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free-software-for-freedom.html (23332B)


      1 <!--#set var="PO_FILE"
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      3  https://www.gnu.org/philosophy/po/free-software-for-freedom.pt-br.po</a>'
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     10 <!-- This page is derived from /server/standards/boilerplate.html -->
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     13 
     14 <!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! -->
     15 <title>Por que “Software Livre” é melhor que “Código Aberto” - GNU Project - Free
     16 Software Foundation</title>
     17 
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     21 <!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE-->
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     24 <div class="article reduced-width">
     25 <h2>Por que “Software Livre” é melhor que “Código Aberto”</h2>
     26 
     27 <div class="infobox" style="font-style: italic">
     28 <p>Este artigo foi substituído por uma grande reescrita, <a
     29 href="/philosophy/open-source-misses-the-point.html">“Código Aberto” não
     30 compartilha dos objetivos do Software Livre</a>, que é muito melhor. Nós
     31 mantemos esta versão por razões históricas.</p>
     32 </div>
     33 <hr class="thin" />
     34 
     35 <p>
     36 Enquanto o software livre por qualquer outro nome lhe daria a mesma
     37 liberdade, faz uma grande diferença o nome que usamos: palavras diferentes
     38 <em>transmitem ideias diferentes</em>.</p>
     39 
     40 <p>
     41 Em 1998, algumas pessoas da comunidade de software livre começaram a usar o
     42 termo <a href="https://opensource.org">“software de código aberto”</a> em
     43 vez de <a href="/philosophy/free-sw.html">“software livre”</a> para
     44 descrever o que eles fazem. O termo “código aberto” <i lang="en">(open
     45 source)</i> rapidamente se tornou associado a uma abordagem diferente, uma
     46 filosofia diferente, valores diferentes e até mesmo um critério diferente
     47 para o qual as licenças são aceitáveis. O movimento Software Livre e o
     48 movimento Código Aberto são hoje <a href="#relationship">movimentos
     49 separados</a> com visões e objetivos diferentes, embora possamos e
     50 trabalhemos juntos em alguns projetos práticos.</p>
     51 
     52 <p>
     53 A diferença fundamental entre os dois movimentos está em seus valores, suas
     54 maneiras de ver o mundo. Para o movimento Código Aberto, a questão de se o
     55 software deve ser código aberto é uma questão prática, e não ética. Como uma
     56 pessoa colocou, “código aberto é uma metodologia de desenvolvimento; o
     57 software livre é um movimento social”. Para o movimento Código Aberto, o
     58 software não livre é uma solução abaixo do ideal. Para o movimento do
     59 Software Livre, o software não livre é um problema social e o software livre
     60 é a solução.</p>
     61 
     62 <h3 id="relationship">Relação entre o movimento de Software Livre e o movimento do Código Aberto</h3>
     63 
     64 <p>
     65 O movimento do Software Livre e o movimento do Código Aberto são como dois
     66 campos políticos dentro da comunidade de software livre.</p>
     67 
     68 <p>
     69 Grupos radicais nos anos 60 desenvolveram uma reputação de facciosismo: as
     70 organizações se dividiram por causa de discordâncias em detalhes da
     71 estratégia e depois trataram umas às outras como inimigos. Ou, pelo menos,
     72 tal é a imagem que as pessoas têm delas, seja ou não verdadeira.</p>
     73 
     74 <p>
     75 A relação entre o movimento Software Livre e o movimento Código Aberto é
     76 exatamente o oposto dessa imagem. Discordamos dos princípios básicos, mas
     77 concordamos mais ou menos nas recomendações práticas. Portanto, podemos e
     78 trabalhamos juntos em muitos projetos específicos. Nós não pensamos no
     79 movimento Código Aberto como um inimigo. O inimigo é <a
     80 href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">o software
     81 privativo</a>.</p>
     82 
     83 <p>
     84 Nós não estamos contra o movimento Código Aberto, mas não queremos ser
     85 envolvidos com eles. Reconhecemos que eles contribuíram para nossa
     86 comunidade, mas criamos essa comunidade e queremos que as pessoas saibam
     87 disso. Queremos que as pessoas associem nossas conquistas com nossos valores
     88 e nossa filosofia, não com a deles. Queremos ser ouvidos, não obscurecidos
     89 por trás de um grupo com visões diferentes. Para evitar que as pessoas
     90 pensem que somos parte delas, nos esforçamos para evitar o uso da palavra
     91 “aberto” para descrever o software livre, ou seu contrário, “fechado”, ao
     92 falar sobre software não livre.</p>
     93 
     94 <p>
     95 Então, por favor, mencione o movimento do Software Livre quando você fala
     96 sobre o trabalho que fizemos, e o <em>software</em> que desenvolvemos
     97 &ndash; como o sistema operacional <a
     98 href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a>.</p>
     99 
    100 <h3 id="comparison">Comparando os dois termos</h3>
    101 
    102 <p>
    103 O resto deste artigo compara os dois termos “software livre” e “código
    104 aberto”. Ele mostra por que o termo “código aberto” não resolve nenhum
    105 problema, e de fato cria alguns.</p>
    106 
    107 <h3 id="ambiguity">Ambiguidade</h3>
    108 
    109 <p>
    110 O termo <i lang="en">“free software”</i> tem um problema de ambiguidade: um
    111 significado não intencional, “Software que você pode obter pelo preço zero”,
    112 se encaixa no termo tão bem quanto o significado pretendido, “software que
    113 dá ao usuário certas liberdades”. Abordamos esse problema publicando uma <a
    114 href="/philosophy/free-sw.html"> definição mais precisa de <em>software</em>
    115 livre</a>, mas essa não é uma solução perfeita; ela não consegue eliminar
    116 completamente o problema. Um termo correto sem ambiguidade seria melhor, se
    117 não tivesse outros problemas.</p>
    118 
    119 <p>
    120 Infelizmente, todas as alternativas em inglês têm problemas próprios. Vimos
    121 muitas alternativas sugeridas pelas pessoas, mas nenhuma é tão claramente
    122 “correta” que mudar para ela seja uma boa ideia. Cada substituto proposto
    123 para o “software livre” tem um tipo semelhante de problema semântico, ou
    124 pior &ndash; e isso inclui “software de código aberto”.</p>
    125 
    126 <p>
    127 A definição oficial de “software de código aberto”, como publicada pela Open
    128 Source Initiative, está muito próxima da nossa definição de software livre;
    129 no entanto, é um pouco mais flexível em alguns aspectos, e eles aceitaram
    130 algumas licenças que consideramos inaceitavelmente restritivas dos
    131 usuários. No entanto, o significado óbvio para a expressão “software de
    132 código aberto” é “Você pode ver o código-fonte”. Este é um critério muito
    133 mais fraco que o software livre; inclui software livre, mas também alguns
    134 programas <a
    135 href="/philosophy/categories.html#ProprietarySoftware">privativos</a>,
    136 incluindo Xv e Qt sob sua licença original (antes da QPL).</p>
    137 
    138 <p>
    139 Esse significado óbvio para “código aberto” não é o significado que seus
    140 defensores pretendem. O resultado é que a maioria das pessoas entende mal o
    141 que esses defensores estão defendendo. Aqui está como o escritor Neal
    142 Stephenson definiu “código aberto”:</p>
    143 
    144 <blockquote><p>
    145 Linux é software de “código aberto”, o que significa, simplesmente, que
    146 qualquer um pode obter cópias de seus arquivos de código-fonte.
    147 </p></blockquote>
    148 
    149 <p>
    150 <!-- The <a href="http://da.state.ks.us/itec/TechArchPt6ver80.pdf">
    151  state of
    152 Kansas</a> published a similar definition: -->
    153 Eu não acho que ele deliberadamente procurou rejeitar ou contestar a
    154 definição “oficial”. Acho que ele simplesmente aplicou as convenções da
    155 língua inglesa para chegar a um significado para o termo. O estado do Kansas
    156 publicou uma definição semelhante:
    157 </p>
    158 
    159 <blockquote><p>
    160 Faça uso de software de código aberto (OSS). OSS é um software para o qual o
    161 código-fonte é livre e está publicamente disponível, embora os acordos de
    162 licenciamento específicos variem quanto ao que é permitido fazer com esse
    163 código.
    164 </p></blockquote>
    165 
    166 <p>
    167 É claro que o pessoal do código aberto tentaram lidar com isso publicando
    168 uma definição precisa para o termo, assim como fizemos para o “software
    169 livre”.</p>
    170 
    171 <p>
    172 Mas a explicação para o “software livre” é simples &ndash; uma pessoa que
    173 compreendeu a ideia de “liberdade de expressão, não cerveja gratuita” não
    174 vai errar de novo. Não existe uma maneira tão sucinta de explicar o
    175 significado oficial de “código aberto” e mostrar claramente porque a
    176 definição natural é a errada.</p>
    177 
    178 <h3 id="fear">Medo de liberdade</h3>
    179 
    180 <p>
    181 O principal argumento para o termo “software de código aberto” é que
    182 “software livre” deixa algumas pessoas inquietas. Isso é verdade: falar
    183 sobre liberdade, sobre questões éticas, sobre responsabilidades e também
    184 sobre conveniência, é pedir às pessoas que pensem sobre coisas que preferem
    185 ignorar. Isso pode desencadear desconforto, e algumas pessoas podem rejeitar
    186 as ideias sobre isso. Não é verdade que a sociedade estaria melhor se
    187 parássemos de falar sobre essas coisas.</p>
    188 
    189 <p>
    190 Anos atrás, os desenvolvedores de software livre notaram essa reação de
    191 desconforto, e alguns começaram a explorar uma abordagem para evitá-la. Eles
    192 concluíram que, ao manter silêncio sobre ética e liberdade e falar apenas
    193 sobre os benefícios práticos imediatos de certos softwares livres, eles
    194 poderiam ser capazes de “vender” o software de forma mais eficaz para
    195 determinados usuários, especialmente comerciais. O termo “código aberto” é
    196 oferecido como uma maneira de fazer mais disso &ndash; uma maneira de ser
    197 “mais aceitável para os negócios”. As visões e valores do movimento Código
    198 Aberto derivam dessa decisão.</p>
    199 
    200 <p>
    201 Essa abordagem se mostrou eficaz, em seus próprios termos. Hoje muitas
    202 pessoas estão migrando para o software livre por razões puramente
    203 práticas. Isso é bom, até onde vai, mas isso não é tudo que precisamos
    204 fazer! Atrair usuários para o software livre não é todo o trabalho, apenas o
    205 primeiro passo.</p>
    206 
    207 <p>
    208 Mais cedo ou mais tarde, esses usuários serão convidados a voltar ao
    209 software privativo por alguma vantagem prática. Inúmeras empresas procuram
    210 oferecer essa tentação e por que os usuários recusariam? Somente se eles
    211 aprenderam a <em>valorizar a liberdade</em> que o software livre lhes dá,
    212 por si só. Cabe a nós espalhar essa ideia &ndash; e, para fazer isso, temos
    213 que falar sobre liberdade. Uma certa quantidade da abordagem de “manter
    214 silêncio” para os negócios pode ser útil para a comunidade, mas também
    215 precisamos ter muita conversa sobre liberdade.</p>
    216 
    217 <p>
    218 No momento, temos muito do “manter silêncio”, e não liberdade suficiente
    219 para falar. A maioria das pessoas envolvidas com o software livre fala pouco
    220 sobre liberdade &ndash; geralmente porque elas procuram ser “mais aceitáveis
    221 para os negócios”. Distribuidores de software mostram especialmente esse
    222 padrão. Algumas distribuições do sistema operacional <a
    223 href="/gnu/linux-and-gnu.html">GNU/Linux</a> adicionam pacotes privativos ao
    224 sistema livre básico e convidam os usuários a considerarem isso uma
    225 vantagem, em vez de um passo para trás da liberdade.</p>
    226 
    227 <p>
    228 Estamos fracassando em acompanhar o fluxo de usuários de software livre,
    229 deixando de ensinar as pessoas sobre liberdade e nossa comunidade tão rápido
    230 quanto elas entram nela. É por isso que software não livre (que era o Qt
    231 quando se tornou popular) e distribuições de sistemas operacionais
    232 parcialmente não livres, encontram terreno fértil. Parar de usar a palavra
    233 “livre” agora seria um erro; precisamos falar mais, e não menos, sobre
    234 liberdade.</p>
    235 
    236 <p>
    237 Se aqueles que usam o termo “código aberto” atraírem mais usuários para
    238 nossa comunidade, isso é uma contribuição, mas o resto de nós terá que
    239 trabalhar ainda mais para levar a questão da liberdade à atenção desses
    240 usuários. Temos que dizer: “É um software livre e dá liberdade a você!”
    241 &ndash; mais e mais alto do que nunca.</p>
    242 
    243 <h3 id="newinfeb">Uma marca registrada ajudaria?</h3>
    244 
    245 <p>
    246 Os defensores do “software de código aberto” tentaram torná-lo uma marca
    247 registrada, dizendo que isso lhes permitiria evitar o uso indevido. Esta
    248 iniciativa foi posteriormente abandonada, sendo o termo muito descritivo
    249 para se qualificar como marca registrada; assim, o status legal de “código
    250 aberto” é o mesmo que o de “software livre”: não há uma restrição
    251 <em>legal</em> para usá-lo. Eu ouvi relatos de várias empresas chamando
    252 pacotes de software “código aberto” mesmo que não se encaixassem na
    253 definição oficial; eu mesmo observei alguns exemplos.</p>
    254 
    255 <p>
    256 Mas teria sido uma grande diferença usar um termo que é uma marca
    257 registrada? Não necessariamente.</p>
    258 
    259 <p>
    260 As empresas também fizeram anúncios que dão a impressão de que um programa é
    261 um “software de código aberto” sem explicitamente dizer isso. Por exemplo,
    262 um anúncio da IBM, sobre um programa que não se encaixava na definição
    263 oficial, dizia isso:</p>
    264 
    265 <blockquote><p>
    266 Como é comum na comunidade de código aberto, os usuários da ... tecnologia
    267 também poderão colaborar com a IBM ...
    268 </p></blockquote>
    269 
    270 <p>
    271 Isso na verdade não dizia que o programa <em>era</em> “código aberto”, mas
    272 muitos leitores não notaram esse detalhe. (Devo observar que a IBM estava
    273 sinceramente tentando tornar este programa software livre e, mais tarde,
    274 adotou uma nova licença para torná-lo software livre e de “código aberto”,
    275 mas quando esse anúncio foi feito, o programa não se qualificava como um
    276 deles.)</p>
    277 
    278 <p>
    279 E aqui está como a Cygnus Solutions, que foi formada para ser uma empresa de
    280 software livre e posteriormente ramificada (por assim dizer) em software
    281 privativo, anunciou alguns produtos de software privativo:</p>
    282 
    283 <blockquote><p>
    284 A Cygnus Solutions é líder no mercado de código aberto e acaba de lançar
    285 dois produtos no mercado [GNU/]Linux. 
    286 </p></blockquote>
    287 
    288 <p>
    289 Ao contrário da IBM, a Cygnus não estava tentando fazer com que esses
    290 pacotes fossem livres, e os pacotes não chegaram perto de se qualificar como
    291 tal. Mas Cygnus realmente não disse que estes são “softwares de código
    292 aberto”, eles apenas fizeram uso do termo para dar aos leitores descuidados
    293 essa impressão.</p>
    294 
    295 <p>
    296 Essas observações sugerem que uma marca registrada não teria realmente
    297 impedido a confusão que vem com o termo “código aberto”.</p>
    298 
    299 <h3 id="newinnovember">Mal-entendidos(?) de “Código Aberto”</h3>
    300 
    301 <p>
    302 A definição de Código Aberto é clara o suficiente, e está bastante claro que
    303 o programa não livre típico não se qualifica. Então, você pensaria que uma
    304 “empresa de Código Aberto” significaria uma empresa cujos produtos são
    305 software livre (ou próximo a ele), certo? Infelizmente, muitas empresas
    306 estão tentando dar um significado diferente.</p>
    307 
    308 <p>
    309 No encontro “Open Source Developers Day” em agosto de 1998, vários
    310 desenvolvedores comerciais disseram que pretendem fazer apenas parte de seu
    311 trabalho software livre (ou “código aberto”). O foco de seus negócios está
    312 no desenvolvimento de complementos privativos (software ou <a
    313 href="/philosophy/free-doc.html">manuais</a>) para vender aos usuários deste
    314 software livre. Eles nos pedem para considerar isso como legítimo, como
    315 parte de nossa comunidade, porque parte do dinheiro é doado para o
    316 desenvolvimento de software livre.</p>
    317 
    318 <p>
    319 Na prática, essas empresas buscam obter o favorável selo de “código aberto”
    320 para seus produtos de software privativo &ndash; mesmo que esses não sejam
    321 “softwares de código aberto”, porque eles têm alguma relação com o software
    322 livre ou porque a mesma empresa também mantém algum software livre. (Um
    323 fundador de empresa disse explicitamente que eles colocariam, no pacote
    324 livre que eles apoiam, o mínimo do trabalho que a comunidade exigiria.)</p>
    325 
    326 <p>
    327 Ao longo dos anos, muitas empresas contribuíram para o desenvolvimento de
    328 software livre. Algumas dessas empresas desenvolveram principalmente
    329 software não livre, mas as duas atividades eram separadas; Assim, poderíamos
    330 ignorar seus produtos não livres e trabalhar com eles em projetos de
    331 software livre. Então poderíamos sinceramente agradecê-las depois por suas
    332 contribuições de software livre, sem falar sobre o resto do que elas
    333 fizeram.</p>
    334 
    335 <p>
    336 Não podemos fazer o mesmo com essas novas empresas, porque elas não
    337 deixarão. Essas empresas convidam ativamente o público a reunir todas as
    338 suas atividades; elas querem que consideremos seu software não livre tão
    339 favoravelmente quanto consideramos uma contribuição real, embora não seja
    340 uma. Elas se apresentam como “empresas de código aberto”, esperando que
    341 tenhamos um sentimento caloroso para com elas, e que nós nos confundiremos
    342 em utilizar seus produtos.</p>
    343 
    344 <p>
    345 Essa prática manipulativa não seria menos prejudicial se fosse feita usando
    346 o termo “software livre”. Mas as empresas não parecem usar o termo “software
    347 livre” dessa maneira; talvez sua associação com o idealismo pareça
    348 inadequada. O termo “código aberto” abriu a porta para isso.</p>
    349 
    350 <p>
    351 Em uma feira no final de 1998, dedicada ao sistema operacional muitas vezes
    352 referido como “<a href="/gnu/linux-and-gnu.html">Linux</a>”, o orador em
    353 destaque era um executivo de uma empresa de software proeminente. Ele
    354 provavelmente foi convidado por conta da decisão de sua empresa de “apoiar”
    355 esse sistema. Infelizmente, a forma deles de “apoiar” consiste em lançar
    356 software não livre que funciona com o sistema &ndash; em outras palavras,
    357 usar nossa comunidade como mercado, mas não contribuir para isso.</p>
    358 
    359 <p>
    360 Ele disse: “Não há como tornar nosso produto de código aberto, mas talvez
    361 possamos torná-lo código aberto ‘interno’. Se permitirmos que nossa equipe
    362 de suporte ao cliente tenha acesso ao código-fonte, eles poderão corrigir
    363 erros para os clientes, e poderemos fornecer um produto melhor e um serviço
    364 melhor”. (Esta não é uma citação exata, já que eu não escrevi suas palavras,
    365 mas ela mostra a essência.)</p>
    366 
    367 <p>
    368 As pessoas na plateia depois me disseram: “Ele simplesmente não
    369 entende”. Mas é isso? Que ponto ele não conseguiu entender?</p>
    370 
    371 <p>
    372 Ele não entendeu errado o movimento Código Aberto. Esse movimento não diz
    373 que os usuários devem ter liberdade, mas apenas permitir que mais pessoas
    374 olhem para o código-fonte e ajudem a melhorá-lo, tornando o desenvolvimento
    375 mais rápido e melhor. O executivo compreendeu esse ponto completamente; Não
    376 querendo realizar essa abordagem na íntegra, os usuários incluídos, ele
    377 estava pensando em implementá-lo parcialmente, dentro da empresa.</p>
    378 
    379 <p>
    380 O ponto que ele não entendeu é o ponto em que “código aberto” foi concebido
    381 para não levantar: o ponto que os usuários <em>merecem</em> liberdade.</p>
    382 
    383 <p>
    384 Espalhar a ideia de liberdade é um grande trabalho &ndash; precisamos da sua
    385 ajuda. É por isso que nos ateremos ao termo “software livre” no Projeto GNU,
    386 para que possamos ajudar nesse trabalho. Se você acha que a liberdade e a
    387 comunidade são importantes para seu próprio bem &ndash; não apenas para a
    388 conveniência que elas trazem &ndash; junte-se a nós usando o termo “software
    389 livre”.</p>
    390 <div class="column-limit"></div>
    391 
    392 <!-- The archived version is truncated.
    393 <p>
    394 
    395 Joe Barr wrote an article called
    396 <a href="http://web.archive.org/web/20080703140137/http://www.itworld.com/LWD010523vcontrol4">Live and
    397 let license [archived]</a> that gives his perspective on this issue.</p>
    398 -->
    399 <h3 class="footnote">Nota</h3>
    400 <p>
    401 O <a
    402 href="https://ocw.mit.edu/courses/sloan-school-of-management/15-352-managing-innovation-emerging-trends-spring-2005/readings/lakhaniwolf.pdf">artigo
    403 sobre a motivação dos desenvolvedores de software livre</a>, de Lakhani e
    404 Wolf, diz que uma fração considerável deles é motivada pela visão de que o
    405 software deveria ser livre. Isso ocorreu apesar do fato de que eles
    406 pesquisaram os desenvolvedores no SourceForge, um site que não apoia a visão
    407 de que essa é uma questão ética.</p>
    408 
    409 <hr class="no-display" />
    410 <div class="edu-note c"><p id="fsfs">Este ensaio foi publicado em <a
    411 href="https://shop.fsf.org/product/free-software-free-society/"><cite>Free
    412 Software, Free Society: The Selected Essays of Richard
    413 M. Stallman</cite></a>.</p></div>
    414 </div>
    415 
    416 <div class="translators-notes">
    417 
    418 <!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.-->
    419  </div>
    420 </div>
    421 
    422 <!-- for id="content", starts in the include above -->
    423 <!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" -->
    424 <div id="footer" role="contentinfo">
    425 <div class="unprintable">
    426 
    427 <p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a
    428 href="mailto:gnu@gnu.org">&lt;gnu@gnu.org&gt;</a>. Também existem <a
    429 href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e
    430 outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a
    431 href="mailto:webmasters@gnu.org">&lt;webmasters@gnu.org&gt;</a>.</p>
    432 
    433 <p>
    434 <!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph,
    435         replace it with the translation of these two:
    436 
    437         We work hard and do our best to provide accurate, good quality
    438         translations.  However, we are not exempt from imperfection.
    439         Please send your comments and general suggestions in this regard
    440         to <a href="mailto:web-translators@gnu.org">
    441 
    442         &lt;web-translators@gnu.org&gt;</a>.</p>
    443 
    444         <p>For information on coordinating and contributing translations of
    445         our web pages, see <a
    446         href="/server/standards/README.translations.html">Translations
    447         README</a>. -->
    448 A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer
    449 traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por
    450 favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para
    451 <a
    452 href="mailto:web-translators@gnu.org">&lt;web-translators@gnu.org&gt;</a>.
    453 </p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia
    454 para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e a
    455 contribuição com traduções das páginas deste site.</p>
    456 </div>
    457 
    458 <p>Copyright &copy; 1998-2003, 2007, 2010, 2021 Free Software Foundation, Inc.</p>
    459 
    460 <p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license"
    461 href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative
    462 Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p>
    463 
    464 <!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" -->
    465 <div class="translators-credits">
    466 
    467 <!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.-->
    468 Traduzido por: Rafael Fontenelle <a
    469 href="mailto:rafaelff@gnome.org">&lt;rafaelff@gnome.org&gt;</a>,
    470 2019-2021. <br/>
    471 Revisado por: Cassiano Reinert Novais dos Santos <a
    472 href="mailto:caco@posteo.net">&lt;caco@posteo.net&gt;</a>, 2019.</div>
    473 
    474 <p class="unprintable"><!-- timestamp start -->
    475 Última atualização:
    476 
    477 $Date: 2021/11/10 10:04:29 $
    478 
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    480 </p>
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    485 </html>