esse dois termos não são 604 equivalentes: frequentemente, o detentor dos direitos autorais não é o 605 autor.</p> 606 607 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 608 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 609 <h3 id="ForFree">“De graça”</h3> 610 611 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 612 <p> 613 Se você quer dizer que um programa é software livre, por favor não diga que 614 ele está disponível “de graça”. Software livre é uma questão de liberdade, 615 não de preço<sup><a id="TransNote5-rev" href="#TransNote5">5</a></sup>.</p> 616 <p> 617 Cópias de software livre frequentemente estão disponíveis “gratuitamente” 618 — por exemplo, para download via FTP. Mas cópias de software livre 619 também estão disponíveis por um preço no formato de CD-ROMs, enquanto que 620 cópias de software privativo estão ocasionalmente disponíveis gratuitamente 621 em promoções e alguns pacotes privativos estão normalmente disponíveis sem 622 qualquer custo para certos usuários.</p> 623 <p> 624 Para evitar confusões, você pode dizer que um programa está disponível “como 625 software livre”.</p> 626 627 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 628 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 629 <h3 id="FreelyAvailable">“Disponível livremente”</h3> 630 631 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 632 <p> 633 Não use o termo “software disponível livremente” como um sinônimo de 634 “software livre”. Eles não são equivalentes. Software está “disponível 635 livremente” se é de fácil acesso. “Software livre” é definido pela liberdade 636 dos usuários de terem uma cópia. Essas são respostas para problemas 637 diferentes. 638 </p> 639 640 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 641 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 642 <h3 id="GiveAwaySoftware">“Doar software”</h3> 643 644 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 645 <p> 646 É enganoso usar os termos “doar software” ou “dar software de graça” quando 647 queremos dizer “distribuir um programa como software livre”: eles implicam 648 que a questão é o preço, não a liberdade. Uma das maneiras de evitar essa 649 confusão é dizer “publicado como software livre”.</p> 650 651 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 652 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 653 <h3 id="CopyrightOwner">“Dono do direito autoral”</h3> 654 655 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 656 <p> 657 O direito autoral é um privilégio artificial, concedido pelo estado para 658 alcançar um interesse público e durar um período de tempo – não é um 659 direito natural como possuir uma casa ou uma camisa. Os advogados costumavam 660 reconhecer isso referindo-se ao destinatário desse privilégio como “detentor 661 dos direitos autorais”.</p> 662 663 <p>Algumas décadas atrás, os detentores de direitos autorais começaram a tentar 664 reduzir a conscientização sobre esse ponto. Além de citar frequentemente o 665 conceito falso de <a href="#IntellectualProperty">“propriedade 666 intelectual”</a>, eles também começaram a se chamar de “donos de direitos 667 autorais”. Por favor, junte-se a nós para resistir usando o termo 668 tradicional “detentores de direitos autorais”.</p> 669 670 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 671 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 672 <h3 id="SharingEconomy">“Economia compartilhada”</h3> 673 674 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 675 <p> 676 O termo “economia compartilhada” ou “economia colaborativa”<sup><a 677 id="TransNote7-rev" href="#TransNote7">7</a></sup> não é uma boa maneira de 678 se referir a serviços como Uber e Airbnb que organizam transações comerciais 679 entre pessoas. Nós usamos o termo “compartilhamento” para nos referirmos à 680 cooperação não comercial, incluindo redistribuição não comercial de cópias 681 exatas de obras publicadas. Estender a palavra “compartilhada” para incluir 682 tais transações enfraquece seu significado, portanto não a usamos neste 683 contexto.</p> 684 <p> 685 Um termo mais adequado para negócios como o da Uber é “economia de serviço 686 por produção” ou “gig economy”.</p> 687 688 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 689 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 690 <h3 id="Ecosystem">“Ecossistema”</h3> 691 692 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 693 <p> 694 Não é recomendado descrever a comunidade de software livre, ou qualquer 695 outra comunidade humana, como um “ecossistema”, pois a palavra implica a 696 ausência de julgamento moral.</p> 697 698 <p> 699 O termo “ecossistema” sugere, implicitamente, uma atitude de observação 700 livre de julgamento: não pergunte como algo <em>deve</em> acontecer, apenas 701 estude e entenda o que <em>de fato</em> acontece. Em um ecossistema, alguns 702 organismos consomem outros organismos. Na ecologia, não perguntamos se é 703 certo ou errado que uma coruja coma um rato, ou que um rato coma uma 704 semente, apenas observamos que eles o fazem. A população das espécies cresce 705 ou diminui de acordo com as condições; isso não é nem certo nem errado, é 706 meramente um fenômeno ecológico, mesmo que ele leve à extinção de uma 707 espécie.</p> 708 709 <p> 710 Por outro lado, seres que adotam uma postura ética perante aquilo que os 711 cerca podem decidir preservar coisas que, sem sua intervenção, poderiam 712 desaparecer — tais como a sociedade civil, a democracia, os direitos 713 humanos, a paz, a saúde pública, um clima estável, ar puro e água, as 714 espécies em perigo, as artes tradicionais… E as liberdades dos 715 usuários de computador. 716 </p> 717 718 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 719 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 720 <h3 id="FLOSS">“FLOSS”</h3> 721 722 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 723 <p> 724 O termo “FLOSS” (do inglês “Free/Libre and Open Source Software” ou 725 “Software Livre/Libre e de Código Aberto”) foi cunhado como uma maneira de 726 <a href="/philosophy/floss-and-foss.html">ser neutro entre o software livre 727 e o código aberto</a>. Se a neutralidade é seu objetivo, o termo “FLOSS” é a 728 melhor maneira de ser neutro. Mas se você quer mostrar que defende a 729 liberdade, não use um termo neutro.</p> 730 731 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 732 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 733 <h3 id="FOSS">“FOSS”</h3> 734 735 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 736 <p> 737 O termo “FOSS”, que significa “Free and Open Source Software” (do inglês 738 “Software Livre e de Código Aberto”), foi cunhado como uma maneira de <a 739 href="/philosophy/floss-and-foss.html">ser neutro entre o software livre e o 740 código aberto</a>, mas na verdade não é. Se seu objetivo é a neutralidade, o 741 termo “FLOSS” é melhor. Mas se você quer mostrar que defende a liberdade, 742 não use um termo neutro.</p> 743 744 <blockquote><p>Em vez de <b>FOSS</b>, nós dizemos <b>software livre</b> ou <b>software 745 libre</b>.</p> 746 </blockquote> 747 748 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 749 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 750 <h3 id="Closed">“Fechado”</h3> 751 752 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 753 <p> 754 A descrição do software não livre como “fechado” refere claramente ao termo 755 “código aberto”. No movimento do software livre, <a 756 href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">não queremos ser 757 confundidos com a turma do código aberto</a>, portanto temos o cuidado de 758 evitar dizer coisas que possam incentivar que sejamos agrupados com 759 eles. Por exemplo, evitamos descrever o software não livre como 760 “fechado”. Nós o chamamos de “não livre” ou <a 761 href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">“privativo”</a>.</p> 762 763 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 764 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 765 <h3 id="Freeware">“Freeware”</h3> 766 767 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 768 <p> 769 Por favor, não use o termo “freeware” como sinônimo de “software livre”. O 770 termo “freeware” era frequentemente usado nos anos 80 para programas 771 publicados apenas como executáveis cujo código fonte não estava 772 disponível. Hoje, ele não tem uma definição em particular com a qual todos 773 concordem.</p> 774 <p> 775 Quando usar uma língua diferente do inglês, por favor, evite emprestar 776 termos do inglês tais como “free software” ou “freeware.” O melhor é 777 traduzir o termo “free software” para <a 778 href="/philosophy/fs-translations.html">sua língua</a>.</p> 779 780 <p> 781 Ao usar uma palavra em <a href="/philosophy/fs-translations.html">sua 782 própria língua</a>, você mostra que você está realmente se referindo à 783 liberdade e não apenas repetindo alguns conceitos misteriosos do marketing 784 estrangeiro. A referência à liberdade pode num primeiro momento parecer 785 estranha ou perturbadora aos seus compatriotas, mas uma vez que eles 786 entendam que ela significa exatamente o que diz, vão entender exatamente 787 qual é a questão. 788 </p> 789 790 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 791 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 792 <h3 id="DigitalRightsManagement">“Gestão Digital de Direitos”</h3> 793 794 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 795 <p> 796 A “Gestão Digital de Direitos”<sup><a id="TransNote4-rev" 797 href="#TransNote4">4</a></sup> (do inglês “Digital Rights Management”, 798 frequentemente abreviada como “DRM”) se refere a mecanismos técnicos 799 projetados para impor restrições à usuários de computador. A palavra 800 “direitos”, usada no termo, é propaganda arquitetada para pegar-lhe 801 desprevenido e direcionar sua visão para o ponto de vista daqueles poucos 802 que impõe tais restrições, ignorando os direitos do público em geral, sobre 803 o qual essas restrições são impostas.</p> 804 <p> 805 Entre boas alternativas estão as palavras “Gestão Digital de Restrições” e 806 “algemas digitais.”</p> 807 <p> 808 Por favor, registre-se para apoiar nossa <a 809 href="https://DefectiveByDesign.org/"> campanha para abolir o DRM</a>.</p> 810 811 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 812 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 813 <h3 id="Google">“Google”</h3> 814 815 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 816 <p> 817 Por favor, evite usar o termo “google” como um verbo, com o significado de 818 procurar algo na internet. “Google” é apenas o nome de um determinado 819 mecanismo de pesquisa dentre outros. Em vez disso, sugerimos usar o termo 820 “pesquisar na web”. Tente usar um motor de busca que respeite sua 821 privacidade; <a href="https://duckduckgo.com/">DuckDuckGo</a> alega não 822 rastrear seus usuários. (Não há um meio para que pessoas de fora verifiquem 823 as alegações daquele tipo.)</p> 824 825 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 826 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 827 <h3 id="Hacker">“Hacker”</h3> 828 829 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 830 <p> 831 Um hacker é alguém que <a 832 href="https://stallman.org/articles/on-hacking.html">se diverte com a 833 engenhosidade lúdica</a> – não necessariamente com computadores. Os 834 programadores na antiga comunidade de software livre do <abbr 835 title="Massachusetts Institute of Technology">MIT</abbr> nos anos 60 e 70 836 referiam a si mesmos como hackers. Por volta dos anos 80, os jornalistas que 837 descobriram a comunidade hacker entenderam o termo equivocadamente como 838 “transgressor de segurança”.</p> 839 840 <p> 841 Por favor, não espalhe esse erro. Pessoas que burlam a segurança são 842 “crackers”.</p> 843 844 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 845 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 846 <h3 id="SoftwareIndustry">“Indústria do Software”</h3> 847 848 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 849 <p> 850 O termo “indústria do software” incentiva as pessoas a imaginarem que o 851 software é sempre desenvolvido em uma espécie de fábrica e depois entregue 852 aos “consumidores.” A comunidade de software livre mostra que esse não é o 853 caso. Empresas de software existem, e várias delas desenvolvem software 854 livre e/ou não livre, mas aquelas que desenvolvem software livre não são 855 geridas como fábricas.</p> 856 <p> 857 O termo “indústria” está sendo usado como propaganda pelos defensores das 858 patentes de software. Eles chamam o desenvolvimento de software de uma 859 “indústria” e então tentam argumentar que isso significa que ele deveria 860 estar sujeito aos monopólios de patentes. <a 861 href="https://web.archive.org/web/20071215073111/http://eupat.ffii.org/papers/europarl0309/" 862 title="archived version of http://eupat.ffii.org/papers/europarl0309/">O 863 Parlamento Europeu, ao rejeitar as patentes de software em 2003, votou a 864 definição de “indústria” como “produção automatizada de bens materiais.”</a></p> 865 866 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 867 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 868 <h3 id="InternetofThings">“Internet das Coisas”</h3> 869 870 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 871 <p> 872 Quando as empresas decidiram fabricar aparelhos computadorizados que se 873 conectariam pela internet ao servidor do fabricante e, portanto, poderiam 874 facilmente espionar seus usuários, eles perceberam que isso não soaria muito 875 legal. Então, eles criaram um nome atraente e bonito: a “Internet das 876 Coisas” ou, em inglês, “Internet of Things”.</p> 877 <p> 878 A experiência mostra que esses produtos frequentemente <a 879 href="https://www.locusmag.com/Perspectives/2015/09/cory-doctorow-what-if-people-were-sensors-not-things-to-be-sensed/"> 880 espionam seus usuários</a>. Eles também são feitos sob medida para <a 881 href="https://archive.ieet.org/articles/rinesi20150806.html">dar conselhos 882 tendenciosos às pessoas</a>. Além disso, o fabricante pode <a 883 href="/proprietary/proprietary-sabotage.html"> sabotar o produto</a> 884 desativando o servidor do qual depende.</p> 885 <p> 886 Nós chamamos de “Internet das Picadas” ou, em inglês, “Internet of Stings”. 887 </p> 888 889 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 890 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 891 <h3 id="MP3Player">“MP3 Player”</h3> 892 893 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 894 <p> 895 896 <!-- The MP3 patents will reportedly expire by 2018. --> 897 No fim dos anos 90, tornou-se possível criar tocadores de áudio digital com 898 memória em estado sólido. A maior parte tinha suporte ao codec patenteado 899 MP3, e esse ainda é o caso. Alguns tinham suporte a codecs livres de 900 patentes, como o Ogg Vorbis e o FLAC, e outros nem mesmo tinham suporte a 901 arquivos codificados em MP3, pois seus desenvolvedores precisavam se 902 proteger das patentes do formato MP3.</p> 903 904 <p>Usar o termo “MP3 players” (ou “tocadores de MP3”) para tocadores de áudio 905 tem o efeito de promover o formato MP3 e de desencorajar os outros formatos 906 (alguns dos quais também são tecnicamente superiores). Ainda que as patentes 907 do MP3 tenham expirado, ainda é indesejável fazer isso.</p> 908 909 <p>Nós sugerimos o termo “tocador de áudio digital”, ou simplesmente “tocador 910 de áudio” ou “reprodutor de áudio” quando estiver claro o suficiente, em vez 911 de “MP3 player”.</p> 912 913 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 914 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 915 <h3 id="Market">“Mercado”</h3> 916 917 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 918 <p> 919 É enganoso descrever usuários de software livre, ou usuários de software em 920 geral, como um “mercado”.</p> 921 <p> 922 Isso não quer dizer que não existe lugar para mercados na comunidade de 923 software livre. Se você tiver um negócio de suporte a software livre, por 924 consequência tem clientes e realiza trocas com eles em um mercado. Desde que 925 você respeite a liberdade de seus clientes, desejamos-lhe sucesso em seu 926 mercado.</p> 927 <p> 928 Mas o movimento do software livre é um movimento social, não um negócio, e o 929 sucesso que ele busca não é um sucesso de mercado. Estamos tentando servir o 930 público dando liberdade a ele — não competindo para tirar negócios de 931 um rival. Equiparar essa campanha pelo software livre com esforços de uma 932 empresa para atingir mero sucesso é negar a importância da liberdade e 933 legitimar o software privativo.</p> 934 935 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 936 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 937 <h3 id="SourceModel">“Modelo da fonte”</h3> 938 939 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 940 <p> 941 A Wikipédia usar o termo “modelo da fonte” de maneira confusa e 942 ambígua. Ostensivamente, ele se refere a como o código-fonte de um programa 943 é distribuído, mas o texto confunde isso com a metodologia de 944 desenvolvimento. Ele distingue “código aberto” e “código compartilhado” como 945 respostas, mas elas se sobrepõe — a Microsoft usa o último como um 946 termo de marketing para revestir uma série de práticas, algumas das quais 947 são “código aberto.” Assim, o termo na verdade não comunica nenhuma 948 informação coerente, mas provê uma oportunidade para dizer “código aberto” 949 em páginas descrevendo programas de software livre.</p> 950 951 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 952 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 953 <h3 id="Modern">“Moderno”</h3> 954 955 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 956 <p> 957 O termo “moderno” faz sentido a partir de uma perspectiva descritiva – 958 por exemplo, apenas para distinguir períodos e caminhos mais novos dos mais 959 antigos.</p> 960 961 <p>Torna-se um problema quando carrega a presunção de que os modos mais antigos 962 são “antiquados”; isto é, presumivelmente pior. Nos campos tecnológicos em 963 que as empresas fazem as escolhas e as impõem aos usuários, o inverso é 964 frequentemente verdadeiro.</p> 965 966 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 967 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 968 <h3 id="Monetize">“Monetizar”</h3> 969 970 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 971 <p> 972 A definição correta de “monetizar” é “usar algo como moeda de troca”. Por 973 exemplo, sociedades humanas monetizaram o ouro, a prata, o cobre, o papel 974 impresso, tipos especiais de conchas e pedras grandes. No entanto, estamos 975 vendo uma tendência de usar a palavra de outra maneira, significando “usar 976 algo como uma base para lucro”.</p> 977 <p> 978 Esse uso coloca o lucro como primário e a coisa que é usada para obtê-lo 979 como secundária. Essa atitude, quando aplicada a um projeto de software, é 980 contestável, pois ela levaria os desenvolvedores a escreverem programas 981 privativos, se concluírem que escrever programas livres não é 982 suficientemente lucrativo.</p> 983 <p> 984 Um negócio produtivo e ético pode dar dinheiro, mas se ele subordina tudo 985 mais ao lucro, é pouco provável que irá manter-se ético.</p> 986 987 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 988 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 989 <h3 id="OptOut">“Opt out”</h3> 990 991 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 992 <p> 993 Quando aplicado a qualquer forma de tratamento incorreto computacional, “opt 994 out” implica que a escolha é uma questão menor de conveniência. Recomendamos 995 “rejeitar”, “evitar” ou “escapar de”.</p> 996 997 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 998 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 999 <h3 id="PC">“PC”</h3> 1000 1001 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1002 <p> 1003 É certo usar a abreviação “PC” para se referir a um certo tipo de hardware 1004 de computador, mas por favor não a use com implicando que o computador está 1005 rondando o Microsoft Windows. Se você instalar o GNU/Linux no mesmo 1006 computador, ela ainda é um PC.</p> 1007 1008 <p> 1009 O termo “WC” já foi sugerido para um computador rodando Windows<sup><a 1010 id="TransNote6-rev" href="#TransNote6">6</a></sup>.</p> 1011 1012 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1013 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1014 <h3 id="Photoshop">“Photoshop”</h3> 1015 1016 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1017 <p> 1018 Por favor, evite o uso do termo “photoshop” como um verbo que significa 1019 qualquer tipo de manipulação de fotos ou edição de imagens em geral. O 1020 Photoshop é apenas o nome de um programa de edição de imagens específico que 1021 deve ser evitado, já que é privativo. Existem muitos outros programas para a 1022 edição de imagens, como o <a href="https://www.gimp.org/">GIMP</a>.</p> 1023 1024 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1025 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1026 <h3 id="Piracy">“Pirataria”</h3> 1027 1028 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1029 <p> 1030 Editoras de livros, filmes, música etc. frequentemente se referem às 1031 reproduções que não aprovam como “pirataria”. Dessa maneira, eles sugerem 1032 que esse ato é eticamente equivalente a atacar navios em alto mar e 1033 sequestrar e assassinar a tripulação. Baseado nessa propaganda, elas têm 1034 tentado passar leis ao redor do mundo para proibir reprodução na maioria 1035 (algumas vezes todas) das circunstâncias. (Elas ainda estão fazendo pressão 1036 para deixar essas proibições mais completas.) 1037 </p> 1038 <p> 1039 Se você acredita que a cópia não aprovada pela editora não é a mesma coisa 1040 que o sequestro e o assassinato, talvez prefira não usar a palavra 1041 “pirataria” para descrevê-la. Termos neutros, como “cópia não autorizada” 1042 (ou “cópia proibida”, quando ela é ilegal), estão disponíveis para o 1043 uso. Alguns de nós podem até mesmo preferir o uso de um termo positivo, como 1044 “compartilhar informações com seu vizinho.”</p> 1045 1046 <p> 1047 Um juiz americano, presidindo um julgamento por violação dos direitos 1048 autorais, reconheceu que <a 1049 href="https://torrentfreak.com/mpaa-banned-from-using-piracy-and-theft-terms-in-hotfile-trial-131129/">“pirataria” 1050 e “roubo” são apenas palavras difamatórias</a>.</p> 1051 1052 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1053 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1054 <h3 id="PowerPoint">“PowerPoint”</h3> 1055 1056 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1057 <p> 1058 Por favor, evite uso o termo “PowerPoint” para indicar qualquer tipo de 1059 apresentação de slides. “PowerPoint” é apenas o nome de um programa 1060 privativo para fazer apresentações específico. Para o bem de sua liberdade, 1061 você deve usar apenas software livre para fazer suas apresentações — o 1062 que significa <em>não PowerPoint</em>. Opções recomendadas incluem a classe 1063 <code>beamer</code> do LaTeX e o LibreOffice Impress.</p> 1064 1065 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1066 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1067 <h3 id="Product">“Produto”</h3> 1068 1069 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1070 <p> 1071 Se você está falando sobre um produto, por favor, chame assim. No entanto, 1072 ao se referir a um serviço, não o chame de “produto”. Se um prestador de 1073 serviços chamar o serviço de um “produto”, insista firmemente em chamá-lo de 1074 “serviço”. Se um prestador de serviços chamar um acordo de “produto”, 1075 insista firmemente em chamá-lo de “acordo”. 1076 </p> 1077 1078 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1079 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1080 <h3 id="IntellectualProperty">“Propriedade intelectual”</h3> 1081 1082 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1083 <p> 1084 Editoras e advogados gostam de descrever os direitos autorais como 1085 “propriedade intelectual” — um termo aplicado para as patentes, as 1086 marcas registradas e outras áreas mais obscuras da lei. Essas leis têm tão 1087 pouco em comum e são tão diferentes que é imprudente generalizá-las. É 1088 melhor falar especificamente do “direitos autorais”, ou das “patentes”, ou 1089 sobre as “marcas registradas”.</p> 1090 <p> 1091 O termo “propriedade intelectual” carrega um pressuposto escondido — 1092 que devemos pensar sobre essas questões díspares baseado numa analogia com 1093 objetos físicos e nossa concepção deles como propriedades físicas.</p> 1094 <p> 1095 Quanto se trata da cópia, essa analogia ignora a diferença crucial entre 1096 objetos materiais e a informação: a informação pode ser copiada e 1097 compartilhada quase sem esforços, já objetos materiais não podem.</p> 1098 <p> 1099 Para evitar a difusão da confusão e de uma tendência desnecessária, é melhor 1100 adotar uma política firme de <a href="/philosophy/not-ipr.html">não se falar 1101 ou sequer pensar em termos de “propriedade intelectual”</a>.</p> 1102 <p> 1103 A hipocrisia de chamar esses poderes de “direitos” está <a 1104 href="/philosophy/wipo-PublicAwarenessOfCopyright-2002.html">começando a 1105 deixar a Organização Mundial da “Propriedade Intelectual” envergonhada</a>.</p> 1106 1107 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1108 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1109 <h3 id="Protection">“Proteção”</h3> 1110 1111 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1112 <p> 1113 Advogados de editoras adoram usar o termo “proteção” para descrever os 1114 direitos autorais. Essa palavra carrega o sentido da prevenção da destruição 1115 ou do sofrimento; assim, ela incentiva que as pessoas se identifiquem com o 1116 dono e editora que se beneficiam dos direitos autorais, e não com os 1117 usuários que são restritos por ele.</p> 1118 <p> 1119 É fácil de evitar o termo “proteção” e usar termos neutros. Por exemplo, ao 1120 invés de “A proteção dos direitos autorais dura muito tempo” você pode 1121 dizer, “Os direitos autorais duram muito tempo”.</p> 1122 <p> 1123 Da mesma forma, ao invés de dizer “protegido por copyright”, você pode dizer 1124 “abrangido pelo copyright” ou apenas “com copyright”.</p> 1125 <p> 1126 Caso deseje criticar os direitos autorais ao invés de ser neutro, você pode 1127 usar o termo “restrições dos direitos autorais”. Assim, você pode dizer “As 1128 restrições dos direitos autorais duram por muito tempo”.</p> 1129 1130 <p> 1131 O termo “proteção” também é usado para descrever recursos maliciosos. Por 1132 exemplo, a “proteção contra cópia” é um recurso que interfere na 1133 reprodução. Do ponto de vista do usuário, isso é uma obstrução. Portanto 1134 podemos chamar esse recurso malicioso de “obstrução de cópia”. Mais 1135 frequentemente ele é chamado de Gestão Digital de Restrições (comumente 1136 usamos a sigla em inglês, DRM) – veja a campanha <a 1137 href="https://DefectiveByDesign.org"> Defective by Design</a> (em português, 1138 “Deliberadamente Defeituoso”).</p> 1139 1140 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1141 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1142 <h3 id="RAND">“RAND (Razoável e Não Discriminatório)”</h3> 1143 1144 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1145 <p> 1146 Os órgãos de normatização que promulgam normas restritas por patentes que 1147 proíbem software livre tipicamente têm uma política de obtenção de licenças 1148 de patente que requer uma taxa fixa por cópia de um programa em 1149 conformidade. Eles frequentemente se referem a essas licenças pelo termo 1150 “RAND”, que significa “razoável e não discriminatório”.</p> 1151 <p> 1152 O termo mascara uma classe de licenças de patente que normalmente não são 1153 nem razoáveis, nem não discriminatórias. É verdade que essas licenças não 1154 discriminam qualquer pessoa específica, mas elas discriminam contra a 1155 comunidade de software livre, o que as torna não razoáveis. Portanto, metade 1156 do termo “RAND” é enganadora e a outra metade é preconceituosa.</p> 1157 <p> 1158 Os órgãos de normatização deveriam reconhecer que essas licenças são 1159 descriminatórias e parar de usar o termo “razoável e não discriminatório” ou 1160 “RAND” para descrevê-las. Até lá, escritores que não desejam participar 1161 desse mascaramento fariam bem em rejeitar o termo. Aceitá-lo e usá-lo 1162 meramente porque as companhias que detém as patentes o tornaram generalizado 1163 é permitir que essas companhias ditem as opiniões que você expressa.</p> 1164 <p> 1165 Como substituto, sugerimos o termo “apenas taxa uniforme” ou “ATUN” (do 1166 inglês “uniform fee only” ou “UFO”). Ele é acurado, pois a única condição 1167 nessas licenças é uma taxa uniforme de royalty.</p> 1168 1169 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1170 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1171 <h3 id="Theft">“Roubo”</h3> 1172 1173 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1174 <p> 1175 Os apoiadores de uma forma de copyright demasiadamente restritiva e 1176 repressiva geralmente usam palavras como “roubado” e “roubo” para se referir 1177 à violação de copyright. Isso é uma manipulação da verdade, mas eles 1178 gostariam que você a tomasse como verdade objetiva.</p> 1179 <p> 1180 No sistema legal estadunidense, a violação de copyright não é roubo. <a 1181 href="https://caselaw.lp.findlaw.com/scripts/getcase.pl?court=us&vol=473&invol=207"> 1182 As leis sobre roubo não são aplicáveis a casos de violação de 1183 copyright</a>. Os apoiadores do copyright repressivo estão recorrendo à 1184 autoridade — e deturpando o que ela diz.</p> 1185 <p> 1186 Para refutá-los, você pode se referir a esse <a 1187 href="https://www.guardian.co.uk/books/2013/may/04/harper-lee-kill-mockingbird-copyright"> 1188 caso real</a> que mostra o que pode ser propriamente descrito como “roubo de 1189 copyright”.</p> 1190 <p> 1191 A cópia não autorizada é proibida pela lei do copyright em muitas 1192 circunstâncias (nem todas!), mas algo não é errado só porque é proibido. Em 1193 geral, as leis não definem o que é certo do que é errado. No melhor dos 1194 casos, elas tentam implementar a justiça. Se as leis (a implementação) não 1195 se encaixam nas nossas ideias de certo e errado (a especificação), elas é 1196 que devem mudar.</p> 1197 1198 <p> 1199 Um juiz americano, presidindo um julgamento por violação de copyright, 1200 reconheceu que <a 1201 href="https://torrentfreak.com/mpaa-banned-from-using-piracy-and-theft-terms-in-hotfile-trial-131129/">“pirataria” 1202 e “roubo” são apenas palavras difamatórias</a>.</p> 1203 1204 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1205 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1206 <h3 id="SaaS">“SaaS” ou “Software como Serviço”</h3> 1207 1208 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1209 <p> 1210 Costumávamos dizer que o SaaS (abreviação de “Software as a Service,” 1211 “Software como Serviço” em português) é uma injustiça, mas então descobrimos 1212 que existe uma grande variação no entendimento das pessoas de que atividades 1213 contam como SaaS. Assim, passamos a usar um novo termo, “Serviço como 1214 Substituto do Software” (do inglês “Service as a Software Substitute” ou 1215 “SaaSS”). O termo tem duas vantagens: ele não tinha sido usado 1216 anteriormente, então nossa definição é a única, e ele explica no que 1217 consiste a injustiça.</p> 1218 <p> 1219 Veja <a href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">A Quem 1220 Aquele Servidor Realmente Serve?</a> para uma discussão desse problema.</p> 1221 <p> 1222 Em espanhol, continuamos a usar o termo “software como servicio”, porque a 1223 piada “software como ser vicio” é boa demais para ser perdida.</p> 1224 1225 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1226 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1227 <h3 id="LAMP">“Sistema LAMP”</h3> 1228 1229 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1230 <p> 1231 “LAMP” significa “Linux, Apache, MySQL e PHP” — uma combinação comum 1232 de software usada em servidores web, com a exceção de que “Linux” nesse 1233 contexto na verdade se refere ao sistema GNU/Linux. Assim, ao invés de 1234 “LAMP”, o termo deveria ser “GLAMP”: “GNU, Linux, Apache, MySQL e PHP”. 1235 </p> 1236 1237 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1238 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1239 <h3 id="Linux">“Sistema Linux”</h3> 1240 1241 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1242 <p> 1243 Linux é o nome do kernel que Linus Torvalds desenvolveu a partir de 1991. O 1244 sistema operacional no qual o Linux é usado é basicamente o GNU com o Linux 1245 acrescentado. Chamar o sistema inteiro de “Linux” é tanto injusto quanto 1246 confuso. Por favor, chame o sistema completo de <a 1247 href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>, tanto para dar crédito ao 1248 Projeto GNU quanto para distinguir o sistema inteiro de apenas o kernel. 1249 </p> 1250 1251 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1252 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1253 <h3 id="Skype">“Skype”</h3> 1254 1255 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1256 <p> 1257 Por favor, evite usa o termo “skype” como um verbo que significa fazer 1258 qualquer tipo de chamada telefônica ou de vídeo pela Internet. “Skype” é 1259 apenas o nome de um programa privativo em particular, um que <a 1260 href="/philosophy/proprietary/proprietary-surveillance.html#SpywareInSkype">espiona 1261 seus usuários</a>. Se você quiser fazer chamadas de voz e vídeo através da 1262 Internet de uma forma que respeite tanto sua liberdade quanto sua 1263 privacidade, experimente um dos <a 1264 href="https://libreplanet.org/wiki/Group:Skype_Replacement">inúmeros 1265 substitutos livres do Skype</a>.</p> 1266 1267 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1268 <!--#if expr="$LANGUAGE_SUFFIX = /^.(es)$/" --> 1269 <!-- TRANSLATORS: translate if this word is used often in your 1270 language to refer to mobile computers; otherwise, 1271 fill the translation with a space. --> 1272 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1273 <h3 id="Terminal">“Terminal”</h3> 1274 1275 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1276 <p>Telefones celulares e tablets são computadores, e as pessoas devem ser 1277 capazes de realizar a sua informática neles usando software livre. 1278 Chamá-los de “terminais” pressupõe que tudo para o que eles servem é se 1279 conectar a servidores, o que é uma maneira ruim de realizar a sua 1280 informática pessoal.</p> 1281 1282 <!--#endif --> 1283 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1284 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1285 <h3 id="Vendor">“Vendedor”</h3> 1286 1287 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1288 <p> 1289 Por favor, não use o termo “vendedor” para se referir de maneira geral a 1290 qualquer pessoa que desenvolve ou prepara software para distribuição. Muitos 1291 programas são desenvolvidos para vender cópias, e seus desenvolvedores são 1292 portanto seus vendedores; isso inclui até mesmo alguns pacotes de software 1293 livre. No entanto, muitos programas são desenvolvidos por voluntários ou 1294 organizações que não pretendem vender cópias. Esses desenvolvedores não são 1295 vendedores. Da mesma maneira, apenas alguns dos empacotadores de 1296 distribuições GNU/Linux são vendedores. Ao invés disso, recomendamos o termo 1297 geral “fornecedor”. 1298 </p> 1299 1300 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1301 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1302 <h3 id="SellSoftware">“Vender software”</h3> 1303 1304 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1305 <p> 1306 O termo “vender software” é ambíguo. Estritamente, trocar a cópia de um 1307 programa livre por uma quantia de dinheiro é <a 1308 href="/philosophy/selling.html">vender o programa</a>, e não há nada de 1309 errado com isso. No entanto, as pessoas geralmente associam o termo “vender 1310 software” com restrições privativas no uso subsequente do software. Você 1311 pode ser claro e prevenir confusões dizendo tanto “distribuir cópias de um 1312 programa por uma taxa” ou “impor restrições privativas no uso de um 1313 programa.”</p> 1314 <p> 1315 Veja <a href="/philosophy/selling.html">Vendendo Software Livre</a> para uma 1316 discussão mais aprofundada sobre o assunto.</p> 1317 1318 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1319 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1320 <h3 id="BSD-style">“do tipo BSD”</h3> 1321 1322 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1323 <p> 1324 A expressão “do tipo BSD” (do inglês “BSD-style”) leva à confusão, pois ela 1325 <a href="/licenses/bsd.html">aglomera licenças que têm diferenças 1326 importantes</a>. Por exemplo, a licença BSD original possui uma cláusula 1327 advertindo que é incompatível com a Licença Pública Geral GNU, mas a licença 1328 BSD revisada é compatível com a GPL.</p> 1329 <p> 1330 Para evitar confusões, é melhor nomear especificamente <a 1331 href="/licenses/license-list.html">a licença em questão</a> e evitar o termo 1332 vago “do tipo BSD”</p> 1333 1334 <!-- GNUN-SORT-NEXT-ITEM --> 1335 <!-- GNUN-SORT-BEGIN-KEY --> 1336 <h3 id="CreativeCommonsLicensed">“licenciado em Creative Commons”</h3> 1337 1338 <!-- GNUN-SORT-END-KEY --> 1339 <p> 1340 A característica mais importante do licenciamento de uma obra é se ela é 1341 livre. A Creative Commons publica sete licenças; três são livres (CC BY, CC 1342 BY-SA e CC0) e o resto é não livre. Portanto, a descrição de uma obra como 1343 “licenciada em Creative Commons” fracassa em dizer se ela é livre ou não, e 1344 sugere que essa questão não é importante. A frase pode ser verdade, mas a 1345 omissão é nociva. 1346 </p> 1347 1348 <p> 1349 Para incentivar que se preste atenção à distinção mais importante, sempre 1350 especifique <em>qual</em> licença Creative Commons é usada, por exemplo 1351 “licenciado sob CC BY-SA.” Se você não sabe qual licença foi usada, descubra 1352 e depois faça sua declaração. 1353 </p> 1354 1355 <!-- GNUN-SORT-STOP --> 1356 <hr class="no-display" /> 1357 <div class="edu-note c"><p id="fsfs">Este ensaio foi publicado em <a 1358 href="https://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Software 1359 Livre, Sociedade Livre: Artigos Selecionados de Richard 1360 M. Stallman</cite></a>.</p></div> 1361 </div> 1362 1363 <div class="translators-notes"> 1364 1365 <!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> 1366 <b>Nota do tradutor</b>: 1367 <ol> 1368 <li> 1369 <a id="TransNote1" href="#TransNote1-rev" class="nounderline">↑</a> 1370 Do inglês: “Digital Restrictions Management”. 1371 </li> 1372 <li> 1373 <a id="TransNote2" href="#TransNote2-rev" class="nounderline">↑</a> 1374 Em inglês, a palavra “content” significa tanto “contente” quanto 1375 “conteúdo”. Segue a piada original: <em>If you want to describe a feeling of 1376 comfort and satisfaction, by all means say you are “content”</em> 1377 </li> 1378 <li> 1379 <a id="TransNote3" href="#TransNote3-rev" class="nounderline">↑</a> 1380 Em inglês, “malcontent” significa “descontente”. Preferi manter a 1381 brincadeira de palavras ao invés de usar uma paráfrase, muito embora algum 1382 sentido tenha sido perdido. 1383 </li> 1384 <li> 1385 <a id="TransNote4" href="#TransNote4-rev" class="nounderline">↑</a> 1386 A tradução “Gestão Digital de Direitos” para “Digital Rights Management” 1387 segue as instruções do <a 1388 href="/server/standards/README.translations.html#accuracy">guia de 1389 tradução</a>, em que pese a tradução mais popular é “Gestão de Direitos 1390 Digitais”. 1391 </li> 1392 <li> 1393 <a id="TransNote5" href="#TransNote5-rev" class="nounderline">↑</a> 1394 A motivação mais forte para não dizer “de graça” na verdade vem do fato de 1395 que, em inglês, “free” significa tanto “gratuito” quanto “livre”. 1396 </li> 1397 <li> 1398 <a id="TransNote6" href="#TransNote6-rev" class="nounderline">↑</a> 1399 Em inglês, “WC” é uma abreviação cujo significado varia conforme 1400 contexto. Neste contexto, poderia ser “Windows Computer” ou, quem sabe, 1401 “water closet”, que significa privativa, lavatório, sanitário. 1402 </li> 1403 <li> 1404 <a id="TransNote7" href="#TransNote7-rev" class="nounderline">↑</a> 1405 Do inglês “economy sharing”.</li> 1406 </ol></div> 1407 </div> 1408 1409 <!-- for id="content", starts in the include above --> 1410 <!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> 1411 <div id="footer" role="contentinfo"> 1412 <div class="unprintable"> 1413 1414 <p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a 1415 href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a 1416 href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e 1417 outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a 1418 href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> 1419 1420 <p> 1421 <!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, 1422 replace it with the translation of these two: 1423 1424 We work hard and do our best to provide accurate, good quality 1425 translations. However, we are not exempt from imperfection. 1426 Please send your comments and general suggestions in this regard 1427 to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> 1428 1429 <web-translators@gnu.org></a>.</p> 1430 1431 <p>For information on coordinating and contributing translations of 1432 our web pages, see <a 1433 href="/server/standards/README.translations.html">Translations 1434 README</a>. --> 1435 A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer 1436 traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por 1437 favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para 1438 <a 1439 href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. 1440 </p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia 1441 para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e a 1442 contribuição com traduções das páginas deste site.</p> 1443 </div> 1444 1445 <!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to 1446 files generated as part of manuals) on the GNU web server should 1447 be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this 1448 without talking with the webmasters or licensing team first. 1449 Please make sure the copyright date is consistent with the 1450 document. For web pages, it is ok to list just the latest year the 1451 document was modified, or published. 1452 1453 If you wish to list earlier years, that is ok too. 1454 Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying 1455 years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable 1456 year, i.e., a year in which the document was published (including 1457 being publicly visible on the web or in a revision control system). 1458 1459 There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers 1460 Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> 1461 <p>Copyright © 1996-2018, 2020, 2021 Free Software Foundation, Inc.</p> 1462 1463 <p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" 1464 href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative 1465 Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> 1466 1467 <!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> 1468 <div class="translators-credits"> 1469 1470 <!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> 1471 Traduzido por: 1472 Ricardo Grützmacher <a 1473 href="mailto:grutz@terra.com.br"><grutz@terra.com.br></a>, 2002; 1474 Rafael Beraldo <a 1475 href="mailto:rberaldo@cabaladada.org"><rberaldo@cabaladada.org></a>, 1476 2015; 1477 <a href="http://oitofelix.freeshell.org/">Bruno Félix Rezende Ribeiro</a> <a 1478 href="mailto:oitofelix@gnu.org"><oitofelix@gnu.org></a>, 2015; 1479 Rafael Fontenelle <a 1480 href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2016-2021</div> 1481 1482 <p class="unprintable"><!-- timestamp start --> 1483 Última atualização: 1484 1485 $Date: 2022/04/05 19:03:49 $ 1486 1487 <!-- timestamp end --> 1488 </p> 1489 </div> 1490 </div> 1491 <!-- for class="inner", starts in the banner include --> 1492 </body> 1493 </html>