devils-advocate.html (9092B)
1 <!--#set var="ENGLISH_PAGE" value="/philosophy/devils-advocate.en.html" --> 2 3 <!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> 4 <!-- Parent-Version: 1.96 --> 5 <!-- This page is derived from /server/standards/boilerplate.html --> 6 <!--#set var="TAGS" value="essays upholding action" --> 7 <!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="yes" --> 8 9 <!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> 10 <title>Advogado do Diago - Projeto GNU - Free Software Foundation</title> 11 12 <!--#include virtual="/philosophy/po/devils-advocate.translist" --> 13 <!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> 14 <!--#include virtual="/philosophy/ph-breadcrumb.pt-br.html" --> 15 <!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE--> 16 <!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" --> 17 <div class="article reduced-width"> 18 <h2>Por que o advogado do diabo não ajuda a alcançar a verdade</h2> 19 20 <address class="byline">por Richard Stallman</address> 21 22 <p>Se fazer de advogado do diabo significa desafiar uma posição ao dizer o que 23 um adversário hipotético diria. Eu encontro isso com frequência em 24 entrevistas e sessões de perguntas e respostas, e muitas pessoas acreditam 25 que esta é uma boa maneira de colocar uma posição polêmica em teste. O que 26 realmente faz é colocar a posição controversa em desvantagem.</p> 27 28 <p>Há uma maneira indireta de se fazer o advogado do diabo: por exemplo, “Se eu 29 defendesse sua posição, como eu deveria responder se alguém dissesse XYZ?” 30 – Isso é menos hostil do que o advogador do diabo comum, que 31 simplesmente diria XYZ, mas tem o mesmo efeito.</p> 32 33 <p>Os adversários astutos tentam intencionalmente obstruir a consideração 34 pensativa de uma posição que eles se opõem. Meu adversário astuto e sem 35 escrúpulos (o “diabo”, digamos) não quer que meus pontos de vista obtenham 36 uma audiência adequada, especialmente se o diabo acha que eles são válidos e 37 as pessoas podem concordar com eles. A melhor maneira de evitar isso é me 38 impedir de fazê-los entender.</p> 39 40 <p>O diabo consegue isso distorcendo minhas palavras: apresentando um contexto 41 enganador no qual minhas palavras parecem significar algo além do que eu 42 pretendia. Se isso for bem sucedido, ele vai confundir o público e vai 43 distraí-los da questão, impedindo-a de ser devidamente levantada. Se isso 44 faz com que minhas palavras pareçam significar algo que a audiência vai 45 condenar, e que ninguém presente é realmente a favor, talvez eu precise de 46 uma longa explicação para voltar ao assunto. Pode não haver tempo para isso, 47 ou o público pode perder o foco.</p> 48 49 <p>Se eu tiver sucesso em superar o primeiro mal-entendido, o adversário astuto 50 criaria outro, e outro. Se o adversário é melhor no cerco verbal do que eu, 51 talvez eu nunca consiga passar o meu ponto de vista com sucesso. Se o 52 estresse me deixa nervoso e eu tenho problemas para falar claramente, o 53 adversário vai contar isso como um sucesso. Pouco importa para o diabo se 54 minha posição seja vencida ou apenas eu pessoalmente, desde que o público 55 rejeite meus pontos de vista.</p> 56 57 <p>Se você não é um verdadeiro “demônio” apenas se fazendo de advogado do 58 diabo, você realmente não tem interesse em me impedir de apresentar o ponto 59 pretendido. Mas você pode evitá-lo sem querer. Se fazer de advogado do diabo 60 significa que você age de forma hostil mesmo que você não sinta a 61 hostilidade. Uma vez que você decide dizer o que um adversário diria, é 62 provável que você faça o trabalho na melhor forma possível, imitando o 63 adversário mais difícil que você pode imaginar: o astuto e sem escrúpulos, 64 cujo objetivo é se opor ao invés de chegar à verdade.</p> 65 66 <p>Se você sabe o que esses adversários me disseram, ou se você é habilidoso em 67 imaginá-los, você diria as mesmas coisas que eles. Essas declarações podem 68 distrair o público e bloquear a consideração da questão, como se um 69 verdadeiro adversário as tivesse dito. Mas se você não é realmente meu 70 adversário, esse resultado pode não ser o que você realmente quer. Se o seu 71 objetivo fosse lançar luz sobre a questão, sua abordagem depõe contra você 72 mesmo.</p> 73 74 <p>O que eu digo em muitas questões vai contra a posição de estabelecimento, e 75 não espero que as pessoas concordem comigo sem considerar a questão 76 completamente, incluindo os contra-argumentos. Na verdade, seria quase 77 impossível para qualquer um evitar considerar os argumentos estabelecidos, 78 já que todos os conhecem de cor. Julgar o que é certo exige chegar ao fundo 79 da questão.</p> 80 81 <p>O tipo de perguntas que ajuda a chegar ao fundo de uma questão não são as 82 que um adversário astuto e sem escrúpulos colocaria, mas sim as de uma 83 pessoa pensativa que não se conformou per mente (<a href="#ft1">1</a>). São 84 perguntas que distinguem os aspectos da questão, de modo que se possa ver as 85 várias posições possíveis em cada aspecto, o que elas implicam e como elas 86 se relacionam. Muito diferente de se fazer de advogado do diabo.</p> 87 88 <p>Assim, em vez de tentar se fazer de advogado do diabo, sugiro que você adote 89 o objetivo de “sondar as questões”. E se lhe perguntarem como você 90 responderia se alguém fizesse uma pergunta hostil, talvez este ensaio seja 91 uma boa resposta.</p> 92 93 <hr class="column-limit" /> 94 <h3 class="footnote">Nota de rodapé</h3> 95 <ol> 96 <li id="ft1">O autor usa os pronomes “pessoa”, “per” e “pers” na terceira pessoa do 97 singular, neutros em termos de gênero.</li> 98 </ol> 99 </div> 100 101 <div class="translators-notes"> 102 103 <!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> 104 </div> 105 </div> 106 107 <!-- for id="content", starts in the include above --> 108 <!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> 109 <div id="footer" role="contentinfo"> 110 <div class="unprintable"> 111 112 <p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a 113 href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a 114 href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e 115 outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a 116 href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> 117 118 <p> 119 <!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, 120 replace it with the translation of these two: 121 122 We work hard and do our best to provide accurate, good quality 123 translations. However, we are not exempt from imperfection. 124 Please send your comments and general suggestions in this regard 125 to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> 126 127 <web-translators@gnu.org></a>.</p> 128 129 <p>For information on coordinating and contributing translations of 130 our web pages, see <a 131 href="/server/standards/README.translations.html">Translations 132 README</a>. --> 133 A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer 134 traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por 135 favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para 136 <a 137 href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. 138 </p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia 139 para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e a 140 contribuição com traduções das páginas deste site.</p> 141 </div> 142 143 <!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to 144 files generated as part of manuals) on the GNU web server should 145 be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this 146 without talking with the webmasters or licensing team first. 147 Please make sure the copyright date is consistent with the 148 document. 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