self-interest.html (10584B)
1 <!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/self-interest.en.html" --> 2 3 <!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> 4 <!-- Parent-Version: 1.96 --> 5 <!-- This page is derived from /server/standards/boilerplate.html --> 6 <!--#set var="TAGS" value="thirdparty" --> 7 <!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="yes" --> 8 9 <!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> 10 <title>Interesse próprio - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> 11 12 <!--#include virtual="/philosophy/po/self-interest.translist" --> 13 <!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> 14 <!--#include virtual="/philosophy/ph-breadcrumb.pt-br.html" --> 15 <!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE--> 16 <!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" --> 17 <div class="article reduced-width"> 18 <h2>Interesse próprio</h2> 19 20 <address class="byline">por Loyd Fueston</address> 21 22 <p> 23 O interesse próprio é suficiente para organizar uma economia livre?</p> 24 25 <p> 26 A resposta rápida é “Não”. E poucos dos teóricos mais conhecidos do livre 27 mercado jamais pensaram que o interesse próprio era, ou poderia ser, 28 suficiente para organizar, ou manter por muito tempo, uma economia 29 livre. Entre esses teóricos, Adam Smith é frequentemente considerado o 30 principal filósofo do interesse próprio. Em um livro escrito para corrigir 31 uma série de mal-entendidos dos ensinamentos de Smith, encontramos os 32 seguintes resumos da visão de Smith sobre o interesse próprio:</p> 33 34 <blockquote><p> 35 Longe de ser um individualista, Smith acreditava que é a influência da 36 sociedade que transforma as pessoas em seres morais. Ele pensava que as 37 pessoas frequentemente julgam mal seus próprios interesses. 38 </p></blockquote> 39 40 <p> 41 Ainda mais direto ao ponto:</p> 42 43 <blockquote><p> 44 [Adam Smith] considerou a tentativa de explicar todo o comportamento humano 45 com base no interesse próprio como analiticamente equivocada e moralmente 46 perniciosa. <a href="#fn1">[1]</a> 47 </p></blockquote> 48 49 <p> 50 Como Adam Smith certamente percebeu, o interesse próprio será uma das 51 principais forças organizadoras das atividades econômicas em qualquer 52 sociedade, mas isso é tão verdadeiro na sociedade mais repressiva ou brutal 53 quanto em uma sociedade relativamente livre e aberta. A maioria de nós não 54 gostará dos resultados do interesse próprio não temperado pelo respeito 55 pelas outras criaturas. Como um exemplo recente, ao colocar seu país em 56 desvantagem para a maioria dos cidadãos soviéticos, os líderes do Partido 57 Comunista e dos serviços militares e de inteligência soviéticos estavam 58 defendendo seus próprios interesses, pelo menos da maneira como os entendiam 59 ou não entendiam.</p> 60 <p> 61 As vantagens de que gozam os americanos sobre os cidadãos dos países 62 soviéticos, e as vantagens de que ainda desfrutamos sobre os cidadãos 63 nominalmente livres da Rússia e de outros países da Europa Oriental, são as 64 de uma sociedade organizada para permitir que uma alta porcentagem de 65 americanos ajam de forma a servir tanto a seus próprios interesses quanto a 66 algum estoque substancial de princípios morais. Não apenas nossos hábitos e 67 costumes, mas também nossas leis positivadas – como os de copyright – entrar 68 nessa organização de nossa sociedade, para o bem ou para o mal, mas não de 69 uma maneira moralmente neutra.</p> 70 <p> 71 O interesse próprio não é necessariamente mau, embora possa levar as pessoas 72 a agir de maneiras moralmente repreensíveis. O amor a si mesmo e o 73 consequente desenvolvimento do interesse próprio é um aspecto de uma 74 criatura que também é um ser social e, portanto, moral. O interesse próprio 75 pode servir aos interesses morais em uma sociedade livre, desde que essa 76 sociedade tenha os fundamentos adequados. Os elementos dessas fundações 77 incluem não apenas uma população que compartilha um corpo substancial de 78 crenças e hábitos morais, mas também as estruturas políticas formais, leis 79 positivas e decisões judiciais aceitas, capazes de apoiar tanto a ordem 80 social quanto a liberdade pessoal. Uma vez que eles estejam em vigor, e uma 81 vez que tenham sido internalizados pela maioria dos cidadãos, o interesse 82 próprio fornecerá uma espécie de combustível para manter uma economia 83 funcionando de maneira eficaz, sem levar a resultados imorais no geral. A 84 questão é sempre: nossa sociedade está organizada de maneira adequada, em 85 suas leis positivas e nos hábitos que ensinamos nossos filhos e reforçamos 86 em nós mesmos, de modo que o interesse próprio e os princípios morais 87 geralmente não entrem em conflito?</p> 88 <p> 89 As pessoas cientes da matemática moderna ou das técnicas de programação 90 devem apreciar as interações recursivas e inerentemente instáveis entre a 91 moralidade individual e a estrutura social. Para simplificar demais de uma 92 maneira útil: Pessoas com crenças morais substanciais organizam sociedades 93 ao longo dessas crenças e essas sociedades então começam a formar os hábitos 94 e crenças de crianças, imigrantes, etc. de acordo com essas mesmas 95 crenças. Sempre, é um processo histórico confuso que pode ser destruído ou 96 redirecionado para caminhos menos desejáveis. Há inevitavelmente uma questão 97 de saber se estamos nos desviando de um caminho adequado e também uma 98 questão de quão robusta é a sociedade, ou seja, quanta perturbação seria 99 necessária para destruir muito do que há de bom nessa sociedade.</p> 100 <p> 101 Às vezes, pessoas boas decidirão que algo deu errado e é hora de lutar por 102 um princípio moral, mesmo que seja necessário sacrificar, ou pelo menos 103 qualificar, seus próprios interesses. Nas palavras de Thomas Sowell, um 104 teórico do mercado livre de nosso tempo:</p> 105 106 <blockquote><p> 107 Existem, é claro, valores não econômicos. Na verdade, existem 108 <em>apenas</em> valores não econômicos. A economia não é um valor em si, mas 109 apenas um método de trocar um valor por outro. Se as declarações sobre 110 “valores não econômicos” (ou, mais especificamente, “valores sociais” ou 111 “valores humanos”) pretendem negar a realidade inerente das trocas ou 112 isentar algum valor particular do processo de troca, então tais ideais 113 altruístas não podem ser demonstrado de forma mais eficaz do que trocando 114 ganhos financeiros no interesse de tais ideais. Esta é uma compensação 115 econômica. <a href="#fn2">[2]</a> 116 </p></blockquote> 117 118 <p> 119 No contexto, o professor Sowell não estava argumentando contra aqueles que 120 atribuem algum tipo de poder moral ao interesse próprio; ele estava, em vez 121 disso, argumentando contra aqueles que pensam que deveria haver um caminho 122 fácil para a reforma de uma sociedade que pode ter um defeito moral 123 específico. Esses são os dois lados da mesma moeda – servir aos interesses 124 próprios pode colocar uma pessoa em conflito com os valores morais e a 125 tentativa de servir aos valores morais pode levar a algum sacrifício dos 126 próprios interesses.</p> 127 <p> 128 O interesse próprio pode ser um combustível poderoso para uma sociedade, 129 pelo menos quando os cidadãos dessa sociedade são indivíduos bem formados, 130 mas não há nenhum aspecto místico ou mágico no interesse próprio que garanta 131 resultados morais. O interesse próprio levará a resultados geralmente morais 132 na medida em que as restrições morais, externas, mas principalmente 133 internas, guiam as ações das partes interessadas. Uma sociedade com as 134 restrições adequadas não passa a existir por algum ato mágico, mas sim pelos 135 atos de pessoas que almejam um propósito mais elevado, seja a preservação da 136 liberdade na sociedade como um todo ou a preservação de um espírito 137 cooperativo dentro de comunidades de programadores, ou talvez ambos ao mesmo 138 tempo.</p> 139 <div class="column-limit"></div> 140 141 <h3 class="footnote">Notas de rodapé</h3> 142 <ol> 143 <li id="fn1">Ambas citações são da página 2 de <cite>Adam Smith: In His Time and 144 Ours</cite>, Jerry Z. Muller, Princeton: Princeton University Press, 1993.</li> 145 <li id="fn2">Da página 79 de <cite>Knowledge & Decisions</cite>, Thomas Sowell, New 146 York: Basic Books, 1980.</li> 147 </ol> 148 </div> 149 150 <div class="translators-notes"> 151 152 <!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> 153 </div> 154 </div> 155 156 <!-- for id="content", starts in the include above --> 157 <!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> 158 <div id="footer" role="contentinfo"> 159 <div class="unprintable"> 160 161 <p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a 162 href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a 163 href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e 164 outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a 165 href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> 166 167 <p> 168 <!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, 169 replace it with the translation of these two: 170 171 We work hard and do our best to provide accurate, good quality 172 translations. However, we are not exempt from imperfection. 173 Please send your comments and general suggestions in this regard 174 to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> 175 176 <web-translators@gnu.org></a>.</p> 177 178 <p>For information on coordinating and contributing translations of 179 our web pages, see <a 180 href="/server/standards/README.translations.html">Translations 181 README</a>. --> 182 A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer 183 traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por 184 favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para 185 <a 186 href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. 187 </p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia 188 para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e a 189 contribuição com traduções das páginas deste site.</p> 190 </div> 191 192 <p>Copyright © 1998 Loyd Fueston <a 193 href="mailto:fueston@banet.net"><fueston@banet.net></a></p> 194 195 <p>A cópia literal e distribuição de todo este artigo são permitidas em 196 qualquer meio, desde que este aviso seja preservado.</p> 197 198 <!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> 199 <div class="translators-credits"> 200 201 <!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> 202 Traduzido por: Rafael Fontenelle <a 203 href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, 2021.</div> 204 205 <p class="unprintable"><!-- timestamp start --> 206 Última atualização: 207 208 $Date: 2021/12/28 18:01:36 $ 209 210 <!-- timestamp end --> 211 </p> 212 </div> 213 </div> 214 <!-- for class="inner", starts in the banner include --> 215 </body> 216 </html>